NAMORO NA INFÂNCIA
Sentimentos residuais de um amor noutrora,
Flutua no meu íntimo átimos em recordação,
Prestante memória que faz sentir tudo agora,
Romances quando criança! Propícia emoção!
Ah! Minha meninice! Como é bom te lembrar!
No colégio... lápis, borracha, e o bilhete à mão!
Para a pretensa amada na carteira apanhar
O recado lírico ditado pelo seu afável coração.
Cruzavam olhares para o namoro referendar,
Num gesto singelo do párvulo em retribuição,
Ao carinho da amada a conquista consagrar,
Tudo era encanto daquela graciosa geração.
Hoje, relembro com saudades e o meu pesar,
Por ser tudo diferente à época da namoração.
Rivadávia Leite