Blog de Virginia Gomes

Eu sou um sonhador
Homem da Paraíba
Eu sou um sofredor
Calejada é a minha vida
Eu sou um desacreditado
Minha família morre de fome
Que o diga o “xique- xique” do sertão
E quando a fome é tanta
Adentramos o Sudeste
E lá também conhecemos a “peste”
Somos humilhados, explorados, massacrados!
- Seu Zé, o que é esse tal de Direitos Humanos, isso enche o bucho?
- Não!
Continua a peleja entre a pobreza e a miséria.
Será que sobreviveremos ao “APOCALIPSE BRAZIUS” ?

Chegando ao fim do túnel avistou um foco luminoso;
Luz fumegante, causadora da cegueira impulsiva;
Lampejos alucinantes que lhes tiram a vida;
Destrói o amor, corrompe a família.
Destacado entre a sociedade, que por destaque;
Descarta o corrompido;
Enojando-o, difamando-o;
Escarrando em sua garganta.
Entregue a impulsividade, foram-se todos;
Que a sua volta estavam cansados;
Fadados pela luta agressiva e terrível
Que a dependência causou.
Tudo fora exaustante;
Trancafiados pelo vício: o tempo passou;
Só lhes restaram lembranças;
Mágoas, imensa dor.

Noite fria e vultosa,
Incrédulos, alucinados, incólumes,
Pensamentos ocultos, desordenados;
O que o faz ver por entre essa escuridão?
Degradado, desolado...
Peregrino da própria observação;
Vestes pálidas sob um sol vermelho;
Poer-se-ão um atrás do outro;
Quiçá poderes ver;
A lança abrupta,
Da arrogância compartilhada,
Na esfera da besta fera.
Ah, ergueis, levantais;
Alucinados, incólumes;
Temos um pouco;
Todos nós.

O PORQUÊ?

POR QUE AGENTE SE PERDE QUANDO TENTA SE ENCONTRAR?
POR QUE SÓ ENCONTRAMOS O VERDADEIRO VALOR QUANDO O PERDEMOS?
POR QUE ÀS VEZES NÃO ACHAMOS RESPOSTAS QUANDO PERGUNTAMOS?
POR QUE TANTAS INDAGAÇÕES?
TANTOS PORQUÊS?
SE VIVER É UMA CONSTANTE PERGUNTA,
POR QUE SABER PARA VIVER?
OU SERIA,
VIVER PARA SABER?
QUEM SABERIA RESPONDER?
EU, VOCÊ?
TALVEZ NENHUM DE NÓS,
PORQUE A RESPOSTA NÃO HABITA EM MIM NEM EM TI,
MAS NA SUPREMACIA DOS QUE NÃO TÊM MEDO DE SEGUIR EM FRENTE,
SEM O MEDO,
DO NÃO SABER PARA PODER VIVER!

ORQUÍDEAS

DE TODOS OS CRAVOS E ORQUÍDEAS QUE CONHECI;
FALTAVA-LHES O ODOR NATIVO PARA EU PODER CULTIVAR;
ESSÊNCIA NATIVA, ESSA ME FAZ DESATINAR;
CONHEÇO O OURO, O ÓDIO E TODA UMA ESCURIDÃO;
MAS, O QUE ME CONFUNDE É ESSA TAL SEMELHANÇA;
EM QUE FÁBRICA FORAM MONTADOS?
TÃO FRIOS COMO O AÇO...
TÃO CARENTES DE UM ABRAÇO!