Época

Foto de Barzissima

História sem fim

Fazem quase 20 anos...vinteeee anosssss....
Será que algum dia neste tempo eu deixei de te amar?!
Estou no momento falando com vc novamente pelo whatsapp.... maravilhas da tecnologia...naquela época não existia isso...
Eu te mandei convite no face, te mandei msg e soltei tudo que queria te falar...que sempre amei você...
Estou num relacionamento a quase 9 anos, tenho uma mocinha de quase 5 anos, uma anjinha no céu com quase 7 anos e mais dois tesouros do primeiro casamento.
Minha vida é relativamente boa. Mas ainda não consegui viver um amor verdadeiro, assim como eu penso que viveria com você...pode ser que viver com vc não seja o que eu penso, mas eu ainda continuo pensando nisso, insistentemente...
Eu escrevi cada coisa a vc estes dias...meu coração transborda de amor...
E eu não consigo viver da mesma maneira com a pessoa que estou hoje...

De 2011 até 2020 nós nos encontramos em outros 2 momentos, não me lembro o ano do primeiro, mas acho que foi em 2015/2016, pq já tinha perdido minha bebê e falei com vc sobre isso...
A outra vez foi em 2019...fui ao seu encontro...mas não tive coragem de trair meu marido, não fiz absolutamente nada...me comportei super bem... não quis arriscar...
E agora, novamente estamos nós conversando...
Meu deus do céu, quando isso terá fim será?!
Acho que nunca... Pode ser que minhas expectativas se frustrem no primeiro dia...pode ser que eu viva uma felicidade intensa que até hoje nunca vivi e sempre sonhei em viver... porque até hoje nunca consegui amar alguém de verdade, na prática... você está sempre lá, no lugar da pessoa...
Espero chegar em breve o dia de poder por a prova isso, mas sinceramente, não é possível que quase 20 anos depois que não seja o amor da vida, ou do resto dela...

Foto de carmenpoeta

Ainda te espero, amor...

Ainda te espero, amor...
Ainda te espero, amor...
Ainda te espero, amor...
Assim como as manhãs esperam pelo sol
que pincela de alegria o arrebol
e de esperança a circundar recomeços...

Ainda te espero, amor...
Assim como o belo, seu expectador,
a olhar extasiado o que sua alma encantou
e como relicário, dentro de si guardou.

Ainda te espero, amor...
Assim como o estio, pela chuva que virá
calando a cigarra que a seca vem agourar
quando o cheiro de terra molhada inundar...

Ainda te espero, amor...
Ainda que em outra vida...
Nosso amor sempre será assim,
sem planos ou trajetórias traçadas,
sem fronteiras demarcadas,
sem previsão de fim.

Carmen Lúcia

Carmen Lúcia
20/09/2009

Outro poema plagiado por Edemilson Ribas! Também datado na época em que postei. Peço, de novo, providências!!!Plágio é crime!

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Setembro - Capítulo 10

Escrever exige uma intensa entrega pessoal e total desprendimento dos preconceitos e convicções. Como eu não tenho amor próprio, faz dez anos que estou nessa. Com gente lendo ou não, faça chuva ou sol, tendo eu dinheiro ou estando duro, para os diplomados e os analfabetos, eu vou fazendo a minha arte, como o Sísifo, me lembra o Camus, vou levando a rocha pro alto do morro e deixando cair todos os dias. Essa é a minha verdade, gente que sou até agora.
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Enquanto o fogo consumia tudo, e as pessoas viviam seus amores, seus valores e seus pecados, Clarisse subia para a cidade em busca de se reconciliar com o seu passado e destruir os insetos que a haviam humilhado ou algo parecido. Ela iria falar com o Luís Maurício, com o Patrício, com o Fabrício, com quem pudesse matar as pessoas e devolvê-las para sua posição de subserviência. Quando ela se levantou, parecia até branca, como se um Feliciano a tivesse abençoado da miscigenação racial e da indivisível respiração coletiva, como se fora brincadeira de roda, memória, o jogo do trabalho na dança das mãos. Ela estava montada. A balada da sociabilidade lhe abria os braços e o coração. Ali era o seu lugar, voltava pra ficar. A luta pelo poder enfim teria o seu final.
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- Calma gente, calma gente!

A voz de Dimas se tornava cada vez menos ativa.

- Vamos ficar em paz!

O que Dimas não entendia, e isso é claro para todos os que ali estavam, é que somos animais. É por isso que não acredito em Rogers, quando ele diz que o ser humano é bom. Pois bem, o ser humano é bom... para ele! É algo natural ser egoísta. O que Sartre não os contou, o que Husserl e Rousseau omitiram descaradamente, bem como os líderes humanitários, é que o amor e a cooperação são alienígenas ao instinto pessoal de se sobreviver e de continuar. Procuramos o que é vantajoso e seguro para a consciência. Isso não é escolher ao mal. Isso é reconhecer uma característica da nossa essência, que na verdade é indiferente para a moral, que foi inventada com o tempo, bem como todos os conceitos psicológicos e existenciais. E então a Torta lhe deu um beijo.
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- Então, eu destruí eles.

- Mas quem te disse que os queríamos destruídos?

Clarisse ruboriza-se ainda mais.

- Os dominados, os engolidores... Eles é que sustentam o nosso modo de vida. Eles são o nosso alimento, o nosso instrumento, sem os nossos escravos, não há como gerar a riqueza. É como imaginar um mundo sem pobres. Alguém sempre acabará subjugado. É a lei natural, Talião, na prática! Se você não tivesse ido para lá eles não estariam envenenados com a sede do poder. Bom, o erro foi nosso. Agora já foi. Não importa. Fique aí e não incomode mais.

A batalha final era enfim preparada.
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O fogo subia os castelos. As espadas faiscavam. As bazucas, os bodoques...

- Toma!

A cobra fumava.

- Morre diabo!

Tudo resplandecia a tragédia, como a velha praça Tahir, como uma Nova Deli, como em uma Hiroshima deflorada, como um Brasil em época de hiperinflação, como o rompimento do namoro de uma adolescente, como a queda de divisão de um time de futebol, um câncer, um escorregão idiota num dia da saudade, a cabeça no meio-fio.

- Burn, motherfucker, burn...
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Dimas subia com os miseráveis a ladeira da cidade. Arrombavam as portas. Alastravam um medo até então desconhecido aos porões dos vencedores, suas famílias funcionais, suas menoridades penais, seu pleno conservadorismo e hipocrisia. Batiam as panelas, ignoravam as balas que lhe atiravam, quebravam as bancas. O saque indignava. O estupro coletivo era feito sem cerimônias prévias.

- Muerte! Muerte!

A bandalha hasteava a bandeira do assistencialismo. Colocavam seus headphones e atendiam o furor da sua maldade. A humilhação acabava, ou assim pensavam. Tinham tomado tudo.
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- Se você não pode vencer um inimigo, junte-se a ele.

Luís Maurício assim neutralizava a queda da sua Bastilha. Os seres de sangue frio haviam se misturado ao coro sem que se percebesse. Pediram a rendição, um tempo. Patrício, que era o chefe da comunidade até então, degolado, foi dependurado no alto de uma varanda como um pálido estandarte, corno, empalado em uma lança. O líder seria escolhido e Dimas seria o jacobino. A Torta seria a primeira-dama, e Clarisse, sua concubina. Até que ele disse o que não devia.

- Eu vou embora. Vocês conseguiram o que tanto desejavam. Agora não me atormentem mais.

Sequer Zaratustra havia sido tão ousado. Para onde iria Dimas, o santo? Para quarenta dias no deserto? Eu poderia falar no próximo parágrafo, mas não é bem isso o que vou fazer.
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- Esse nome não me serve mais. Revelarei meu nome. Eu sou a discórdia. Eu entreguei o pomo da primeira história. Quem quiser me acompanhe. Quem não quiser, fique aí e seja feliz.

As perguntas que te surgiram serão respondidas mais pra frente.

Foto de EDER TEODORO DE SOUZA

recomeço

" há tempos atras você me conheceu mas na época não tinha afeto,carinho e amor
e assim por mim você não se envolveu e nesse não envolvimento me abandonou.
os tempos se passaram e a lembrança daquela pessoa que no pouco tempo entrou em sua vida e que te deu carinho e atenção nunca da sua cabeça saiu mas aquela pessoa tinha mudado de cidade e você nunca mais o viu.
mas certo dia essa pessoa aparece e volta pra sua cidade ai você vê que um sentimento forte começa a aflorar dentro de si e vê que aquela pessoa que um dia você abandonou agora você o deseja e quer que ele faça parte de teus sonhos e de sua vida, mas ele sente receio pois ha anos atras ela o abandonou mas este sentimento forte e avassalador o domina e o faz se apaixonar novamente mas não como antes mas sim com uma força exorbitante fazendo-os se apaixonarem novamente como se fosse um recomeço....."

Foto de Rosamares da Maia

CRÔNICAS DA SAUDADE - Solidão é Fundamental

CRÔNICAS DA SAUDADE – Solidão é Fundamental.

Hoje eu preciso de um tempo para ser só. Isto mesmo! Sentir a solidão necessária para me reencontrar com a minha paz, ouvir atentamente o silêncio. Assim, só e ouvindo o silêncio como se no Mundo não houvesse mais ninguém, eu mergulho no tempo, um tempo todo meu, sem controle de nada e de ninguém. Como se a minha própria cabeça fosse uma poderosa máquina, percorrendo os tempos idos e avançando para tempos futuros.
A viagem me leva a lugares em que estive e vivi, trazendo a tona sensações e sentimentos, uns muito bons e prazerosos, outros, nem tão bons e alguns muito ruins, mas nada se perde, na realidade é um resgate da costura das experiências, da capacidade humana de sentir e desenvolver o raciocínio analítico. Pesar todas as coisas vividas e rastrear momentos e pessoas que de alguma maneira fazem parte da costura na construção das nossas vidas.
Preciso da minha solidão para recompor a logística de mim mesma, ela me possibilita a reorganização da maneira de estar neste mundo, também de traçar rotas para percorrer caminhos futuro, fazendo projeções a partir do meu presente, planejando passo a passo a conquista de novos espaços. Considerando se eu devo dar estes passos ou se quero ocupar estes novos espaços.
Solidão é fundamental! Não para sempre, mas para considerar que em alguns momentos a minha é a melhor companhia que eu posso ter. É algo fantástico, acreditem! Alguns podem considerar que este desejo de me revisitar de vez em quando seja apenas saudade, vontade de mergulhar no passado. Não. Definitivamente ele é também, para fazer projeções do futuro. É claro que algumas vezes o passado desperta a nostalgia. Mas quem não sente saudade de alguém ou de alguma época?
Se a esta necessidade de solidão alguém atribuir os sinônimos de saudosismo, nostalgia, ou as projeções para o futuro alguém quiser chamar de sonhos, delírios e/ ou ambição, que seja, mas a ela, acrescento também, o conceito da necessidade humana de olhar nos olhos de sua alma, se encontrar periodicamente consigo mesmo, não se permitindo tornar baú trancado, cheio de sentimentos, pessoas e momentos esquecidos com fantasmas ameaçadores.
Quero o meu baú todo aberto, meus fantasmas exorcizados. Quero sentir a minha solidão até os ossos, com a vida povoada das minhas saudades e sonhos, assim, corrijo cada rota, cada rumo que me recompõe cada vez mais humana.
Rosamares da Maia

Foto de Riva

NAMORO NA INFÂNCIA

NAMORO NA INFÂNCIA

Sentimentos residuais de um amor noutrora,
Flutua no meu íntimo átimos em recordação,
Prestante memória que faz sentir tudo agora,
Romances quando criança! Propícia emoção!

Ah! Minha meninice! Como é bom te lembrar!
No colégio... lápis, borracha, e o bilhete à mão!
Para a pretensa amada na carteira apanhar
O recado lírico ditado pelo seu afável coração.

Cruzavam olhares para o namoro referendar,
Num gesto singelo do párvulo em retribuição,
Ao carinho da amada a conquista consagrar,
Tudo era encanto daquela graciosa geração.

Hoje, relembro com saudades e o meu pesar,
Por ser tudo diferente à época da namoração.

Rivadávia Leite

Foto de Riva

NAMORADOS DE OUTRORA

NAMORADOS DE OUTRORA

Noite calma, o silêncio orquestrava aquele lugar,
Um recanto bucólico para o amante em exultação,
Na dileção da donzela se enleava em conquistar,
Nos bancos da praça, a preferida do seu coração.

Eram flertes bem velados, um poema a declamar,
Ritual dos enamorados, a mais viridante sedução.
Do coreto se contemplava os casais indo passear,
De mãos-dadas e em pares, iam em toda direção.

Lirismo de uma época que hoje passo a lembrar,
Deste lindo amor poético em grande veneração,
Havia encanto, havia beleza, uma união a fulgurar,
Era o tempo das pucelas, convictas por devoção,

Nostalgia da pureza, da cândida virgem ao altar,
Vestalinas de agora! Por que esta transformação?!

Rivadávia Leite

Foto de Joice Lagos

Cansei

Estou cansada desse vazio de estar só no meu quarto, de fechar meus olhos e não encontrar mais nada...Além de você...Perdido nos meus pensamentos.
Estou cansada de te querer além de mim, além do tempo, este mesmo tempo ingrato que te roubou de mim.
Cansei de percorrer o passado e descobrir que a felicidade ficou por lá, presa nos nossos sorrisos ao ver o por do sol, sorriso que ficou eternizado numa fotografia velha e suja jogada numa gaveta.
Estou cansada de recordar este passado e me lembrar de ti deitado ao meu lado, com o olhar perdido no horizonte, alisando meus cabelos, e sonhando com um futuro que nem em partes poderia ser o agora.
Cansei de me perder nos braços de outros amores, e acordar como de um pesadelo, e perceber que o sonho não mais existe, e que a vida me fez dura demais pra acreditar em ao menos um deles.
Cansei de acordar com um outro qualquer e vacilar, pensando na gente.
Eu cansei de atender telefonemas, que nunca me fizeram tremer as pernas, como aqueles que recebi de ti, e cansei um pouco mais ao perceber que quando estou com alguém não tremo minha voz, nem choro depois do amor.
Cansei porque hoje sou nada, vivo numa fantasia, um sonho desgraçado que deixei pra trás.
Lá atrás, onde jazíamos felizes, contando os instantes pra ficarmos juntos. Naquela época, eu boba, acreditava que tudo sempre seria igual...
Mas não meu amor, nada se compara a você, não porque te acho belo, mesmo que isso seja verdade, mas porque ao seu lado eu flutuava, andava pelas ruas inebriada pelo seu amor, fechava meus olhos, com a face num lindo sorriso, e meu dia começava ansioso pelo simples fato de saber que você estaria em algum lugar procurando-me em seus pensamentos e se perguntando a que horas eu chegaria perto de ti pra te roubar um beijo e tirar a “paz”.
Cansei...Não quero mais me cansar...Tudo é passado e isso me traz angústia e dor, mas dentro de mim existe ainda este amor que canso de tentar esquecer...Mas que me cansa de não poder deixar.

Foto de cafezambeze

FUNGULAMASO


FUNGULAMASO
1977 RIO DE JANEIRO.
O RIO DE JANEIRO SEMPRE FOI UMA CIDADE VIOLENTA.
EM 1977 JÁ O ERA, MAS NADA QUE SE COMPARASSE AOS DIAS DE HOJE. QUEM SABE A DITADURA
MILITAR SE FIZESSE MAIS PRESENTE...
OS POLICIAIS AINDA USAVAM REVÓLVERES E VELHAS MAUSERS, E OS FORA DA LEI AINDA NÃO
SE TINHAM ORGANIZADO. ME ATREVO ATÉ A DIZER, QUE NA SUA MAIORIA, ERAM APENAS FREELANCES.

HOJE ELES USAM ARMAS AUTOMÁTICAS E SEMI-AUTOMÁTICAS. EXPLODEM BANCOS, SEQUESTRAM
QUALQUER UM A TROCO DE ALGUNS REAIS E MATAM POR DÁ CÁ AQUELA PALHA. NÃO EXISTE MAIS
UMA IDADE MÍNIMA PARA ENTRAR NO CRIME. CRIANÇAS QUE AINDA USAM FRALDAS MATAM GENTE.
SE ERAM MANCHETE NOS PRIMEIRAS PÁGINAS DOS JORNAIS, HOJE CEDERAM LUGAR AOS POLÍTICOS.
ELES FICAM LÁ PELO MEIO. A SANGREIRA JÁ VIROU ROTINA. A CADA DIA QUE PASSA AUMENTAM OS
NÚMEROS. O GOVERNO RESOLVEU DESARMAR A POPULAÇÃO, MAS NÃO INCLUIU OS CRIMINOSOS NO MEIO.
E A JUSTIÇA?... BEM, A JUSTIÇA É CEGA.

MAS VOLTEMOS A 1977 PARA CONTAR A MINHA ESTÓRIAZINHA.
EU SAÍA LÁ PELAS 5 DA MANHÃ, E SÓ CHEGAVA A CASA LÁ PELAS 8/9 HORAS DA NOITE.
SALTAVA NO PONTO FINAL DO AUTOCARRO, E TINHA QUE CAMINHAR UM BOM PEDAÇO A PÉ, POR RUAS JÁ
DESERTAS.
ÁQUELA ÉPOCA, EU USAVA UMA BOLSA PARA CARREGAR DOCUMENTOS, SEMPRE SOLICITADOS PELA POLÍCIA,
E TRAJAVA O QUE TROUXE DE MOÇAMBIQUE, CALÇA E BALALAICA. A BOLSA, AQUI CHAMADA DE CAPANGA,
EU ENTALAVA NAS CALÇAS, DEIXANDO-A COBERTA PELA BALALAICA A FIM DE NÃO CHAMAR A ATENÇÃO.

CERTA NOITE, MERGULHADO NUM SILÊNCIO QUE ME PERMITIA ATÉ OUVIR OS MEUS PASSOS, REPARO
QUE SOU SEGUIDO, E LOGO OUÇO OS PASSOS DO MEU AMIGO, NO OUTRO LADO DA RUA, AUMENTAREM O RITMO.
TÔ FERRADO. VOU SER ASSALTADO!
AINDA HOJE SORRIO QUANDO ME LEMBRO DO QUE FIZ. QUANDO PASSEI POR DEBAIXO DE UM LAMPIÃO,
OSTENSIVAMENTE, LEVANTEI A BALALAICA E LEVEI A MÃO À CINTURA, OS PASSOS ATRÁS DE MIM,
DIMINUIRAM O RITMO. TATEEI O FECHO DA BOLSA QUE ABRI, FECHANDO-O EM SEGUIDA PRODUZINDO
UM CLIQUE QUE SE ASSEMELHAVA MUITO AO ENGATILHAR DE UM REVÓLVER. MANTIVE LÁ A MÃO.
A PERSEGUIÇÃO ACABOU. NAQUELE TEMPO ELES AINDA TINHAM UM MATACO PARA CUIDAR.

NOTAS:
FUNGULAMASO (ABRE OS OLHOS, CUIDADO, PRESTA ATENÇÃO)
MATACO (RABO)

Foto de Elias Akhenaton

Páscoa...

Páscoa é renascimento, ressurreição,
Instante de deixar florir em nosso interior,
À rosa mística d’alma, à divina flor,
Com pétalas de esperança e fé, em devoção...

Páscoa também é uma época de libertação,
De soltar às amarras que provocam a dor,
Saindo das trevas para o reino da luz, do amor,
Libertando-se da obscuridade, da escuridão...

Abrindo às águas do mar infinito do pensamento
Dando passagem para um novo tempo, era,
Deixando raiar novos sóis, um novo alento...

Páscoa, enfim, é recomeço, com bom intento,
Uma aliança de Deus com seus filhos, sincera,
Que em nossas preces, nos dar vigor, o sustento.

-**-Elias Akhenaton-**-
http://poetaeliasakhenaton.blogspot.com.br/
http://eliasakhenaton2.blogspot.com.br/

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