Eco

Foto de Sonia Delsin

UM LONGO CAMINHO PARA LUGAR NENHUM

UM LONGO CAMINHO PARA LUGAR NENHUM

Uma risada.
Uma ave de rapina.
Uma menina.

Uma pedra.
Uma ponta de lança.
Uma esperança.

Um longo caminho.
Um espinho.
Um menininho.

A lembrança...
Ressoa o eco no vale.

Foto de Izaura N. Soares

A música do meu silêncio

A música do meu silêncio...
Izaura N. Soares

Hoje, o céu está cinzento...
As nuvens estão escuras...
Parece que vai chover...
Mas não é a chuva que preocupa e sim a alma que está triste ansiando por viver.
Procuro por você, por todo caminho que eu passo.
Por todo o lugar que eu chego o seu nome eu quero gritar.
Minha voz se transforma num eco repetidamente, dando vazão a minha imaginação
que por vez, nunca me levou a ver o quanto preciso de você.
E nessa solidão, milhões de pensamentos se chocam no ar.
Fico envolto diante de tudo, mas ao mesmo tempo, distante de tudo que me cerca.
Enquanto eu apenas ouço a música do meu silêncio, olho ao redor em busca de um sinal, de um olhar seu, que me dê à esperança, e que acredite que meu amor é mais
forte do que qualquer obstáculo, do que qualquer barreira que me possa enfraquecer.
Olhando para o céu, olhando para as nuvens, percebi que o meu amor é tão sincero,
tão límpido e tão cristalino, que nem as impurezas do ar conseguem abafar a música
do meu silêncio, que é... A de te amar.

Foto de Joaninhavoa

APAIXONADO...

*
O Meu amor...
*
*

Tua confissão é uma declaração
d`amor e de paixão...
Eterno sonhar... eterno amar
d`uma doce ilusão...
Ah se fosse real este sentimento
virtual...
Alimentado com fluídos... um dom
cerimonial...

Acaricias-me... como quem mima
um Ser querido...
Ávido por beijos... ternuras... mimos
sem fim...
Enquanto descreves o que sentes
por mim...
Cérebro d`entendimento genial
excedido...

Já nada tens a temer... meu amor...
Minha vontade pertence-te...
Invades-me... com a fonte da vida...

Um imenso mar... d`amor...
Aconteceu. Entre a doce melodia...
E o eco dentro de mim... frequência...

natureza rica... essência...

Joaninhavoa,
(helenafarias)
15 de Setembro de 2008

Foto de Joaninhavoa

PREGÃO NA MADRAGOA

*
PREGÃO
*
NA
*
MADRAGOA
*

Vou escrever algo qu`ensejo
Vejo! Meu coração apregoa
Como um pregão na Madragoa
Aquele bairro perto do Tejo

O Rio que corre para o mar
Cantando ao som da guitarra
O fado que sempre amarra
O coração amante e o ar

Que respiro é d`alguém
Com quem remo d`amar
Vem! És o meu par
Não quero mais ninguém.

«Há sardinha fresca…»
Grita a mulher em dó maior
«Há dourada fresca escamada…»
«Carapau fresquinho um primor...»

E se eu lançasse um pregão
Iria pr`ò ar em forma de flecha
Faria cá um eco levado da breca
Ah! D. Solidum... Lá vai pregão

«AMOR, ESTÁS-ME A OUVIR?».

Joaninhavoa,
(helenafarias)
08 de Setembro de 2008

Foto de Joaninhavoa

És meu eterno amor.... (von Buchman), Hoje e sempre... (de Joaninhavoa)

*
E o mais puro desejar...
*
Eternamente...
*

Meu amor...
Teus doces carinhos, mui gostosos
e mui loucos me levam do delirar ao viajar...

(Von Buchman)

Eu não consigo resistir…
Meu amor…
Chego a ti devagarinho e poiso meus lábios
Nos teus. Deslizo entre montes e vales, contornos
Lambo lóbulos, e sussurro aos teus ouvidos
- “Vem a mim -, e ama-me perdidamente…”

(Joaninhavoa)

Neles mergulho em teu corpo, nos mais deliciosos lugares de prazer
e pleno êxtase do amar ..
És a mais deliciosa fonte inesgotável de satisfação...
És um poço sempre cheio de sedução,
um lago inimaginável de sonhos e fantasias….
Teu corpo ao amar é um verdadeiro balé de fetiche
e êxtase de sedução...

(Von Buchman)

Como corrente flutuante afundamo-nos
Em doces fragrâncias, fôlegos infinitos de prazer…
Nossos corpos são um imenso eco d`êxtase em dança
Um desfalecer e um renascer…

(Joaninhavoa)

Os teus dengos levam-me a te mimar,
encher-te de carinhos e ver-te me desejar,
conduzindo-me ao eterno amar...
É uma delícia navegar em teu corpo que é um convite ao pecar...

(Von Buchman)

Eu te dengo com meu capricho caprichado,
te viro de todos os lados…
E tu me pegas num sorvo alucinado,
por ninguém nunca antes navegado

(Joaninhavoa)

O dedilhar de meus dedos em tua carne
e o passear de minha língua em tua pele,
levam-te aos arrepios e ao me desejar...

(Von Buchman)

Dás rumo a desejos quando me tocas,
e olhas meus olhos. És o leme
minha frequência sempre que me dedilhas…

(Joaninhavoa)

Ah ! Teu corpo jogado sobre a cama
é o de uma deusa do prazer...
Teus murmúrios e gemidos ao meu ouvido
são como canções de sereias ao acasalar...
Muitas vezes limito-me só a ti olhar,
pois minhas mãos impuras não merecem tocar-te,
nem no pensar...

(Von Buchman)

Mostra-me o que dizes sentir por mim
Se é assim como dizes ser
Pois te quero como a uma bela canção sem fim
Sempre a me penetrar desde o amanhecer
E pr`além do infinito entardecer…

(Joaninhavoa)

És fatal nos mínimos detalhes...
Quando olhas-me cheia de desejos carnais...
Uau...
Fazes-me teu escravo no teu saciar...

(Von Buchman)

“Faz-me tua”. É este o meu pensamento…
O que meus olhos te podem dizer
Canto e cantarei este “lied” hoje e sempre…
Eternamente…

(Joaninhavoa)

Sedutora e possessiva és, não uma mulher, mas sim,
o puro êxtase do meu realizar...
Que boca carnuda e gostosa tu tens,
quando falas deixas-me a mil ,
o tocar de teus lábios um no outro é um fetiche de sedução...
A silhueta de tuas curvas sobre o lençol de seda ,
é algo tão perfeito que nem tenho palavras para explicar...
Teus cabelos sedosos e assanhados fazem o pleno convite ao amar...
A cada despertar do amanhecer renova-se meu eterno amor por você...

(Von Buchman)

Como se inflama teu coração, meu amor, minha paixão…
Em mim fervoroso o teu sentir, pois és meu exlibris
Minha tesão, paixão em comunhão…

(Joaninhavoa)

És meu jardim de inverno
regado ao néctar dos nossos orgasmos,
um eterno amar ...

(Von Buchman)

Néctar do amor e do amar
Da pauta harmonizada, bailada…
Direccionada em arco perfeita.

(Joaninhavoa)

O sol nasce e com ele nascem
as flores que brotam ao raiar do dia,
com elas brota minha eterna paixão por você...
És pura sedução ...
Cheia de amor e de paixão...
Linda e bela mulher que um dia eu conheci
e até hoje vivo meu mais lindo e puro amor...
Não há mulher no mundo que venha superar
dos teus mais singelos carinhos ao teu mais gostoso se dar...

(Von Buchman)

Eternas são as forças da natureza
Como o Sol, a flor, o amor, a paixão…
Eu e tu, Tu e eu -, agora e sempre
Eternamente ….

(Joaninhavoa)

Tenhas meu eterno amar e meu mais ousado desejar...
Beijos e mimos de paixão
de quem nunca poderá esquecer-te
ou deixar de amar-te..
ICH LIEBE DICH ...
do Von Buchman

Nota: Enquanto havia no campo um jogo
de espadachins...
Tomei a liberdade de avançar...
Um duo, surguiu, emergiu, aconteceu...
Das profundezas, das entranhas, cálidas da
madrugada...

Se não quiser o duo, Buchman, esteja à
vontade - eu carrego na tecla do "delete"
e fica naufragado no meu blogue.
A escolha é sua!
Joaninhavoa

Foto de CarmenCecilia

A CADA PALMO DESSE CHÃO ( FAZENDA SÃO JOÃO )

CADA PALMO DESSE CHÃO (FAZENDA SÃO JOÃO)

Em cada palmo desse chão
Há um pedaço do coração...
Uma lembrança de criança
Um sonho... Uma esperança...

A passarada com a alvorada...
Alvoroçada em revoada...
Trás o sinal de um novo dia
Que em breve inicia...

O sol vai pintando no horizonte
Dourando a tudo e a todos...
Com sua luz brilhante...
Aquecendo todo semblante...

Vejo ali a juruti madrugadeira...
E logo após na mangueira...
O leite que vem quentinho
Na ordenha da Mimosa com carinho...

E que nos trás seu alimento
Saudável, insubstituível...
Fazendo parte indissolúvel
Da vida a todo o momento...

O bezerreiro clama atenção...
Lá vamos então...
Verificar esse berreiro...
E solucionar a questão...

Ouvimos o relinchar do garanhão
Radar quer continuidade...
A sua geração de campeão...
E procura sua metade...

Mais adiante o quero quero
Em volta do açude
Vem ligeiro, brejeiro...
E meio que amiúde...

Aprecia patos e marrecos
Nadando num bailado...
Fazendo repeteco...
A toda sorte de criação em eco...

Duque lá da sede...
Late em demasia...
E pra tudo se excede...
Tamanha é a euforia...

A natureza se harmoniza...
Trás pra tudo beleza...
Semeando vida e pureza...
Em cada palmo desse chão...
Da Fazenda São João...

Carmen Cecília
04/09/08

Foto de Carmen Lúcia

Pátria amada!

Ah...Quisera eu trancar a voz ...Silenciar!
Não ter no sangue o arrojo... e me calar...
Acovardar-me às injustiças que poluem o ar,
desencantando a vida, desativando o verbo amar.
Mas me ficou de herança esse impulso que aflora
de rebelar, ter esperança, a toda hora...Agora!
Reativando o brado que um dia foi bradado
e no entanto jaz em terra que ainda chora.

Grito incontido, potente qual alarido,
lamúria triste de um povo sofrido...
Sem encontrar um eco e nada transformar...
E a lei do mais forte é a que se faz vingar...
Lágrima furtiva que rola condoída
como a pedir desculpa à pátria tão querida,
que em berço esplêndido privou de se deitar...
Tão linda e altaneira...injuriada e ultrajada,
onde o cantar do sabiá é um pátrio lamento
e as verdes palmeiras se curvam à voz do vento...

O que fazer senão extravasar o peito
e arrancar palavras que livres circulem
(já que o livre-arbítrio é poder aceito...)
em versos e poemas, mágoas que se difundem
bradando a honestidade em gesto varonil,
país de liberdade de um povo servil!

(Carmen Lúcia)

Foto de Paulo Gondim

Na noite

NA NOITE
Paulo Gondim
23/08/2008

Escuto estrondos num clarão da noite
Que se fazia breu de tanta escuridão
Escuto gritos, roucos tão aflitos
Sinistro mórbido na imensidão

E se espalham por todas as fendas
Num vale de larvas como vulcão
Enfurecidas na ígnea corrente
Destruído tudo nessa combustão

Escuto gritos ainda mais além
Num eco triste, desolado e mudo
Lamentos da alma, presságio
De sofrimento muito mais agudo

E a noite segue a milenar rotina
Com seus fantasmas, seus grilhões
Na noite, os medos se confundem
Na noite, afloram as paixões

Foto de Enise

Sombra invisível

.
.
.
.
Um cheiro de abismo no ar
A lua sem o porquê de luar
Já que teus males me avançam...

Em teu caminho atalhado
Sem o eco imantado das estrelas
Me afasto de ti...

A prata do teu espelho
Já não reflete a tua sanha
(Creio que dela parti).

Na tua invisível sombra
Envolvente
Cumpre-se o silêncio...

Acho que eu te inventei
E dei o que comer à minha mente...

Enise

Foto de Paulo Gondim

O sono da alma

O SONO DA ALMA
Paulo Gondim
17/08/2008

Deixa que minha alma sonhe
Que o lúdico se faça infinito
Que meu pensar voe longe
No eco suave de meu grito

Não me acordes de tão belo sono
Nele, nuvens de sonhos se alinham
E me transportam para além mundos
Esperanças que ali se avizinham

Embala-me sob o canto suave do vento
Sob a luz das estrelas e o brilho do sol
Agasalha-me no aconchego de teu colo
Banha-me no orvalho doce do arrebol

Deixa que minha alma durma
No abrigo de teu peito protetor
Não me acordes de tão belo sonho
Do prazer de gozar de teu amor

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