Espaço

Foto de angela lugo

Completa meu eu

Completa meu eu, eu sou tua e você é meu
Será que estamos a cometer loucuras
Entrelaçados assim neste abraço
Acredito que não, pois estamos no chão
Chão de algodão que nos embala
Sentimos a presença das estrelas
E a lua que nos ilumina nesta noite
Pode ser que passe um cometa
E nos acometa a loucura do doce prazer
Enrolarmos-nos neste céu que agora é nosso
Somente nosso ninguém mais o tomará
Podemos ficar selados você em mim eu em ti
Viajarmos pelo imenso universo
Seja meu não me deixe mais sem meu eu
Este eu que é o complemento do teu
Sejamos assim unidos para sempre
Como neste abraço que nos faz voar
Varrer as estrelas e nelas com a mão tocar
Ouvir apenas o vento ameno a soprar
Roçar em nossas peles nuas ao sabor do luar
Viajar no tempo e espaço
Que este amor ainda está dentro de nós
Quente como um vulcão a explodir

 


Foto de Homem Martinho

Regresso

Olá Poetas:

É com enorme prazer que vos comunico que regressei de férias.

Estava cheio de saudades deste espaço e de tods vós.

Francisco Ferreira D'Homem Martinho

Foto de Fernanda Queiroz

Dia de hoje.


Dia de hoje

Dia sem ser semente,
não brota ,
não irradia,
não ilumina,
é duro como rocha,
lembrança mais que tardia
opaco,
sem brilho
não germina.

Dia sem ser alegria,
não faz nascer magia,
e pelos sons de alegoria,
faz uma triste melodia,
leva embora a vivacidade
dá vazão a saudade.

Dia sem cor,
sem lacre,
sem hora,
sem nexo,
sem praxe,
dia de viver covardia,
da sina que irradia

Dia sem lado,
sem prado,
sem veste,
sem horizonte,
sem sonhos além,
dia que arremessa no espaço,
fragmentos de meu estilhaço

Dia sem agora,
sem hora,
sem momento,
dia onde nem pensamento,
gera comportamento,
que marca em andamento
um ato um nascimento

Dia que de tão esperado,
acabou sendo sepultado,
sem cultivar a semente,
sem fazer viver minha mente,
sem florir o peito meu,
sem olhar nos olhos teus

Fernanda Queiroz
Direitos autorais reservados

Foto de Shiri

Um pensamento louco

Tenho ouvido que o inferno é o local,
onde os que fazem muito mal em vida,
vão parar para o resto da eternidade,
sofrendo dores terríficas

Mas outrora sonhei,
com tal realidade
Que o Inferno era a antecâmara do Céu,
E não o mote das notícias

Nesse espaço vi as almas,
desprendidas do corpo,
passando no seu íntimo por todas as formas físicas
que viveram neste mundo louco
.
Aí a razão adormecida,
dentro da mente era plena,
e rodeava as almas sendo impossível
evitar a sua pena

.
No Inferno, eu sonhei,
que era lá que se via,
quem neste mundo de animais,
era verdadeiramente livre na filosofia

Percebi que só aquele que não detém pecado
é que nele não sofre a punição,
que o fará certamente escravo,
dele mesmo, irmão.

Compreendi então, nesse dia
Que Inferno não implica obrigatoriamente, sofrimento
Mas um estado de consciencialização,
que pode levar a tal tormento

Caso as acções das pessoas,
não tenham ido de encontro ao que é puro
dentro da razão,
que procede o julgamento

Em suma, Inferno era,
um estado em que o maior do juízes nos julga,
ou seja, nós mesmos,
sem o corpo influenciando,
o término do jurídico momento.

Percebi então o que era o perdão,
é a porta do Céu,
porque no Inferno, no final de tudo,
confere júbilo e não padecimento.

E quanto à eternidade que se fala…
Porque é ele eterno?
Porque se as pessoas caminham para a perfeição,
e se a perfeição nasce da consciencialização,
do espírito e da alma,
em relação ao dito corpo

Então é necessário que numa mão
detenham as pessoas o Céu,
fruto da perfeição,
motivada pelo esforço

E na outra o Inferno,
que nos leva a sentir o Céu,
com maior força a cada vida que passa,
As suas maravilhas e a sua luz…

Neste pensamento louco

Foto de angela lugo

Atormentada pela solidão

Atormento-me pelo vazio da noite que transcorre lentamente
O sono não chega afastou-se me abandonando
Sinto um desejo imenso de adormecer, mas o que fazer
Já cansei de ver as mesmas paredes de todas as noites
Com as mesmas cores, as mesmas cortinas esvoaçando
Pelo vento que corre feliz lá fora
Que inveja sinto deste vento que não sofre de saudade
Pelo contrário é ele que me trás teu cheiro
Sinto-me uma prisioneira desta solidão que a cada
Dia aumenta
Sinto-me atormentada dia após dia por este amor
Que não existe mais calor
Todas as noites é um tormento para o meu viver
não sei mais o que fazer
Tento me enganar que alguém me ama
um sorriso escapa no canto da boca
Enrolo-me nos lençóis de cetim vermelho
Escorrego meu corpo lentamente entre eles
Imagino tua mão suave acariciando-me
Com este deslizar tão intimamente
Ainda sinto as marcas do teu amor
Não sei mais o que fazer para te esquecer
Logo em seguida me pergunto o porquê deste engano
Porque enganar-me se nada é verdade
Um desejo aflora no meu peito e vejo o quanto nada é realidade
Ontem a noite estive com outro para preencher o teu vazio
Beijei entrelacei em braços que não conhecia
Depois de beber do meu corpo e sentir o meu gosto... Se foi
E fiquei aqui há esperar cada dia por ti
Por mais que tente preencher o teu espaço não tem como
Estou aqui esperando que um dia retorne
E me desperte para a vida antes que eu morra
Atormentada por este vazio triste da solidão

 

Foto de andrepiui

A.D.S.P

A-mante da arte amor
N-este vai e vem da vida
D-esenhando no caminho onde passou
R-abiscos deixou nos becos nas esquinas
É- meu tudo jóia cristalina

D-os céus vieste
O-u pro céu vai me levar
S-aberei só no final

S-empre vou te amar
A-lma corpo espírito
N-uma mesma canção vai rolar
T-raduzindo lapidando o rabisco
O-cupando espaço firme forte
S-eguindo em frente apesar dos riscos

P-onto de encontro
E-quilibro meio tonto
S-alvo pelo gongo
T-e amo e sempre amarei
A-té que me falte energia
N-em que não seja a carga máxima
A-ndré dos Santos Pestana com amor e alegria.
(Autor: André dos Santos Pestana)

Foto de Sonia Delsin

MINHA LEVE ALMA

MINHA LEVE ALMA

Minha leve alma voa na madrugada.
Na prisão de carne ela não fica aprisionada.
Ela explora o espaço.
O tempo.
Minha leve alma cansa-se do dia e busca o silêncio da noite.
Busca o silêncio da hora.
E vai embora.
Vai... desliza lenta por entre as estrelas.
Visita antigas paragens.
Minha alma gosta destas viagens.

Ela pisca pra lua e segreda com ela.
Minha alma a chama de bela.
Minha alma é isso...

Busca a leveza.
Não se quer presa.

Foto de Carmen Lúcia

"Se tiveres que vir..."

Se tiveres que vir
Que venhas logo...
Só em saber que tu vens,
Eu me empolgo...
E embarco pelas águas mansas
Que banham tuas finitudes
Ou decolo alcançando o cume
De tuas altitudes...
Circundando tua vasta ilha, te entrelaçando,
Quebrando geleiras de teu iceberg, te acalentando
Sendo o istmo que nos une, te aproximando.

Se acaso não vieres
Não digas nada...
Deixa-me sonhar mesmo acordada,
Deixa-me pensar que nada acaba,
Deixa-me vagar em teu remanso,
Entrelaçar-te num forte abraço...
Circundar o teu espaço,_
Acariciar o teu regaço,
Deixa-me sonhar...
Deixa-me pensar...
Deixa-me amar...
Deixa-me chorar
E me enganar...

Foto de Carmen Lúcia

"Se tiveres que vir..."

Se tiveres que vir
Que venhas logo...
Só em saber que tu vens,
Eu me empolgo...
E embarco pelas águas mansas
Que banham tuas finitudes
Ou decolo alcançando o cume
De tuas altitudes...
Circundando tua vasta ilha, te entrelaçando,
Quebrando geleiras de teu iceberg, te acalentando...
Sendo o istmo que nos une, te aproximando.

Se acaso não vieres
Não digas nada...
Deixa-me sonhar mesmo acordada,
Deixa-me pensar que nada acaba,
Deixa-me vagar em teu remanso,
Entrelaçar-te num forte abraço...
Circundar o teu espaço,
Acariciar o teu regaço,
Deixa-me sonhar...
Deixa-me pensar...
Deixa-me amar...
Deixa-me chorar
E me enganar...

Foto de Lou Poulit

NÃO CABEM DOIS MARES NO MEU ABISMO

Não cabem dois mares no meu abismo. Não resplandecem duas estrelas na minha escuridão, nem duas manhãs podem beijar o reabrir dos meus olhares. O meu sonho incauto colhe os ventos rebeldes que o arrebatam, e o peito do alto tolhe as vagas que lhe desafiam, mas no silêncio milenar das suas profundezas o meu amor não se desalinha. Pelas imensuráveis distâncias do próprio cosmo, o meu amor peregrina e das palmas que lhe acariciam esmola: de cada era a prece em que tardo e a bailarina, em quem como um raio ardo e me esvaio, com cada passo tece o cetim no espaço, o olhar que toca a tez amada quando amanhece.

O relâmpago, que a eternidade de um instante proclama, não alforria duas senhoras, nem duas escravas lhe possuem a chama. O hálito morno, que áspero lambe o leito e dessedenta o rio, e como um senhorio crava estrelas em suas areias, só tem uma pataca. Para que dois alforjes? Não são de sandálias as suas pegadas, mas onde aponta o velho cajado ancora-se o frêmito do escuro ao firmamento, como se ao crepúsculo o amor ancorasse o vento e, a se deserdar do fim iminente, sentisse o que o músculo não sente. O corpo da amada não mente, o botão guarda o instinto da rosa. O templo espera, de uma só direção, pela manhã sestrosa que há de lhe dar vida às pedras.

Pois que venha o amor no dia das algas. Abissais, viscosas e quentes, esgalgas algas, crispadas no rastro das correntes, rubras espadas a sua conquista. Virá o tempo do grito rijo, nas entranhas do torpor. Virá a madrugada ao regozijo do repouso. Amada, virá o amor tardio... Ah, o amor vadio, sem peja ou medo, a mais doce peleja, o mais furioso brinquedo. Virá na ponta do dedo, no gume da fala, descabelar a pérola numa luta que na vala brota, de pétalas no fundo da grota... O pórtico exíguo e seu tímido obelisco hão de ser soterrados sob as asas do pégaso amado, para que apenas as suas estrelas rasguem o negrume e habitem o instante. Ah, o amor... Pelo caminho dos pirilampos o amor virá com seu tropel. Mas que não venha pelos campos, nem do mar nem do céu, mas com um canto gutural o amor mais visceral venha do nosso passado... E domado como um bicho amante, pela crina, há de transfigurar-se em doçumes, no vau largo da bailarina, num último cismo de lumes. A manhã pertencida espreguiça o levante, sem posses ou posseiros, sim à vida... E nunca mais aos ciúmes.

(Itaipú, 21/julho/2007)

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