Equação

Foto de Moisés Oliveira

Peça velha

Não quero saber de olhar pra descobrir o rumo, quero andar despreocupado, caminhante do mundo.

Não quero pensar em demasia no futuro que está por vir, Quero viver cada momento, acordar e poder sorrir.

Não quero uma vida azeda, ao gosto da sociedade, quero me alimentar de sonhos, quero beber felicidade.

Não quero a comodidade que a tal zona de conforto propicia, Quero sair dessa cerca armada, pra não viver só de nostalgia.

Não quero me enquadrar em padrões ou pertencer à equação, Não me importo em ser peça velha, modelo antigo, fora de produção.

Não quero ter que explicar o óbvio, me entediar na inauguração. Quero reviver o momento, apreciar a obra em exposição.

Foto de Costa e Abrantes

És mesmo desta Terra?

Conforme prognosticado pelos anjos
Passei a amá-la no decorrer dos dias
Busquei pensar mais em ti
No bem mais seleto que a tua presença faz a mim

És mesmo desta Terra?
Ou tu és a lindeza vivificada?
A grandeza jamais quantificada?
A obra de arte jamais pintada?
Ou será que és a paz em ouro banhada?

Um diamante lapidado pelos anjos?
Uma das obras primas do arcanjo?
Vinda da fonte do Santo?
A incrível expressão do superlativo?
A essência da matéria humana?
A inenárravel honra?
A mulher feita sob medida?
A razão áurea?
A constante jamais esquecida?
O resultado da equação da minha vida?
És mesmo daqui?
Digo, desta Terra?

Foto de Costa e Abrantes

Aquiescência

Aquiescência

Destarte conforme o teu beneplácito
Serei a essência do teu riso
Já era dantes e mui agora intensamente
A equação do nosso amor surge à minha mente
Com tua aquiescência
Transporei o limite da ciência
E em sã consciência
Farei tu estás em meus mais lindos momentos

Rir-se-á em demasia
Minha bela menina rainha
Um vasto mar de chiste
Dar-te-ei,
Neste viés andarei
Só com o amor que tu me dás
Com ele paz
No teu mundo de simetria
Harmoniza minha habilidade sagaz
De amá-la tanto e desejar mais!

Foto de Costa e Abrantes

Equação áurea

Equação áurea

O método dos corpos rolantes
Em espaços empolgantes
Tão intensos e excitantes
Mais agora do que antes
O tocar chamejante
O ofegar delirante
De que tem sede?
Ou de quem te come?
Cada toque direcionado ao teu ser
Só para ver
O sol a sós nascer

Assistirei às tuas curvas
Mores e belas curvas
De um corpo nu
Dono de uma vulva cabeluda
Ah! Mariana!
Anda!
Corra e apronta
O que bem quiseres
Pratique teus bel-prazeres
A equação áurea de dois seres
Resulta em múltiplos orgasmos muitas vezes.

Foto de Allan Dayvidson

QUIMERA

"Alguém já disse que o todo não é igual a soma das partes. Uma pessoa não é mero amontoado de características dispostas aleatoriamente como uma fera mitológica, mas sim uma composição na qual os elementos se comunicam, interagem e muitas vezes até se rejeitam... Ninguém é uma Quimera..."

QUIMERA
-Allan Dayvidson-

Olha minha cara,
sou o velho fedelho de sempre,
pretensioso e fora de moda.
Acredite, é o melhor que tenho a oferecer.

Meu Allstar não faz barulho,
meu nome não faz soarem violinos,
e meu coração vem num embrulho
feito dos velhos jornais que roubei de você.

Mas sou um arranha-céu nas fundações,
repleto de sonhos e grandes concessões,
estigmatizado e monitorado por eras,
o único de uma espécie tratado por quimera.

Tenho amigos de uma vida inteira;
tenho guardiões de tantas maneiras;
tenho comparsas, assaltantes de geladeira;
e um mundo inteiro tentando me empurrar da beira.

Mas sou um traço de vários autores,
os escombros de três amores,
um novo pigmento feito de muitas cores,
um elemento raro tratado por quimera.

E você tenta me alimentar
como quem alimenta uma fera enjaulada,
como se soubesse melhor que eu qual é a fome que me governa...

Eu já estive na instituição de adestradores,
no território de impiedosos caçadores,
no jardim de amantes amadores
e no coração de corajosos admiradores

Mas não sou as formas das esculturas;
ultrapasso a leviandade das caricaturas;
escapo aos moldes e às velhas conjecturas;
sou uma vertiginosa espiral tratada por quimera...

Sou um fenômeno sem precedentes
e de uma inocência quase indecente;
um resultado que desafia sua própria equação;
um homem em permanente construção tratado por quimera.

Foto de Sandro Gusmão

Imortal é o que quero...

Co-existe uma projeção,
do tanto de um querer,
estrambola energia, atrai atração,
atrai o ato do poder,
poder de criar formação,
formar o que tanto quero ver,
ver, e com grande exaustão,
projetar-me até você.

De matéria a equação,
calcular o meu temer,
vejo em ti a reação,
da química que nos faz prôver,
com movimento, com reação,
fisicamente vejo teu ser,
do meu amor e sua imortalização,
imortal é o meu querer,
te querer!

Foto de Wander Lucifer

Poeta Vadio

Arrogância de níveis superiores
Amizades que outrora foram grandes mas agora nada são
Pactos vitalícios que acabam em rancores
e todas as palavras que finalizam em discussão

Inveja permanente que me oscilam a mente
Comentários que são traduzidos como convicção de raiva irracional
Os sentimentos de dor e amor são algo dimensional
Não compreendidos, não esclarecidos, não inteiramente vividos

Sim sou um Hipócrita do pensamento
Ditei e citei que nunca te amei, mas não sei
perco minutos, provenientes de segundos a escrever
Por ti, que outrora me fizeste sofrer

Agora completa o puzzle que eu tanto quero completar
tenta encaixar todos os resultados nesta equação
se a resposta é clara e lógica como já discutimos ao luar
agora rasteja pelos escombros do que me tornaste e procura no meu coração

Poeta vadio que vagueia por caminhos sem sinalização
Cientista obscuro de formulas puníveis com morte
Descubro o elixir da vida através da alquimia centrado em destruição
Tudo cai em cinzas, tudo morre, tudo desvanece

Melancolia, mente vazia
psicofonia interior, diabolicamente adorador
Espero que me abraces através do fustigamento
Lembra-te, ainda moras no meu pensamento.

Foto de jessebarbosadeoliveira27

PLEONASMO DO POEMA-POESIA

O Poema é uma centelha
Concomitantemente
Conclamada e errática.

O Poema é a equação
Que habita o cérebro
Da nossa dualidade:
Pavimenta a alameda da emoção e da racionalidade.

O Poema é uma enigmática areia movediça:
Rebenta prenhe ou órfão de um intento
E trilha vias do alcácer das viroses dos abstratos, concretos tormentos
(sejam os frívolos dissabores, seja a dantesca
luminescência da bruma do quase aniquilamento),
Antes de se transmudar em monumento
Á Lógica, ao tornado dos vulcânicos sentimentos
Ou ao maremoto dos libertários devaneios.

O Poema é a aquarela
De um premeditado
Ou inesperado Estalo:

Nasce no córtex,
Navegando pelo
Oceano de teias e correntes da mente

Para, em seguida, desaguar sobre
O espaço vazio como palavra:
Quer Verso insalubre, amarelo, hospitalar, alegria flagelada;
Quer jucunda ventania, Poesia em estado de Graça!

JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA

http://www.myspace.com/nirvanapoetico
• http://twitter.com/jessebarbosa27

Foto de pttuii

Menina perfeita à chuva II

Bastava só que acreditasse em mundos paralelos. Rapaz de pó, vezes entrega total, igual a amor. Paixão de povo lutador. Mulher que entrega. Homem que aproveita. Mulher que dá. Homem que explora.
Simples amor de dois corações em equação fatal. Menina que sorria, e o sol voltava. Desapertava o edredon de chumbo que o céu cinzento usava para se tapar e, a custo, vinha acariciar-lhe um rosto incapaz de suster cascatas de lágrimas. O pior são as dores de hesitação. Menina perfeita que tratava por tu o dedo indicador de Deus. Acatava ordens hermenêuticas. Acreditava que a vida tem de ser pior, para um dia, um longínquo dia, consiga finalmente ser melhor. E o vento percebeu. Entrou-lhe pelo coração dentro, rasgou a frágil barreira de seda que ela própria tinha tecido como segurança, e traiu-a. O azar bafejou. Soprou. Enrolou a língua, e arremessou a tristeza. O rapaz de pó desfez-se, no meio de dois trinados de pardal moribundo. Ela não chorou. Apenas emudeceu. O dia acabou, deitou-se na cama de lamentos que o acolhe há séculos, e a noite saiu para caçar. Menina sentada em cadeira de pau podre, com vestido de cambraia imóvel.
(continua)

Foto de pttuii

O país dos matemáticos

No país dos matemáticos, ninguém ousa desmentir a racionalidade. O sol nasce sempre do mesmo lado do céu que, recortado, desvenda um anoitecer trigonométrico. O quadrado da hipotenusa da alma das pessoas, é sempre inferior ao resto zero dos sonhos que ficam por cumprir. No país dos matemáticos não há dinheiro, porque divisa é o beijo que o prior dá ao seu acólito. Muito menos existem empréstimos. Tudo o que se quer de prático, só se sonha. As coisas acabam por acontecer, mais ou menos quando o sol se põe.
No país dos matemáticos, há um eminente déspota que dorme em subterrâneos instáveis. Gosta de saborear felizes ideias tanatológicas. Coisas indiscritíveis, e que nem uma equação consegue apreender. No país dos matemáticos, as pessoas nem se atrevem a dizer olá. Apenas meneiam a cabeça, e sorriem. São sinais indiscutíveis de simpatia.

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