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Foto de Alvaro Sertano

Alvaro Sertano\"INCLINAÇÃO"!

Enviado por Alvaro Sertano em Sex, 24/07/2009 - 16:20

INCLINAÇÃO!

Meu pai me falou
além da estrada
é começo de vida,
outra avenida
alpes dos andes.
Nova era? acabou.
Tesouro cupido
segredos encantados
açoite aos ares
retalhos da noite,
pedaços da vida
reflete o amor.
Sectos milenares
crença de fato
nobre aparato
da prole criador,
transcedente razão
nada disso ouvi;
A seguir,
sem mácula, vou prosseguir;
Porisso...
rumo ao vento
cara lavada,
ondas do mar
brisa do vento
a todo vapor
a vida é só amor.
Canto alienado
canto coração,
canto sertão,
em eterno sonhar
poetizo o luar.

ALVARO SERTANO,
do livro "Eco's".

Foto de Alvaro Sertano

Alvaro Sertano\"HINO DE CANÇÃO"!

Enviado por Alvaro Sertano em Sex, 24/07/2009 - 16:14

HINO DE CANÇÃO!

Na poesia,
no eco da canção
no ofício, sacrifício, profissão.
No versejar de rimas; Inspiração.
Boca da noite,
solidão, primavera!
Mãos que trabalham pra descansar
na chuva, que cultiva a plantação,
na fé e confiança em teu irmão.
No fato da história
que conserva tua imagem
na desdita e compaixão.
Na face desse homem
que acredita na vitória
como hino de canção.

Alvaro Sertano,

Foto de Alvaro Sertano

Alvaro Sertano\"VARIANTE"!

Enviado por Alvaro Sertano em Qua, 22/07/2009 - 17:40

VARIANTE!

Quando a noite cair
a saudade apertar,
vou lembrar de você...
vou sair por aí;
vou lembrar de você,
recordar, caminhar
nosso amor! nosso amor!
A vida nos ensina
a viver,
mestre vida!
Trumbeta fantasma
sou eu,
ao meio à partida
relembrando você,
nosso amor! nosso amor!
No erro do engano
oceano da vida,,,
barco sm rumo
no seio da fonte;
O petisco calor
sabor variante,
ao meio à partida...
Sou eu,
relembrando você,,,
nosso amor! nosso amor!

Alvaro Sertano,1983.
DO LIVRO "ECO'S

Foto de Paulo Gondim

Em fuga

Enviado por Paulo Gondim em Sáb, 04/07/2009 - 02:32

EM FUGA
Paulo Gondim
29/06/2009
(Brejo Santo, Ceará)

O que é o homem perdido na sua solidão?
Apenas um grito que soa
Sem eco na imensidão

O que é o homem ausente de paixão
Fechado em si mesmo
Em sua alucinação?

O que é a vida perdida
Na névoa da incerteza
Crua em sua estranheza
Ávida de guarida?

E o que se fazer da inesperada dor
Que nos arrebata
E nos enche de pavor?

O que é o homem na inconstante busca
Do encontro de si mesmo
Na culpa que afora purga
Senão um fantasma que se põe em fuga?

Foto de Herlânder Lobão

Ilha de solidão

Enviado por Herlânder Lobão em Dom, 28/06/2009 - 12:02

Ilha de solidão

Como um vulcão
sinto pulsar-me a palavra
como incandescente lava
em constante ebulição

Palavra, que diz quem sou
O que quero, e é tão pouco
mas em nada eu nado louco
sem eco do quanto eu dou

O magna desce o olhar
sinto-o solidificar
e prender-me o coração

E deste imenso amor
estou preso por tanta dor
numa ilha de solidão

HerLânder Lobão

Foto de Carmen Vervloet

Missa de Domingo

Enviado por Carmen Vervloet em Sex, 19/06/2009 - 18:20

Missa de Domingo

Um anjo fugiu para o céu
Ou foi os sinos tocar?

As janelas cinza e rosa
Abrindo-se de par em par
Na igrejinha antiga
Do meu pequenino lugar...
Ouço a mesma cantiga
De um povo singular.
Vou desenhando rostos do passado,
Sempre acordado!
O verde, as rosas se abrindo,
Olhos inesquecíveis sorrindo,
O sabiá a cantar...
O Padre a rezar
“Pai nosso que estás no céu”...
Meu vestido de domingo
E os sinos a tocar
Blém... blém... blém... blém... blém... blém...
Minhas lembranças seguindo
O eco familiar!

Blém... blém... blém... blém... blém... blém...

Carmen Vervloet
Todos os direitos reservados à autora

Foto de Soliene Andrade

Solidão

Enviado por Soliene Andrade em Sáb, 13/06/2009 - 03:17

É na solidão da noite
que me encontro com a saudade
grito por você, ouço o eco das minhas palavras
se perderem no vazio da amarga verdade

Onde está você?
Não existe resposta.

Tão perto de mim,
em minha lembrança
Tão longe de mim
perdido entre a razão e a esperança

Esperança de te ver
esperança de te ter

Meu corpo suplica por você
Minha alma clama pela sua presença
o fantasma da loucura me ronda
me sufocando com sua ausência

Até não suportar mais e enlouquecer

Enlouquecer sem você.
Enlouquecer por te querer.

Foto de Paulo Gondim

Indiferença

Enviado por Paulo Gondim em Sáb, 13/06/2009 - 02:55

INDIFERENÇA
Paulo Gondim
12/06/2009

A insensibilidade se avizinha
O verso não aparece
Da rima já se esquece
Num sentimento de vazio
As palavras fogem
E me sinto só e frio

Em vez de sonho, gritos
Que ouço na noite vaga
Como eco que aos poucos se apaga
Falta-me o aconchego de teu beijo
O calor amigo de teu peito
Teu abraço benfazejo

Nem a lua hoje se deu conta
Da minha tristeza, de minha solidão,
Escondeu-se nas nuvens
Para não me ver
Assim tão desolado
A mesma lua que me traz o brilho
De teu sorriso encantado

Por isso, a escrita definha
Fica pobre, mesquinha
Os poucos versos desconexos
Que saem de minha pena
São fracos, coisa pequena
De rimas pobres, nada nobres
Perdi a fé, perdi a crença
Tudo por tua indiferença

Foto de Carmen Lúcia

Ame...

Enviado por Carmen Lúcia em Ter, 05/05/2009 - 21:47

Ame...
Com toda intensidade...
Ame...
Sem medidas adotadas, normas ou condições.
Ame...
Não pela beleza exterior;
ela um dia se acaba.
Ame...
Não pela exacerbada admiração
que leva à alma, frustração.
Ame apenas...
Nada nem ninguém pode acabar
com um amor sem explicação.
É esse amor que me torna melhor...
Sem essa gota o oceano seria menor.
Que sua palavra brote do coração,
trazendo luz aos náufragos da escuridão;
sem julgá-los, discriminá-los...
Sejamos o porto seguro que irá ancorá-los.
Ame...Incansavelmente...Ame!
E o descanso?
Está no amor.
Ele é a fruta de qualquer estação;
está ao alcance de toda e qualquer mão...
Ame...
Sem limites estabelecidos,
caminhando e semeando amor...
Atrás de cada linha de chegada
há outra de partida...
Atrás de cada vitória,
há outro desafio.
Enquanto estiver vivo,
sinta-se vivo...
O amor é o combustível
que move a vida.
Torna-a substancial e admirável...
As palavras de amor podem ser curtas,
mas seu eco é infindável...
Ame sempre...
Com todo amor que de seu eu descerra
e terá cumprido seu desígnio na terra.

Carmen Lúcia

Foto de Paulo Gondim

Sobras

Enviado por Paulo Gondim em Qua, 22/04/2009 - 01:51

SOBRAS
Paulo Gondim
21/04/2009

O cansaço me ronda a mente
O verso não me apraz
O pensamento voa sem rumo
Nessa estranha ausência de paz

A solidão toma meus espaços
Um a um, sem que tenha opção
Meu grito se perde, sem eco
Palavras surdas na imensidão

O sonho começa a fraquejar
Ilusões, quimeras já se vão
Como luz fraca que se apaga
Desejo que foge em cada mão

Quase nada resta a ser vivido
Dessa feia e inóspita figura
Restos de mágoas, de queixas
Eis as sobras dessa criatura

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