Aquele dia em que nossos olhares se cruzaram
Senti você me tocar a alma
Saciar minha vontade de ser mulher
Suas mãos percorrendo minha cintura
Como que me tomando por inteira em seus braços
Sussurando ao pé do ouvido, fitando minhas curvas
Aquele dia em que nossos olhares se cruzaram
Sentindo sua respiração ofegante
Sua voz macia e quente
Senti seu coração acelerado de desejo
Sua boca procurando a minha
Cada vez mais perto, cada vez mais colados
Não conseguia me desviar
Fui me deixando levar
Vendo em você a imagem do pecado
O rosto ingênuo de gestos maliciosos
Passei minhas mãos sobre suas costas
Quis ser sua, ser amada, ser parte sua
Tocou-me, varrendo-me por dentro
Sugando-me as energias
Iluminando o espaço ao redor
Beijou-me, dando-me vida e extasiando
Tonta, entregue aos devaneios
Presença enebriante, feroz em si mesma
Desliza sobre meu colo
Suavemente ama-se só de olhar
Em seguida toca-me mais uma vez
Enlaçados num momento enfim único
Partes e metades de uma mesma maça
Inebriante
Data de publicação:
Segunda-feira, 11 Junho, 2007 - 04:40
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Comentários
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Muito lindo mesmo , sem palavras ..
Obrigada!
Fernanda
Fernanda
Inebriante - comentando
Bonito poema construido com belas imagens e figuras de palavras. Com um belo ritmo, embora senti que faltou algumas pontuações em determinadas passagens. A pontuação é importante para dar mais expressividade ao poema. Uma boa solução é a leitura em voz alta para se ter noção sobre o aspecto melódico. O poema é muito bom, parabéns, Godi.
Título sob medida,Fer!
Deixou-me deveras inebriada esse seu poema.Despertou algo dentro de mim que nem sei explicar...rs.Nem Freud explica.Você ressuscitou sentimentos que eu julgara estarem já adormecidos.Parabéns por mais essa obra,poetisa.Beijos poéticos!
Carmen
Carmen Lúcia