Espaço

Foto de Paulo Zamora

Dois Poemas

Instante
Do alto do morro desse coração chamo por você, mas sou simples noite fria; que percorre o espaço, um homem sem o universo, um sol procurando a lua para namorar.
Vê se corre para meus braços, eu sou feliz quando tenho você, no aperto dos braços que rodeiam meu corpo sinto que nada é tão importante como o instante em que sinto você em mim.
No sangue percorrente em minhas veias, não dispenso uma paixão vulnerável, o que eu sinto por você é maior do que o meu limite poderia alcançar... sente-se perto de mim, toque em mim como se fosse agora o primeiro instante.
Voe! Me encontre quando abrir os olhos, sufoque minha boca no suspirar de um beijo enlouquecente.
Já estou acordando, você não está, até mesmo eu não estou... o instante também não se encontra presente, me perdi em meio a mim, e não encontrei outra vez você querendo ser amada como uma flor na madrugada.
Do alto do morro desse coração ninguém me vê; você não vê... nem mesmo o instante.
(Escrito por Paulo Zamora em 14 de junho de 2007)

Neblinas
Na pior das noites, perdido entre as neblinas, são horas de uma madrugada, eu ainda acordado, pensando...
Do céu para mim nada veio e ainda estamos inteiros como sempre fomos, mas falta algo na alma.
Não mandou me avisar que estava indo embora, não me deixou recados na caixa postal; nem deixou beijos em meu coração. As neblinas molham meus sentimentos, passo a ser a relva frágil e sensível; uma vez mais, outra vez estou sozinho na lucidez e no desequilíbrio, mas vou seguindo pensando...acordado, na pior das noites; sentindo solidão.
O barulho do trovão toma conta do meu quarto, já é uma tempestade, é verdade que delírios tomam conta de mim; não sei o que vou fazer para viver sem ter você.
As neblinas falam, choram, sorriem, elas querem perturbar deixando a noite ainda mais escura que o meu próprio coração.
Noite... neblinas... tempestade... solidão e apenas um coração que suporta tudo, de frente ao mundo, de costas para a felicidade, um homem pensando, caminhando entre as neblinas da escuridão de uma vida; da minha...
(Escrito por Paulo Zamora em 19 de Junho de 2007)

Foto de fer.car

INEBRIANTE

Aquele dia em que nossos olhares se cruzaram
Senti você me tocar a alma
Saciar minha vontade de ser mulher
Suas mãos percorrendo minha cintura
Como que me tomando por inteira em seus braços
Sussurando ao pé do ouvido, fitando minhas curvas
Aquele dia em que nossos olhares se cruzaram
Sentindo sua respiração ofegante
Sua voz macia e quente
Senti seu coração acelerado de desejo
Sua boca procurando a minha
Cada vez mais perto, cada vez mais colados
Não conseguia me desviar
Fui me deixando levar
Vendo em você a imagem do pecado
O rosto ingênuo de gestos maliciosos
Passei minhas mãos sobre suas costas
Quis ser sua, ser amada, ser parte sua
Tocou-me, varrendo-me por dentro
Sugando-me as energias
Iluminando o espaço ao redor
Beijou-me, dando-me vida e extasiando
Tonta, entregue aos devaneios
Presença enebriante, feroz em si mesma
Desliza sobre meu colo
Suavemente ama-se só de olhar
Em seguida toca-me mais uma vez
Enlaçados num momento enfim único
Partes e metades de uma mesma maça

Foto de fer.car

Inebriante

Aquele dia em que nossos olhares se cruzaram
Senti você me tocar a alma
Saciar minha vontade de ser mulher
Suas mãos percorrendo minha cintura
Como que me tomando por inteira em seus braços
Sussurando ao pé do ouvido, fitando minhas curvas
Aquele dia em que nossos olhares se cruzaram
Sentindo sua respiração ofegante
Sua voz macia e quente
Senti seu coração acelerado de desejo
Sua boca procurando a minha
Cada vez mais perto, cada vez mais colados
Não conseguia me desviar
Fui me deixando levar
Vendo em você a imagem do pecado
O rosto ingênuo de gestos maliciosos
Passei minhas mãos sobre suas costas
Quis ser sua, ser amada, ser parte sua
Tocou-me, varrendo-me por dentro
Sugando-me as energias
Iluminando o espaço ao redor
Beijou-me, dando-me vida e extasiando
Tonta, entregue aos devaneios
Presença enebriante, feroz em si mesma
Desliza sobre meu colo
Suavemente ama-se só de olhar
Em seguida toca-me mais uma vez
Enlaçados num momento enfim único
Partes e metades de uma mesma maça

Foto de MARTE

NA ESSÊNCIA DO MEU QUERER

Ver o mar azul na sua cor,
Neste areal do meu caminhar,
Com uma brisa ligeira,
Com o luar no seu esplendor,
Na companhia do teu olhar,
Vou sonhando contigo á minha beira!
Neste mar com nuvens de algodão,
Parecendo-se com as da espuma,
No ritual de uma canção,
Na melodia de quem ama...
Quero na madrugada,
Com a companhia da meiga Lua,
Ver-te no horizonte a brilhar,
Com o reflexo da tua face desenhada,
Projectada no meu olhar nua,
Nos versos que trasmitem o teu olhar...
Olhar a tua face presente,
Desenhada neste meu espaço,
Viver o mistério do teu caminhar,
Amando a imagem docemente,
Quero sentir o teu abraço,
Num momento que me fará sonhar...
Momento de tentação,
Num desejo imperecível,
Numa sensação indefinínivel,
E compor os versos desta canção...
Nos encantos do teu rosto,
Ver um fogo posto,
Nesse teu olhar aveludado,
Por mim um dia sonhado...
Sereia, musa que me encanta,
Tudo em ti me seduz,
Nesse olhar que canta,
A melodia que me dá luz...
Quero fechar os meus olhos,
E viajar nos meus sonhos,
Guardados no meu coração,
Na melodia desta canção...
És o meu maior tesouro,
Guardado num silêncio de ouro,
A princesa dos meus sonhos,
Musa dos meus desejos...
Que nas madrugadas me conduz,
No tempo e no espaço,
Com um olhar que me seduz,
Quando sinto o teu abraço...
Com a melodia no ar,
Uma certa brisa a me tocar,
Numa imensa vontade contida,
Versos da minha vida...
És a musa que domina,
Toda a minha imaginação,
O sol que ilumina,
Os versos desta composição...
No meu sonhado paraiso,
Vais compondo o meu mundo
És tudo o que eu preciso,
Rainha do meu tudo...
Quero sempre para ti olhar,
Um dia ao teu lado viver,
Não quero apenas sonhar,
Nesta composição do meu querer...
MARTE
JCarvalho
http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=9095
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http://jcarvalho13fotografias.spaces.live.com/
http://jc.amigoz.com.br/

Foto de MARTE

EM QUALQUER MOMENTO

Tenho vontade de pegar na tua mão
Entrar no teu coração
Sentir esse olhar delicado
Viver ao teu lado

És a minha estação
A poesia no meu coração
O meu caminho na tentação
Olhar na sedução

Na madrugada escura
Sinto o teu beijo
Loucura na procura
Do meu desejo

Na alegria sem fim
No meu despertar
Como num rio a transbordar
Que corre dentro de mim

No meu espaço
No meu tempo
Na madrugada
No que faço
Em qualquer momento
Em ti minha amada...
MARTE
JCarvalho

Foto de Remisson Aniceto

Estrela

Minha amada,
tu és como as estrelas,
seixos soltos no espaço,
fragmentos pentangulares brilhantes
vagalumeando minhas retinas.
Minha flor,
tu és como as estrelas,
vagas, distantes, quase inatingíveis,
mas reais!
Minha rosa,
tu és como as estrelas,
pingentes de ouro
no colar de safiras do céu.
És como pluma,
algodão que o vento leva.
Meu anjo,
tu és como as estrelas,
sonho meu de ser
o sol, a lua, o céu...

Foto de fer.car

NESTE MEIO ESPAÇO DE TEMPO, DE VIDA

Neste meio espaço de tempo
Neste meio espaço de vida, de sentimentos
Tanta coisa aconteceu, tanta coisa se modificou
O que era doce e meigo ficou frio e distante
O amor que antes borbulhava, hoje é mera lembrança
Olhando seus olhos não sei dizer que erro cometemos
Se fui eu acreditando demais num amor
Ou você me jogando para longe de seus dias
Neste meio espaço de tempo, de vida
Quero sentir o que sentira outrora
Quero dizer que ainda o amo
Mas algo aqui dentro se frustrou
Se calou, se perdeu
E agora, olho e olho, nada vejo
Apenas um homem, um velho homem
A me amar, me amar...
Neste meio espaço de tempo, de vida
Quero um final feliz por tudo que já vivemos
Mas o tempo destruiu o que existia de mais lindo
E suas ações me fizeram ver o quanto eu perdia ao seu lado
Em outros braços posso ser plena, ser enfim feliz
Tanta coisa aconteceu, tanta coisa se modificou
Hoje você é minha doce lembrança
E lembrar que ontem você era a minha vida
Mas algo aqui se frustrou
Se calou, se perdeu..
Neste meio espaço de tempo, de vida

AUTORIA: FERNANDA CARNEIRO
DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS

Foto de fer.car

NESTE MEIO ESPAÇO DE TEMPO, DE VIDA

Neste meio espaço de tempo
Neste meio espaço de vida, de sentimentos
Tanta coisa aconteceu, tanta coisa se modificou
O que era doce e meigo ficou frio e distante
O amor que antes borbulhava, hoje é mera lembrança
Olhando seus olhos não sei dizer que erro cometemos
Se fui eu acreditando demais num amor
Ou você me jogando para longe de seus dias
Neste meio espaço de tempo, de vida
Quero sentir o que sentira outrora
Quero dizer que ainda o amo
Mas algo aqui dentro se frustrou
Se calou, se perdeu
E agora, olho e olho, nada vejo
Apenas um homem, um velho homem
A me amar, me amar...
Neste meio espaço de tempo, de vida
Quero um final feliz por tudo que já vivemos
Mas o tempo destruiu o que existia de mais lindo
E suas ações me fizeram ver o quanto eu perdia ao seu lado
Em outros braços posso ser plena, ser enfim feliz
Tanta coisa aconteceu, tanta coisa se modificou
Hoje você é minha doce lembrança
E lembrar que ontem você era a minha vida
Mas algo aqui se frustrou
Se calou, se perdeu..
Neste meio espaço de tempo, de vida

AUTORIA: FERNANDA CARNEIRO
DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS

Foto de Magroalmeida

Duelo de Amor e Paixão

DUELO DE AMOR E PAIXÃO

Entre amassos,
carícias e beijos delirantes
travamos na cama uma luta
de amor e paixão

Em busca de gozos alucinantes
desprezamos todas as regras do pudor
e nos entregamos a emoções primitivas
degustando nossos sexos e transformando-os
no verdadeiro alimento de nossos desejos

Enlouqueço com o calor
da tua vulva, úmida,
clamando pelo meu pênis pulsante
que “chora” e “ferve” de tesão

Num raro momento de lucidez
Contemplo o rubor de tua face
contrastando com o teu corpo
febril que prenuncia uma explosão de orgasmos

Navego entre tuas coxas e ancoro
no cais primitivo dos teus desejos
que, a cada carícia lingual, estremece
levando-te as raias da loucura e do prazer

Por fim, atendo aos teus apelos
penetrando-te com ternura e damos
inicio a suave dança do vai e vem
que nos leva ao espaço sideral
numa alucinante viagem as estrelas

Perco-me em tuas entranhas
e entrego-me ao ritmo frenético do teu quadril
que me faz explodir de prazer
e em perfeita sintonia com o teu orgasmo
ejaculo e deixo as gotas cristalinas do meu sêmen
invadir o teu ser com o néctar da vida

E mais uma vez, juntos, erguemos o troféu
de um duelo que não teve perdedores

Nossa luta terminou empatada.
Que maravilha!

Magno R Almeida
Mai/2007

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RESPEITE OS DIREITOS AUTORAIS
Obra registrada na Biblioteca Nacional
e protegida pela Lei 9610 de 19/02/1998
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Foto de fer.car

CAMINHOS E SOLIDÃO

Neste silêncio minha alma sangra sua ausência
É como parte minha estivesse morta para não mais viver
Como se a energia se esvaisse de meu corpo
Como se o brilho virasse cinzento
Meus olhos tristes e secos de tanto chorar
Este espinho que cravou em meu alma jamais irá sarar
E a falta que me faz não se vai, nada a tira daqui
Neste espaço nosso, não abrigo outros beijos e abraços
Em meu corpo, ainda sinto o grito do adeus
Suas lágrimas percorrendo sobre esta face rude
Em seu peito existem cortes profundos
Eu criei estes cortes, deixe que os feche por favor
Sua vida, minha vida, somos o que além e depois do que fomos?
Não sei se o erro maior é eu tentando fingir que sou feliz
Ou você acreditando que sem mim pode viver
Neste silêncio crio sua imagem a imagem de Deus
Acredito que não existe fim se estive perto da eternidade
Se alcancei os céus com as mãos enlaçadas nas suas
Se senti o pulsar do amor tendo nossos corpos alados
Neste silêncio apenas fecho meus olhos
E sinto-o aqui, perto de mim
E quando os abro sangra minha alma sua ausência
É como parte minha estivesse morta para não mais viver
Como se a energia se esvaisse de meu corpo
Como se o brilho virasse cinzento
Meus olhos tristes e secos de tanto chorar
Talvez isso se chame solidão
Caminhos que tomamos, dores que amainamos
Pessoas que não substituem, e palavras que não conciliam mais
Talvez amor eu me sinta só
A solidão como fruto dos caminhos que traçamos
Caminhos que tomamos, dores que amainamos

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