Escrita

Foto de fer.car

POESIA

Poesia que cobre minha alma de doçura
Que me fez forte quando fraca me encontrava
Que deu vida aos meus dias e matou a saudade
Poesia, que é senão esta leve beleza em dizer verdades?
Que acarinha o mais frio coração e cala a maldade
Cada palavra escrita é uma gota de suor, de uma vida sentida
Um sentimento que se foi, outro que vem
A poesia que é prima da morte e do renascimento
Cada verso pronunciado, uma lágrima que eclode do peito
Um sorriso abrasador que demonstra o mais íntimo de um ser
Poesia é senão a nossa maior farsa descoberta
A metade nunca revelada e agora despida
O grito que ficou engasgado na garganta e ora solto ao vento
A loucura mais exagerado, o mundo sob a ótica de um palhaço
Poesia que me fez dizer em beleza a falsidade das pessoas
Ver num voar de pássaros a liberdade tão almejada
Mesmo no cinza ver o colorido
E na dor, a alegria
A Poesia que é simbolo de nova estação
Um arco íris no final de uma paisagem
Uma mensagem que já nem mais esperava ler ou ouvir
A Poesia que vive em meus dias
Porque poesia é tudo que eu vejo
É tudo que acredito e ninguém a tira mais de mim

AUTORIA: FERNANDA CARNEIRO

Foto de Gideon

Chico Buarque e o "sempre"

Sempre! – As vezes esta palavra soa irônica. Eu a uso sempre (viu só?), e muitas vezes, sempre (de novo)! Certa vez achei que estava sendo pouco criativo quando terminava um verso com o sempre.

Sábado, cinco da tarde, entre um afazer e outro, puxei o Segundo Caderno do jornal O Globo, de 19 de março de 2006, que guardara para ler no futuro. Observando a matéria sobre o lançamento do filme de Cacá Dieguez “O maior amor do mundo”, chamou-me a atenção a letra da trilha sonora escrita por Chico Buarque para esse filme. Letra inédita que passo a transcrever aqui:

Sempre

Eu te contemplava sempre.
Te mirei de mil mirantes,
Mesmo em sonho estive atento
Pra poder lembrar-te sempre,
Como olhando o firmamento
Vejo estrelas cintilantes
Que se forma para sempre.

O teu corpo em movimento,
Os teus lábios em flagrante,
O teu riso, teu silêncio,
Serão meus, ainda e sempre.
Dura a vida alguns instantes,
Porém mais do que o bastante
Quando cada instante
É sempre.

Letra inédita de Chico Buarque para a canção-tema de “O maior amor do mundo” – Jornal O Globo – Segundo Caderno de 19/03/2006

Pois é, cá está o grande Chico se safando no apelo do sempre. Engraçado, percebi já há algum tempo, que quando estamos em estado do que chamo transe poética, a eternidade parece se lançar à nossa mente como a realidade preponderante e que norteia toda a nossa poesia. Mais ainda quando o sentimento em questão é o amor. Nesse caso a eternidade parece construir em nossa mente uma estrada para o amor caminhar (que poético, não acham?).

O destino dessa estrada seria o sempre. Talvez isto fosse um desejo subconsciente de que aquilo que é tão bom e tão almejado, como é o amor, nunca se acabe. O sempre surge, então, como aquela palavra que representa muito bem e completamente a idéia deste estado de transe poético que me referi anteriormente.

Bem, depois de ler esta poesia, do Chico Buarque, senti-me mais aliviado, e já não vou mais rejeitar de pronto o sempre, que, aliás, fica tão bem quando acompanhado com umas reticências em forma de pontinhos: sempre...

Claro que não ouso me comparar ao Chico, mas confesso que me senti meio vingado com o meu lado chato e questionador, aquela personalidade, dentre tantas outras que os psicólogos dizem termos, e que vez outra me aborda acusando-me de ousado, metido e sem senso do ridículo, quando escrevo as minhas poesias, ensaios, etc...

Imagino o que não passava na cabeça do Chico Buarque, que de tão treinado em poetizar, deve, ao conversar, espontaneamente falar todas as palavras em metáforas. Agora, no entanto, quando escreveu esta poesia, parece tão simples e ingênuo ao ponto de aparentemente não ter incomodado-se em recorrer aos antigos clichês poéticos, contudo válidos ainda, que a natureza nos empresta: “sonho”, “firmamento”, “estrelas cintilantes”, “corpo”, “lábios”, “riso”, “silêncio”, “instantes”, e o, claro, “sempre”, que, aliás, termina a sua poesia como que caminhando pela tal estrada que me referi poeticamente.
Só faltaram as reticências...

As poesias do Chico, claro, são para sempre...

Foto de Henrique Fernandes

SORRISO NOBRE

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É uma verdadeira obra de arte
O luxo dos sentimentos
Um cofre repleto de jóias
Um valor que equilibra a paz interior
Jóias nascidas em gestos de carinho
Criadas numa voz que reflecte amor
Amar é escrita arrojada na pele
Destacando a paixão que dá á alma
Um brilho precioso como assinatura
Sublime no rosto que se contempla
Na noção perfeita de um sorriso nobre
Enaltecendo a beleza dos sentidos
Sentir o amor de alguém é voar
Sobre colheitas de alegrias
Por entre sementes de prazer
E saborear arrepios de satisfação
Partilhando a troca de um beijo
Um roçar de lábios original
Testemunhando a vida

Foto de Mentiroso Compulsivo

Dia Branco

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Hoje senti
que queria o mundo branco,
branca a folha do jornal
escrita a tinta branca.
Um véu branco
em rosto encoberto.
Sentir a noiva de branco,
antes de ser desflorada.
O branco da primeira comunhão,
Com a hóstia de pão ázimo, consagrada .
Atirar pétalas de rosas brancas,
ao soldado que a bandeira branca ergue ao alto.
Ler em linhas brancas ódio e a ambição
e tornar livre o Homem dessa escravidão.
Queria ter a pomba branca a saltar
das minhas mãos e livre voar.
Um mar branco de águas,
para banhar meu corpo em anáguas.
Sentir o cheiro do branco dos lençóis lavados,
antes de uma noite de amor.
Ter numa folha branca este poema escrito
com palavras gravadas em branco de êxito.
Como eu queria ter um coração branco
e pintar uma lágrima branca numa tela cã.
O branco e só o branco e mais branco queria,
a reflectir todas as cores deste dia.

© Jorge Oliveira

Foto de Dirceu Marcelino

MARIA, MARIA... Homenagem a todas as mulheres, especialmente, a minha Tia MARIA.

*
* para minha Tia MARIA JOSE RODRIGUES DE OLIVEIRA
*

“Ó Virgem Maria”. Muitas pessoas se perguntam:
Poderás ser comparada à mulher atual?
Àquelas que ao lado dos maridos labutam,
Fixando sua posição intelectual.

Foi mulher que assumiu com fortaleza
E determinação a responsabilidade,
De gerar o filho de Deus, maior grandeza
Celestial, que viveu junto à humanidade.

Como podes ser proposta à imitação?
Se de teu ventre Nosso Senhor Jesus nasceu
E nunca tiveste qualquer ambição.

Imitar Maria, não é viver o que ela viveu
Mas viver como MARIA com muita disposição,
Seguindo os vários exemplos que ela nos deu.

NB. Esta poesia foi escrita, originalmente, a quatro mãos por Dirceu Marcelino e Maria Danelon, re-atualizo e ofereço em homenagem à minha tia Maria José Rodrigues de Oliveira, que já tem muitos aninhos.

Foto de JGMOREIRA

CARTAS DE AMOR III

CARTAS DE AMOR III
Noturnas

Mesmo que sejam tristes os poetas
Suas palavras sempre serão belas
Estarão sempre a um passo do abismo
Amparados pelo amor se vão à queda

Escrevem poemas para todos ou ninguém
Seus poemas são cartas que vão e às vezes vêm
Mesmo quando o destinatário as rejeita
Continuam prenhes de amor, perfeitas

As horas de desterro do mundo verdadeiro
Para escrever linhas de amor verdadeiro
Torna o mundo em que vivem um pesadelo
Que só termina quando escrevem do desterro

As cartas de amor são obras noturnas
Cardiográficas, uma espécie de mágica
Que faz ferozes donos de coturnos
Esquecerem suas vidas trágicas

E assim segue o amor nessas vidas
Fluindo através de poros insones
Depositando-se na palavra escrita
Para aliviar a dor que os consome

Coisa imensa de tão grande
Que não há palavra que traduza
O que mora na alma desses homens
Que escrevem cartas noturnas

Foto de Henrique Fernandes

São Valentim (distantes)

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Olho para o mar
É este mar que nos une e separa
Estás aí do outro lado deste imenso oceano
E tudo o que tenho teu
É uma vaga lembrança de um toque
Do sabor dos teus beijos e calor do teu corpo
Hoje dia de São Valentim, dia de celebrar o amor
Minha mão está vazia onde deveria estar a tua
Minhas lágrimas misturam-se com a água do mar
Fecho os olhos e a brisa do mar lembra uma carícia
Algo eu sei, hoje posso estar sozinha fisicamente
Mas tu existes e nosso amor também
Então celebremos mesmo que distantes
Temos algo único e belo, partilhamos tanto
E se resistimos á distância
É porque o destino sabe que estamos destinados
E em breve amor
Nossa vida será uma eterna celebração ao amor
…………………….
Desculpa e lamento estar tão longe de ti
No dia dos namorados estarem bem juntos
Mas além de São Valentim também tu sabes
Que estamos bem presentes em nós neste dia
Deixa ecoar a minha voz por onde passa o teu olhar
Não desencantes os meus intentos e sente a poesia
Escrita nos meus olhos ao pegar na tua mão
Numa mensagem sem enganos que meu coração dita
Fecha os olhos e deixa teus lábios
Desaparecer molhados nos meus lábios
Para um beijo sentados num tapete voador
Voando juntos pelo tempo desta saudade difícil
Para chegarmos com sorrisos até o nosso nós
Que as horas paradas e a ansiedade sejam afundadas
No mais profundo sentir de alegrias nesta união

Ana Alves e Henrique Fernandes

Foto de Francisca Lucas

Palavras São Armas...

Se a inspiração é divina,
Ela provavelmente ilumina,
Tanto o escritor ao escrever
Como também ao leitor na hora de ler!

E quem tem uma boa consciência,
Não faz da poesia
Uma armadilha...
Do contrário...
Usa na escrita maravilhas,
Versos e frases de raciocínio,
Para reflexão e meditar o coração!

Usa sempre de bom juízo
Para não trazer prejuízo
Ao coração do leitor,
Que com amor
Se deleita em suave leitura!

...^!^...

Foto de Henrique Fernandes

ECO DE AMOR

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Amor é eco da minha escrita
Por onde espreito o sonho
Em mim a paixão está hirta
Nos versos que componho

Um constante de acção
E leio-me bem ás vistas
Respeitando o coração
Á janela das conquistas

Sempre fervoroso
Sem as páginas cheias
E para além de bondoso
Sou devoto ás minhas ideias

Sei servir-me de um poema
Num juízo de bem sorrir
Á alma de quem me ama
Abastando o meu existir

Foto de Henrique Fernandes

A NOITE É CANÇÃO DE QUEM AMA

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Preparado para o romance
Teu olhar é o meu jardim
Toma minha mão e sente
Podes confiar em mim

Sente o silêncio que fala
Na verdade de te amar
Um beijo em mim não se cala
Nos meus lábios para te dar

Momentos tão cheios de vida
Ao sabor do teu sorrir
Exponho a paz escondida
De um nós por existir

Lê no meu peito o poema
Do teu toque que senti
A noite é canção de quem ama
Escrita por ti

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