Escrita

Foto de Marcelo Souza

Escrituras

Queria escrever algo
Uma musica, um poema, um soneto
Qualquer coisa, que não fosse qualquer coisa
Algo simples, porem profundo, usando com perfeição cada virgula, cada ponto, cada figura.
Algo sentimental, algo encantador
Singelo e impactante ao coração, para tocar um único coração e fazer este coração me notar.
Queria escrever algo
Bem diferente do comum, que não falasse de flores, mas transmitisse a você o perfume delas, que não falasse da beleza da lua ou do sol ao amanhecer, mas algo que te fizesse atentar para um brilho tão equivalente ao deles sempre que te vejo
Queria escrever algo
Que não falasse do que sinto em meu coração mais algo que ultrapassasse tantas leis naturais a ponto de te fazer ver o que se passa e o sentimento que carrego comigo.
Queria escrever algo, tão bonito que alcançasse teu coração, ou mesmo algo tão idiota que me valesse o mais precioso premio a saber um simples sorriso teu.
Algo sincero num compasso de escrita diária fazendo você ler cada gesto e atitude minha, te fazer ver cada palavra escrita durante a odisséia de te conquistar, e no desejo de anunciar que és única em beleza (simpatia se assim desejas) e encanto.
Escrever algo pra ti, mais não com caneta e sim com amor, escrever mais não em papel e sim nas invisíveis paginas especiais da historia da tua vida.
Escrever pra ti, como uma carta a um anjo ou uma canção que expresse o que é estar ao teu lado, e mostrar sem rodeios o quanto desejo você.
Escrever algo que transponha o muro que há em volta de ti, escrever algo que com extrema doçura mine todas as tuas defesas, escrever algo como um convite enfim aceito, algo que te fizesse entender e expressar qualquer sentimento que tiver.
Escrever qualquer coisa, que não seja qualquer coisa, mais do que só um papel que tão breve será guardado numa gaveta, e sim um momento traduzido que pudesse fincar raízes em teu coração, coração, um pedaço do meu dado a você, na espera de ser notado, como se pudesse ser simples colocar num papel; escrever pra te fazer ver, o que sou...e como estou...
Sem mais palavras pra escrever...

Assina: Um simples apaixonado por você...

Foto de AAC

Minha amada

Confiei a ti os meus sonhos e segredos, fiz do espelho o reflexo não só de mim externamente, mas internamente, e pedi que você me guiasse, para que assim tivesse um rumo, mas agora você me deixa louco. Estou louco. Louco para que novamente lhe veja entrando por aquela porta que um dia abriu as portas do meu coração para você.
Me submeto as mais estranhas atitudes, que somente alguem como eu, um escritor poderia sonhar em prever, o futuro que construira.
Me vejo como um poeta e você minha poesia, escrita a cada verso, cada estrofe com delicados rabiscos de um apaixonado.
Quando a tristeza me invade você surgi como minha heroina em um cavalo branco, coisas de conto de fadas, sonhos.
Posso fechar meus olhos a noite, de dia, a tarde, a hora que for... penso em você de olhos abertos, sinto, ouço, vejo você como se ainda estivesse de olhos fechados.
Não importa o que esteja fazendo, ou com quem estejas, mas quero que estas minhas palavras cheguem até você e façam com que pense em mim, e lembre dos momentos em que passamos juntos, momentos dos quais em silencio olhava teu rosto e dizia TE AMO.

Foto de Fédon

Quando

Quando fez parte da minha história, no livro da minha vida, fui tão egoísta e esqueci:a tua vida tinha um livro também.

Pensei que o mundo era meu...egoísta,insensato.

Quando eu estava ao teu lado queria o teu amor dobrado em troca do que eu nunca te dei.

Mentir foi costume,pensei só em mim,hoje,porém,eu percebo o quanto eu errei.

Quando reli o livro da minha vida, achei a história incompleta, mal escrita, talvez.

Foi quando lembrei de um capítulo lindo, que eu nunca liguei,a tua vida na minha tornara-me rei.

Mas, como todo o désposta,tranquei teu caminho só pensando no meu.

Foi quando percebi, que eu só existi nessa vida por que, no meu livro, tu existias também.

Foto de Edson Rodrigues Simões Diefenback

O ato de escrever

A escrita aproxima as pessoas de uma forma quase assustadora.
É como identificar, nos outros, parcelas de nós mesmos.
Ler nas palavras perdidas em blogs, livros, crônicas, as nossas loucuras, os nossos mais inconfessados anseios.
Os laços que se criam entre duas pessoas apaixonadas pela escrita faz com que se apaixonem entre si e, partilhem, silenciosamente, rasgos mentais.
Um espelho por vezes algo grotesco em que vemos o nosso íntimo no íntimo do outro, o nosso sorrir no sorriso do outro.
E a dor na dor do outro.
Duas pessoas que partilham dor nunca mais poderão ser indiferentes aos vultos dos seus corpos.
Quantos desses encontros fugazes com as nossas metades perdidas no mundo, soltas a voar no espaço da criação?
Quantas palavras ficam por ser ditas nessa mútua compreensão amargamente doce.
Quantas sensibilidades iguais, atrações criadas e recriadas nesse espaço-tempo criativo e sensual?
A escrita é espaço de tentação. De tensões que aproximam e a afastam os possuídos.
Só outro possuído para compreender a possessão.
E não é isso que todo o ser humano procura? Compreensão?
Essa identificação serena e ao mesmo tempo revoltada em que queremos ser o alvo do poema, queremos ser o amor e o amado, queremos ser o destinatário dessas palavras, dessas teias invisíveis e, no entanto, tantas vezes palpáveis.
Sim, a escrita, é um ato sensual.
Uma veste que nos torna tão deslumbrantes aos olhos dos outros... dos que nos desnudam devagar, com profundo deleite.
Talvez tudo se resuma a isso... A um amor imenso que nos assoma e nos entrega nas mãos que seguram a caneta. Nos dedos que batem no teclado.
Sendo dos meus leitores, não sou, porém, de ninguém. E isso torna-me muito mais apetecível.
Muito mais... etéreo e majestoso.
Por isso me escondo. Me resguardo. Para que possam sempre sonhar com o deus que gostam de idealizar.
E que, infelizmente, é tão humano. Tão imperfeito e estupidamente humano.
Visto-me de escrita e danço para vós. Desnudam-me devagar e eu deleito-me, num orgasmo literário, numa sensualidade crescente e viciante.
Quando saio do palco volto apenas a ser eu... Coloco suavemente as minhas vestes num armário enorme e suspiro.
Aqui nos bastidores fico sozinho. E mesmo assim cheio de outras personagens que leio e releio pelos dedos dos que amo ler. Inebriado de criatividade.
E amo... amo a escrita... amo os escritores e as suas palavras.
Mesmo quando estou sozinho... E preenchido de ti.

Foto de Edson Rodrigues Simões Diefenback

Escreve

Escreve... A folha escrita: um pássaro que voa, um palavra de carinho, um amor declarado
Cada cérebro: um ninho onde a idéia produz
Amor, Ódio, Verdade, Engano, Treva, Luz,

Somando mal ou bem, de pessoa à pessoa.
Escreve... A pena talha anseio, gloria, cruz,

Virtude, guerra, paz, grilhão, asa, coroa...
O pensamento cria, ampara, aperfeiçoa,
Degrada, oprime, salva, ilumina, conduz!...

Escreve... Mas escolhe o assunto, o verbo, a frase.
Reconforta, constrói, levanta, ensina, traze,
Onde estejas servindo, a inspiração de escol!...

Escreve aprimorando!... O texto mesmo breve
Transforma-se no Além, conforme o que se escreve,
Em cadeia de sombra ou Caminho de Sol.

Foto de choicePT

Amor Mudo ( um poema para a Akiko)

Nao queres que te diga nada
E para ti nada direi
Nem que és a minha amada
Nem que por ti chorei

Podes nao me deixar falar
Mas nao calas o meu coração
Nao me podes proibir de te amar
Mesmo que me digas sempre não

Eu te transformei na minha escrita
Deixei-te a minha mercê
Cada vez que alguem a recita
Eu terei sempre você!

Foto de Patricia-Arganil

A vida do meu Sonho (Patrícia)

Não sei porque escrevo. As palavras não transmitem aquilo que o meu coração sente. E uma vontade de parar de escrever cresce como a vontade de estar contigo. Sonho o dia em que a distância não será sentida. E paro de escrever para sonhar...sonhando, escrevo o que não sei dizer ou expressar em pensamento real.

E porque é sonho paro, pois o que é mais que a própria realidade quanto mais o sonho. Perdida nos labirintos do meu ser não quero parar de escrever. Como se a escrita me levasse a uma saída ao encontro comigo no próprio ser, encontro maravilhoso de sentimentos puros. Talvez eu lá esteja, não sei... Continuo perdida. E como que reclamando o meu lugar descubro que não estou na totalidade; pedaços de mim estão em mais alguém...
Dava a minha vida para estar outra vez contigo...sei que é impossível, mas eu não consigo esquecer-te...porque na verdade... eu Amo-te!

Patrícia

Foto de quimnogueira

Ouvindo a noite...(Quim Nogueira)



alguém a ouve?...

...sentado nesta cadeira de frente para o meu computador, numa mesa de madeira, branca de sua cor, eu teclo nas letras paradas ao redor dos meus dedos...preparo um texto, sem contexto, com uma textura qualquer, talvez de amargura...não me preocupa a forma, nem as palavras que me vão deslizar pelos dedos e destes para o écran que, de vez em quando, olho prevenindo um possível erro de escrita...não me preocupa o tema, mesmo que sem lema não se torna um dilema neste plural sistema de escrever prosa ou poema...

...trata-se de fazer deslizar apenas o teclado pelos meus dedos e deixar sair as palavras da minha mente numa constante busca da semente do significado para aquilo que estou a fazer neste momento...e que faço eu, nesta hora, aqui, sozinho e agora, batendo lento ou apressado nas teclas do meu teclado...olho em frente e vejo um relógio que marca as horas lentas que passam por mim e que marcam o tempo de viver a sorrir e a amar...tudo e todos, sem olhar a quem...somente por amar...

...e que espero eu obter desse amargor doce da alma que sofrendo não chora, pelo contrário, vive e implora...e que espero eu senão encontrar o caminho mais leve que me percorra o corpo como quente neve branca como o luar que lá fora, no céu cinzento, teima em espreitar numa noite fria de chuva que se aproxima do meu solitário estar...

...não percorro os corredores do dia que passou nem choro as lágrimas que retive dos acontecimentos que por mim passaram como uma brisa leve pousando no lugar onde estou e me sinto pairar dentro do meu próprio eu...

...procuro o sentido da vida que não encontro, numa procura constante de mim mesmo, na luta insana da loucura que afasto de mim nem que seja por um instante...

...e esse instante está chegando na forma da noite que se aproxima, daquele estado de espírito que me anima, pois a solidão resta a meu lado sem um mudo som nem qualquer grito abafado de dor...

...e aqui fico...

...esperando a noite chegar para nela me agachar e aninhar...povoar nela os meus sonhos de aqui me sentir e de aqui gostar de estar, neste lado do meu mundo, sozinho, de dia ou de noite, a mim próprio mentindo...

...mentindo-me em constante delírio duma busca que ufana luta me provoca na mente que, pensando, não me escuta...

...e não me oiço a pensar, nem quero sequer isso imaginar; oiço apenas a noite chegar e a sua escuridão me abraçar, sem me possuir nem me ter, apenas me rodeando de um leve prazer por ouvir os seus sons sobre mim verter...

...e vertem-se esses sons em pancadas surdas de palavras mudas, livres e desnudas de sentido ou de intenção...

...a noite traz paz ao meu coração...ouvindo-a, fico sossegado e dou a mim próprio a minha própria mão...segurando-me para não a possuir...para ficar aqui e não ir...

...senti-la apenas num, pequeno que seja, luxuriante som...

...ouvindo a noite, parto para o êxtase do meu ser, não pretendendo ver, apenas ouvi-la...

...dentro de mim, a bater...

Quim Nogueira

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