Se tiveres que vir
Que venhas logo...
Só em saber que tu vens,
Eu me empolgo...
E embarco pelas águas mansas
Que banham tuas finitudes
Ou decolo alcançando o cume
De tuas altitudes...
Circundando tua vasta ilha, te entrelaçando,
Quebrando geleiras de teu iceberg, te acalentando...
Sendo o istmo que nos une, te aproximando.
Se acaso não vieres
Não digas nada...
Deixa-me sonhar mesmo acordada,
Deixa-me pensar que nada acaba,
Deixa-me vagar em teu remanso,
Entrelaçar-te num forte abraço...
Circundar o teu espaço,
Acariciar o teu regaço,
Deixa-me sonhar...
Deixa-me pensar...
Deixa-me amar...
Deixa-me chorar
E me enganar...