Cartas de amor
“Você quer namorar comigo? Sim ou não?”
A pergunta é a mesma que foi feita a anos atrás
Foi feita a outra pessoa, e em outra ocasião.
Com a mesma inocência e pureza, a qual uma criança se refere à pessoa “amada” em suas “cartinhas” de amor.
Porém agora não somos mais crianças...
Não podemos mais “brincar de amar”
Deixamos de ser criança
As coisas já não são mais tão simples como antes.
Não podemos mais “brincar de amar”
Temos que pensar no sentimento do outro
Temos que pensar nas conseqüências de nosso simples “X” que optava apenas entre o sim e o não.
Sem pensar nas conseqüências
Agora ao marcar o “X” não se marca apenas um pedaço de papel
Marca-se também uma alma, um coração, porque não dizer, marca-se até uma vida.
Toda uma história verdadeira e pura tal qual aquela criança que escrevia “cartas de amor”.
Não podemos mais “brincar de amar”
Por quê?
Era tudo tão mais fácil...
Diga-me, sim ou não?
Vamos parar de pensar no futuro e viver intensamente o agora
Vive-lo com toda aquela inocência da criança que escrevia cartas de amor, mas sempre lembrando:
Nosso sim ou nosso não; não é apenas nosso,
É também de um coração o qual espera incansável, o encontro do seu amor.
Por isso, não podemos mais “brincar de amar”
Junio Resende
Pará de Minas, 18/08/06, 23h40min.