Sinto falta de a encontrar, falar
coisas doces, bobas, as dizer:
Quanto é linda... E poder olhar
em seu rosto, um riso acender.
E vir clara certeza, que ali,
vejo a mulher que eu amo.
Das palavras que penso, ou li,
acho seu nome... amor lhe chamo.
Só em sua pele um tal cheiro
faz morada, ao sentir, os olhos cerro...
E perto a boca, deixo em derradeiro,
meu pensar... Apenas provo e quero.
A pele macia da rosa boca,
e o movimento dos lábios no beijar.
O molhar da saliva a língua toca,
ballet de esquecimento e esfaimar ...
Mas, desejo mais , o todo e o detalhe.
Quero os cabelos, os pelos, e o ar,
quero ser em ti, a nos fazer entalhe,
tatuagem, quadro, as cores a mesclar...
Quero ser seu... sou. Vem e me leve...
Me enterre em seu ventre e me acabe
e a amarei até o descer da neve,
verter, escorrer num não mais cabe...
Quero ser somente o que faz-me ser,
ser simplesmente quem a ama...
E seja apenas o que é, e me faz ser.
Seu nome: Amor... Assim se chama.