Época

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o meu Amor

Se a minha vida acabasse agora teria sem dúvida valido a pena porque mais do que um homem que conquistou a minha vida e todo o meu ser eu conheci o AMOR, o verdadeiro e puro AMOR.
Cada vez que estou contigo o meu ser é transportado para o mundo da fantasia onde tudo é magia…
Tu fazes-me viver noutra época, num planeta onde só o nosso amor existe e é a força poderosa que o faz girar…
De noite abraçados adormecemos a contar as estrelas, elas são as velas que iluminam o luar que a noite nos ofereceu de presente…
Mas de novo nos encontramos nos nossos sonhos somos inseparáveis como a noite da lua…
A madrugada
quer voar
e com ela levar
a nossa alvorada.
Nasce o sol e a sua luz desperta-nos da doce imaginação inconsciente.
Ergue-se o dia
Deita-se noite
O teu rosto
Via
O teu gosto
Sentia…
Com um longo beijo de amor, o primeiro deste dia de alegria.
Vivemos um para o outro envoltos na brisa do mistério secreto que é o amor que nos une, que nos funde…
Partilhamos mais do que tudo um sentimento que sempre correrá no nosso sangue.
Perante a pureza deste grande amor que mais no mundo poderá ser melhor para uns simples mortais.
Fundiu-nos num só ser um sentimento imortal tão grande que nem dentro de nós cabe mais…
Para quê sonhar quando a nossa vida já se transformou num eterno sonho?
Amo-te mais do que tudo que pode existir e que me poderia amar.
Quando estás longe o meu coração reclama e por vezes desespera de saudades, pede para não demorares para chegares logo e, ele fica com saudades do teu beijo do teu cheiro do teu calor do teu amor…

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PRIMAVERA

O inverno passou, chegou à primavera...
Época de árvores floridas e plantas coloridas
Olhem que coisa mais bela
Essa que nos rodeia
Tão bela capaz de alegrar meu coração

E com a alma ouço os pássaros
Cantarolar uma canção
Aproveito e olho as águas douradas do rio
Nele os peixes pulando de alegria
E o velho ribeirinho jogando sua isca

E neste clima lindo
Aparece meu amor sorrindo
E como um beija – flor ele me beija
Sussurrando em meu ouvido
Com a voz doce como o mel
Fazendo-me subir até o céu

Agora só falta as portas do paraíso abrir
Pois o anjo já está comigo
Para me ajudar a subir
Sonhar é sempre lindo...

Autora: Julhiana Fuschi

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UM MENINO NUM JOGO DE INTERESSE

UM MENINO NUM JOGO DE INTERESSE

Em época não muito distante, duas mulheres se encontram na maternidade de um hospital.
Joelma chega de uma cidade do interior e é internada, pois estava próximo o dia em que deveria dar a luz a uma criança. Lúcia, a enfermeira que atendeu Joelma sentiu naquele momento uma sensação estranha que nem sabia explicar.
- Qual é o seu nome?
- Joelma, Cláudia da Silva.
- Solteira ou casada?
- Solteira.
- É o seu primeiro parto?
- Sim.
- De onde é natural?
- Carminha.
- A que município pertence essa localidade?
- Canto Novo em Santa Catarina.
- Tem algum plano de saúde?
- Não tenho, vim encaminhada pelo SUS, meu parto pode ser difícil por esse motivo fui encaminhada para uma maternidade que tenha mais recurso.
Carminha fica no interior do estado sem qualquer recurso, nem Posto de Saúde existe naquele ermo sertão.
Fez o prontuário da futura mamãe e encaminhou a mesma para o setor de internação da maternidade.
Logo em seguida fez o relatório da situação da paciente, nos mínimos detalhes para ser entregue ao ginecologista de plantão daquele dia.
- Doutor a paciente vem do interior do estado, cuja localidade não tem condições de atender em caso de um parto difícil, o médico da cidade encaminhou a mesma para um hospital que tenha mais recursos.
- Você trouxe roupas para usar aqui na maternidade?
- Não, só trouxe comigo roupas que vim vestida e uma outra para quando retornar como também para o bebê, já tinham me informado que aqui na maternidade as roupas de uso durante a internação são fornecidas pela maternidade.
- Nem sei bem porque a maternidade fornece as roupas?
- Aqui temos os mais rigorosos controles de infecção hospitalar, para garantir a saúde da mãe e do bebê.
A enfermeira da ala de internação da maternidade recebeu Joelma, anotou seus dados levando-a ao quarto indicando a cama que por ela seria ocupada, mostrou o local onde ficava o botão para acionar a campainha em caso de emergência.
Joelma levava consigo somente as roupinhas para o futuro bebê, que ficaram guardadas no setor de internação.
As roupas para seu uso, bem como para o futuro bebê eram fornecidas pela maternidade, com isso evitaria o problema de infecção hospitalar. A maternidade tinha um bom conceito em relação ao problema citado.
Mais tarde, Lúcia a enfermeira plantonista, que recebeu Joelma foi até o quarto, para saber se tudo estava em ordem.
Ela ainda estava impressionada com o que tinha acontecido quando da chegada de Joelma, pergunta:
- Está bem acomodada não falta nada para você? Estava preocupada, pensei que não tivesse um bom atendimento, muitas pessoas que chegam do interior são relegadas a um segundo plano no atendimento.
- Até parece que seu relato mostra que o atendimento pelo Sistema Único de Saúde deixa algo a desejar.
Despediu-se de Joelma dizendo:
- Se necessitar de alguma coisa durante sua estadia aqui na maternidade, peça para a enfermeira de plantão me chamar, meu nome é enfermeira Lúcia, meu plantão está no fim logo eu retorno para casa, até amanhã.
E Joelma responde:
- Até amanhã e bom descanso.
Lúcia chega ao final do seu turno de trabalho, bate o ponto, troca sua roupa e vai para casa pensando:
- O que aconteceu comigo hoje? O que tem aquela mulher que vi pela primeira vez até parece um imã a me atrair, nunca me vi numa situação dessas.
Lúcia entra em seu carro, demora para acionar a chave e seguir em frente, até parece hipnotizada, diante daquela situação liga a chave e aciona o carro, sempre pensando:
- Será que o caso de Joelma é tão complicado? Como vai ser o nascimento da criança?
Claro que Lúcia como boa profissional estava preocupada, mas será que era só isso?
Finalmente chega a sua casa, entra no condomínio estaciona o carro e fica imóvel dentro dele e pensa:
- Como cheguei aqui, nem sei por onde passei, nem me lembro de quem encontrei no caminho.
Estava realmente fora de si diante de tal situação, finalmente sai do carro, dirige-se para o elevador e sobe para o seu apartamento.
Joga-se sobre a cama e fica delirando:
- Como pode acontecer tal coisa comigo, quem é ela, de onde veio, porque logo fui eu que tive que atender essa pessoa? Ela vai ser bem atendida, o caso dela pode ser grave se vier a falecer durante o parto, com quem vai ficar o bebê, será que vai nascer sadio?
Finalmente depois de algumas horas naquela situação Lúcia acorda daquele torpor e se levanta toma um banho e vai preparar o jantar, pois morava sozinha e não tinha companhia.
Sua mente ainda não tinha se acalmado daquela situação, continuava pensando.
- O que vou fazer, como vai ser amanhã quando chegar na maternidade, como terá ela passado a noite, certamente é a primeira vez que é internada em um hospital.

...

O pessoal da cozinha serviu o jantar para todos os doentes.
No hospital, ao cair da tarde, serviram o jantar para Joelma que estava calma, mas pensativa pela acolhida dada pela enfermeira Lúcia.
- Que bondosa ela foi comigo quando cheguei à maternidade, que primor de atendimento, muito diferente do atendimento dado nos Postos de Saúde do interior, me impressionou.
A enfermeira de plantão passa no quarto faz as recomendações necessárias e fala:
- Em caso de emergência acione a campainha que logo atenderemos.
Ela respondeu.
- Obrigado pelas orientações.
No quarto do hospital tinha televisão, assistiu o noticiário depois desligou, e fez suas orações.
- Senhor, protegei-me nesta noite, bem como meu bebê que está prestes a nascer, a todos que trabalham nesse hospital, principalmente a enfermeira que me recebeu quando aqui entrei, que ela seja feliz, peço pela minha família que ficou no interior, agradeço por tudo meu bom Deus Pai nosso que estais nos céus...
Logo em seguida adormece.

...

Lúcia em seu apartamento continua a pensar em Joelma.
- Será que serviram o jantar? Como deve estar pensativa longe de seus parentes.
A imagem daquela mulher não sai da sua memória, mas finalmente ela adormece.
...

Durante o sono já de madrugada acorda assustada, pois sonhara que a paciente que havia atendido a tarde tinha morrido na hora do parto naquela noite. Ao acordar fica pensativa:
- Será que esse sonho significa? Terá ela morrido, ou só foi um sonho meio maluco desses que sempre acontece comigo de vez em quando?
Vira para o lado e logo dorme novamente. Quando acorda com o ruído do despertador pensa:
- Vou levantar tomar banho e depois tomar meu café.
Em seguida ela vai até a garagem retira o carro; sempre impressionada com o sonho da madrugada, estava um pouco fora de si, na saída da garagem quase bate em outro automóvel que ia passando na rua pensa:
- Meu Deus o que estou fazendo? Quase bati meu carro.
Sai com mais calma e segue até a maternidade, ansiosa para saber como está passando a paciente que tinha chegado para a internação, estaciona o carro e vai direto até o setor da Maternidade e fala com a enfermeira chefe:
- Como vai Joelma aquela moça que foi internada ontem à tarde?
- Ela vai bem, entrou em serviço de parto na madrugada passou um pouco mal, pois o menino era grande pesou seis quilos é muito lindo e gordinho.
- Qual é o quarto que está?
- Está no quarto anexo a enfermaria número 3 e está passando bem.
- Vou fazer uma visita.
Lucia vai até o quarto que Joelma está internada bate na porta e entra.
- Bom dia como está passando?
- Agora estou boa, mas o parto foi difícil, o menino era grande e demorou mais, para nascer.
- Há pouco, ele estava aqui mamando depois levaram para o berçário.
- Qual é o número que tem no braço?
- É o número 3A.
- Depois eu vou lá ao berçário ver o menino.
Lúcia retorna, pois está na hora de começar o seu trabalho na recepção da Maternidade, continua pensando:
- Como será o menino; branco, moreninho e seus cabelos que cor têm, tudo imaginação.
Mas realmente quem não saía de sua memória era Joelma:
- Continuava pensativa. O que vou fazer quando entrar no berçário para ver o menino? Deixa isso pra lá.
Depois do almoço, Lúcia vai até lá, para conhecer o filho de Joelma, nesse horário quem estava atendendo o berçário era sua amiga Maria. Chegando Lúcia fala:
- Oi! Maria que bom que é você que está aqui, vim ver o menino que nasceu essa noite passada.
- Você sabe o número que ele tem no braço?
- Sim sei é o número 3A.
- Ele está no berço número 6.
- Lúcia chegou perto do berço e viu um menino robusto gordinho bem claro cabelos pretos ele estava enrolado numa faixa e dormia.
Lúcia se despede de Maria e volta para seu posto de trabalho. Quando na portaria chega um senhor de mais o menos 50 anos e pergunta:
- É aqui que está internada Joelma?
- Ela responde sim, é aqui que ela está internada e ontem a noite deu a luz ao um lindo menino, ela está passando bem.
- Quem é senhor?
- Sou o pai dela.
- Qual é o seu nome?
- João da Silva.
- Posso visitar ela?
- Sim pode, espere vou preparar seu crachá.
- Aguardo.
Lúcia chama uma atendente:
- Nair venha aqui leve o senhor João até o quarto anexo da enfermaria número 3 ele é o pai da Joelma que deu a luz a um menino ontem à noite.
- Sim, por favor, senhor me acompanha até o quarto.
Nair bate na porta e pede licença e fala:
- Joelma seu pai veio lhe visitar.
- Obrigada por ter trazido ele até aqui.
- Até logo, eu já vou.
O pai de Joelma entrou, cumprimentou a filha e perguntou:
- Como foi o nascimento do menino?
- Apesar de ter sido um pouco difícil ele nasceu forte e robusto.
- E onde ele está?
- Está no berçário.
- Ele não fica com você?
- Só vem aqui na hora de mamar e só faltam cinco minutos para o trazerem aqui, quando o papai vai conhecer seu neto.
Nesse momento Maria a atendente do berçário chega com o menino para ser amamentado e pergunta:
- Dona Joelma quem é esse senhor?
- É o meu pai ele veio me visitar e conhecer o seu neto.
- Pensei que fosse o pai do bebê.
Maria por curiosidade olha a ficha no pé da cama e nota que Joelma é mãe solteira e quem sabe nem saiba de quem é seu filho e pensa:
- Posso ter cometido uma gafe, em não ter olhado essa ficha antes, posso ter melindrado os dois com essa minha pergunta boba.
Maria aguarda até o final da amamentação, e do avô ver seu neto e ficar um pouco com o bebê no colo para, na volta, contar a sua esposa Virginia. Seu pai pergunta:
- Quando vai ter alta e voltar para casa?
- Não sei bem certo, mas devo ficar internada segundo o médico por mais quatro dias, mas depende de quando vem à ambulância para que eu possa voltar.
- Logo, que chegar à cidade irei falar com o prefeito para saber esses detalhes para telefonar e informar o dia que eles vêm.
- Quando o senhor for sair fale com a enfermeira Lúcia e ela lhe dá o telefone da Maternidade com todos os detalhes do dia da alta.
Estava chegando o fim do horário de visitas e o pai da Joelma iria se retirar à noite retornaria a sua cidade de origem, e disse:
- Eu vou até a Portaria falar com a enfermeira e depois vou voltar com a Ambulância da Prefeitura, espero que logo você retorne para casa, todos querem conhecer o bebê.
- Boa viagem papai; que Deus o proteja um abraço para a mamãe. Quando eu voltar vou relatar o que aconteceu aqui.
- Fique com Deus minha filha.
Chegando à Portaria a enfermeira Lúcia já tinha tudo pronto, entregou todas as informações ao pai de Joelma e disse:
- Obrigado por tudo que fez pela minha filha, que Deus lhe proteja em sua atividade profissional.
O senhor João partiu de volta para sua cidade de origem no interior do Estado, levando a lembrança do bom atendimento que recebeu quando da visita que fez a sua filha e pensava:
- Vai ser uma festa quando ela voltar no dia do batizado. Vou começar a preparar tudo antecipadamente. Qual será o nome que vamos dar a esse pimpolho? Bom, isso eu vou deixar para quando ela voltar.
Durante a viagem de regresso no final de outono início de inverno, as noites eram frias ainda mais a cada cem quilômetros ia subindo até chegar à altitude de mais novecentos metros acima do nível do mar. Em alguns trechos durante a madrugada se via fina geada nos campos quando o sol raiou trazendo um calor que foi aquecendo aos poucos e derretendo a geada. Quando já chegava o fim da viagem de retorno, o senhor João perguntou ao motorista:
- Quando será a próxima viagem a capital?
- Não sei bem certo temos alguns pacientes que tem que fazerem exames especiais, mas temos um pequeno problema, no momento esses exames estão suspensos, por falta de verba; pode ser que surja alguma emergência, porque da sua pergunta.
- Você sabe a Joelma está internada na Maternidade e deve receber alta dentro de poucos dias e ela poderia voltar na ambulância para casa, depois vamos conversar com o pessoal da prefeitura.
Finalmente chegaram à cidade. O motorista foi até a prefeitura, para saber se tinha alguma coisa a fazer com a ambulância o responsável pela saúde disse:
- Vá para casa dormir, viajou toda à noite e tem que descansar. Volte amanhã no horário normal.
O Senhor João foi para casa e sua esposa já o esperava para saber as notícias de sua filha e também saber se tinha nascido o filho (a) de Joelma. Na chegada foi uma festa e todos a rodeavam fazendo perguntas:
- Como foi a viagem?
- A viagem foi boa com muito frio na volta.
- Como vai a Joelma?
- A Joelma vai bem, nasceu o seu filho é um pimpolho muito lindo, gordinho e saudável.
- Quando ela vem daqui a alguns dias depois de estar recuperada o parto não foi fácil.
Na capital ficou a Joelma na maternidade pensando em seu pai que viajou de volta para casa, ela pensava:
- Como foi a viagem essa noite foi fria lá na serra devia estar mais frio, será que tudo correu bem e quando chegou em casa quais foram às perguntas?
De manhã serviram o café e logo mais tarde a enfermeira Lúcia veio visitá-la e saber com tinha passado aquela noite e perguntou:
- Seu pai viajou ontem à noite?
- Sim ele retornou com a ambulância da prefeitura deve ter chegado hoje de manhã em casa.
- Quando ele vai voltar para levar você de volta para casa?
- Vai depender de saber o dia da minha alta e se a prefeitura naqueles dias tem uma viagem até a capital para eu retornar.
- Posso fazer uma pergunta?
- Sim, pode fazer.
- Você gostaria de ficar morando aqui?
- Como vou ficar aqui longe de meus pais e como vou cuidar de um filho? Sem emprego isso seria difícil.
- Sei que pode ser difícil, mas não impossível.
- Com pode ser isso se não tenho ninguém por mim aqui?
- Isso se dá um jeito.
- Qual seria o jeito?
- Depois vamos falar sobre o assunto.
Tinha chegado a hora da enfermeira começar seu turno de trabalho, então se despediu dizendo:
- Antes de você voltamos a falar sobre esse assunto.
Joelma ficou pensativa todo o dia a imaginar o porquê daquela proposta da enfermeira Lúcia pensava em tudo:
- O que realmente ela quer fazendo essa proposta para mim, mas nem posso fazer isso e minha família o que vai dizer? Na certa, papai foi preparar a festa para quando eu chegar e já tenha marcado o dia do batizado do meu filho. Nem posso imaginar alternativa para ficar aqui, deixa para depois quero ver em que vai dar.
No dia seguinte quando o médico fez a visita de rotina, como vinha fazendo todos os dias desde sua internação, ele disse:
- Dona Joelma, eu vou marcar o dia da sua alta para que você comunique a seu pai para providenciar seu retorno para casa.
- Qual vai ser o dia Doutor?
- Daqui a três dias será o suficiente para se comunicar com ele?
- Ele deverá ligar amanhã para a portaria da maternidade.
- Eu vou falar com a enfermeira Lúcia e deixo o comunicado com ela.
- Assim ele terá dois dias para providenciar com a prefeitura para mandarem a ambulância me buscar.
- Nesses dias farei as visitas normais até o dia da alta.
- Doutor muito obrigado pela sua amável atenção.
- Tenha um bom dia.
Joelma fica a pensar:
- O que vai acontecer quando o Doutor falar para enfermeira Lúcia que vou receber alta daqui a três dias, ela vai vir aqui insistir naquela sua proposta, mas não posso aceitar sem voltar para casa, quem sabe depois.
Naquele dia a enfermeira não visitou Joelma, como de costume. Ela estava preocupada pensou:
- Deve estar com muito serviço por isso não veio até aqui.
No dia seguinte cedo seu João telefonou para a Portaria da Maternidade, para saber noticias do dia da alta de sua filha Joelma. Quem atendeu foi à enfermeira de plantão:
- Alô! Que fala?
- É a enfermeira Lúcia.
- Aqui é o pai da Joelma queria saber se o médico marcou o dia da alta.
- Sim ele marcou ontem e deu a contar de hoje três dias.
- Ontem fui à prefeitura saber do dia a ambulância vai até a capital informaram que vão viajar daqui a três dias chegarão aí no amanhecer do terceiro dia, ela que fique com tudo pronto para voltar para casa, aqui todos estão com saudades dela. Vou comunicar para ela daqui a pouco.
- Obrigado pela sua atenção e tenha um bom dia.
- E o Senhor também.
Naquele momento a enfermeira Lúcia levou um choque, não sabia o que fazer, ir logo ao quarto avisar Joelma? Seria uma saída, iria ela tentar mais uma vez convencê-la da sua intenção. Chega lá discretamente e pergunta:
- Já tem uma resposta para a proposta daquele dia?
- Pensei muito nesses dias, mas vai ser difícil estou esperando que ele telefone para saber do dia da minha alta, ou ele já telefonou?
A enfermeira Lúcia fica num êxtase nesse momento sem saber o que responder Joelma pergunta:
- O que aconteceu Lúcia? Parece que morreu, meu pai ligou ou não ligou?
- Ele ligou agora de manhã eu passei todos os dados que o doutor deixou comigo ontem e ele disse que a prefeitura está mandando a ambulância para buscá-la no dia marcado.
- Quanto a sua proposta depois que eu voltar para casa e ajeitar tudo por lá voltamos a conversar sobre o assunto com mais detalhes.
Naquele momento chega ao quarto a chefe do berçário com seu filho e diz:
- Está na hora de amamentar o nenê.
Lúcia sai cabisbaixa sem nada falar. Joelma amamenta o nenê e no final entrega dizendo:
- Daqui a três dias retorno de volta para casa.
A chefe do berçário tomou o menino no colo e levou para sua cama sem nada falar. Aquele foi o dia mais nefasto para a enfermeira Lúcia, uma noite interminável, estava mesmo atordoada e só pensava:
- Porque ela não aceitou a minha proposta, nem me deixou apresentar o que e tinha a dizer a ela.
Chegou o dia da partida de Joelma tudo tinha sido preparado na véspera recomendações médicas e quando deveria retornar para uma nova consulta. O motorista da prefeitura chega à portaria da maternidade e pergunta:
- A dona Joelma está pronta para viajar?
Lúcia responde que tudo está pronto.
Logo ela chega na portaria cumprimenta o motorista:
- Bom dia o senhor veio me buscar?
- Sim daqui a pouco vamos partir tudo está pronto para carregar na ambulância?
- Sim tudo está aqui às malas e mais o meu filho que ainda não escolhi o nome dele.
Joelma se despediu de todos e também da enfermeira Lúcia. Agradeceu a atenção e o atendimento que deram a ela no tempo que esteve internada embarcou e partiu de viagem. Lucia com os olhos cheios de lágrimas ficou pensando.
- Será que ela vai voltar um dia...
A viagem transcorreu dentro da normalidade e no final da tarde chegaram à cidade, em frente à prefeitura estava a família de Joelma esperando-a. Quando ela desceu sua mãe falou:
- Que bom minha filha que você voltou com um neto para sua mãe.
- Obrigada mamãe por essa recepção.
- Filha, no domingo será batizado o meu neto, o padre vem rezar missa na Igreja e seu pai já providenciou tudo só falta escolher o nome e os padrinhos.

Foi a mais bela festa realizada na cidade. Com muita comida, churrasco, porco assado e galinha recheada.

São José/SC, 9 de maio de 2.006.
morja@intergate.com.br
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Foto de Solitário Erudito

Despedida do amor

Existem duas dores de amor:
A primeira é quando a relação termina e a gente, seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro, com a sensação de perda, de rejeição e com a falta de perspectiva, já que ainda estamos tão embrulhados na dor que não conseguimos ver luz no fim do túnel.
A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel.
A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços,
a dor de virar desimportante para o ser amado. Mas, quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida:
a dor de abandonar o amor que sentíamos. A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre, sem sentimento especial por aquela pessoa. Dói também...
Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou. Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém. É que, sem se darem conta, não querem se desprender. Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um souvenir, lembrança de uma época bonita que foi vivida... Passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação à qual a gente se apega. Faz parte de nós. Queremos, lógicamente, voltar a ser alegres e disponíveis, mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo, que de certa maneira entranhou-se na gente, e que só com muito esforço é possível alforriar.
É uma dor mais amena, quase imperceptível. Talvez, por isso, costuma durar mais do que a 'dor-de-cotovelo' propriamente dita. É uma dor que nos confunde. Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra. A pessoa que nos deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos, que nos colocava dentro das estatísticas: "Eu amo, logo existo".
Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo. É o arremate de uma história que terminou, externamente, sem nossa concordância, mas que precisa também sair de dentro da gente...
E só então a gente poderá amar, de novo.

Martha Medeiros

Foto de Fernanda Carneiro

QUE VEM A SER O AMOR?

um amor doentio, escravizado, dependente, e que invade a vida alheia de forma a tirar a própria individualidada é capaz de nos fazer sofrer.Tenho como concepção de amor aquilo que nos irradia felicidade apesar dos momentos sombrios, e que com o tempo nos faz maiores, nos faz crescer como ser humanos, nos dá asas para voar sem tirar os pés do chão, nos faz vibrar ao mais puro toque e no faz acima de tudo se doar sem cobrar nada em seguida. Amor é dedicação, é alma com alma, é uma entrega inexplicável e que faz de duas pessoas uma só, um só coração, um só corpo... Assim, as pessas de hoje em dia não sabem amar, querem receber sem saber se doar, desejam "o ter" mais que "o ser". As pessoas esquecem de amar, esquecem de que a vida passa, e amanhã pode ser muito tarde para viver um grande amor. A sociedade determina os valores da época, o consumismo exarcebado, a vontade de sucesso custe o que custar, a fama, a posse, e aonde fica o AMOR?! BJ

Foto de Edson Rodrigues Simões Diefenback

Como lidar com a ansiedade para emagrecer e a busca pelo corpo perfeito

As festas de final de ano trazem muita ansiedade e a preocupação de conseguir o que não se conseguiu até agora: dívidas a serem quitadas, projetos a serem concluídos, conflitos a serem solucionados... Enfim, os desejos e cobranças se fazem presentes tendo como prazo o final do ano. Como nem sempre as pessoas conseguem resolver os conflitos internos, passam a se preocupar com fatores externos, com os presentes a serem comprados, a comida a ser feita, armários a serem arrumados, viagens a serem realizadas.
É muito comum também nessa época a busca pelo corpo perfeito, pois coincide com a chegada do verão, que pede roupas mais leves e ousadas em virtude do calor, sol, praia, piscina, férias, viagens. Como o prazo está terminando, muitas pessoas buscam soluções rápidas e mágicas, o que nem sempre condiz com a realidade, pois quem está preocupado com seu peso, nem sempre considera se é possível ou não eliminar alguns quilinhos de maneira saudável em espaço tão curto de tempo.
Acontece um verdadeiro desespero e uma corrida contra o tempo na busca de receitas e programas milagrosos. É nesse momento que as pessoas em geral se perdem em função da necessidade de um resultado imediato. Sendo assim, não pensam, não analisam, apenas querem o resultado desejado, não importando muito o caminho que irão percorrer, pensando apenas em alcançarem seu objetivo.
O fato é que esse desespero pode levar muitas pessoas a consumir medicação sem orientação, ou passando dias sem comer. Ou seja, buscam paliativos que depois podem trazer muitas conseqüências, pois só pensam em uma coisa: emagrecer imediatamente! O problema não é emagrecer, mas sim a maneira que se escolhe fazer isso.
As pessoas estão sempre buscando uma motivação externa que as façam prosseguir em busca daquilo que querem, como se precisassem de uma reafirmação constante que estão no caminho certo. Como nem sempre elas têm com quem contar, pois se esquecem que podem contar apenas com elas mesmas, se apegam a todo e qualquer motivo que as façam continuar. E se não forem motivadas constantemente, vão desistindo no decorrer do ano por diversas vezes, sempre tendo que recomeçar. E quando se aproxima o final do ano, esta busca fica desenfreada. Esquecem que tiveram o ano inteiro para fazerem algo que não fizeram e se sobrecarregam de cobranças, como se quisessem compensar o tempo perdido, recomeçando o que pararam durante o ano.
Sempre é tempo de recomeçar, o que não pode acontecer é querer um determinado resultado de forma imediata, impondo-se prazos, como uma escala de produção. O organismo humano e a mente precisam de tempo para absorver novos processos e novos comportamentos. Para isso é importante ter a consciência que ficar se cobrando emagrecer, gera muita ansiedade e pode resultar no efeito contrário, pois a mente sente como se estivesse o tempo todo sendo ameaçada e desenvolve mecanismos para se defender.
E para quem utiliza a comida para aliviar a ansiedade, acaba por desenvolver um círculo vicioso: quer emagrecer, não tendo uma resposta imediata, fica nervoso, ansioso, come mais e acaba engordando, gerando mais frustração, mais culpa e a sensação de não ser capaz, destruindo sua auto-estima. Ficando cada vez mais descrente de si mesmo, sem confiança em si, desanima e desiste!
Essa realidade pode mudar se der um passo de cada vez, sem querer apressar o ritmo natural do processo de reeducação alimentar. O segredo? Consciência e muito diálogo interno! Não somos máquinas onde ligamos e desligamos botões e esses obedecem aos novos comandos imediatamente. E que bom que somos seres humanos! Temos sentimentos, vontades, desejos, sonhos e que devem ser respeitados. Respeitar-se não é somente atingir o peso desejado, ter uma alimentação saudável, mas respeitar todo movimento que esse processo requer.
Se deseja eliminar alguns quilinhos para ficar melhor consigo mesmo, ótimo, mas faça isso de forma a não trazer mais conseqüências negativas do que positivas. Analise se essa busca pelo corpo perfeito não está ocultando outros conflitos. Evite buscar motivação no externo, fugindo do que está dentro de você. Seja você sua maior motivação! Agindo com consciência diminuirá sua necessidade de buscar fora, pois saberá que pode contar com o que há dentro de você, independente da época do ano, e isso fará muita diferença.
Pare de correr contra o tempo, já não basta a correria diária? Você deve estar em paz consigo mesmo e com seu corpo, mas para isso não é preciso correr contra o tempo. Pare de se cobrar perfeição, afinal, quem é perfeito? Pare imediatamente de se criticar vendo em você somente defeitos. Será mesmo que não há nada de belo em você? Pare de fugir do espelho e se olhe com atenção, sem querer encontrar algo para criticar. Olhe com olhos de quem ama. Sabe como é aquele olhar que transmite acima de tudo compreensão e amor? Será que é possível você se perceber assim? Para isso não é preciso de uma época do ano específica, nem condicionar sua busca pelo peso desejado apenas quando alguém ou algo o motivar, e sendo assim, você poderá participar do processo sem cobranças, sem culpas ou prazos, pois sabe que pode contar com a motivação mais importante: aquela que está dentro de você.
Édson Rodrigues Simões Diefenback

Foto de Edson Rodrigues Simões Diefenback

Aproveite seu natal para sonhar

Sonhos! Sonhos de quando éramos crianças ou agora que somos adultos, sonhos grandes ou pequenos, não importa, o mais importante é saber por onde andam seus sonhos, você sabe? A época do Natal nos remete a magia de sonhar.
Quantos de nós deixamos no passado tudo aquilo que sonhamos um dia realizar? Quantos não se permitem mais sonhar?
Quantos sequer se lembram mais dos sonhos de olhos abertos, onde os pensamentos divagavam por lugares desconhecidos? Mas já na maturidade nos perguntamos em momentos raros de reflexão: "o que fiz da minha vida?"
Quantos de nós abandonamos nossos sonhos para viver os sonhos de outra pessoa? Não quero me referir a um saudosismo que nada pode mudar seu presente, mas aos sonhos que nos fazem sentir vivos, e que podem ser despertados e, porque não, realizados.
Qual a diferença entre aqueles que conseguem o que um dia desejaram e os que nada conseguiram? Sorte? Estar no lugar certo, na hora certa? Oportunidade? Dinheiro?
Cada um pode ter sua própria resposta, mas creio que o diferencial é acreditar! Acreditar independente das circunstâncias, sem parar em cada obstáculo que surgir, mas acreditando que cada dificuldade tem a capacidade de nos tornar mais fortes e determinados.
As pessoas, infelizmente, se acomodam nas situações por mais destrutivas e insatisfatórias que sejam, muitas vezes, sem nada fazer para mudar sua realidade. Ficam em sua zona de conforto, usufruindo as vantagens secundárias, as quais permite que permaneça nos mesmos lugares, sem assim terem que enfrentar o tão temido novo, desconhecido, que causa medo, desconforto e paralização.
As pessoas se acomodam, se acovardam, diante de pequenos ou grandes obstáculos, quando na verdade, deveriam e, poderiam, se fortalecer. Isso ocorre muitas vezes porque no íntimo não acreditam em si mesmas, e muito menos na própria capacidade de mudar situações, quem dirá mudar a vida!
Menos riscos, menos erros? Com certeza! Jung dizia: "A verdade sai do erro.
Por isso nunca tive medo de errar, nem dele me arrependi seriamente". Essa frase nos faz refletir muito! Sem erros nada aprendemos, nada crescemos.
Quem se permite errar? Com certeza poucas pessoas. Tendemos a ser muito críticos e rígidos, perdendo assim a oportunidade de evoluirmos caso fossemos um pouco mais flexíveis conosco e com as outras pessoas.

O natal realmente nos deixa mais sensibilizados, tocando em nossos corações de maneira única. Por que não aproveitarmos esse momento para despertarmos os sonhos que estão adormecidos dentro de nós?
Vá até seu passado, sua infância... Naquela época não havia medo, apenas a certeza daquilo que se desejava. Quais eram seus sonhos? Qual deles você realizou? E hoje, quais são seus sonhos?
Pode ser apenas um, mas deve existir! Por que se acomodar, culpar os outros por não ter ido adiante? Não, você não vai dizer que abriu mão daquilo que mais queria porque seu pai, sua mãe, irmão, irmã, chefe, enfim, porque alguém não deixou.
Assuma para si mesmo a responsabilidade e, principalmente, o desejo de que agora será diferente.
Abandone o papel de vítima, o comodismo, a zona de conforto e se permita voltar a sonhar! E o mais importante: se permita realizar! Sonhe com os olhos fechados, abertos, deitado, em pé, mas sonhe!
E depois de ter despertado seus sonhos, reflita qual a maneira de torná-lo realidade. Você não precisa, e nem deve, contar para ninguém o que pretende fazer, simplesmente arregace as mangas e acredite!
Diga a si mesmo: "Eu posso, eu consigo, pois acredito acima de tudo em mim mesmo e na minha capacidade em realizar meus próprios sonhos!"
Programe seu natal da maneira que deseja, e ainda que esteja, ou fique só, não se lamente por isso, mas aprenda a gostar da sua própria companhia.
Ao pensar no ano de 2006, visualize conquistando cada um de seus sonhos em cada dia do próximo ano da maneira que deseja para que seja feliz!
Não, a idade não tem nada haver com suas conquistas, a limitação quem impõe é você mesmo através de seus pensamentos limitadores e negativos.
Mude e jogue fora tudo que te deixa para baixo, triste, deprimido, te faz mal, machuca e destrói. Tenha consciência que a realização de cada sonho dependerá de sua perseverança, por isso, não tenha dúvidas, medos, mas sim a determinação necessária para alcançar todos os seus sonhos!
Édson Rodrigues Simões Diefenback

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