Eco

Foto de Carmen Lúcia

Ame...

Ame...
Com toda intensidade...
Ame...
Sem medidas adotadas, normas ou condições.
Ame...
Não pela beleza exterior,
ela um dia se acaba.
Ame...
Não pela exacerbada admiração
que leva à alma, frustração.
Ame apenas...

Nada nem ninguém pode acabar
com um amor sem explicação.
É esse amor que me torna melhor,
sem essa gota o oceano é menor.
Que sua palavra brote do coração,
trazendo luz aos náufragos da escuridão,
sem julgá-los, discriminá-los...
Sejamos o porto que irá ancorá-los.

Ame...
Incansavelmente...
Ame...
E o descanso?
Está no amor.
Ele é a fruta de qualquer estação,
está ao alcance de toda e qualquer mão.
Ame...
Sem limites estabelecidos,
caminhando e semeando amor...

Atrás de cada linha de chegada
há outra de partida...
Atrás de cada vitória
há outro desafio.
Enquanto estiver vivo,
sinta-se vivo...
O amor é o combustível
que move a vida.
Torna-a substancial e admirável...
As palavras de amor podem ser curtas,
mas seu eco é infindável...

Ame sempre...
Com todo amor que de seu eu descerra
e terá cumprido seu desígnio na terra.

Carmen Lúcia

Foto de johnnylynnlee

SINA

Ah, que sina é essa de ter em tão alta conta quem pouco se importa
O fado de amar quem não te ama
De gostar mais que o outro gosta!
Só eu te amei- tu mal se apercebeu
Só eu me lembro ainda- tu já esqueceu
E eu que noites em brados por ti, insone, velei chorando
Tu quiçá dedicou cinco minutos (duvido!) em mim pensando?
E eu que me assusto se um espinho lhe fura o dedo
Tu terás uma lágrima pra mim se eu morrer?- Um suspiro ao menos?
E só eu choro- tu te ris
E só eu amo- tu te vais
E eu te espero- tu já se foi
Eu te procuro- já é tu longe!
Me dou por completo- tu só migalhas
Tu some. E nada!
Ó, Senhor! Que sina é cuidar assim de quem não se importa
Cruel fadário é amar quem quando muito apenas gosta
E se devo, contudo, amar apenas
Quem também me ama
(prioridade pra quem te tem em prioridade, opção pra quem te tem como opção)
Porque quando sozinho a noite pergunto:
"Quem é que me ama como eu amo?"
Não me responde nem o eco no escuro?
Mas se devo, no entanto, amar a penas
Quem pouco me valoriza ou m rejeita
Como o posso suportar?
Gastar minhas rotas penas
A voar atrás de um anjo de grandes asas
Eu simples sabiá?
E nesse labirinto de solidão infinda
Todas as portas estão fechadas
Choverá de meus olhos oceanos tantos
Por poucas e esquálidas lágrimas?
Lutarei só contra exercitos poderosos
Por quem por pequena inconveniencia
Irá embora sem nem mesmo dizer adeus?
Ai! Que sina essa gostar mais de uma pessoa
Do que essa pessoa nos gosta
Ficar e esperar, por quem já foi embora...

Foto de johnnylynnlee

SINA

Ah, que sina é essa de ter em tão alta conta quem pouco se importa
O fado de amar quem não te ama
De gostar mais que o outro gosta!
Só eu te amei- tu mal se apercebeu
Só eu me lembro ainda- tu já esqueceu
E eu que noites em brados por ti, insone, velei chorando
Tu quiçá dedicou cinco minutos (duvido!) em mim pensando?
E eu que me assusto se um espinho lhe fura o dedo
Tu terás uma lágrima pra mim se eu morrer?- Um suspiro ao menos?
E só eu choro- tu te ris
E só eu amo- tu te vais
E eu te espero- tu já se foi
Eu te procuro- já é tu longe!
Me dou por completo- tu só migalhas
Tu some. E nada!
Ó, Senhor! Que sina é cuidar assim de quem não se importa
Cruel fadário é amar quem quando muito apenas gosta
E se devo, contudo, amar apenas
Quem também me ama
(prioridade pra quem te tem em prioridade, opção pra quem te tem como opção)
Porque quando sozinho a noite pergunto:
"Quem é que me ama como eu amo?"
Não me responde nem o eco no escuro?
Mas se devo, no entanto, amar a penas
Quem pouco me valoriza ou m rejeita
Como o posso suportar?
Gastar minhas rotas penas
A voar atrás de um anjo de grandes asas
Eu simples sabiá?
E nesse labirinto de solidão infinda
Todas as portas estão fechadas
Choverá de meus olhos oceanos tantos
Por poucas e esquálidas lágrimas?
Lutarei só contra exercitos poderosos
Por quem por pequena inconveniencia
Irá embora sem nem mesmo dizer adeus?
Ai! Que sina essa gostar mais de uma pessoa
Do que essa pessoa nos gosta
Ficar e esperar, por quem já foi embora...

Foto de Sonia Delsin

O SONHO ACABOU?

O SONHO ACABOU?

Meu bem. Tenho as mãos vazias.
Frias.
Estendidas.
Suplicantes.
Mas sei que nunca mais será como antes.
O sonho acabou.
Acabou.
Como a última estrela.
Se apagou.

Como a onda vai e vem pensei tantas vezes.
Será que volta o meu bem?
Eram esperanças infundadas.
Me peguei até a dar risadas.
No eco do tempo eu as jogava esperando que chegassem até os seus ouvidos.
Queria que imaginasse que eu estava feliz.
Queria.
Ah! Como quis!
Enterrar este amor no meu peito.
Retirar.
Com um punhal retirar.
Das minhas retinas afastar uma imagem que se acostumou a ficar.
O sonho acabou?
Talvez o destino deste sonho é para sempre durar.

Foto de Carlos Henrique Costa

Poesia da alma

É linda, por vezes tristes, assim sentir!
As mais belas surgem por melancolia,
Aflição da alma, intuição, nostalgia...
Poesia, infinito paraíso de eco e porvir.

Teus belos e alegres traços vão abrir...
Páginas e papiros ao nosso dia-a-dia,
As lágrimas na alma sentem alegria,
E o falso sorriso, não hás de fingir.

Essa oração merece ser lida na terra!
O universo terá no seu firmamento,
Feliz momento, em tempo de guerra.

Mas a paz que ela tem em sentimento,
Traduz todo o amor que se enterra,
No coração, pelo seu lindo surgimento.

Foto de Carlos Henrique Costa

Nas estações

Tempos , chegaram vários anos na minha sorte!
Os ventos, levaram- os numa incontida dimensão,
Não sei se foi para o leste, oeste, sul ou norte,
Mas um eco ouvi, cego não vi, a sua imensidão.

No frio de uma noite, de inverno com chuva forte,
No calor, da tarde de 40 graus de um verão,
Na primavera, que traz as flores com seu porte,
Ou no outono que despoja, o clima da estação.

Verei um dia, que o tempo voltará na minha vida,
Rama alegre, amor que me leve, para te encontrar,
Tais estações voltarão a passar em outra lida.

Com a certeza, que hei de vencer em outro lugar,
Sei que será mais doído, mas caído na mesma ferida,
Vou ter tento, no tempo e época que chegar.

Foto de Carlos Henrique Costa

Abstração do ser

Homem caído na sombra de um exílio!
Dimensão abstrata do ser que se levanta,
Ao cair no abismo, na dor que suplanta!
Corte profundo em coma de delírio.

Abstração inerte atingida no idílio!
Assombro do medo, que a sim replanta:
Na raiz da semente da espinhosa planta,
Calvário insistente, persistente martírio.

Eco ouvido na luz de todo pensamento!
O grito e desespero de um não exagero,
Na vida da errante criatura, em sentimento.

Qual amor extinguirá o seu exaspero?
Ainda caído no tempo e esquecimento!
Quem será? Qual vai ser o primeiro?

Foto de José Manuel Brazão

O eco das tuas palavras

Sinto na minha alma
o eco das tuas palavras,
palavras vividas
sofridas por uma vida
sem sentido,
sem amor,
mas com esperança!

Vida por viver,
mas sonhada!

Através dos sonhos
de cada dia,
constróis os castelos
do carinho, do amor
que deste,
mas não recebeste!

Mulher
que se dá por inteiro,
busca o caminho
para si
e para as suas rosas.

Sinto ainda
o eco das tuas palavras
envoltas em lágrimas
que lavarão o passado,
para olhares o futuro,
com ansiedade
e o direito à felicidade!

José Manuel Brazão
Publicada por José

Foto de jessebarbosadeoliveira27

DE VOLTA A SEU CATIVEIRO

DE VOLTA A SEU CATIVEIRO

Se pudesse, contemplaria

Novamente aquela alva face da hipocrisia,

Indagar-lhe-ia se já está a sentir

O eco lancinante do remorso pelos delitos perpetrados

Que afloram e grassam vivazmente em seu jardim

De sentimentos sepultados.

Ah, se houvesse ensejo,

Questioná-la-ia a respeito do seu rincão íntimo:

Lugar onde despeja as razões e causa que forjam seu estilo:

Suas mágoas, frustrações, a célula malsã

Que cancerara seu personal organismo.

Sim, desnudá-la-ia, se condição tivesse,

Até a última camada

Para saber finalmente quem você é de verdade.

Então, observaria o desespero

Brotar do seu semblante não mais altaneiro,

Porque sua pessoa saberia que eu penetrei seu eu:

Sim, desvendei seu infame segredo.

JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
http://www.myspace.com/nirvanapoetico
• http://twitter.com/jessebarbosa27

Foto de Marsoalex

Eu e o silêncio

Eu me encontro em cada canto
Que o silêncio existe;
No silêncio dos lábios;
No silêncio dos olhos;
No silêncio das lágrimas...

Eu me encontro em cada canto
Que o silêncio faz eco;
no silêncio da música;
No silêncio do mar;
No silêncio da dor...

Eu me encontro em cada canto
Que o silêncio se espalha;
No silêncio da noite;
No silêncio da mata;
No silêncio da morte...

Eu me encontro em cada canto
Que o silêncio me encontra:
No silêncio das mãos;
No silêncio dos corpos;
No silêncio do beijo...

Eu me encontro em cada canto
Que o silêncio é divino:
No silêncio da vida;
No silêncio do amor;
No silêncio de Deus...

Marsoalex

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