Esquecimento

Foto de Sonia Delsin

QUEM CASA QUER CASA, QUEM DESCASA TAMBÉM

QUEM CASA QUER CASA, QUEM DESCASA TAMBÉM

Eu queria uma casa nova. Uma casa sem lembranças.
Tinham morrido todas as minhas esperanças.
Quem casa precisa de uma casa pra viver e quem descasa precisa de uma que o ajude a esquecer.
Era o que eu pensava.
Mas tinha já um lugar para morar. A casa que ficará pra meus filhos quando eu morrer.
O que eu podia fazer?
Botei pra vender.
Vieram alguns interessados. Diziam que a casa era bonita. Mostraram até algum interesse e não voltavam.
Fui ficando, algumas coisas nela mudando.
O tempo foi passando.
Não vendi a casa e hoje ela está mais bonita. Eu a enfeito, ajeito.
Meus filhos a adoram.
Tem horas que penso que nossas raízes vamos fincando.
Dia destes eu conversava com minha mãe, uma sábia criatura, e ela me falou.
Filha, você sabe por que nunca conseguiu vender esta casa?
Fiquei olhando-a ternamente e ela concluiu.
Você não vendeu porque minha oração tem mais força que a sua. Você pedia para que alguém comprasse e eu pedia para que ninguém por ela se interessasse. Esta casa, minha filha, é o seu lugar no mundo. É uma bela casa e no fundo, no fundo você gosta muito dela.
Abracei minha mãe dizendo que ela mais uma vez estava certa.
Onde quer que eu fosse as lembranças iriam comigo.
Só o tempo tem o dom de amenizar as dores e trazer esquecimento.

Foto de Sonia Delsin

FLORES PARA QUEM PARTIU

FLORES PARA QUEM PARTIU

Ela caminhava observando tudo. Os pássaros livres a recordavam que também conquistara sua liberdade.
A máquina fotográfica dependurada no pulso. Os cabelos ao vento, um agasalho de caminhada, um bom tênis, óculos de sol.
Caminhar é tão bom. Respirar o ar da manhã.

Quatro anos se passaram. Quatro anos.
Uma outra vida dentro de sua vida.

Lara ia pensando que a vida é feita de ciclos. Recordou a infância, a juventude, o dia que se apaixonou por Leonardo. Como ele era bonito! Lindo mesmo...

Uma vida ao lado dele e o fim. Quatro anos se passaram desde aquele dia. O adeus doeu demais e ela sabia que precisava esquecer tudo que se passara. Tudo.

Mas esquecer vinte e tantos anos ao lado de alguém?
É possível esquecer do primeiro beijo ao último olhar, as últimas palavras?
O grande vazio que ficou?

Um pássaro tão lindo numa cerca lhe chamou a atenção. Claro que o fotografaria. Claro.
E as buganvílias floridas então! Não podia deixar de fotografar.

Ia distraída a olhar tudo e as lembranças começaram a aparecer como ondas que o mar insiste em trazer para a praia.

Ela era um rochedo. Nada a abalaria. Nada.
Virou a máquina e tirou uma foto de si mesma ao lado de um arbusto. Cadê o sorriso? Ele não chegou, mas a foto não ficou feia. Todos diziam que ela era linda quando sorria. Talvez mais tarde o sorriso chegasse.

Apanhou uma florzinha azul e lembrou do tempo que apanhava flores do campo para levar ao marido. Ele não a acompanhava nas caminhadas. Preferia ficar na cama deitado e depois se levantaria, tomaria um café e fumaria.
Como ela odiava vê-lo fumando tanto. Quando pedia que fumasse menos ele discutia. Nos últimos anos tudo era um pé de briga.

Esmagou as florezinhas na palma da mão. Tanto tempo e o esquecimento não chegava, não chegava.

Não que tivesse esperanças ainda. Não. Em absoluto. Compreendera neste tempo sozinha que não tinham afinidades. Nem conseguia crer que viveram tantos anos juntos. Mas ficara uma dor, uma vontade de mudar o que o já não podia ser mudado.
Não era remorso. Era vontade que tudo tivesse sido de outra forma. Sem discussões, sem lágrimas.
Mas existe um casamento que termina sem brigas? Pelo menos quando acontecia era algo raro. Ou não?
Ela queria que tivesse sido sem brigas. Queria... tanto isso. Sem brigas.

Passou por uma árvore carregada de amoreira carregada e resolveu apanhar algumas amoras madurinhas. Gostava tanto que nem ligava a mínima em sujar as mãos.

Continuou a caminhar e o pensamento mudou de rumo. Pensou noutras coisas. Esqueceu a dor. Era sempre assim. Aquela dor vinha e ia. Como ela e suas caminhadas.
Pegou rapidamente a máquina para fotografar duas andorinhas que revoavam ao seu lado. Esqueceu o passado. Pelo menos por hora.
Olhou o relógio no pulso. Era hora de voltar para casa. O sol já estava ficando forte e ela não passara protetor solar.

Outras manhãs a aguardariam até que o outro ciclo se fechasse. Ela apertou de encontro ao coração a máquina pensando que tirara boas fotos naquela manhã.
Não levaria flores. Ninguém a esperava. Ninguém.

Foto de CarmenCecilia

LIVROS FILMES E MÚSICA

LIVROS FILMES E MÚSICA...

Vivemos hoje num mundo impaciente
Tudo é imediatista...
Rotulável e consumista...

Um misto de pessimismo
Mesclado com ceticismo
Modela os rostos compostos

Que disfarçam seus desgostos
Numa incessante busca...
Contra a realidade que ofusca

O momento de devaneio
Com o livro de cabeceira
Não é mais rotineiro...

Tornou-se escasso
E deu lugar ao cansaço
Em que a labuta roubou espaço

Não mais se proseia...
Sobre a vida alheia
Acontecimentos do momento
Amenidades e veleidades...

A leitura ficou no esquecimento
O tempo urge... A página vira...
E o dia a dia não inspira...

Aquela sessão de cinema...
Também vai saindo de cena...
Vai dando lugar a um enlatado
Seguido de um lastimável seriado

Em que a violência é a tônica...
Diante de um expectador catatônico...

A música não mais inebria...
Como o som da cotovia...
São decibéis de sons estridentes
De um ritmo demente e alucinante

Dizem que as normas de conduta mudaram
Que impõem novas regras, outros padrões
Os valores são outros de novas gerações

Pergunto-me enfim... Que valores?
Se nada mais tem o mesmo valor?

Carmen Cecília
03/09/08

Foto de Ayslan

Amor ou Ilusão

Amor espero que sinta toda minha dor.
Eu que sempre te amei agora descobri que na verdade, nunca senti o amor.
Talvez hoje eu te odeie, ou queira te odiar, mas sei que nunca vou te odiar.
Por que na verdade eu te amo. Ou esqueci-me de me lembrar que deixei de te amar.
Mas fui feliz contigo, ou achei que era feliz. Já não sei o que vivi contigo se amor ou ilusão, tudo isso só me fez machuca o coração...
Então você partiu, mas demorei em acreditar que tinha sido real, que tudo não passava de um pesadelo.
Então fechava os olhos e alimentava minha dor te vendo junto a me.
Então acordei e a realidade da vida não é piedosa logo me disse que nunca mais vou poder estar contigo novamente. Hoje ate mesmo sonhar contigo será difícil... Irei viver sem ter você. Talvez um dia você sinta a dor de perde algo que não se pode recuperar, talvez um dia você saiba o que é dormi sem expectativa de acorda... Nunca mais vou poder beijar-te...
Nunca mais vou poder olhar em seus olhos e dizer-te “Eu te amo” Mas quero que saiba, um dia acreditei em nosso amor. Não vou dizer que irei ti esquecer por que estarei lembrando-se de ti. Mas um dia suas lembranças serão apenas palavras, aquelas mesmas que você nunca deu importância quando podia senti-las. A distancia nem o tempo causam o esquecimento, apenas a dor, saudade e o tormento.

Foto de Graciele Gessner

Pintando a Vida. (Graciele_Gessner)

Pinte a vida de amarelo
A alegria constante
Um sol radiante!
Vibra, brilha, estimula
A prosperidade...
A plena felicidade,
Agita a espiritualidade.

Pinte a vida de azul
Momento de meditação
O sentir do coração.
O céu, a água...
Total pureza, sabedoria.
Beneficia a proteção.

Pinte a vida de branco
A leveza e a paz,
Eleva a alma, o espírito.
Casamento, união, relacionamento.
Momentos marcantes da vida,
Simboliza movimento, sentimento.

Pinte a vida de laranja
O otimismo elevado,
A comunicação, a vitalidade.
Laranja é total comunicação,
Estimula a sociabilidade.

Pinte a vida de rosa
O afeto, o amor incondicional.
Fertilidade, reprodução.
Cor do puro romantismo,
Delicadeza, a pureza.

Pinte a vida de verde
Recheado de esperança, sentimento.
Energia positiva, purificação.
Diga não ao tormento...

Pinte a vida de vermelho
A força da vontade, impulsividade.
Energética e estimulante
Cor da paixão, da sensualidade.

Pinte a vida de violeta
Misture o vermelho com azul,
Veja como embeleza a vida.
Perfeita para a criatividade,
Combinação total da prosperidade.

Pinte a vida de cinza
Neutraliza pensamentos perturbados.
Alivia a alma e reduz as pressões;
Estimula a estabilidade das emoções.

Pinte a vida de preto
Quando necessitar o vazio,
O esquecimento, o luto.
Pinte em poucos momentos,
Não permaneça na escuridão.

Pinte a vida da melhor forma.
Pinte com a sua aquarela favorita,
Na imensa arte de viver!

23.05.2008

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

Foto de Graciele Gessner

Passado: Arquivo Morto. (Graciele_Gessner)

Não tenho vontade de resgatar o passado. O passado é página virada, um arquivo morto e trancafiado.

Meus pensamentos serão sempre poetizados para eternizar os bons momentos vividos.

Não desejo reviver o que já passou, e nada tenho para rever ou mesmo perdido no tempo.

Coração, o que deseja? Não posso recuperar os momentos do que foi e do que poderia ter sido. Hoje, só posso apenas poetizá-los em meus versos, mas não tenho condições emocionais de revivê-los para uma possível aproximação.

Não ganharia nada mexendo no arquivo morto. Algumas lembranças abririam profundas cicatrizes. O tempo que passou não vale a pena retornar. Passado, é um arquivo morto que joguei a chave fora para o total esquecimento.

18.05.2008

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

Foto de vera cristina

Indecisão

" Indecisão "
Deixas-me indecisa no meio da confusão
Às vezes penso que te agrado, outras penso que não
Não sei se hei-de ir em frente ou partir para o esquecimento
Só sei que cada vez é maior o que sinto e assim o meu tormento
Porque será que não te decides
Já não sei o que fazer,
Com a tua indecisão só me fazes sofrer
Porque será que para ti é tão complicado
Entender algo tão simples só sou feliz ao teu lado
Todos os dias tou contigo
Todos os dias te vejo
Quando é que será que me dás o primeiro beijo
Beijo esse que vai fazer com que tu te decidas
E que sem mim não saibas viver
Decide-te meu amor, decide-te!!!

poema escrito por mim Vera Cruz e minha prima
Helena marques

Foto de Miqueias Costa

Amizade... Amizades

Amizade... Amizades

Amizade não significa ter conquistado tudo, mas com grandes amizades é possível ter uma boa estrutura emocional, ter apoio nos momentos de dificuldades para conquistar tudo o que desejar, lembrando sempre em respeitar e saber retribuir o ganho, retribuir as experiências e estar sempre presente.
Amizade não é controlar e sim aconselhar; não é torturar e sim compreender; não basta estar presente, precisa atuar; não requer riquezas, precisa apenas o necessário. Enfim, amizade o que dizer? O que dizer de algo tão natural, tão convidativo e muitas vezes criativo. O que dizer? Há muito em se falar da amizade. Muito no sentido de esbanjar qualquer quantidade de qualquer texto já escrito, mesmo se comparando ao amor. Afinal de contas, qual foi o grande amor que não nasceu de uma grande amizade? Ou uma grande amizade que não se transformou em uma história de amor? Amizade é tão importante que o ser humano não consegue viver só, pois enlouqueceria em uma solidão tão profunda e renascente, onde sua própria mente o dominaria e o torturaria levando-o para o abismo mais obscuro de todos.
Amizade não é um lance, não é um momento, não é um acontecimento. Ela nasce, ela se fortalece, ela cresce e se desenvolve como qualquer outra vida, pois a amizade faz parte da vida e sua importância é extremamente elevada.
Ter amigos é importante, saber escolhê-los muito mais. Ter milhões de amigos e não ter nenhum ombro para chorar é como nascer não podendo enxergar. Ter amigos é fácil, mantê-los é complicado, pois não deixam de ser seres humanos. Apesar de muitos serem reconhecidos como heróis, salvadores, enfim, pessoas especiais, mesmo assim nada é de mão beijada.
Na vida tudo se renova, tudo se transforma, tudo se modifica querendo ou não. Sempre faremos novas amizades. Algumas ficam, outras partem, fazem falta, ficam no esquecimento, ficam na lembrança, na saudade, outras insistem reaparecer depois de muitos anos, outras marcam, deixando sentimentos mais fortes, outras prosseguem conosco oferecendo companhia, emprestando o ombro sempre que necessário. Amizade, amigos verdadeiros outros falsos, tem de tudo, de tudo tem nessa vida, basta a nós saber como aproveitar e sorrir sempre que a oportunidade surgir, pois o importante é ser feliz, e parte dessa felicidade é atribuída a uma boa amizade no convívio social, parcial ou que seja intelectual, o demais e o de menos são apenas detalhes, e esses não precisamos nos preocupar.

Miquéias

Foto de lotus

Nascer para dar vida ( continuação )

Os dias passam, os meses correm, os anos passam a velocidade da luz, mas eu estou como numa caixa do tempo. Tudo se mantem igual, tudo permanece nos mesmos sitios, tudo cá dentro esta exactamente no mesmo lugar.

As unicas coisas que mudam, sao as folhas das arvores que concigo ver atravez da janela que tenho no meu quarto. Gostava de ser folha, árvore, caminho, trilho, selva, floresta... Gostava de ser qualquer coisa menos o que sou, porque até a folha tem vida, até o caminho vê pessoas, até a selva envelhece e se transforma, e até a árvore morre.

Ao olhar para o espelho vejo o cabelo a crescer, a cara rosada a mudar, o corpo a ficar cada vez mais torneado, vejo a altura a aumentar, a roupa a nao cobrir o corpo todo dizendo que estou a crescer mas mesmo no meio disso, olho bem no espelho, olho no reflexo do espelho e ainda vejo a mesma carinha rosada de menina, o mesmo olhar perdido, a boca a querer ganhar coragem para falar mais alto mas a nao conceguir.

Vivo a tentar ganhar coragem que nao tenho porque a dou a meu irmao para que ele tenha coragem de aguentar mais e mais tempo vivo. Embora nao esteja satisfeita com a situação, ele cada vez mais se agarra a mim, cada vez mais fala comigo, cada vez me sente mais como irmã e nao como o remédio de salvação dele.

Agora até vem ao meu quarto dar-me um beijinho de boas noites quando chega a horas a casa. Finjo que estou a dormir, e sinto o beijo dele no meu rosto. Sinto o coração bater, e as lagrimas a quererem sair, mas impesso-as de cairem pela cara abaixo, e so deixo que elas caiam quando o meu irmao fecha a porta do quarto e vai embora. Só aí concigo levantar o braço e enxugar as lagrimas caidas na almofada.

Tenho medo que o meu irmao esteja a aproximar-se mais, com medo de morrer, com medo de desistir, com medo de tropeçar e nao se conceguir levantar. Já estamos assim a anos, e isto pode continuar uma vida inteira. Sei que se o meu irmao morrer, eu nao terei mais função nenhuma cá em casa, e acabarei por morrer, acabarei por morrer no esquecimento dos outros, dos poucos que ainda se lembram que existo.

Se os meus pais me criaram para dar vida ao meu irmao, se ele morre eu tambem morro, porque nao serei mais o remedio, e eles vao culpar-me de nao ter sido suficientemente um bom remédio para o meu irmao. Vao culpar-me, vao castigar-me, vao descarregar tudo para cima de mim.

Á uns dias o pai veio ter comigo. Disse que eu estava crescida, mas ao inicio ficou parado a olhar para mim. Por momentos pensei que nao me conhecesse, depois de tantos dias e meses sem me ver. Mas depois olhou para mim fixamente. Nunca o tinha visto assim. Chegou perto de mim e sentou-se no cadeirão que estava ao meu lado. Depois disse para me sentar no colo dele, sem nunca parar de olhar fixamente para mim. Continuou a dizer que eu estava muito bonita, muito bem formada, e cada vez mais uma mulher.

Entretanto disse que tinha de ir dormir, e ficou a olhar para mim enquanto me preparava para adormecer, desligou as luzes e fechou a porta.

Ontem disse que queria estar um pouco cmg no quarto dele depois do jantar. Disse que tem uma surpresa para mim.

Será que está a ficar mais simpatico para mim por ver que o mano tambem está a melhorar? Será que estou a fazer um bom trabalho como remédio, e agora finalmente estao a reparar um bocadinho em mim?

O pai disse para eu vestir uma camisa de dormir com umas rendas e umas coisas mais... assim como as que a mae usa quando vem dormir a casa. Disse que ia ser uma noite especial, e para eu ir bem arranjada.. e com o robe de ceda vestido até ao quarto dele para mais ninguem saber.... disse que era um segredo só nosso e que eu tinha de o gruardar muito bem. É o que estou a fazer agora, estou a preparar-me para a surpresa, e vou esperar que o corredor esteja livre para poder lá ir. Assim ninguem me vê e o segredo que tenho com o pai fica bem guardado.
Acho que so aos 11 anos o pai se apercebeu que existo. Mas fico contente por saber que mesmo assim se apercebeu, pensei que nunca se ia aperceber.

( continua brevemente. )
A Lotus

Foto de Rose Felliciano

Estranho Amor

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.

“Estranho amor que me invade
Insiste trazendo a saudade
Momentos, lembranças, você
Que eu tento tanto esquecer...

Esquecer não é bem o termo
Mas espero ainda vê-lo
Como imagem em espelho
Refletindo por refletir....

Penso que se não fossem os momentos
Se não fossem as lembranças
Das noites que, feitos crianças,
Brincávamos de ser feliz...

Mas, por que, me pergunto...
Diante da imensidão desse mundo
E depois de tanto tempo
Essa dor me invade o peito?...

Se “amar é estar preso por vontade”,
Camões me diga, o que seria
Ter a alforria e querer esquecer
E ainda assim se prender?...

E num fugir de mim mesma
Na liberdade tão presa,
Corro sem movimentos
Lembrando o esquecimento...

Estranho amor que me invade...
Já é tarde...
Leva a tua saudade, pode ir...
Preciso agora dormir...” (Rose Felliciano)

.
*Mantenha a autoria do Poema*

Foi utilizado, entre aspas, frase de um Poema de Luiz Vaz de Camões.

Inspirado nessa belíssima música cantada por Renato Russo

http://www.sissimusic.net/Italiana/RenatoRusso=Strani_Amori.mid

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