Escrita

Foto de Rose Felliciano

DIVAGAÇÃO

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"Não sei se cresci,
amadureci, envelheci...
Ou se é mesmo e tão somente
O fruto da experiência latente...

O fato é que, para algumas coisas
Perdi a paciência.
Noutras tolero mais...até esqueço
Mas já desfeito, desligo de vez de mim.

Pensando assim, me vejo como criança
Naquela Infância de tantos porquês...
Mas quem irá me responder,
Se meus pais não podem mais?

E minhas dúvidas de hoje
São diferentes de antes...complexas!
Não são mais sobre bonecas
Ou como o nenêm vai nascer...

Ah! Se eu pudesse mudar a escrita
Tirava os porquês dessa vida
Viveria assim...
Sem aprender!

Pois cada vez que aprendo
Sofro um bocado
E compreendo
Que preciso aprender ainda mais...

E olha que a vida ensina...
Mas chega a ser antipática
Nos aplica primeiro a prática
Ficamos até sorridente

Seguidamente, por um descuido ou ilusão
Vem a Durona Lição
E aos prantos, temos que entender
E decorar a teoria....

Que ironia...

Talvez seja então por isso
Que muitos teimam na rebeldia...
De não querer aprender
Vá entender.....Desaprender ????!!!!

Creio que não...
Melhor é decorar logo a lição
E parar de bobagem...
.......Pura divagação"(Rose Felliciano)

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*Mantenha a autoria do Poema*

Foto de Amadeo Santos

Comentário / Carta Aberta

MFN, espero que esteja tudo bem consigo!
Inicio este comentário (carta aberta) alertando que vou ser longo e directo, tal como o senhor costumava ser!
Devo informar que sempre fui unicamente visitante assíduo do site poemas de amor à muito muito tempo, sem nunca me ter inscrito. Fi-lo agora para poder intervir aqui nesta sua despedida. Acredito pessoalmente que os seus dados pessoais são verdadeiros e assim sendo, digo-lhe que tenho uns anitos a mais do que os seus. Sou já um reformado profissional e um activo na vida.
Como já falei, leio o poemas à muito tempo e reconheço aqui muitos bons valores da escrita, mas quando o descobri a si deu para notar de repente que se tratava de alguém muito especial e diferente. Foi ai que fui ver a sua ficha de identidade aqui no poemas e reparei muito atento no seu perfil e entendi perfeitamente a sua sinceridade e postura de vida. A sua frase de apresentação é duma sensibilidade incrível e os seus escritores preferidos são daqueles que interrogam profundamente o ser humano. Confesso que Augusto Cury não conhecia e fui descobri-lo porque entendi que sendo um dos seus preferidos só poderia ser interessante e não me enganei.
Deixe-me olhar para você com olhos de um velho homem apaixonado pela vida como o senhor provou ser, e de um jovem de espírito mas sem já a força física de outros tempos.
Você não é fácil de ler. Não sei se devo falar assim, quero dizer você obriga a reflectir demasiado cada palavra, cada frase, cada linha e cada pensamento. Você é diferente sabe? Sabe que o leio hoje e amanhã ao reler de novo uma reflexão sua ou poema, leio já de forma um pouco distinta? E não sou eu que mudo ou o meu estado de espírito, emocional ou psíquico, são os seus escritos que lendo-os com mais atenção eles me levam para outros pensamentos e descobertas de caminhos. São autênticas missivas de conhecimentos interpelantes.
Que me desculpem os moderadores do poemas de amor, mas é uma grande perda a sua saída sem querer menosprezar o valor dos outros. Você interpelava com os seus pensamentos, eles eram atrevidos, duros e directos. Demonstram uma sustentação de experiência não calculada à sua idade (a ser verdade a informação do seu perfil e que acredito que seja).
MFN o tempo como você diz foi pouco mas o que me transmitiu foi muito. Você tem poemas e reflexões pesadíssimos de saber. Creio que não serão capazes todos de os entender à primeira assim como eu. Assumo que não os apanho logo à primeira vez que os leio e nem tenho a certeza de chego onde você quer que eu chegue. São muito enigmáticos, pragmáticos e de uma objectividade inconfundível como confundível.
Tem uma reflexão (poema) seu que quando comecei a ler ia ficando com uma ideia mas fui-me habituando a que a qualquer altura e rapidamente você me iria confundir, porque o seguimento da reflexão parecia tão fácil de entender que desconfiei e na verdade estava certo, eu lia o evidente mas o que o senhor queria dizer não era o que eu lia assim tão evidente, era mais do que isso. Aprendi que não podia le-lo tão rápido, cada palavra tem o seu peso e encaixe e quando me apercebia que o julgava estar a entender logo pensava devo estar a perceber errado. Relia e concluía que era verdade, estava a falhar. Lendo rápido o senhor, fico com uma ideia depois ela é outra quando o tenho com mais atenção e serenidade.
Você escreve sempre em várias direcções, chegou até a fazer chamadas de atenção aqui ao site do poemas, fez também reparos a sua forma de ser, deu indirectas a alguns comportamentos e tudo se manteve. Acho que as suas observações passaram despercebidas a muitos, e que até muitos não o liam porque o que escrevia era sério de mais para o que muita gente está habituada a ler. E os que entenderam as vezes que se insurgiu contra entre aspas algo, preferiram manter-se calados, pois são muito mais aqueles que gostam do facilitismo e do deixa andar do que aqueles que preferem colocar o dedo na ferida para a tratar como deve ser. Reparei que fazia poucos comentários, e argumentava falta de tempo, acredito sinceramente que sim, e reparei também que só alguns o comentavam e não seria por falta de tempo, porque comentavam outros. Mas você escreveu também sobre isso de outra forma inteligente. Li um poema que falava de um polvo duro, e percebi onde quis chegar. Você falou tanto e tanta coisa em tão pouco tempo neste site e para este site directamente. Acho que sei quem você gostava de ler, e eram muito poucos e diferentes.
A sua despedida em vídeo, com um tema tão lindo e ao mesmo tempo tão triste, faz perceber que você sai descontente deste espaço. Talvez sentindo-se um incompreendido pela maioria. A ideia de colocar a sua voz no vídeo para que pudéssemos conhecer uma voz real, triste e melancólica, não foi só para a despedida do seu amigo, foi talvez para que pudéssemos perceber e entender a tristeza com que abandonava o site. Deixou em voz viva aqui e para sempre um rosto e as suas pegadas de passagem.
A sua passagem por este site, marcou mesmo. Repare que neste ultimo escrito seu, houve um comentário de um participante que nunca o tinha feito antes, acho que percebi perfeitamente a sua intenção e acho também que foi um comentário tão falso e tão verdadeiro de infelicidade. O comentário só lhe ocorreu na hora de saída e talvez por se sentir mais à vontade com o facto de ter comunicado de que não iria responder, e também, pela sua saída o deixar com menos sombra e mais visibilidade para quem gosta dela. A atitude do comentário é de facto uma das evidências negativas com que você algumas vezes se insurgiu aqui no poemas. Você no último vídeo diz que o seu amigo era “único”. Deixe-me que lhe diga, aqui no poemas tem bons escritos, mas os seus são tão únicos. Você é um dos únicos.
A sua entrada aqui no poemas criou alguns embaraços e amuos, você cortava a relva muito baixa e em todas as direcções e isso perturbava os mimaditos da casa, aqueles que gostam da popularidade, das palmadinhas nas costas, dos beijinhos, dos pontinhos e das vitórias sem suor e sem justiça. Podia continuar a escrever mais até porque sendo a primeira vez e só porque não me podia esquivar de deixar este escrito de justiça, tristeza e apreço à sua passagem por cá. Mas vou terminar desejando-lhe a maior sorte do mundo e sei que você vai consegui-la. Você deixou perceber que conhece os seus caminhos e como muitas vezes escreveu os seus momentos e tempos.
Aqui no poemas, vou resignarmos novamente à minha postura de visitante até que apareça algo a tocar-me profundamente como o MFN o fez. Mas confesso que leio muito aqui e gosto de ler outros escritos para além dos do MFN, mas os seus eram de longe os meus favoritos.
Despeço-me com respeito.
Amadeu Vargas

Foto de HELDER-DUARTE

LOPES

Lopes! Lopes! Lopes! Meu irmão!
Os ventos do mal, tentaram!...
A vida tirar-te, como se não foras filho, Adão!
Teus irmãos, os filhos de tua mãe Eva, te amaldiçoaram!
Mas ainda que estejas, com essa morte!
Em ti bem patente e visível!...
Tu chegarás ao norte!...
Sim! Tu filho de Angola e homem sensível!...

Ai tu cinco anos e tu cinquenta e oito!...
E também tu, vinte e três anos!
Que me causaste tantos danos!
E tu, que fostes, meu amor! Naquela noite!
E tu, meu irmão! Minha carne!
E vós das Caldas! Que me mataste!
Tu! Meu Amor! E meu irmão, que me torturaste!
Sabei vós todos! E tu! Escola, que não fostes, um amar-me!

Tu Nuno! Fostes amigo!...
E estás comigo!...
Nesta enfermidade!...
Sem ter liberdade…
Eis que meus dias, são aqui poucos, em verdade.
Oh! Todos vós sabei! No que me tornei!...
Oh José Armando! Como me enganei!...
Entrei nesse caminho, errado…

Ai! Já eu houvesse parado!...
Mas um dia, encontrei o Duarte!...
Que morreu, como eu!
Mas ele, me falou do amor, do Deus, seu.
E provou ser homem de arte.
Não, muito na escrita, talvez!
Mas na força, que por ele, recebi, através.
Para m’a Deus, chegar,
Por ele, me amar…

O Duarte vai ressuscitar!...
E eu, Lopes, vou para um caminho alto.
Alto! Alto! Alto! Alto!...
Mais alto, que um planalto.
Mais alto, que Óbidos e Usseira.
Mais alto, que a minha asneira.
Mais alto, que Caldas e Lisboa
.Eis que medo, não tenho.
Pois, já som d’arpa, entoa!...

Vejo pássaros, brancos!
Estrelas luzentes!...
Anjos de Deus, muito brilhantes,
Medo, não tenho! Não tenho! Nem espantos!
Pois eis que em mim, há um cântico de glória e vitória.
Pois irei para lá. Para uma terra, sempre colónia…
Onde, há um rio, de vida, sem «sida».
Vou lá! Lá! Vou lá!...
Vós, todos! Pensai, nisto ainda.

Enquanto, estás por cá, por cá.
O Duarte, disse isto,
Do seu Jesus Cristo…
E ele Duarte, morreu!
Como, a seu Senhor, aconteceu!
Mas o Duarte, vai ressuscitar.
E nada, o pode matar…

E comigo, nessa terra,
Onde, não há guerra…
Vai estar!... Estar!... Estar!...
Eis amigos! E irmãos!...
Filhos de Eva e de Adão, no seu amar…

A Deus voltai,
Ao caminho da verdade e uni, vossas mãos.
Para sempre, sempre, sempre!...
Neste caminho, de verdade.
Neste caminho, de liberdade!

Dedicado: A João Lopes… um vencedor.

«Duarte, nem sabes o k estou, sentindo! Foi muito bonito, da tua parte. Obrigado!»

5, de Abril de 2008

Lopes

«Duarte, só agora, vi as mensagens!... Amigo!... Estou à espera da ambulância, para ser internado. Sim! O Nuno, veio ontem, ver-me. Espero tudo de bom, para ti e a Isabel… Se eu, não voltar a teclar… é pork, se calhar, não posso. Um abraço. E se eu morrer! Não xorem. Pois o sofrimento é grande.

Adeus!

João»

Este, foi alguém
Muito especial. Para mim.

Homenagem de HELDER DUARTE em 12 de Abril de 2008

Foto de Lou Poulit

A MONTANHA E O PINTASSILGO (CONTO)

A MONTANHA E O PINTASSILGO
(Parte 8)

Porém, a eufórica felicidade da montanha de súbito cedeu os seus subterrâneos a uma terrível agonia. Ela logo percebeu que tudo era um golpe baixo. Os pássaros de dentro nada mais eram do que uma família. Para convencer o pintassilgo “fugido” a voltar para a prisão, para mostrar a ele que nunca mais seria o que foi, o caçador trouxera a sua fêmea e os seus filhotes, que piavam apenas porque nem sabiam cantar ainda. Furiosa, a montanha quis voltar a ser um vulcão, mas deteve-se a tempo de arrepender-se. Não poderia despertar tamanha força somente para despejá-la na cabeça daquele ínfimo caçador. Além do que, já tinha uma transgressão grave registrada na sua folha-corrida.

Acalmou-se para desfocar sua energia. Precisava voltar à sua dimensão consciencial, natural e soberana, e não negar ao pintassilgo o direito de escolher. Mas essa era uma tarefa muito difícil. Seu querido passarinho fora arrancado do seu abraço generoso. Passara muito tempo sendo condicionado a uma vida muito diferente, mas agora teria a chance que ele sempre esperara. Ou será que não? E se ele não o quisesse? E se sentisse medo da liberdade? Assim como não mais respondia aos apelos da montanha, com certeza perdera a sensibilidade para todas as coisas, não podia mais compreender o mundo exterior à gaiola. Fora acostumado a comer e beber do que lhe serviam, e não saberia mais encontrar alimento por conta própria. Por mais irônico e inaceitável que isso fosse do ponto de vista da montanha, ele poderia preferir a segurança oferecida por seus algozes. Pelo menos não perdera o seu canto maravilhoso, muito embora agora, isso parecesse menos importante. Mas para os seus filhotes sim, isso devia ser o que existia de mais importante. Sob o peso imenso da dúvida a montanha sentiu a conseqüência da sua ousadia. Deixara-se levar. Fora até onde montanha nenhuma houvera ousado chegar com seu comportamento. Não podia mais prosseguir sob o risco de perder-se em vão. Tudo por um pintassilgo que não quisesse, desgraçadamente, reencontrar-se. O fim das suas dúvidas não dependia mais de si, ou nunca dependera. Era preferível deixar que tudo se ajeitasse naturalmente.

Pois tudo aconteceu muito rapidamente. O gavião não resistiu à tentação de ver três refeições num espaço tão pequeno. Desceu noutro vôo rasante, passando bem próximo, na tentativa de fazer com que ao menos um dos pássaros saísse apavorado da gaiola. O gato achou que o risco já estava de bom tamanho e que poderia muito bem simplesmente esperar em um lugar mais seguro. Quem sabe? Com sorte lhe sobraria alguma coisa, pois havia mais passarinhos na confusão do que aquele gavião intrometido poderia carregar. Como a tentativa anterior não dera resultado, o rapineiro voltou e pôs-se a voar quase parado no ar, bem juntinho das varetas. Mais cedo ou mais tarde algum dos bichinhos se esgotaria de tanto se esbater, e então seria facilmente arrancado pelo pescoço, para fora da gaiola. Entendendo a malícia cruel do gavião, o pintassilgo lançou-se contra ele numa atitude heróica, pensando em bicar-lhe os olhos, golpe terrível e mortal para qualquer gavião, por condená-lo a morrer lentamente de inanição. O que se viu surpreendeu a todos.

Ninguém ali sabia, mas os pássaros engaiolados na verdade pertenciam ao caçador mais velho. Vendo-os ameaçados pelo gavião, sem ter uma justificativa para o fato de tê-los pego sem pedir, ao mesmo tempo em que o pintassilgo atacou o caçador arremessou com toda a força uma pedra, na direção do gavião. Porém em vez deste acertou a gaiola, que caiu, se quebrando e libertando os pássaros. Aquela trapalhada encheu a montanha de alegria, por ver os pássaros libertos. Mas onde havia ido parar o pintassilgo? Todos procuravam por ele. Então descobriram que estava no galho mais alto, pendurado pelo pescoço no bico do gavião. Antes que pudessem dizer uma palavra, o rapineiro achou que já estava bom e tratou de bater suas asas até desaparecer nas nuvens, com certeza na direção de uma outra montanha, onde se sentisse mais bem-vindo.

Nesse dia a montanha chorou, mas ninguém percebeu. Não foi mais uma transgressão sua. Simplesmente ela se retirou para os seus subterrâneos e lá permaneceu por muito tempo. De tão triste não queria ver ninguém, sequer tinha vontade de apreciar o amanhecer como sempre fizera. As outras montanhas que achassem o que bem entendessem, não estava mais preocupada com o julgamento delas.

Numa manhã, entretanto, uma voz que lhe pareceu familiar fez com que voltasse a atenção para fora. Não pode ser ― disse a si mesma. Então chegando ao lugar onde tudo havia acontecido havia dois anos, lá estava um pintassilgo, que já não era mais um filhote, prestes a estourar o peito de tanto cantar. E não apenas por zelo. Vinha de logo abaixo uma zoeira que o fazia aumentar o volume para ser ouvido. Era uma cascata, uma pequena queda por enquanto. Sabia a montanha que, sem imediatismos, a fonte construiria um sulco que melhor lhe conviesse, e no futuro seria uma queda ainda mais bonita. E quando depois viessem lhe admirar, todos já encontrariam aquela plaquinha rústica pregada no arvoredo, escrita com letras que mais pareciam garranchos, porém onde se podia ler com alguma boa vontade: Fonte do Pintassilgo. Não vira quem a pregara ali, porém até que estava bem bonitinha. Obra do velho caçador? Mas que tanta diferença isso fazia?

Foto de Dirceu Marcelino

MIRAGENS DE AMOR I e II

*
* M I R A G E M - I
* ( transcrição, de poesia escrita em 1975 )
*

A festa acabou! O álcool não anuvia
Mais minha mente. E outra vez me embriago,
Não com bebidas, mas tão só a poesia
Embriaga-me. Enchendo o coração já vago,

Com um amor que sonho noite e dia,
Com a esperança que em meu peito trago
Penso abraçar-te mulher que extasia
Minh’alma! Para receber teu afago.

Ergo a taça prateada e mui brilhante,
Imagino-te esbelta e radiante.
Brindo!!! Vendo na copa tua imagem.

Vejo o ardor dos verdes cintilantes,
De seus olhos, magnetismo contagiante
E me ponho a chorar, pois é uma miragem.
*****

MIRAGEM – II - ( nova )

Assim era que te imaginava. Confirmo...
Antes de ler essa bela e profunda poesia.
Sim, ao lê-la e após ver-te Mulher, reafirmo...
És a musa que há tanto me extasia.

Pois, em meus sonhos te vejo sempre no cimo,
Dos montes ou no vale onde tu nascias,
Como num fio d’água cristalina e me animo
A dizer: És soberana e com galhardia

Tens a vida da Mulher que superestimo
Eis que jovem, mui vivida, não deprecia,
Nem tuas amigas, ninguém, sequer o último

Dos teus fãs, e, ainda afaga-lhe com carícia
E permite que a veja e assim me reanimo,
Lhe agradeço, por ser seu amigo. Delícia...

Foto de Dirceu Marcelino

"MARÍLIA DE DIRCEU" - 10ª parte VIAGEM DO TREM ENCANTADO - Último Recital em COIMBRA e saída com destino à Estação do PORTO

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TRANSCRIÇÃO DA POESIA, de TOMÁS ANTÔNIO GONZAGA, da forma que foi escrita, antes de 1761:

"Marília de Dirceu"

"São réus e culpados
Que sofra e que beije
Os ferros pesados
De injusto senhor,

Marília, escuta
Um triste pastor,
Mal vi o teu rosto,

O sangue gelou-se,
A língua prendeu-se,
Tremi e mudou-se
Das faces a côr.

Marília, escuta
Um triste pastor,
A vista furtiva

O riso imperfeito
Fizeram a chaga,
Que abriste no peito,
Mais funda e maior.

Marília, escuta
Um triste pastor."

Foto de cafezambeze

O GRANDE DIA - POR GRAZIELA VIEIRA

O Grande Dia

20 de Julho 1953.

Ás quatro da madrugada, quando a pálida luz d’aurora ainda mal fazia a sua aparição, já minha mãe me arrancava aos braços de “Morfeu” onde eu na véspera, prometera a pés juntos não mergulhar.

Chegara enfim o grande dia. O dia do acontecimento mais relevante dos meus franzinos dez anos. Ia, enfim, fazer o meu exame da 4ª classe a Mirandela.

Mirandela!!!!!!!! Uma Vila que eu só conhecia em sonhos, ou de ouvir falar. A azáfama dos últimos preparativos e conselhos dos familiares orgulhosos, as últimas recomendações da senhora D. Ermelinda Rafael, minha professora e irmã do ilustre médico Dr. Mário Rafael, tinham feito com que adormecesse mais tarde e àquela hora, francamente, não me apetecia nada levantar.

- Anda filha que são horas: já tens o caldo na malga. Põe-te a dormir e depois come do sono. Olha que o exame não espera por ti e temos muito que palmilhar. Se tínhamos! É que dos Avidagos, minha terra, até Mirandela são cerca de 24 km os quais tínhamos que fazer a pé:

-Porquê? Pela simples razão de não haver dinheiro para a Camioneta, ida e volta, para a chita do vestido novo que a minha tia Mariana me fez, para os sapatos comprados para a ocasião, para pagar a Pensão onde teria que ficar, etc. Os meus pais para suprir as despesas mais prementes, tiveram que segar manual e prematuramente duas jeiras de trigo e vender o grão ao senhor Regedor.

O sacrifício foi enorme, mas o orgulho de ter uma filha que ia fazer o exame da 4ª classe quando ainda não era obrigatório, compensava-os plenamente.

Engoli o caldo á pressa e pusemo-nos a caminho eu e minha mãe. As nossas socas brochadas faziam barulho nas pedras do caminho quebrando o silêncio matinal. De vez em quando sacudia uma ruga, imaginária, do vestido novo. Por vezes, levava a mão á cabeça a ver se a fita cor-de-rosa que a minha avó materna me oferecera para a ocasião, ainda lá estava. Querida avó! Tinha vindo das Varges aos Avidagos a pé só para me presentear com a fita. Ela queria que a sua neta, fosse a mais bonita de todas. Não estou bem certa, mas penso que a distancia por ela percorrida por caminhos tortuosos, devia rondar os nove ou dez quilómetros, senão mais.

Comecei a tomar noção da responsabilidade em não defraudar, com um chumbo, as expectativas e esperanças que os familiares em mim depositavam.

-Ó mãe ainda falta muito?

-Não, é já ali.

Relógio? Que é dele. Isso era um luxo dos ricos, mas pelas minhas contas, havia mais de duas horas que a minha mãe dizia, é já ali. Eu nunca antes tinha feito uma caminhada daquela envergadura. As minhas fracas pernas, começavam já a acusar o cansaço. Sem querer, invejava os meus cinco irmãos mais novos que haviam ficado no aconchego da cama. O sol começava a despontar no horizonte cobrindo as já louras searas de trigo e centeio que ondulavam com a fresca brisa matinal como se fosse um mar gigantesco de ouro salpicado de papoilas vermelhas mais fulgurantes que rubis. As cotovias, melros, rolas e picanços, saudavam o astro-rei com os seus melodiosos gorjeios, num agradecimento á mãe natureza o fausto banquete que esta pusera á sua disposição e das respectivas proles. De vez em quando, uma lagartixa espreitava por entre as pedras do caminho, curiosa com o sincronizado das nossas socas, trepa que trepa. Ao longe, um ou outro rancho de segadores começava o seu árduo trabalho com os rins dobrados sobre as searas que as seitouras iam dizimando. De repente um frémito de alegria percorreu o meu já cansado corpito ao avistar uma povoação. Aligeirei o passo e pergunte

-Ó mãe, ali já é Mirandela?

-Daqui lá não me doa a mim a barriga, respondeu a minha mãe já agastada de tantas vezes responder, á contínua pergunta de, ainda falta muito?

-Ali são as Lamas, falta quase outro tanto para chegar a Mirandela e temos que andar mais depressa para estar lá ás nove horas senão, não fazes o exame.

Prossegui calada deitando um olhar de esguelha á saquita que a minha mãe levava á cabeça onde a par dos livros e da merenda, iam os sapatos novos que só calçaria á entrada da Vila para fazer jus ao rifão. Menina da aldeia, á entrada da Vila calça a meia A malga do caldo de cebola? Onde é que ela já ia.

Reparando nas minhas espiadelas á saquita e como caminhássemos ao longo de uma parede que circundava uma horta, a minha mãe disse:

- Sentemo-nos só um cibinho para comer que depois já temos força para andar mais depressa. Ó que mágicas palavras para os meus ouvidos. Levantei o vestido quase até á cabeça para não o sujar ou enrugar na parede de xisto, e á fatia de pão centeio, que minha mãe cozera na véspera, e ao punhado de figos secos, foi um ar que lhe deu.

Reconfortada com a frugal refeição e com cinco minutos de descanso, pusemo-nos novamente a caminho. De súbito ouvi o trotar de uma cavalgadura atrás de nós. Voltei-me devagar e disse:

-Ó mãe, vem ali o ti João Vinhais com o filho a cavalo no macho. Na verdade, não era meu tio, mas na minha aldeia, os mais novos tratavam os mais velhos por tios e tias.

-Bom dia senhora Adelina! Madrugaram!

-Bom dia senhor João, que remédio!

Deixei de ouvir o resto dos cumprimentos e concentrei-me no Francisco Vinhais, um rapaz da minha idade e que todo janota em cima do anafado macho também ia fazer exame. Eu bem me saracoteava para ver se o Xico olhava para o meu vestido novo e para o laço que me prendia os curtos cabelos mas o Xico não reparava e eu saltitando, quase me punha á frente do macho. Ó! Vaidade feminina, que tão precocemente te manifestas em futilidades. O ti João vendo os olhares constantes que eu deitava aos cavaleiros e atribuindo-o ao meu cansaço, apeou-se e disse:

-Monta no macho enquanto vou um bocado a pé para esticar as pernas.

-Obrigada senhor João, disse minha mãe: Ela só já ia a ganir que lhe doíam as pernas

-E tem razão, com o estiraço que já fizeram não é para admirar.

Ele mesmo, pegou nos meus vinte e cinco quilos e pô-los em cima do macho. Nunca lhe agradeci o gesto nobre e bondoso que tomou naquela ocasião. Hoje ainda me pergunto se chegaria a tempo do bendito exame sem a sua intervenção. De vez em quando eu, com pouca vontade, ainda lhe dizia:

Ó ti João, quer montar que eu desço?

-Deixa-te ir que vais bem.

O Xico repontava; ó pai, ela não vai quieta com os ovos daqui a pouco caímos os dois.

O que o Xico nunca soube, é que para não amarrotar o vestido, eu estava sempre a puxa-lo debaixo do assento desequilibrando-me.

Por fim, chegamos á entrada da ponte. Já se avistava a Vila de onde sobressaía a então famosa Casa Verde. Depois de deixar o macho entregue a uma pessoa conhecida, o ti João cheio de paciência, esperou que eu calçasse os meus sapatos novos, dois números acima do tamanho indicado para me servirem daí a muito tempo, e começamos a atravessar a ponte, a caminho da escola onde iam ter lugar os exames.

-Ó mãe, deixe-me ir ali a Senhora do Amparo fazer uma promessa para eu ficar bem no exame

-A promessa, dou-ta eu. Se ficares mal, á vinda para cá atiro-te da Ponte abaixo.

-Ó senhora Adelina!.......Disse o ti João apaziguador: Não diga isso á rapariga, que ela pode-se enervar e fazer mal a prova.

-Eu cá sei as linhas com que me coso, isto é falar por falar.

Só alguns anos depois é que me apercebi que a minha pobre e querida mãe ia mais nervosa que eu, e que os meus pais, tinham sido criticados por fazer tantos sacrifícios para que eu pudesse fazer a 4ª classe. Se ainda fosse um rapaz, vá lá, que sempre fazia falta para arranjar um emprego! Agora uma rapariga pobre para que é que queria o exame? Melhor me mandassem ir servir para aprender a ser uma mulher como devia de ser. Isto, diziam aquelas senhorecas de meia tigela que mal sabiam assinar os próprios nomes, e que queriam quem as servisse a troco dos restos da comida que deixavam nos pratos. As “comadres” que as há em todas as aldeias e não só, essas diziam que parecia mal uma rapariga sozinha no meio de quatro rapazes propostos a exame, e outras coisas no género próprias dos meios rurais. Mas a minha ânsia de aprender aliada à boa compreensão de meus pais tudo superaram; o compreensível receio da minha mãe, era que eu ficasse reprovada e depois ter de ouvir as línguas viperinas a rirem-se de nós depois de tantos sacrifícios.

Por meu lado, estava consciente que a oportunidade se não repetiria mas tinha a certeza de estar bem preparada. Graças á minha boa Professora que sem esperar qualquer recompensa além da gratidão, depois das horas de aula oficiais, dava-nos em casa dela mais umas horas de explicações todos os dias. Nunca até essa altura, ela tivera um aluno seu reprovado; e essa era a sua gratificação interior. A meu ver, bem mais valiosa do que se recebesse algumas “luvas” coisa de que nunca houve conhecimento. Nos tempos que correm pode dizer-se que era um exemplo raro de dedicação ao ensino.

Chegamos á Escola dos exames um pouco cedo, mesmo assim já lá estavam algumas dezenas de alunos. Com olhar de lince vislumbrei a nossa Professora e dirigimo-nos para junto dela. Depois dos cumprimentos devidos, perguntei se os restantes rapazes já tinham chegado.

-Ainda os não vi e já estou a ficar preocupada. É que depois da sala de aula fechada para a prova escrita, não entra mais ninguém. De repente, o Francisco Vinhais, aqui já não era Xico, porque a Professora exigia que todos nos tratássemos pelos nomes próprios em vez das usuais alcunhas disse:

-Ali vêm eles.

De facto, o Casimiro, O Viriato, e o Luís Filipe, parecendo os três da vida airada, depressa chegaram junto de nós. Depois das últimas recomendações, e com uma disposição parecida à de quem vai para a guilhotina, entramos para dar início á Prova Escrita. Na Sala repleta de alunos de todas as Aldeias do Concelho, o silêncio era sepulcral. Só se ouvia o raspar dos aparos das canetas de pau, molhadas nos tinteiros brancos, no papel.

Ditado, Problemas, Contas, Redacção, etc., tudo seguia os seus trâmites sincronizados. Os pais ou acompanhantes, esperavam do lado de fora, quem sabe, pedindo a Deus para que nenhum dos seus fosse reprovado. Após três longas horas, abriram-se finalmente as portas e em silêncio, todos esperavam sofregamente os resultados. Ninguém arredava pé. Mais algum tempo e eis que os almejados resultados eram afixados. Começaram os empurrões, o esticar de pescoços, o por em bicos de pés a ver quem primeiro chegava junto dos resultados. A minha mãe teve que pegar-me ao colo para eu ver o meu resultado uma vez que ela não sabia ler e sendo eu tão pequenina, corria o risco de ser esmagada pelos mais matulões ou pelos adultos. Depois de muitos encontrões e pedidos de desculpas, lá chegamos aos famigerados resultados. Olhei atentamente e ao descortinar o meu nome, gritei:

-Mãe!... Fiquei bem! Ela ergueu-me bem nos braços e disse:

-Vê bem filha, não te enganes.

Tornei a olhar e confirmei. Fiquei bem, mãe, é verdade.

Quando me poisou no chão, fiquei como que petrificada ao ver rolar as lágrimas pela face de minha mãe. Intrigada, perguntei:

-Então a mãe está a chorar porque eu fiquei bem?

-Ó filha, não. Tu não sabes que também se chora de alegria? Pois o que eu sinto agora, é uma alegria enorme como há muito tempo eu não sentia. Deus te abençoe.

Entretanto os quatro rapazes, com um sorriso de orelha a orelha, davam também a boa nova. A nossa Professora que se associava á nossa alegria, lembrou.

-Agora toca a ir comer e descansar para estarem fresquinhos para a Prova Oral que é amanhã á tarde.

Não sei onde os outros se hospedaram, quanto a mim, a minha mãe levou-me a uma Pensão pequena, tipo familiar, que embora retenha o seu interior na memória, não fixei o nome da rua onde a mesma se situava. Levava vinte escudos por dia, com direito a três refeições e dormida. A minha mãe pagou o estipulado e preparou-se para o regresso a casa pelo mesmo caminho.

-Então a mãe não come aqui?

-Não, come tu que eu como o resto da merenda pelo caminho. Tenho que ir fazer o caldo para o teu pai e para os teus irmãos mas amanhã cá estarei para assistir á Prova Oral. Entretanto a senhora da Pensão já trazia para a mesa, uma fumegante travessa de batatas cozidas com congro. Lembro-me como se fosse ontem. Comi que me fartei. Á noite, fui para um grande quarto onde estavam duas camas e dois colchões no chão. A mim, calhou-me um dos últimos. Entraram depois uma senhora e duas meninas que rondavam a minha idade pelo que o motivo devia ser o mesmo. Aldeãs para exame. Apoderando-se cada qual do respectivo lugar. Em menos de um credo, já eu dormia o sono dos justos sem sentir as dores das bolhas que os sapatos me haviam feito nos calcanhares. Quando acordei na manhã seguinte, o quarto estava já vazio e arrumado. Ao dirigir-me á casa de banho, vi num relógio de parede que já eram onze horas. Depois do almoço, furtei um guardanapo da mesa, e fui para o quarto puxar o lustro aos sapatos com ele atirando-o depois para debaixo de uma cama. Pedi para me arranjarem o laço do cabelo e toda prosmeira, fui ter com a senhora dona Ermelinda que já me esperava á porta para me acompanhar ao local das Provas Orais. Reparou a Professora que eu andava devagar e com passo inseguro, como quem pisa ovos.

-Que é que tens rapariga? Vais com medo ou fizeste xixi na cama?

-Não minha Senhora, foram os sapatos que ontem me fizeram bolhas. Se calhar, vou-me descalçar.

-Nem penses, quero lá agora uma aluna minha descalça no exame. Calça as socas.

-Não as tenho cá, a minha mãe levou-as.

Ao cabo de uns minutos que me pareceram séculos devido ás dores, lá chegamos ao local. Já estava o que me parecia a mim, um mar de gente junto da Escola, para assistir ás Provas Orais. Naquela época, mesmo quem não tinha familiares a fazer exame, gostava de assistir ás Provas Orais para ver as habilidades dos alunos conhecidos e não só.

Como não descortinasse a minha mãe em parte alguma, trepei ao muro para ver melhor em todas as direcções. Que grande desilusão! Não estava em parte alguma. De certo não pode vir. Era tão longe! Ainda na véspera fizera a pé o caminho de regresso, e com certeza não aguentara outra viagem.

Envolta nos meus pensamentos, nem me dera conta de que já todos tinham entrado.

A sala estava cheia até à porta. Saltei o muro e precipitei-me para a entrada onde algumas pessoas não me queriam deixar entrar.

Que queres tu daqui? Não vês que não podes entrar? Vai brincar para a rua.

-Mas eu vou fazer exame, respondia em altos gritos. As pessoas olhavam para o meu corpo franzino, que não aparentava mais que seis anos, e riam-se.

Chô: - Cresce e aparece.

No meu desespero comecei a distribuir pontapés a torto e a direito, e furando por baixo da amálgama de pernas que vedavam a entrada da sala de Aulas, lá consegui chegar ao meu lugar. Mesmo a tempo… Estavam a chamar pelo meu nome.

Muito esbaforida, com os livros a monte dentro da saquita e toda despenteada, devido à entrada forçada, encaminhei-me para a mesa do Júri. Por instantes, esqueci a minha mãe, e concentrei-me na enorme responsabilidade do momento.

-Abre o livro de leitura.

Fiz o que me era mandado. O livro abriu-se na Lenda da Laranjeira de Santa Isabel. Li com gosto e com voz bem timbrada, era uma das minhas lições preferidas. Até ali, tudo bem

-Vamos à História.

Mentalmente, pedia a Deus que me fizessem perguntas sobre D. Pedro IV de Portugal e I do Brasil que me fascinava e do qual eu sabia tudo de cor e salteado como se costuma dizer. Calhou-me em sorte D. Dinis. Parecia de propósito, era o rei de quem eu menos gostava.

-Que cognome teve el-rei D. Dinis?

Mas porque cargas de água me haviam de fazer perguntas sobre um homem, mesmo sendo Rei, que era mau para a Rainha Santa? Na minha fértil imaginação, um homem que proibia a Rainha de dar esmolas aos pobres a ponto de ela ter de invocar a protecção divina para que o pão que levava no regaço, se transformasse em rosas, não podia ser boa pessoa. Se eu mandasse, que é o que aqueles que não mandam pensam, se eu mandasse, esse Rei não entrava para a História.

Fez-se silêncio na sala. De novo a pergunta era repetida.

-Então, não sabes?

-Não sei o quê? Perguntei como se tivesse chegado de longínquas paragens.

-Que cognome tinha el-rei D. Dinis

-Sei sim minha senhora, era o Lavrador. E antes que perguntassem mais alguma coisa, comecei a desenvolver o tema ainda mais do que seria preciso. Que tinha reestruturado a agricultura, que mandara plantar o pinhal de Leiria e tudo mais que lhe dizia respeito.

-Então se sabes tudo tão bem, porque não respondias?

-Porque não gosto dele.

-E pode-se saber porquê?

Expliquei as minhas razões acima citadas. Gargalhada geral na sala.

- Silêncio se fazem favor, pediu um professor que de imediato me chamou para avaliar os meus conhecimentos de Geografia.

-Ora vamos lá a apontar aqui no Mapa, o rio Douro e seus afluentes.

Depois de satisfeito com as minhas respostas, levou-me ao Mapa cor-de- rosa.

-Agora diz-me: estamos em Mirandela, queremos ir para Luanda, como fazemos?

-Resposta pronta, não podemos.

-Não podemos porquê?

Porque aqui não há mar e tínhamos que ir primeiro para o Porto ou Lisboa.

Novas gargalhadas na sala.

-Silêncio por favor, senão mando evacuar a sala.

-Então explica-me como poderemos ir para Lisboa.

- Com o dedo, lá apontei no Mapa o percurso dos Caminhos – de - Ferro que nos levaria ao cais da Capital para apanhar o barco que nos levaria a Luanda.

-No Mapa cor-de-rosa, também não me saí mal bem como em Ciências Naturais.

-Podes ir para o teu lugar, e fazer o teu trabalho manual.

Ao voltar-me, vi minha mãe ao fundo da sala, sentada numa cadeira. As mãos postas, como se estivesse rezando e com lágrimas que se assemelhavam a pérolas, deslizando pela face, precocemente enrugada devido ás agruras da vida, mais se assemelhava a uma santa de altar. Afinal, ela estivera ali desde o início, enquanto eu cá fora tentava localizá-la.

Como tivesse chegado muito cansada de tanto andar a pé, pedira para a deixarem entrar mais cedo a fim de arranjar lugar sentada. Fiquei feliz por vê-la.

Fui para o meu lugar e peguei na meia de renda de cinco agulhas. Era o meu trabalho manual. A mãe da minha professora é que me ensinara a fazer aqueles arabescos complicados, mas de um efeito espectacular.

Muito embrenhada na minha tarefa sobressaltei-me ao ouvir a voz da Professora encarregada da avaliação dos Trabalhos Manuais.

-Muito bem, mas que meias tão bonitas que estás a fazer.

-A senhora gosta?

-Gosto sim.

-Então quando as acabar, eu mando-lhas.

-Ficaria muito contente.

Nunca cumpri a promessa. Primeiro, porque não sabia a direcção da simpática Professora. Depois, parece-me que nunca cheguei a acabar as meias.

-Acabaram os exames, podem sair:

Um suspiro de alívio percorreu toda a sala. Já no recinto da Escola, encontrei minha mãe que conversava com um senhor, que ao ver-me fez sinal para me aproximar, o que fiz de imediato, embora um pouco intimidada com a elegância e a respeitabilidade que emanava daquela figura, que me parecia austera. Interroguei-o com o olhar.

-Parabéns pelo seu excelente desempenho disse: Acto contínuo, meteu-me na mão cinco escudos que desapareceram para dentro da saquita dos livros em menos tempo que o diabo esfrega um olho.

-Estava aqui a dizer á senhora sua mãe que se fosse um rapaz, eu encarregar-me-ia de lhe custear os estudos. Sendo uma menina, não poderei fazê-lo porque a responsabilidade a longo prazo, seria enorme.

-Obrigada pelo grande favor, disse mordaz, e voltei-lhe as costas com vontade de arrancar-lhe a gravata, que devia ser de seda, e fazer-lha engolir juntamente com o que acabara de dizer.

-Mãe, vamos embora.

-Não sejas mal-educada, vem pedir desculpa ao senhor doutor.

-Desculpa, porquê? De não ter nascido rapaz para lhe fazer a vontade? Sou por acaso culpada de ter nascido rapariga? Sufoquei na alma um grito de raiva e impotência, que as lágrimas não deixavam de todo esconder.

Nunca tinha sido tão humilhada. Primeiro, porque me tratou por senhora e na minha idade, isso era uma ofensa para mim. Depois, parecia que me estava a acusar por eu não ter nascido rapaz. Na boca das ignorantes “comadres”, não era de admirar o dizerem que a um rapaz nada se lhe pega e que nunca aparecia prenho em casa; agora que um senhor doutor pensasse da mesma maneira, era inadmissível.

Posteriormente, vim a saber que o senhor em questão, sendo rico e sua mulher não lhe podendo dar filhos, já havia custeado os estudos a três rapazes de poucos recursos; mas a sua filantropia e altruísmo não se estendia ao sexo feminino.

-Mãe! Vamos embora que se faz tarde e chegamos a casa já de noite.

-Trouxe as minhas socas?

-Eu não! Então não queres os sapatos? Andavas toda encha com eles!

-Pois, mas fizeram-me bolhas e não os aguento. Vou descalça.

-Tu hoje ainda ficas na Pensão que já está paga e amanhã, vais na Camioneta da Carreira até ao entroncamento, que de lá até casa são só três km e o teu irmão estará lá á tua espera. Eu é que me vou já embora a ver se ainda chego a casa antes do anoitecer. Toma lá o dinheiro para a Camioneta; agora perde-o.

Deu-me o dinheiro certo, sem fazer alusão aos cinco escudos que o tal senhor doutor me dera. Se calhar nem os viu, pensei eu.

Ainda ela mal tinha voltado as costas, já os sapatos estavam na saquita misturados com os livros. Descalça, percorri grande parte da Vila embasbacando-me diante das montras. Nunca vira coisas tão bonitas! E depois, a alegria de saber que no dia seguinte ia andar da Camioneta, era o culminar da suprema magia. Eu, como a maior parte das minhas amigas, nunca tinha-mos posto os pés dentro de um carro; quando eu lhes contasse a aventura, iam-se roer de inveja. De repente, ali perto do Mercado, estava na montra de um estabelecimento uma boneca com um vestido quase igual ao meu. Não é que ela parecia que se estava a rir para mim? Os cinco escudos dentro da saquita começaram a pesar como chumbo. Muito hesitante, e olhando para todos os lados, entrei e perguntei o preço.

-Quatro e quinhentos, respondeu a senhora atrás do balcão.

Nem me dei ao trabalho de regatear, depositei o dinheiro no balcão e esperei que a boneca viesse aos meus braços.

-Queres que embrulhe?

-Não é preciso, obrigada. Ia a sair disparada quando a senhora me chamou.

-Toma lá o troco rapariga, olha que a boneca não foge.

Saí dali direita á Pensão que parecia um foguete. Era a minha primeira boneca a sério. Sá as havia tido de trapos, confeccionadas por mim. Não mais a larguei e será escusado acrescentar que dormiu comigo.

Na Camioneta de regresso a casa, mil sensações estranhas me assaltavam. A paisagem vista de cima, parecia irreal. Era a Camioneta que estava sempre parada, ou eram as serras, árvores e casas tudo a andar para trás? Passados os primeiros minutos de novidade embriagadora, voltei a pensar no que a viagem e a boneca me fizera esquecer.

Se fosse rapaz!...Se fosse rapaz!...Se fosse rapaz!...Malditas palavras; haviam-se cravado na minha alma como uma ventosa de onde não conseguia arrancá-las. E eu que ainda fora comprar a boneca com o dinheiro de quem se me estava a tornar odioso. Se a janela estivesse aberta, atirava a boneca por ela fora. Se fosse rapaz!...Se fosse rapaz!...

Comecei a chorar. Ia sentada a meu lado uma Freira que se dirigia ao então asilo para meninas pobres de Pereira, que ficava a um km mais ou menos dos Avidagos que ao ver-me chorar perguntou:

-Tu que tens minha filha? Reprovas-te no exame?

Não Irmã.

-Então, se ficas-te bem e ganhas-te essa boneca tão bonita, porquê essas lágrimas?

Limpei as lágrimas ao lenço de cinco pontas e disse:

-É precisamente por causa da boneca. Estava quase a contar-lhe a verdade, quando “tardiamente” me lembrei do meu egoísmo. Gastei o dinheiro que tinha na compra da boneca e não me lembrei de comprar nada para os meus irmãos e fiz um ar de Madalena arrependida.

-Quantos irmãos tens?

-Cinco, e todos mais novos que eu.

A Freira, meteu a mão numa maleta e deu-me um bom punhado de rebuçados e bombons:

-Toma lá, divide p’los teus irmãos.

-Muito obrigada minha santa. Ela sorriu. Um sorriso tão angélico que não voltei a ver outro igual.

Já a pé, a caminho de casa, parei nas duas capelinhas que ficam de um e outro lado da estrada no cruzamento que vai para Pereira, um km antes dos Avidagos, para com uma pequena oração, agradecer o resultado do exame.

Quando cheguei a casa, estava reunida toda a parentela mais chegada, para me felicitar e participar numa refeição melhorada para a qual tinham sido sacrificadas duas das melhores galinhas.

Passados os primeiros momentos de euforia, a minha mãe começou a relatar toda orgulhosa, as peripécias do exame. Olhem que até os professores estavam admirados com ela. E como todas as mães, até exagerava nos elogios perante as pessoas presentes: quando acabou o exame, até um senhor Doutor, blá, blá, blá

-Era demais. Levantei-me da mesa para não ouvir novamente as palavras que me estigmatizaram ao longo da vida!...Se fosse rapaz!...Se fosse; Outra vez não, por amor de Deus.

Dei a boneca á minha irmã mais nova que delirou com o presente, impondo-lhe como condição, de que nunca brincasse com ela á minha frente senão eu queimava-lha.

Não sei se a minha mãe se apercebeu do meu drama íntimo, quero querer que sim, mas nunca mais tocou no assunto.

Já se passaram muitos anos, mas se Freud ainda vivesse, de certeza que eu desmentiria uma das suas teorias da “Mente”. É que as meninas, segundo ele, não desejam secretamente ser rapazes por no subconsciente terem inveja do pénis, mas sim, por terem inveja da liberdade que os rapazes têm.

Felizmente que as mentalidades no que respeita a sexos opostos está a mudar, ainda que a passo de caracol.

As condições de vida também melhoraram. Os alunos, já não têm que percorrer a pé vários km, sujeitos aos rigores do Inverno ou ao sol escaldante do Verão para irem para a Escola como iam os do Carvalhal, Palorca etc. que por caminhos de cabras faziam diariamente esse percurso para virem para os Avidagos. Segundo as estatísticas, o número de estudantes do sexo feminino, já ultrapassa o masculino. Fico feliz por poderem usufruir de algumas oportunidades que me foram negadas. No entanto, uma pergunta se impõe. Porquê tanto insucesso escolar? O que é que está mal? De quem é a culpa?

Por mais que me esforce, não consigo descortinar respostas adequadas, e julgo que a maioria dos portugueses também não.

Será que fazem falta, umas tantas Donas Ermelindas Rafaéis para se orgulharem de nunca terem um aluno seu reprovado? Que incutia nos alunos o gosto pelos estudos, sacrificando tantas vezes a sua vida pessoal, para se dedicar inteiramente á nobre arte de ensinar? Pode ser uma das causas, mas de certeza que não é a única. Haverá alguém que sem se escudar nos meandros políticos tenha as respostas?

Uma coisa é certa. Há que fazer algo urgentemente para mudar este estado de coisas, nem que para isso se tenham que criar prémios especiais para os mais aplicados.

Se nada for feito, corremos o risco dos homens e mulheres de amanhã, nos acusarem da incúria de hoje.

Graziela Vieira

Abril de 2000

Foto de Dirceu Marcelino

EL TORERO II - PROCURA À CAVALO

********************************************************************
PROCURA À GALOPE

Meu cavalo galopeia,
Com os cascos fustigando,
O chão, as pedras, a areia
E assim, sempre galopando...

Leva-me onde veraneia
Ao sol quente se queimando,
Encantadora sereia
E eu fico imaginando...

Será... Será... Que vou encontrar
Ela tão aconchegante,
Ou vou me amedrontar.

E ao ver meus olhos radiantes,
Como farei para não demonstrar
Que a amo mais do que antes. (Escrita, em 1968, em Itanhaém-SP)

**********

Mi caballo galopa,
Con los cascos fustigando,
la tierra, las piedras, la arena
Y asi, siempre galopando

Llevame donde veranea
Al sol ardiente, bronceandose,
Una exuberante serena
Com el nombre de Rose

Y al ver mis ojos radiantes
Como haré para saber.

Si me agradas, o me intimidas,
O si la agrado, o la intimido

Pero, sé que la amo como antes.

( Escrita, em 27/3/2008, com a colaboração de minha amiga e Musa Peruana, Ruth Fernandes )

Foto de Fazendo Arte

Apostila Movie maker Página 1 a 10

Windows Movie Maker

Este guia é uma introdução ao uso do Microsoft Windows Movie Maker. Neste guia, são fornecidos procedimentos para executar tarefas comuns. As instruções descrevem como usar o Windows Movie Maker com os comandos dos menus; entretanto, é útil lembrar que você pode executar várias tarefas usando as teclas de atalho e o mouse. O guia contém os seguintes tópicos:

Primeiros passos.

Fornece informações sobre a tecnologia na qual o Windows
Movie Maker é baseado e dicas para gravar o melhor áudio e vídeo possíveis. Essa seção também define as áreas da tela do Windows Movie Maker, os atalhos para aumentar a eficiência, os diferentes tipos de arquivos e as opções padrão do Windows Movie Maker.

Usando o Windows Movie Maker
Fornece informações sobre conceitos eprocedimentos para usar o Windows Movie Maker.

Solução de problemas.
Fornece sugestões para solucionar problemas comuns que podem surgir durante o uso do Windows Movie Maker.

Glossário do Windows Movie Maker.
Fornece definições de termos e conceitos relativos ao Windows Movie Maker.

Observação
Este software baseia-se em parte no trabalho do Independente JPEG Group.

Primeiros passos

Você pode usar o Microsoft Windows, Movie Maker para gravar um material de origem de áudio e vídeo e importar arquivos de origem, que, em seguida, podem ser editados e organizados para criar filmes. As possibilidades de criação de filmes são limitadas somente pela sua imaginação. Por exemplo, você pode criar filmes para difundir notícias, entreter, vender produtos, comunicar mensagens comerciais ou possibilitar o ensino a distância.

Você também pode assistir a seus filmes no computador, enviá-los para pessoas por correio eletrônico ou enviá-los para um servidor Web de modo que eles possam ser exibidos.

Tópicos relacionados

Apresentando o Windows Movie Maker
Alterando opções padrão.
Preparando-se para criar um vídeo

________________________________________
Introdução às configurações de qualidade
Usando o conteúdo legalmente
Requisitos do sistema

Apresentando o Windows Movie Maker

A interface do Windows Movie Maker é dividida em quatro áreas principais:

Barras de ferramentas.
Use as barras de ferramentas para executar tarefas comuns rapidamente como uma alternativa para o uso de menus.

Área de coleções.

Use a área de coleções para organizar o conteúdo de áudio, vídeo e imagem fixos, gravado ou importado.

Monitor.

Para visualizar o vídeo, use o monitor, que inclui uma barra de busca quase move à medida que o vídeo é executado e botões de monitor que você pode usar para executar o vídeo.

Espaço de trabalho.

Use o espaço de trabalho para editar o filme criado. O espaço de trabalho consiste em duas visualizações, storyboard e linha do tempo, que fornecem duas perspectivas para a criação de um filme. A figura a seguir ilustra as áreas do Windows Movie Maker mencionadas neste guia.

Tópicos relacionados

Introdução às barras de ferramentas
Introdução à área de coleções
Introdução ao monitor
Introdução ao espaço de trabalho
Usando teclas de atalho
Introdução aos tipos de arquivos
Sobre o Windows Media Technologies

Introdução às barras de ferramentas

Você pode executar tarefas comuns rapidamente no Windows Movie Maker usando as barras de ferramentas; elas são uma alternativa para o uso de menus. Para mostrar ou ocultar uma barra de ferramentas, clique em Exibir, aponte para Barras de ferramentas e clique na barra de ferramentas apropriada. A figura a seguir exibe as barras de ferramentas do Windows Movie Maker.

Introdução à área de coleções

A área de coleções exibe suas coleções. As coleções são listadas por nome no painel esquerdo e os clipes da coleção selecionada são exibidos no painel direito. Por exemplo, na figura a seguir, Minha coleção contém três clipes: imagem 1, imagem 2 e música 1.
Os clipes estão contidos nas coleções. Você pode arrastar os clipes da área de coleções para o projeto atual no espaço de trabalho ou para o monitor e visualizá-los imediatamente. Um clipe representa somente o arquivo de origem de forma que esse arquivo possa ser reconhecido e usado no Windows Movie Maker.

Introdução ao monitor

Use o monitor para exibir clipes individuais ou um projeto inteiro. Usando o monitor, você pode visualizar o projeto antes de salvá-lo como um filme. Você também pode usar os botões de navegação para navegar por um clipe individual ou um projeto inteiro. Botões adicionais permitem executar funções como visualizar filme em tela inteira ou dividir um clipe em dois clipes menores. A figura a seguir mostra o monitor e os botões associados.

Introdução ao espaço de trabalho

O espaço de trabalho é a área na qual você cria e edita o projeto que pode ser salvo posteriormente como um filme. O espaço de trabalho contém duas visualizações diferentes: a visualização storyboard e a visualização linha do tempo.

Visualização storyboard

Storyboard é a visualização padrão para o espaço de trabalho. Nessa visualização, você pode ver a seqüência ou ordem dos clipes do projeto e reorganizá-las facilmente se necessário. Você também pode visualizar os clipes selecionados no monitor ou todos os clipes do projeto atual ao clicar em uma área vazia do espaço de trabalho. Diferentemente da visualização linha do tempo, os clipes de áudio adicionados ao projeto atual não são mostrados nessa exibição.
________________________________________

A figura a seguir mostra o espaço de trabalho na visualização storyboard. Todos os clipes do storyboard definem o projeto.

Visualização linha do tempo

Use a visualização linha do tempo para revisar ou modificar o tempo dos clipes do projeto.
Você pode criar transições de graduação entre dois clipes adjacentes.
Use os botões da visualização linha do tempo para executar tarefas como a alteração da visualização do projeto, mais ou menos zoom dos detalhes do projeto, a gravação da narração ou o ajuste dos níveis de áudio. Para cortar partes não desejadas do seu clipe, use as alças de corte exibidas quando você seleciona um clipe. Você pode visualizar os clipes selecionados no monitor ou todos os clipes do projeto atual ao clicar em uma área vazia do espaço de trabalho.
A figura a seguir mostra o espaço de trabalho na visualização linha do tempo. Todos os clipes da linha do tempo definem o projeto

Usando teclas de atalho

Vários tipos de atalhos de teclado estão disponíveis no Windows Movie Maker. Através dos atalhos de teclado, você pode executar várias tarefas comuns rapidamente. Use a tecla TAB para navegar nas caixas de diálogo. Pressione a tecla TAB para avançar em uma caixa de diálogo; pressione SHIFT+TAB para retroceder. A tabela a seguir fornece uma visão geral das tarefas que você pode executar usando teclas de atalho.

Tarefa
Atalho de teclado
Criar um novo projeto
CTRL+N
Abrir um projeto
CTRL+A
Salvar um projeto
CTRL+S
Salvar projeto como
F12
Importar arquivo de origem
CTRL+I
Gravar material de origem
CTRL+G
Salvar um filme
CTRL+M
Recortar
CTRL+X
Copiar
CTRL+C
Colar
CTRL+V
Excluir
DELETE
Selecionar tudo
CTRL+T
Renomear
F2
Mais zoom
PAGE DOWN
Menos zoom
PAGE UP
Definir ponto inicial de corte
CTRL+SHIFT+SETA
PARA A ESQUERDA
Definir ponto final de corte
CTRL+SHIFT+SETA PARA A DIREITA
Limpar pontos de corte
CTRL+SHIFT+DELETE
Dividir clips
CTRL+SHIFT+S
Combinar clipes
CTRL+SHIFT+C
Executar/pausar
BARRA DE ESPAÇO
Parar reprodução
PONTO
Quadro anterior
ALT+SETA PARA A ESQUERDA
Quadro seguinte
ALT+SETA PARA A DIREITA
________________________________________
Clipe anterior
CTRL+SETA PARA A ESQUERDA
Clipe seguinte
CTRL+SETA PARA A DIREITA
Tela inteira
ALT+ENTER
Retornar da tela inteira
ESC
Tópicos da Ajuda
F1
Painel seguinte
F6 ou TAB
Painel anterior
SHIFT+F6 ou SHIFT+TAB
Primeiro clipe
HOME
Último clipe
FIM

Introdução aos tipos de arquivos
Quando você trabalha no Windows Movie Maker, são criados vários tipos de arquivos diferentes. Os principais tipos de arquivos são:
Arquivo de projeto.
Contém informações sobre um projeto atual. Seu projeto consiste em clipes adicionados ao espaço de trabalho. Após salvar um projeto, você pode abri-lo posteriormente e editar seu conteúdo, o que inclui a adição, remoção ou reorganização da ordem dos clipes. Ao terminar de editar um projeto, você pode salvá-lo como um filme e enviá-lo em uma mensagem de correio eletrônico ou enviá-lo para um servidor Web. Um arquivo de projeto é salvo com a extensão .mswmm.

Arquivo de filme.
Contém o filme salvo. Você pode enviar um filme em uma mensagem de correio eletrônico ou para um servidor Web de modo que os destinatários visualizem o filme finalizado no Windows Media Player. Um filme com áudio e vídeo, ou apenas com vídeo, é salvo como um arquivo do Windows Media com uma extensão, wmv, ao passo que
um filme apenas com áudio é salvo como um arquivo Windows Media com uma extensão.wma.

Arquivo de coleções.
Um arquivo de banco de dados que armazena informações sobre suas coleções e sobre os clipes contidos nelas. Esse arquivo contém informações sobre os arquivos de origem importados para o Windows Movie Maker, não sobre os arquivos de origem atuais. Não exclua esse arquivo. Se esse arquivo for excluído, você perderá todas as informações sobre suas coleções e os clipes contidos nelas. Para obter mais informações sobre o arquivo de coleções, consulte

Organizando coleções e clipes.
O arquivo de coleções é salvo com a extensão .col.

Sobre o Windows Media Technologies
A Microsoft Windows Media Technologies é a tecnologia subjacente que permite criar, transmitir e executar um conteúdo de mídia digital. Windows Media Technologies usa codecs para compactar arquivos de mídia grandes para transmissão por rede. O Windows Movie Maker mescla os componentes do Windows Media Technologies em um pacote de fácil utilização, portanto são necessárias poucas etapas para converter um material de origem em filmes que outras pessoas podem assistir e aproveitar.
Os filmes criados são salvos como arquivos do Windows Media com a extensão.wmv (vídeo e áudio ou apenas vídeo) ou com a extensão .wma (apenas áudio). Os filmes podem ser vistos através do Microsoft Windows Media Player, que funciona basicamente como um televisor para os telespectadores. Para obter mais informações sobre como obter a versão mais recente do Windows Media Player, consulte o site WindowsMedia.com na Web.

Alterando opções padrão.

Você pode alterar as seguintes opções padrão:

Autor padrão.
O nome da pessoa que criou o filme. O nome é exibido por padrão quando você salva um filme; o nome do autor aparece quando o filme é exibido no Windows Media Player.

Duração padrão da foto importada (segundos).
O período de tempo, em segundos, em que uma imagem fixa aparece quando você importa o clipe e o adiciona ao projeto.

Criar clipes automaticamente.
Você pode escolher se deseja usar a criação de clipe quando grava material de origem ou importa arquivos de origem. A criação de clipe divide seu vídeo em clipes menores e gerenciados mais facilmente sempre que um quadro completamente novo é detectado. Marque essa caixa de seleção para criar clipes sempre que um quadro inteiramente novo for detectado; desmarque essa caixa de seleção para exibir o material de origem ou o arquivo de origem como um clipe na área de coleções

Redefinir caixas de diálogo de aviso.
Use esse botão para redefinir várias caixas de diálogo de aviso que aparecem no Windows Movie Maker. Por exemplo, é exibido um aviso quando você exclui um clipe de uma coleção. Marque a caixa de seleção

Não avisar novamente
Para que as caixas de diálogo de aviso não sejam exibidas no futuro. Clique em Redefinir caixas de diálogo de aviso para ver esses avisos novamente.
________________________________________

Opções de correio eletrônico.
Use esse botão para selecionar o programa de correio eletrônico a ser usado quando você enviar filmes em uma mensagem de correio eletrônico. Se seu programa de correio eletrônico não estiver listado, escolha a opção

Como um anexo em outro programa de correio eletrônico.

Armazenamento temporário.
O local no qual seus filmes são armazenados temporariamente quando você salva um material de origem gravado como um filme envia um filme por correio eletrônico ou envia um filme para um servidor Web. Quando qualquer uma dessas tarefas for concluída, a cópia temporária do filme será removida do local especificado.

Caminho de importação.
O local do qual os arquivos de origem são importados e o local no qual os filmes são salvos.

Gerar arquivo automaticamente.
Um arquivo de filme é automaticamente gerado e salvo em um local específico para material de origem gravado quando a caixa de seleção
Gravar limite de tempo estiver marcado na caixa de diálogo Gravar e o limite de tempo especificado se esgotar. O arquivo recebe um nome de arquivo genérico como Fita 1.wmv. Os filmes adicionais são salvos conforme a mesma convenção de nomeação apenas com o número incrementado (isto é, Fita 2.wmv,Fita 3.wmv e assim por diante). Se o filme contiver apenas áudio, ele será salvo como um arquivo do Windows Media com uma extensão .wma (isto é, Fita 1.wma, Fita 3.wma e assim por diante).
Tópicos relacionados
Para alterar opções padrão
1. No menu Exibir, clique em Opções.
2. Altere a opção padrão apropriada.

Para redefinir caixas de diálogo de aviso
1. No menu Exibir, clique em Opções.
2. Clique em Redefinir caixas de diálogo de aviso para que as caixas de diálogo de aviso sejam exibidas quando for apropriado.
Preparando-se para criar um vídeo

A qualidade dos filmes criados depende da qualidade do material de origem inicial. Se você planeja criar filmes de vídeos que gravou, esta seção fornece dicas simples para a criação, do melhor vídeo e áudio possíveis. Ela também contém dicas para reduzir o impacto de falhas no vídeo já criado.

Tópicos relacionados
Criando e aperfeiçoando um vídeo
Esta seção fornece informações sobre como aperfeiçoar a qualidade do seu vídeo usando oplano de fundo, a iluminação e o vestuário certas.
Plano de fundo.
Se possível, use um plano de fundo fixo ao gravar um vídeo. Se você precisar gravar com um plano de fundo em movimento, tente reduzir a profundidade de campo para ajudar a reduzir a quantidade de detalhes do plano de fundo. A redução da profundidade de campo ou da área em foco torna o plano de fundo mais suave e ajuda a reduzir a quantidade de dados que são alterados de um quadro para outro. Para reduzir a profundidade de campo e retirar o foco do plano de fundo, use um nível de luz menor, aproxime ou afaste a pessoa ou o objeto dalente e use uma lente teleobjetiva para obter mais zoom.

Iluminação.
Forneça iluminação adequada; use luz suave, difusa e níveis uniformes de luz. É necessário certo contraste para iluminar uma pessoa ou um objeto, mas evite iluminação direta de grande contraste. Por exemplo, ao gravar um rosto iluminado por forte luz solar lateral, o lado da face que está na sombra poderá não aparecer no vídeo.

Roupas.
Use cores de roupas que combinem com o tom de pele da pessoa e que sejam suficientemente diferentes do plano de fundo e de outros objetos que o sobrepõem. Evite cores fortes, que tendem a sangrar ou espalhar-se para fora de umobjeto. Também evite riscas, que podem causar padrões moiré, especialmente quando a pessoa se move lentamente.

Compensando falhas em um vídeo
Esta seção descreve algumas falhas comuns em vídeos e fornece dicas para lidar com elas.

Supersaturação.
Ocorre quando as cores de um vídeo sangram pelas bordas dos objetos ou borram quando um objeto se move. Você pode corrigir a supersaturação antes de capturar o vídeo ajustando a configuração de saturação da placa de captura para um nível menor. A saturação é a quantidade de cor de uma imagem. A falta de saturação produz imagens com aparência de imagens em preto e branco. O excesso de saturação produz cores artificialmente vivas.

Muito claro ou muito escuro.
Se uma figura for extremamente clara ou escura, talvez não seja possível corrigir a gravação. Você pode recuperar uma figura ajustando:
O brilho, para elevar ou reduzir o nível de vídeo.
O contraste, para aperfeiçoar a variedade de tons de cinza ou os níveis de luminância, também conhecido como escala de cinza.
Ao elevar a configuração de brilho do vídeo e otimizar a escala de cinza, você pode corrigir uma imagem escura. Entretanto, executando essas ações, você aumenta a interferência do vídeo, pois a interferência é mais perceptível em áreas escuras de uma imagem. É possível ocultar parcialmente a interferência aumentando o contraste.

Criando e aperfeiçoando áudio
Esta seção fornece dicas para aperfeiçoar a qualidade de áudio.

Ruído ambiental.
O som é refletido em superfícies rígidas, como paredes e janelas.
Os computadores, o ar condicionado e o tráfego das ruas podem criar ruído ambiental adicional. Use as dicas a seguir para reduzir a quantidade de ruído ambiental no áudio:
Suavize as superfícies rígidas pendurando cortinas ou tapeçarias nas paredes.
Os tapetes grandes são abafadores de som excelentes.
Desligue os computadores, ventiladores e outras máquinas que houver da sala. Se for possível, desligue também o aquecimento, a ventilação e o sistema de ar condicionado.

Use uma sala interna isolada do ruído das ruas. Se a sala tiver um ruído
baixo e persistente, você poderá reduzi-lo até certo ponto usando
equalização em um mixer de áudio. Você também pode usar a chave roll-off, se o microfone tiver uma.

Uso de microfone.
Se você usar um microfone, as seguintes dicas podem ser úteis:
Posicione o microfone para que fique afastado das roupas da pessoa.
Verifique se a roupa não cobre a frente do microfone e se o microfone não está muito próximo da boca do falante. O ar em alta velocidade de uma pessoa que expira pode provocar estalos altos em microfones sem filtros incorporados para estalos. Os microfones de lapela pequenos são projetados para serem presos a uma gravata e têm pouca ou nenhuma proteção contra estalos ou vento.

Elimine ruídos do microfone. Os ruídos de microfone são sons artificiais que são gerados quando um objeto toca o microfone. Ao posicionar um
microfone, coloque-o em um local em que ninguém esbarre nele. Lembre ao falante que segura o microfone para não bater com um lápis ou um anel no microfone ou mexer no cabo. A parte dianteira do microfone tem de estar
sempre exposta. Segurar na ponta de um microfone produz ruídos e pode provocar um retorno, se o microfone for usado em um sistema de alto-falantes.

Introdução às configurações de qualidade
Você pode especificar o nível de qualidade no qual deseja salvar seu filme. Ao escolher
uma configuração de qualidade, leve em consideração as pessoas a quem se destinam os filmes e o método de recepção. Se seu público for ver os filmes na Web, seja cuidadoso com a velocidade de conexão à Internet; se estiver enviando filmes por mensagens de correio eletrônico, considere o tempo de download. Use o tempo de download estimado,exibido quando você salva um filme, para ajudá-lo a determinar que configuração de qualidade deve ser usada. Considere também os tipos de clipes contidos no filme. Os filmes que contêm muita ação e áudio precisam de uma configuração de qualidade maior, o que aumenta o tamanho do arquivo. Você pode salvar filmes com pouca ação em uma configuração de qualidade menor (por exemplo, uma série de imagens fixas com narração). A redução da configuração de qualidade pode diminuir o tamanho do arquivo, embora ainda possa ser obtido um filme
de alta qualidade. Para determinar a melhor configuração para seu filme, salve-o com configurações de qualidade diferentes. Execute os filmes em configurações de qualidade diferentes no Windows Media Player para ver os efeitos que as configurações diferentestêm sobre seu filme. O objetivo é fornecer seu filme no menor tamanho de arquivo possívelsem sacrificar a qualidade.
Várias características influenciam o tamanho de um arquivo. Assim como o tamanho da exibição e a taxa de transferência do vídeo aumentam em configurações de qualidade maior, o tamanho do arquivo também aumenta nessas configurações. Da mesma forma,
uma configuração de qualidade de áudio e uma taxa de transferência de áudio maiores resultam em um tamanho de arquivo maior.

Especificações para a gravação apenas de vídeo ou de vídeo e áudio
A tabela a seguir indica as configurações de qualidade para a gravação apenas de vídeo ou de vídeo e áudio. A tabela a seguir está organizada da configuração de qualidade menor à configuração de qualidade maior.

Qualidadede reprodução*
Nome do perfil Tamanhoda exibiçãodo vídeo (empixels)
Taxa de bits de vídeo (emkilobits porsegundo)
Propriedades de áudio
Taxade bits deáudio (emkilobits porsegundo)

Outra
Vídeo paraservidores Web(28,8 Kbps)160x120 208 kHz
BaixaVídeoparaservidores Web(56 Kbps) 176x144 3011 kHz

Outra
Vídeo paraISDN de umcanal (64 Kbps) 240x176 5011 kHz10
MédiaVídeoparacorreioeletrônicoeISDN de doiscanais (128Kbps)
320x240 100 16 kHz16AltaVídeoparaNTSC de banda larga(256Kbps)320x240 225 32 kHz32

Outra
Vídeo paraNTSC de bandalarga(384Kbps)320x240 350 32 kHz32
Outra Vídeo para NTSC de bandalarga(768Kbps)320x240 700
44 kHz64
Explicação dos termos da tabela

Qualidade de reprodução. A qualidade de reprodução selecionada quando você salva um filme. As quatro configurações são baixa, média, alta e outra.
Nome do perfil O nome que descreve a configuração de qualidade.
Tamanho de exibição do vídeoO tamanho de exibição do filme em pixels.
Taxa de transmissão de vídeoA taxa em que o vídeo é transferido quando o público exibe o filme.
Propriedades de áudio A qualidade ou taxa de amostragem do áudio contido no filme.
Taxa de transmissão de áudio A taxa em que o áudio contido no filme é transferido quando o público exibe seu filme.
Observação Os perfis e configurações de qualidade na tabela acima são as mesmas configurações de qualidade escolhidas ao salvar o filme final.
Especificações para a gravação apenas de áudio
A tabela a seguir indica as configurações de qualidade para a gravação apenas de áudio.
Qualidade de reprodução
Nome do perfil Propriedades de áudioTaxa de bits deáudio (em kilobitspor segundo)
Outra
Áudio para conteúdo orientado por voz a baixa taxa de bits (6,5 Kbps)
mono6.5
Outra
Áudio para qualidade derádio FM para modems(28,8 Kbps mono)
22 kHz mono20

Outra
Áudio para qualidade derádio FM para modems (28,8 Kbps estéreo)
22 kHz estéreo 20
Outra
Áudio para modems dial-up (56 Kbps)32 kHz estéreo 3

Outra
Áudio para ISDN de umcanal (64 Kbps) 32 kHz estéreo 48

Baixa
Áudio para qualidadequase de CD (64 Kbps
estéreo)44 kHz estéreo 64Média
Áudio para qualidade deCD (96 Kbps estéreo)44 kHz estéreo 96
Alta
Áudio para transparência de qualidade de CD (128 Kbps estéreo) 44 kHz estéreo 128
Explicação dos termos da tabela

Qualidade da reprodução A qualidade da reprodução selecionada quando você
salva um filme. As quatro configurações são baixa, média, alta e outra.

Nome do perfil O nome que descreve a configuração de qualidade.

Propriedades de áudio A qualidade ou taxa de amostragem do áudio contido no filme.
Taxa de transmissão de áudio A taxa em que o áudio contido no filme é transferido quando o público exibe o filme.

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Gravando material de origem

Usando o conteúdo legalmente
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Obtendo permissão
Para obter permissão para uso de material sob proteção de direitos autorais, entre em contato com o proprietário dos direitos autorais mencionado no aviso de direitos autorais anexado ao trabalho. Em alguns casos, será indicado um agente ou um advogado que
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Alguns proprietários de direitos autorais não permitirão o uso do material até que transcorra um período de tempo específico após o lançamento original do material. No caso de um filme, geralmente é definido um período de tempo após o filme deixar de ser exibido nos cinemas. Para uma produção teatral, a permissão geralmente é concedida após a conclusão da primeira turnê da companhia. Músicas, fotografias e obras gráficas podem estar disponíveis imediatamente.
As instituições educacionais estão isentas de obter permissão quando o trabalho é usado com objetivos educacionais legítimos. Sempre verifique com o advogado da instituição se você está protegido pela cláusula relativa ao uso lícito da lei de direitos autorais. É possível usar partes de um trabalho protegido por direitos autorais sem permissão em uma crítica ou resenha, também de acordo com a cláusula relativa ao uso lícito.

Sobre domínio público
O conteúdo não protegido por direitos autorais é de domínio público. Um material torna-se material de domínio público de uma dessas três formas:

O direito autoral perde a validade. A maioria do material com mais de 100 anos não está protegido por direitos autorais. Embora um trabalho, como uma opereta de Gilbert e Sullivan, possa ser de domínio público, as apresentações desse trabalho não o são. Por exemplo, embora "H.M.S. Pinafore" seja de domínio público, você violaria os direitos autorais da Acme Gilbert and Sullivan Society se usasse, sem permissão, um vídeo da produção de 1995 desse trabalho.

O artista (ou o espólio do artista) libera os direitos do conteúdo para o público.

O material é de propriedade do governo dos E.U.A. e está disponível para o público. A maioria dos itens do governo dos Estados Unidos é de domínio público, porexemplo, o conteúdo em vídeo da NASA.

Sobre a convenção de Berna
Os Estados Unidos da América, junto com outros 96 países, aderiram à Convenção de Berna sobre regulamentações e leis de direitos autorais. No âmbito dessa convenção, um artista tem direitos de direitos autorais em vida e seu espólio mantém os direitos durante outros 75 anos após a morte, sem exceder um total de 100 anos. Além disso, um artista não
precisa mais colocar uma marca de direitos autorais (copyright) © no trabalho ou registrar esse trabalho.

Para obter informações adicionais sobre a Convenção de Berna ou sobre as leis de direitos autorais no seu país/região, faça uma pesquisa na Internet ou consulte um advogado. Se você tiver qualquer dúvida sobre o status dos direitos autorais de um trabalho, consulte um
advogado.

Sobre repertórios de clipes
Outra forma de obter direitos sobre áudio clipes e videoclipes é adquirir os direitos de empresas que vendem clipes. Os clipes são sempre genéricos, portanto podem ser usados para várias finalidades; por exemplo, uma filmagem de um monumento em Paris ao pôr-do-sol pode ser exibida em vários filmes, inclusive em um filme turístico. A música de fundo e sonoplastia geralmente é escrita e executada como música de fundo de comerciais, vídeos de empresas e filmes. Os efeitos sonoros são geralmente adquiridos como bibliotecas. Você pode encontrar mais informações sobre empresas que vendem clipes, música de produção e
bibliotecas de efeitos sonoros em revistas do setor de áudio e vídeo profissional e na Internet.

Requisitos do sistema

O Windows Movie Maker necessita da seguinte configuração mínima de sistema:

Sistema operacional Microsoft Windows Millennium Edition (ME)

Pentium II de 300 megahertz (MHz) ou equivalente

64 megabytes (MB) de RAM

2 gigabytes (GB) de espaço livre no disco rígido

Um dispositivo de captura de áudio

Um dispositivo de captura de vídeo
Um programa de conexão à Internet e correio eletrônico (necessário para enviar um filme para um servidor Web ou por uma mensagem de correio eletrônico)
Para obter informações sobre dispositivos de captura, consulte o site do Windows Movie Maker na Web onde você encontrará uma lista atual dos dispositivos de captura testados naMicrosoft.

Usando o Windows Movie Maker
O uso do Windows Movie Maker para criar filmes envolve algumas etapas simples. As etapas a seguir fornecem uma visão geral do processo; clique nos vínculos para acessar informações mais detalhadas sobre cada etapa.

1. Transferindo um conteúdo para o Windows Movie Maker. Você pode transferir seu próprio conteúdo de mídia para o Windows Movie Maker gravando um material de origem de um vídeo digital (DV), ou de uma câmera analógica ou Web, ouimportando arquivos de origem de mídia existentes para o Windows Movie Maker

2. Editando seu projeto
Um projeto é essencialmente um rascunho do seu filme. Vocêpode adicionar clipes a um projeto, excluir partes não desejadas dos clipes,adicionar transições entre clipes e reorganizar os clipes na ordem desejada.

3. Visualizando seu projeto
Em qualquer momento do projeto, você pode visualizar o trabalho em andamento para ver como o filme está se desenvolvendo.

4. Enviando o filme terminado
Quando estiver satisfeito com o projeto, você poderá salvá-lo como um filme no computador e distribuí-lo através de uma mensagem decorreio eletrônico ou de um servidor Web.
À medida que sua biblioteca de clipes aumenta, você pode organizar suas coleções e clipespara garantir o acesso fácil aos clipes no futuro.

Transferindo um conteúdo para o Windows Movie Maker
A primeira etapa no uso do Windows Movie Maker é gravar o material de origem. A gravação é o processo pelo qual o vídeo, o áudio e as imagens fixas são convertidos para o formato digital Windows Media. Você pode transferir um conteúdo para o Windows MovieMaker gravando um filme existente de um VCR ou de uma câmera de vídeo no Windows Movie Maker ou importando arquivos de origem de mídia existentes.
Você pode gravar um material de origem usando vários dispositivos de captura, como uma câmera DV ou uma câmera analógica e, em seguida, copiando o material de origem para seu computador usando a função de gravação. Você também pode usar outros dispositivos de captura, como uma câmera Web ou um microfone, para gravar um material de origem diretamente no Windows Movie Maker. Outros arquivos de origem, como arquivos de áudio, filme ou imagem fixa existentes, podem ser usados após a importação desses tipos de conteúdo de mídia para o Windows Movie Maker.

O material de origem gravado é exibido em forma de clipes na área de coleções, que funciona como um local para armazenar os clipes e fornece um meio para organizá-los.

O material de origem, uma gravação de DV ou um arquivo importado, permanecerá sempre no local original do qual foi transferido para o Windows Movie Maker.

Os clipes somente representam o material de origem ou os arquivos de origem.

Foto de angela lugo

Viva os poetas e Viva a poesia

Viva os poetas, viva as poesias
Que trás alegrias e fantasias
Em cada verso com suas rimas
Pode uma lágrima na face rolar
Ou um sorriso meramente brotar
Uma saudade no peito calar
São sentimentos de poetas
Não escondem, escrevem
Porque dentro deles tem
Almas que vivem e sonham
A poesia no compasso do coração
No pensamento seus enfeites
Nas mãos a destreza da composição
Que vibra a cada palavra escrita
Colorindo as folhas com emoção
Fazendo pulsar muitos corações
Com suas composições


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