Esta sede de amor que arrebata-me a alma,
Esta existência sem sentido,
Nasceram deste sentimento infinito
Que atordoa-me a vida.
Nasceram num universo denso e constante
Dominado por sentimentos intensos
Que já não entendo.
Gostava de compreender meu amor, este meu vício,
Este desespero em te ter sempre junto a mim.
Esta ânsia louca que não passa com o tempo.
Gostava de entender,
Este sentimento que não se acalma
E não termina nunca.
Este sofrimento que me aterroriza
De cada vez que não estás comigo.
Esta dor que sinto no peito
Que arde meu coração e queima minha alma.
Esta felicidade infeliz que deixa-me hipnotizada,
Que quebra todos os meus sentidos.
Mas não entendo meu amor.
Não entendo este sentimento
Que me deixa neste estado já meio sem vida.
Não entendo esta alma que vive perdida em ti.
Não entendo esta existência,
Quase sobrenatural,
Que me faz amar-te cada vez mais...
E eu que pensava que não era possível
Amar desta forma...
Enviado por Marta Peres em Dom, 31/08/2008 - 21:30
E o tempo corre veloz
E o tempo corre veloz!
Vivo dentro de um compasso
descompassado, tento
atingir o alvo proposto,
angustio, chego a desespero,
busco paz dentro de uma
solidão, convivo com o pensamento,
ouço o grito do poder,
vejo a fome nas ruas,
a dor nos corações sofridos,
mágua marcada pela escravidão!
Tribos comandam, tribos obedecem,
terror ronda lares, salas de aulas,
praças que só viam a banda tocar,
multidões se aglomeram,
pedem pão, ganham circo,
e a vida vai descontrolada,
gira feito pião desgovernado,
o povo acata, desesperado
por dias melhores!
Enviado por Marta Peres em Dom, 31/08/2008 - 21:24
Melancolia
Uma tristeza imensa
invade o pensamento,
consome dilacerando,
engole a seco numa
explosão de sentimentos
marcados pela dor,
petrifica o espírito
deixando marcas negras,
cheiro do bolor,
canção que corta o ar,
intriguenta, sem a melodia
dos anjos entoa seca, metálica,
dolorosa de se ouvir,
nada ameniza,
tudo consome e amarga,
quero sair a voar, fugir
desta cruenta melancolia!
Jovens perambulam pelas ruas
Sem rumo, desesperançados, carentes,
Quadro desesperador e freqüente
Nas cidades do nosso Brasil,
Pátria mãe gentil
De solo fértil e abundâncias mil!
Ignorados pela vida
Ou pelo Poder?
Escolas sucateadas, esquecidas,
Ruindo abandonadas,
Verbas públicas que nunca
Chegam ao seu destino
Mudam o rumo
De brasileiros tão meninos
Ferindo os versos do seu hino!
“BRASIL, DE AMOR ETERNO SEJA SÍMBOLO
O LÁBARO QUE OSTENTAS ESTRELADO,
E DIGA O VERDE-LOURO DESSA FLÂMULA
-PAZ NO FUTURO E GLÓRIA NO PASSADO.”
Raras oportunidades de emprego
E assim deixam em arrego
Os seus míseros barracos
Onde viviam amontoados como sacos
Vazios de alimentos,
Cheios de ressentimentos!
E perambulam pelas ruas
Hostis, frias, secas de amor,
Cheias de armadilhas e dor!
O tempo ocioso, o estômago a roncar,
Um pão a mendigar!
Buscam outras escolas
Prá preencher o vazio e a fome
Companheiros de toda hora,
Neste amanhecer sem aurora!
Encontram a escola dos excluidos,
Dos preteridos e desiludidos!
Matriculam-se na escola da marginalização,
Do tráfico, do crime, da violência,
Suprindo suas carências
De amor, de teto, de alimentos,
De esperança no futuro
De uma pátria mais amável
Como versa a letra de seu hino
Num sentimento genuíno!
“DOS FILHOS DESTE SOLO ÉS MÃE GENTIL,
PÁTRIA AMADA,
BRASIL!”
Excluidos pelo destino
Ou pelo Poder?
A história vai dizer
Escrevendo em negras letras
A insensibilidade do Poder
Que não quis ver
Em cada um desses jovens
Um cidadão brasileiro.
Mancha na história deste
País hospitaleiro!
Carmen Vervloet
Todos os direitos reservados à autora.
Enviado por Sonia Delsin em Dom, 31/08/2008 - 15:21
TUDO É PASSAGEIRO
Tanto te preocupas.
Pra que?
Se tudo é passageiro.
O mundo inteiro.
Descobre-se a cada dia novidades no universo.
Há mudança até no meu verso.
Ora fala de alegria.
Ora tristeza.
Ora fala de amor...
Ora de dor.
Tudo é passageiro.
Somos aqui pássaros...
Rabo de estrela.
Raio de sol...
Chuva... Arrebol.
Pés no chão.
Cabeça nas estrelas percorro o mundo num segundo.
Chegando ao fim do túnel avistou um foco luminoso;
Luz fumegante, causadora da cegueira impulsiva;
Lampejos alucinantes que lhes tiram a vida;
Destrói o amor, corrompe a família.
Destacado entre a sociedade, que por destaque;
Descarta o corrompido;
Enojando-o, difamando-o;
Escarrando em sua garganta.
Entregue a impulsividade, foram-se todos;
Que a sua volta estavam cansados;
Fadados pela luta agressiva e terrível
Que a dependência causou.
Tudo fora exaustante;
Trancafiados pelo vício: o tempo passou;
Só lhes restaram lembranças;
Mágoas, imensa dor.
Enviado por TAMARA PARIS em Sáb, 30/08/2008 - 20:54
AMOR QUANTO TEMPO JÁ SE PASSOU?
QUE NEM AQUI CHEGOU
APENAS ME DIZ..
QUE A SOLIDÃO AQUI VAI PASSAR
QUE É SÓ MAIS UM PROBLEMA A SER RESOLVIDO
QUE A MINHA FERIDA VAI CICATRIZAR
E EU VOU ME CURAR
ME DIGA!
EU TE MENDIGO AMOR!
SOU POBRE DE ESPIRITO E ISSO AUMENTA MINHA DOR
EU SEI AMOR..
EU NÃO TENHO FÉ
EU NÃO TENHO ALEGRIA EM MEU SORRISO
EU JÁ NÃO TENHO TEMPO
JÁ NÃO TENHO SEGREDOS
EU NUNCA FUI FELIZ
AO SEU LADO FUI..
EU TENHO ESPERANÇA
MEU UNICO SENTIMENTO..
PERDIDA EM CARINHOS
ADORMECENDO EM SONHOS
ME SATISFAZENDO COM LEMBRANÇAS
EU VIVO ASSIM!
PERDIDA... NO FIM,
MUITO LONGE DE MIM.
Bela porcaria quando falas que tudo vais fazer...
Bela porcaria quando falas no nome de Deus em vão...
Bela porcaria é a tua proposta para se eleger...
Bela porcaria é a tua podre corrupção!!!
Vergonha é o que tu terias que ter...
Ao dizer o que jamais sonhou em querer realizar...
Vergonha é o que teu eleitor vai sentir...
Quando conseguir se conscientizar!!!
Medo que tu sentes da incerteza do amanha...
É o mesmo medo que sente o incauto do teu protetor...
Por isso acredita em tuas mentiras e promessas vãs...
Tudo em busca de um balsamo para sua dor!!!
Neste mar de lama entre falsos e inocentes...
Nada, mas nada mesmo sobreviverá...
Talvez se pensarmos um pouco antes...
Impediremos que esta corja insista em nos enganar!!!
Bela porcaria que fizestes da tua vida...
Se todas tuas fichas são viciadas...
Pobre candidato, qualquer que seja a saída...
Estas em uma boa enrascada!!!
Enviado por CarmenCecilia em Sáb, 30/08/2008 - 16:14
POESIA: CARMEN CECILIA
EDIÇÃO E ARTE EM PHOTOSHOP: CARMEN CECILIA
MÚSICA: THE GOD FATHER ( PIANO )
Nostalgia
Hoje estou meio nostálgica...
Vendo o tempo que passou e fazendo uma retrospectiva...
Vi-me no álbum de retratos da família toda reunida
Sintonizei com todos os momentos que vivi nessa vida...
Tantas recordações... Imagens refletidas...
De sentimentos de pura alegria
Uns que se sedimentaram
Outros que só na memória ficaram...
Há fotos de pessoas presentes...
De outras agora já ausentes...
De momentos decisivos, marcantes...
E alguns remontam a uma época que não me lembro...
Coletânea de preciosidades...
De um quê de saudades...
Da infância irmanada...
De grandes risadas...
De pais, tios, sobrinhada...
Como numa grande manada...
Dos colegas de escola...
Na foto de formatura...
Em que agora muitas vezes não nos reconhecemos...
Será que este é aquele ou aquele é este?
Tenho nas mãos agora meu primeiro amor...
Perpetuado naquela imagem...
Foi embora...
Na bagagem levou minha primeira dor
A primeira frustração...
Que o tempo amarelou.
Prossigo viagem...
Nessa triagem...
Em que cada momento registrado...
Traz sua mensagem...
Vou e volto do passado para o presente...
Esquadrinho tudo com meus olhos ardentes...
E guardo tudo devagarzinho... Com cuidado...
Pois sei que somam parte da minha estrada
De contínua caminhada...
Nessa variedade de lembranças
Que a vida nos marca...
Enviado por CarmenCecilia em Sáb, 30/08/2008 - 16:10
OLÁ!
GANHEI ESSA SEGUNDA VERSÃO DESSE MEU POEMA DA MINHA AMIGA E MANINHA ROSANA BUARQUE
ESPERO QUE GOSTEM
POESIA: CARMEN CECILIA
EDIÇÃO: ROSANA BUARQUE
MÚSICA: AMORES ESTRANHOS ( LAURA PAUSINI)
DESPEDIDA
Amarga despedida...
O nome já diz...
É uma dor desmedida
Vem repentina ou de mansinho
Mas sempre traz
Dissabor em seu caminho
Rima com separação...
Desunião e todo senão...
E sempre machuca o coração
Traz em teu bojo...
Histórias vividas...
Agora divididas...
Agora metades...
De amor, amizade...
Momentâneas, eternas...
Sempre recheadas de saudades
É um não sei quê de comoção
Onde prevalece a emoção...
Um nó na garganta...
Um adeus que desencanta...
A mão que acena...
O abraço que aperta...
E o choro que contracena...
Numa última cena...
Ah! Despedida...
Sempre rondando nossas vidas
Nem bem estamos de ida...
E já estamos de partida...