Espera

Foto de Darsham

Gotas de Pecado

Amarga-me a boca!
Sinto-a seca…
Tão seca que sabe a cortiça!
Definho por uma gota d’álcool!
A água não me sabe, e é no álcool que me sinto…
Demasiadas emoções embriagadas cambaleiam,
como num compasso, lento e fugidio…
As raízes do desassossego remexem-se na terra,
como prenúncio de tempestade…
A noite, escorraçou o sol com tamanha agressividade,
que já nada se vê diante do espelho…
Pele Seca!
Sangue quente!
Um arrepio dentro de uma garrafa já vazia e tombada…
Um aroma suave e quente aconchega-se,
no silêncio da saudade que as gotas de espírito cantaram…
A espera arde!
Canivete ácido!
Incisão perfeita!
A mente atravessa o breu à procura do líquido sedento,
de uma outra garrafa tombada,
que contaminou toda a água…
com a cor do pecado!

Foto de junioresende

Porta

Porta

A minha porta está trancada
Trancada com o ferrolho do sofrimento, do desamor e da dor
Você bate esperando que eu abra
E eu com medo, não saio mais
Tenho medo de abrir a porta novamente.
Por mais que você me diga que vai tomar cuidado pra não atrapalhar nada,
Tenho medo.
Quando abri pela última vez...
Veio um grande vendaval e tudo destruiu
Destruiu meus sonhos, meus maiores anseios e aspirações.
Demorei pra concertar,
Para colocar tudo em ordem...
Mas ainda existem muitos vazos quebrados,
Janelas partidas, tapetes rasgados,
Minha casa não está em ordem,
E eu vou demorar para arrumar,
Tudo por causa daquele vendaval
Porque deixei a porta aberta à espera de alguém para entrar
Alguém que fizesse do meu lar mais aconchegante
Que colocasse minha vida nos eixos
E junto chegou o vendaval
Que tudo destruiu...
Estou começando a pôr tudo em ordem
E se você quiser pode me ajudar.
A porta está trancada
Mas a janela está quebrada e é fácil para pular
Vem que te espero pra me ajudar
Pra me fazer feliz
Pra me amar...
A porta está trancada...
Mas a janela eu te ajudo a pular.

Junio Resende
Pará de Minas, 11/09/06, 10h40min.

Foto de junioresende

Cartas de amor

Cartas de amor

“Você quer namorar comigo? Sim ou não?”
A pergunta é a mesma que foi feita a anos atrás
Foi feita a outra pessoa, e em outra ocasião.
Com a mesma inocência e pureza, a qual uma criança se refere à pessoa “amada” em suas “cartinhas” de amor.
Porém agora não somos mais crianças...
Não podemos mais “brincar de amar”
Deixamos de ser criança
As coisas já não são mais tão simples como antes.
Não podemos mais “brincar de amar”
Temos que pensar no sentimento do outro
Temos que pensar nas conseqüências de nosso simples “X” que optava apenas entre o sim e o não.
Sem pensar nas conseqüências
Agora ao marcar o “X” não se marca apenas um pedaço de papel
Marca-se também uma alma, um coração, porque não dizer, marca-se até uma vida.
Toda uma história verdadeira e pura tal qual aquela criança que escrevia “cartas de amor”.
Não podemos mais “brincar de amar”
Por quê?
Era tudo tão mais fácil...
Diga-me, sim ou não?
Vamos parar de pensar no futuro e viver intensamente o agora
Vive-lo com toda aquela inocência da criança que escrevia cartas de amor, mas sempre lembrando:
Nosso sim ou nosso não; não é apenas nosso,
É também de um coração o qual espera incansável, o encontro do seu amor.
Por isso, não podemos mais “brincar de amar”

Junio Resende
Pará de Minas, 18/08/06, 23h40min.

Foto de junioresende

Até quando?

Até quando?

Esses nossos olhares...
Esse nosso jogo de indiretas
O medo de dizer que somos mais que amigos
De confessar que não amamos quem está conosco
Amamos sim um ao outro.
Desde aquela vez em que nos vimos
Nos apaixonamos
E até agora estamos a espera, ou melhor a procura do nosso amor
Mesmo sabendo que o meu amor está em você
E o seu amor está em mim
Mas até quando?
Quando teremos coragem de assumir esse verdadeiro amor,
Parar com esses olhares e essas indiretas,
Investir totalmente em nosso amor, assumir que nos amamos e sempre fomos um do outro
Até quando?
Só queria ouvir você dizer que me ama e eu poder dizer o mesmo, mas olhando em seus olhos
Queria que entregássemos-nos um ao outro
Que nossos lábios se unissem
Nossos corpos formassem apenas um
Nossas almas se fundissem

E formássemos um só coração.
Não sei se suportarei essa situação por muito tempo,
O que sei é que nos amamos
Que somos um do outro
Que temos que ser felizes juntos
Até quando?
Até quando nosso amor durar... Eternamente!

Junio Resende
Pará de Minas, 08/08/06, 07h45min.

Foto de killas

A TERRA QUE TE VIU NASCER

As cores desta fresca terra,
Da terra que te viu nascer,
A beleza que ela encerra,
Será a tua até morrer.

Só me apetece beijar,
Este solo que é sagrado,
Aqui eu consigo respirar,
E voar sempre a teu lado.

Ainda bem que nas viagens,
Eu te consegui encontrar,
Por entre tantas passagens,
Logo ao pé de ti fui chegar.

As voltas que o destino pode dar,
São sempre algo de surpreendente,
Nunca pode ser de admirar,
Quando nos toca a sua mão quente.

Foi ele com a sua longa mão,
Que até a ti me foi conduzir,
E criou em mim uma grande paixão,
Sem eu nada ter de pedir.

A nossa maior felicidade,
Vai estar à nossa espera,
Para ser uma realidade,
Basta acreditarmos nela.

A rainha eu quis procurar,
Onde quer que estivesse,
Nem que tivesse de viajar,
Até ao dia em que morresse.

Esta terra por Deus criada,
E lá um dos seus anjos deixou,
Foi ela a minha grande amada,
Que na minha luz eterna se tornou.

Foto de Rosinéri

LAMENTO DE UM VELHO PAI

Não choro mais,
nem disso sou capaz...
Tanta ingratidão,
acabou com meu coração.
Por ele tudo fiz,
mas fiz porque quis...
Dei-lhe todo meu amor,
de meus braços o calor.
Dei-lhe vida,
como tem que ser vivida.
Mas... tudo tem um fim...
Ele me abandonou, enfim,
quando nada mais tinha a dar...
Não soube nessa hora me amar...
E aqui me abandonou...
Ainda vivo, me matou...
Não virá me ver,
só espera me ver morrer...
Doi a ingratidão...
Por que não para de vez meu coração?

Este poema foi algo que ouvi em uma visita a um asilo... de um pai abandonado...
É triste... mas real...

Foto de Osmar Fernandes

Aqui, tem alma pra todo o corpo... E, lá, corpo pra pouca alma.

Aqui, tem alma pra todo o corpo...
E, lá, corpo pra pouca alma.

Já encarnei corpos diversos.
Vivi todo tipo de aventuras.
Conheci os dois lados do sexo.
Mergulhei em várias loucuras.
Agora, desencarnado,
Sofro, choro triste, vivo só.
Preciso voltar a me evoluir,
Pagar meus pecados.
Quero voltar a ter identidade.
Minha esperança é sonhar...
Estou na fila dos abandonados.
Não há luz, nem vela.
Tudo é revolto.
É pressão desalmada.
Habito um céu de insanidade.
Aqui, tem alma pra todo o corpo...
E, lá, corpo pra pouca alma.
Sou aprendiz. Preciso me humanizar.
“Estou solitário no lago dos afogados.”
Aqui é frio, não tem calor humano.
Ninguém espera a sua vez.
Quem é forte, fura a fila.
Há muita insensatez.
Quem renasce, grita!...
O ser humano precisa fazer mais amor.
Muitas almas precisam renascer de novo.
Não agüento mais conviver com essa dor.
Aqui o sol não tem lua.
Ah! Como sinto saudade.
Quero um corpo, não importa seu tipo físico.
Quero ser eu de verdade.
Quero em minhas veias sangue latejante.
Quero ter casa; o nome da minha rua...
Quero voltar a ter a alegria, tristeza.
Preciso salvar meu mundo místico.
Quero ser piedoso, bom, amável.
Preciso de perdão!
Aqui, tem alma pra todo o corpo...
E, lá, corpo pra pouca alma.

Do poeta Osmar Soares Fernandes
Respeite o direito autoral.

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

" Encontro"





Quer me encontrar?
Encontre-me nas estrelas.
Num sorriso de criança.
Num dia ensolarado.
No ar que respiras.
No sentido da vida.
Na força de teu espírito.
Na firmeza de tua alma.
Na cura da tua dor.
Na coragem de teus medos.
Na esperança de tua espera.
No sentimento que existe em você.
No limite de tuas forças.
No amor que existe em você.
E mesmo assim se ainda não se
Der por satisfeito e quiser me encontrar.
Olhe para si próprio.
Que sua essência depende de mim.
E eu estou dentro de você.
Eu sou Jesus!

*-* A FLOR DE LIS.

http://www.blogger.com/profile/01846124275187897028
http://recantodasletras.uol.com.br/autor.php?id=39704

Obs. Me senti iluminada e muito inspirada quando fiz esse poema.
Amém!!!

Foto de Agamenon Troyan

FÉ & POESIA

FÉ & POESIA

Em 1987, Gilbério Tibiriçá Carvalho, juntamente com Leny Órfão Moraes e Flávio Augusto Nannetti Caixeta tiveram seus poemas incluídos na Antologia da Shogun Editora e Arte. Cada participante ganhou 10 livros para sua divulgação.
Em 1989 Gilbério partiu para Campinas (SP). É funcionário do Correio e membro da Igreja do Avivamento Bíblico, onde se dedica prestando ensinamentos bíblicos para crianças, jovens e adultos com o objetivo de resgatar os princípios morais que estão sendo perdidos graças à má influência da televisão.
Para ele a televisão influi nas camadas mais humildes, sem poder de discernimento, que se vêem presas a uma poltrona a espera do dia seguinte para não perder um capítulo de novela e nem a transmissão de todo tipo de banditismo. E concluiu: “quando se tem um objetivo, isso te emotiva a continuar. Mas, se você não o tiver, então acabará sendo levado pela vida”.

Obs: ver foto do Gilbério

Foto de pttuii

Arco Íris Inc.

O Branco é amigo do Preto. O Castanho está unido por ligações sentimentais ao primeiro, mas nada o liga ao segundo. O Azul tem tendências suicidas, e vê no Verde um refúgio de serenidade cada vez mais raro nos dias que correm.
Os dois já se envolveram com o Preto, mas perante o Branco sempre o negaram. O Roxo espera por uma oportunidade para pedir emprego ao Castanho, que assume funções de administração na empresa de obras públicas do Amarelo.
O Branco é quem verdadeiramente dá a cara neste negócio, e fala-se que poderá ver com bons olhos um take-over feito pelo Rosa. A suavidade de temperamento deste último é vista pelo Azul como uma potencial ‘mais valia’ numa ligação meramente profissional.
A importação de água de um mar cuja localização ainda não foi tornada pública, parece ser o ramo em que o azul melhor se movimenta. A personalidade densa que o caracteriza é, segundo os analistas, a adequada para uma correcta gestão da multinacional.Uma empresa de consultoria, fundada pelo amarelo, poderá ter sido contratada para atestar a veracidade destas constatações. Por trás deverá estar uma Oferta Pública de Aquisição feita pelo Ciano, que desesperadamente luta por se manter à tona de um negócio onde o Branco ainda dita regras.
O Ciano partilha o tom com o Lilás, e é considerado perigoso. Numa desordem alvejou a tiro o Branco, que por ter corrido perigo de vida, reforçou o seu estatuto neutral. O relatório de tendências no arco-íris aponta para um futuro menos denso. O esbatimento de funções é visto com desconfiança.

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