Dor

Foto de Sentimento sublime

O doce e o amargo do passado! Osvania_souza

O doce e o amargo do passado!

A vida me abriu as portas, porém o tempo as fechou.
A vida dizia-me ser útil, e o tempo se quer me avisou.
Que ele passa tão rápido. E será que feliz eu sou?
No início a vida era doce, tão doce como o mel.
Com o tempo amargou-se, amargou-se como o fel.
Foi um passado cheio de sonho, sonho conturbado.
Dedicando-me e trabalhando, para alguém que foi tão amado.
Porém não foi possível, realizar meu sonho dourado.
Pensei que tivesse a felicidade encontrada.
Conheci muitas pessoas, fiz amigos no trabalho.
Poucos amigos do peito, outros somente de agrado.
Tive duas famílias distintas, uma genética e outra profissional.
Para elas eu podia falar tudo que sentia.
Eu falava, eu as ouvia, sem medo e sem pudor.
Tive fases em minha vida, como todo ser humano tem.
Algumas de alegria, outras de dor.
E nestes momentos eu contava:
Com minhas famílias e também com meu amor.
Fui trabalhar em uma cidade, que para mim era estranha.
No início foi difícil, mas eram ossos do ofício.
Não conhecia ninguém, e ninguém me conhecia.
Mas com persistência e coragem.
Continuei carregando minha bagagem.
Conquistei muitas pessoas, fiz novas e grandes amizades.
Fui me acostumando com o ritmo daquela cidade.
Que passei a gostar de verdade.
A vida continuava, e o tempo então passava.
Cuidando de minha casa, da firma que possuía banco que eu trabalhava.
Com muito amor e carinho, dediquei todo tempinho aos três sem distinção.
Foi tanta dedicação, porém tive que fazer uma opção.
Cometi meu maior erro então, pedi sem pensar minha demissão.
Continuei tocando a firma, e cuidando do meu lar.
Porém faltava algo “grandioso” para meu sonho concretizar.
Não podíamos ter filhos, depois de oito anos esse sonho pude realizar.
Foi aí que nasceu então, brotando do meu coração.
Recém-nascida em meus braços, minha filha querida.
A única que adotei em minha vida, minha maior amiga.
E o tempo continua passando:
Voltei para minha cidade em busca da felicidade.
Mas não foi essa a realidade porque aquela cidade estranha.
Entrou em minhas entranhas deixando tanta saudade.
Hoje chego a pensar, naquela cidade estranha onde conheci a felicidade.
E continuo minha vidinha nesta pequena e pacata cidadezinha.
A mesma que me viu nascer, porém não me deixa crescer.
É como se seu fosse um pássaro com asas quebradas.
As tenho e não posso voar.
Então resolvi deixar escrito, meu passado de conflitos.
Um amor mal resolvido, o qual eu me dediquei.
O tanto que me doei e o muito que me entreguei.
Foram muitos anos de minha vida.
De uma estrada comprida , quando olho para trás, me pergunto.
Se o tempo tivesse me avisado, que ele passa tão rápido.
Eu não teria o que lamentar.
Quero dizer a vocês “Olhadores do Passado”
Para o tempo não se manda recado, ou se faz ou não se deixa esperar.
Hoje tenho casa, mas não tenho lar, passo na terra por passar.
Estou apenas vivendo por viver porque o presente não me deixa sonhar.
E tudo aquilo que ajudei a construir, vejo por terra ruir.
Antes que o presente se torne passado resolvi deixar meu recado.
Não sei se irá resolver, mas pelo menos quero aqui dizer:
Desabafar meus sentimentos te contar meus lamentos.
Que há anos guardo no peito, não sei qual será o efeito que poderá te causar.
Mas faça o que tem que ser feito, sem medo de ser feliz.
E como escritora principiante te deseja neste instante.
Um presente e um futuro radiante.
Se ame bastante e seja muito feliz.
Espero que você nunca sinta o amargo do passado.
Mas somente os doces momentos do presente.
Osvania_Souza

Foto de Jonny Anderson

Em minha defesa...

Eu Jonathas Hardy acesso com essa com conta, para vos falar da enorme impunidade que estão fazendo, podem me bloquear, mas se vos fizer necessário, tenho os rascunhos do poema que fiz 'Se...' e não admito que digam que eu plagiei meu própio poema! Esse tal de Thiago Maycon esse sim me plagiou, tanto que nem autor ele colocou! Na quarta-feira dia 24 eu postei aqui o poema 'Se...' no turno da manhã, mas domingo dia 28 eu vi que havia poucos votos e apaguei-o e o editei novamente! No dia 24 postei em um outro site o mesmo poema só que já era de tarde. http://www.poemasdeamor.com.br/poemas/poema.aspx?id=31906
» Dados sobre o Poema
Título Se...
Autor Jonathas Hardy
Categoria Amor
Cadastro 24/9/2008 15:09:08 - Prestem atenção no horário
Visitado 321 vezes
Enviado 3 vezes
Peço que olhem esse site:
http://bacteria2008.blogspot.com/2008/09/danny-chagas-parte-5.html
Jonathas disse...
O Thiago peço sua colaboração para saber de onde você pegou esse poema. Eu sou o autor dele, e estão me acusando injustamente de plagio, cópia, eu te peço por favor que me responda pelo e-mail:j_hardy_kb@hotmail.com para eu poder comprovar a minha incência! Muito obrigado
Obs:só para constar agora no horário brasileiro são 15:21 - Prestem atenção nesse horário e comparem com o do outro site.

30 de Setembro de 2008 11:21 Olhem este horário, é o horário em que eu postei no site o comentário.
Lá embaixo tem o horário do dia 24 de setembro, emque ele postou o poema.

Se eu estiver cego, que eu esteja cego de paixão.
Se eu roubar algo, que seja o seu coração.
Se eu estiver sonhando, que eu só sonhe com você.
Se eu estiver pensando, que eu só pense em você.
Sabe porquê? Meu mundo não é o mesmo sem você.

Se eu estiver mudo, que as minhas palavras falem por mim.
Se eu estiver apaixonado por você,... que isso nunca tenha fim.
Se eu enlouquecer, que eu esteja louco de amor.
Se eu te perder,... não quero nem imaginar, seria muita dor.
Pois não sei viver sem o teu calor...

Se eu me distrair, que eu me distraia com você.
Se você chorar, que eu chore junto com você.
Se eu me esquecer, que eu me esqueça do tempo que estivi longe de você.
Se eu fugir, que eu fuja com o seu sonho e o torne realidade.
Simplesmente, porque eu te amo de verdade.

Se um dia eu mudar, será só pra te agradar.
Se eu estiver surdo, que eu entenda o que você diz numa troca de olhar.
Se eu estiver dormindo, que eu possa sonhar com você.
Se você se lembrar de alguém, que não seja de mim...
Pois se um dia se lembrar foi porque um dia se esqueceu.

Se eu correr, que eu corra em sua direção.
Se eu me libertar, que eu me liberte da solidão.
Se eu estiver feliz, será porque você também está.
Se você cair, cairei junto pra te ajudar a subir.
Se todos os meus esforços não adiantarem pra nada, farei o impossível.
Isso tudo só porque eu te amo!

Se mesmo assim não quiser uma chance me dar,
Acredite, continuarei a te amar,
Pois nada nesse mundo poderá o meu coração calar,
E se necessário for, irei gritar,
E para o mundo inteiro proclamar,
Que contigo, para todo o sempre, eu quero ficar!

Mas ainda assim seria pouco em relção ao que você merece!
O resto... nem o destino pode determinar,
E é você que tem que decidir, porém...
Se você tiver que partir, que parta o meu coração,
Mas não vá para longe de mim!
Postado por Thiago Maycon às 11:24 - Olhem este horário!!!!!!!
Marcadores: Amizades

Perceberam a diferença?Eu escrevi o poema 'Se...' no outro site (www.poemasdeamor.com.br) às 15:09:08, nodia 24, ele postou, pelo horário do site às 11:24, se vocês perceberem o site poemasdeamor é brasileiro ou seja no horário do Brasil! E o site dele não é brasileiro, ele até pode ser, mas o site não (http://bacteria2008.blogspot.com/). Hoje eu postei um comentário pra ele às 15:21 pelo horário do Brasil, e percebi que pelo horário dele era 11:21 ou seja se são 4 horas de fuso horário, ele postou o poema dele no horário brasileiro às 15:24 após eu ter escrito no site (www.poemasdeamor.com.br) o meu poema!!!!!!!!!
Para um juiz não precisaria de mais provas, mas se não for o bastante, lhes achando conveniente me passem o seu e-mail que mandarem as fotos do rascunho em que escrevi este poema comprovando que eu o escrevi. Se tais provas ainda não bastarem para comprovar minha inocência, estou tentando contato com esse tal Thiago Maycon como vocês já puderam ler, e se ele me responder irei imediatamente repassar à vocês.
Obrigado pela sua atenção, mas eu não posso ter o meu nome sujo.
Mesmo se não adiantar de nada, sei que estou sendo sincero, e já havia lido todas as regras do site e nunca, nunca as havia desrespeitado, ou não cumprido.
Eu não espero que acreditem, e sim, que no mínimo, saibam que eu falei toda e a única verdade existente nesse caso. Por eu ser ainda um menor, não posso processá-lo judicialmente mas estou ciente, de que um dia isto terá um troco, plágio é crime!

Foto de ORLI LÜDTKE

Por que esperar....

Não espere um sorriso para ser gentil.
Não espere ser amado para amar.
Não espere ficar sozinho para reconhecer o valor de quem está do seu lado.
Não espere ficar de luto para reconhecer quem hoje é importante para você.
Não espere a queda para lembrar-se do conselho.
Não espere a enfermidade para reconhecer quão frágil é a vida.
Não espere ter dinheiro aos montes para então contribuir.
Não espere por pessoas perfeitas para então se apaixonar.
Não espere a mágoa para pedir perdão.
Não espere a separação para buscar a reconciliação.
Não espere elogios para acreditar em si mesmo.
Não espere a dor para acreditar em oração.
Não espere o dia de sua morte sem antes amar a vida!
Seja sempre você, autêntico e único!

Foto de ORLI LÜDTKE

Recomeçar

Sempre é tempo de recomeçar.
Em qualquer situação podemos abrir novas portas, conhecer novos lugares, novas pessoas, ter outros sonhos.
Renovar o nosso compromisso com a vida e assim, renascer para a vida e alcançar a felicidade.
Não importa quem te feriu, o importante é que você ficou.
Não interessa o que te faltou, tudo pode ser conquistado.
Não se ligue em quem te traiu, você foi fiel.
Não se lamente por quem se foi, cada um tem seu tempo.
Não reclame da dor, ela é a conselheira que nos chama de volta ao caminho.
Não se espante com as pessoas, cada um carrega dentro de si, dores e marcas que alteram o seu comportamento, ora estamos felizes e transbordamos de alegria e paz, ora estamos melancólicos e só queremos ficar sozinhos...
O mundo está cheio de novas oportunidades, basta olhar para a terra depois da chuva. Veja quantas plantinhas estão surgindo, como o verde se espalha mais bonito e forte depois da tempestade.
As portas se abrem para os que não tem medo de enfrentar as adversidades da vida, para os que caíram, mas se levantam com o brilho de vitória nos olhos.
Todo o caminho tem duas mãos, uma que seguimos ainda com passos inseguros, com medo, porque não sabemos ainda o que vamos encontrar lá na frente, na volta, mesmo derrotados, já sabemos o que tem no caminho, e quando um dia, resolvemos enfrentar os nossos medos e fazer essa viagem novamente, somos mais fortes, nossos passos são mais firmes, já sabemos onde e como chegar ao destino, o destino é a vitória, o seu destino é ser feliz, eu creio nisso, e você?
Você está pronto para recomeçar?
O caminho está a tua espera, pé na estrada, coloque um sonho na alma, fé no coração e esperança na mochila, a vida se enche de novidades para os que se aventuram na viagem que conduz a verdadeira liberdade.

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

"PORQUE EU TE AMO?"




PORQUE EU TE AMO?

Te amo pela sua ousadia,
Pelo amor que despertou em mim,
Pelo sorriso que me deu de volta
Pelas suas propostas.

Te amo pelo gosto da vida
Que você divide comigo,
Pelo abrigo que encontrei
Em braços teus.

Te amo por me sentir completa,
Por ter uma alma atleta,
Sempre correndo junto ao tempo
Para me atualizar a você.
Isso me faz feliz!

Te amo, por que você esta presente
Em todos os detalhes da minha vida.
Torna meus dias agradáveis amáveis.
Meus problemas se tornam, mas toleráveis.

Eu te amo, porque me sinto amada,
As conseqüências é uma mulher renovada.
Que se descobre todos os dias cheia de alegria.

Te amo porque me aceitas como sou,
Porque Deus trouxe você pra mim.
Porque não me cobras, não me prende.
Defende-me, e sempre esta presente.

Te amo por ser meu respirar,
Minha força de amar.
Por ser quem é.
Te amo por você ter mostrado,
O que é o amor, o que é amar
Sem dor.....

Te amo por enxergar
Dentro de tua alma,
A minha que se faz presente.
Te amo, até que o tempo se faça presente.
Te amo enquanto o permitido, se permitir.
Te amo!

*-*Anna A FLOR DE LIS.

http://www.blogger.com/profile/01846124275187897028
http://recantodasletras.uol.com.br/autor.php?id=39704

Foto de Sonia Delsin

ELEONORA

ELEONORA

Conheci Eleonora numa festa há alguns anos. Ela era uma mulher pequenina e muito bonita. Meu filho caçula se a tivesse conhecido decerto diria que ela era uma "baixinha gostosa". O mais velho diria que era uma pequena sereia.
O fato era que Eleonora era uma bela mulher e tinha o corpo muito bem feito. O rosto era sensacional, a boca carnuda; olhos oblíquos, intensamente azuis. O bumbum era redondinho e arrebitado e levava qualquer homem a olhar mais de uma vez.
Quando ela soube que eu gostava de escrever quis me contar sua história e eu tento transcrevê-la aqui neste conto:

Cresci numa fazenda do interior do Brasil em meio a bois e cavalos. Meus pais eram moralistas e criaram a mim e a meu irmão na mais rígida educação. Minha mãe não me deixava jamais vestir calças compridas e montar.
Eu via Jorginho montando lindos cavalos e aquilo me deixava enfezada. Por quê não eu? O que havia demais em ter nascido sem aquilo no meio das pernas?
Claro que eu sabia a diferença que existia entre nós dois. Eu nascera com aquela fenda e ele com um apêndice. Escondidos de mamãe nós tomávamos banho de cachoeira completamente nus. Foi o idiota do Chicão que nos surpreendeu um dia e contou ao papai.
Jorginho era um ano mais novo que eu e me adorava. Eu também amava aquele menino sardento e irrequieto.
Havia também na fazenda os filhos dos colonos: Mariana e Marcelo. Eles eram mulatinhos e muitas vezes também conseguimos driblar a vigilância de mamãe e brincamos juntos. Marcelo era uns dois anos mais velho que eu e tinha o pênis bem maior que o de meu irmão. Quando nadávamos nus ele encostava aquele enormidade em mim e eu achava tão bom.
Papai me dizia que eu precisava tomar cuidado com a minha fenda porque ela poderia ser o motivo de minha perdição. Na época eu não conseguia entender o porquê de uma coisa daquelas ser prejudicial a alguém.
Eu era uma menina esperta e aos doze anos parecia ter pelo menos quinze. Foi nessa época que Marcelo mudou-se da fazenda.
Antes de mudar-se ele me pediu uma prova de amor e eu me entreguei a ele. Foi em meio ao feno e ao fedor de estrume que nós nos pertencemos. Ele estava trêmulo quando arrancou meu vestido. Foi uma penetração difícil porque ele era muito bem dotado e éramos completamente inexperientes. Sangrei muito e chorei de dor. Nós dois queríamos que o pênis dele me penetrasse inteira; mas não conseguimos de forma alguma. Nós nos movimentávamos para baixo e para cima como estávamos acostumados a ver os cavalos fazendo com as éguas --escondidos espiávamos, é claro). Depois de várias tentativas Marcelo acabou gozando nas minhas coxas. Eu não conseguia crer que fosse assim.
Tempos depois nós também nos mudamos para a cidade e conheci Alfredo. Este era um vizinho e possuía os olhos mais azuis deste mundo. Esqueci-me completamente de meu amiguinho de infância e me apaixonei por ele. Alfredo era um rapagão esnobe e não me dava a menor bola. Tinha treze para quatorze anos e ardia por ele.
Nas noites intermináveis eu precisava masturbar-me para conseguir conciliar o sono. Era pensando naqueles olhos intensamente azuis que eu me masturbava. Nunca parei para pensar como seria transar com ele. Era pelos olhos dele que eu havia me apaixonado.
Fomos apresentados um ao outro numa festinha que meus pais deram para comemorar os treze anos de Jorginho.
-- Prazer. Você é bonita. -- Pensei que você nunca houvesse me notado.
-- Não dá para não notar você, apesar de ser tão baixinha.
Os olhos eram ainda mais lindos de perto. Mas a voz tão arrogante!
Ainda nos falamos umas banalidades e só no final da festa ele me arrastou para um canto escuro e esfregou-se em mim.
-- Quero você.
-- Agora?
-- Encontre-se comigo amanhã atrás da varanda, embaixo daquela grande figueira.
Não consegui dormir a noite toda. Como seria transar com aquele gato?
Ele estava lá na hora combinada e nos deitamos no gramado. Alfredo me garantiu que todos da casa haviam saído. Ele arrancou rapidamente minha saia e minha calcinha e abaixou a calça. Foi tudo muito rápido e só depois de tudo terminado é que pude notar que ele era muito magricela e que tinha um pinto pequenino que não poderia nem ser chamado de pênis comparando-se com o do primeiro homem de minha vida.
Não me satisfez em absoluto e depois desta transa eu nem quis mais encontrá-lo.
Nos anos subsequentes dediquei-me de corpo e alma aos estudos.
Os rapazes começaram a dar em cima de mim e não achava graça em nenhum deles. Jorginho vivia rodeado por garotas e reclamava com mamãe que eu acabaria ficando solteirona.
Nessa época eu já completara dezoito anos e nunca tivera sequer um namorado. Minha experiência amorosa era nenhuma e sexual só acontecera de ter tido aqueles dois encontros que marcaram a minha vida.
Sentia um medo danado de não sentir prazer da próxima vez e vivia adiando um novo encontro com alguém.
Conheci Sérgio quando passei no vestibular para Odontologia. Eu vivia dizendo a papai que não era o que eu sonhava para meu futuro, mas ele praticamente me obrigava a estudar o que achava que seria bom para mim.
-- Você gosta de Odonto? Perguntou-me ele.
-- Não é bem o que eu queria.
-- Então por que optou por isso?
-- Não foi bem assim. Optaram por mim.
Sérgio olhou-me com seus enigmáticos olhos pretos.
-- Você parece ter personalidade. Não consigo entender.
-- Quero evitar discussões inúteis.
-- Mas trata-se de sua vida.
Pegando minha mão na sua ele puxou-me para um banco.
-- Quer namorar comigo?
Eu precisava tentar pelo menos. Vivia tão só nos últimos anos.
-- Topo.
Ele beijou-me e a sensação foi boa. Senti ferver novamente um vulcão que eu imaginava extinto. Sua língua começou a explorar a minha boca, suas mãos acariciaram meus mamilos e eu senti que poderia sentir prazer ao lado de um homem.
Nos primeiros dias ficávamos nos abraçando e nos beijando até que ele me levou para seu apartamento, e lá eu pude descobrir que mesmo um homem de pênis tamanho normal poderia me proporcionar muito prazer.
Ele me beijou inteira e deixou meu corpo todo desejando-o. Sua língua me explorava toda enquanto suas mãos também procuravam pontos em mim que me deixavam completamente excitada.
Foram as duas horas mais loucas de minha vida e jamais pensei que um dia pudesse ser daquela forma. Eu nem imaginava que um dia faria sexo oral e anal. Aconteceu com ele e foi muito bom.
Sérgio deitou-se relaxado ao meu lado e perguntou-me baixinho se havia gostado. Ele sabia que sim e só perguntara por perguntar.
Namoramos por dois anos. Eu continuava a estudar Odontologia.
Papai faleceu quando eu começava o terceiro ano. Desisti do curso e comuniquei a todos que voltaria a morar na fazenda. Era o que eu queria para mim.
Neste meio tempo acabamos terminando o namoro.
Mamãe também disse que ficaria morando na cidade com Jorginho, que também já estava na faculdade.
Não me importei de voltar só para lá; pois era o que eu sonhava. Viver entre bois, cavalos, estrume. Eu adorava cavalgar pelas nossas terras e mamãe não tinha pulso com os empregados. Eu sim saberia lidar com eles.
No início senti falta de Sérgio, das vezes em que ficávamos em seu apartamento; mas sexo não era tudo na vida. Era muito bom, mas não era tudo.
Em poucos meses na fazenda eu soubera me impor e todos os empregados me respeitavam muito.
Vivia vestindo roupas de montaria e foi cavalgando que conheci Luciano.
Era um homem feio. A pele marcada por acne, olhos verdes e frios. Ele vestia um jeans imundo e as botas estavam sujas de estrume. Era verdade que eu também vivia no meio de bois e minhas roupas eram grosseiras, mas procurava me manter limpa.
A princípio aquele homem rude me causou asco.
-- Pode me dizer que horas são?
-- Por que quer saber as horas neste fim de mundo?
-- Talvez pelo mesmo motivo que a senhorita esteja usando este relógio no braço.
Não gostei dos modos daquele estranho que encontrei enquanto cavalgava. Apertei o pé no estribo e Samara disparou num galope. No início ele pôs-se a me seguir, mas o cavalo em que estava montado não era um puro sangue como a minha Samara.
Chegando em casa desmontei a bela égua e deixei-a aos cuidados do Namberto. Tomei um banho e desci para almoçar.
A Albertina me avisou que tínhamos visita.
-- Quem está aí?
-- O novo vizinho.
-- Como é ele?
-- Um homem estranho. Fede que só ele.
Imediatamente lembrei-me do homem que havia encontrado. Seria o mesmo?
Chegando à varanda eu o vi parado, me esperando.
-- Peço que me desculpe pelo ocorrido, vim só para oferecer meus préstimos.
-- Fico agradecida -- disse sem saber se devia estender a mão.
Ele notando meu constrangimento foi dizendo:
-- Não se preocupe em me estender a mão senhorita. Desculpe-me pelo estado em que me encontro. Foi um problema que tivemos esta manhã. O touro rompeu a cerca e tivemos um trabalho danado para juntar a boiada. Fui grosso lá na estrada e vim pedir desculpas.
Ele se apresentou e eu pude observar que era realmente um homem feio, mas havia alguma coisa diferente nele. A verdade é que ele me atraia.
Dias depois ele apareceu na fazenda montando um lindo cavalo árabe.
-- Acabei de comprar. Gostou?
Eu era uma admiradora de cavalos de raça e lhe disse que era lindo demais.
Conversamos algum tempo sentados nas grandes cadeiras de vime da varanda e Albertina nos trouxe um suco de frutas bem geladinho.
Pouco tempo depois já nos falávamos como dois conhecidos de longa data. Ele me contou que havia se separado da mulher e que comprara aquelas terras para se instalar de vez ali.
Eu também lhe falei que pretendia passar o restante de minha vida naquelas terras que eu tanto amava.
-- E sua mãe? Seu irmão?
-- Mamãe gosta demais da cidade e meu irmão está estudando medicina.
-- Não se sente só aqui?
-- Às vezes.
Ele me disse que poderia voltar mais vezes para conversarmos.
Na despedida segurou algum tempo minhas mãos nas suas e uma corrente elétrica passou por todo meu corpo.
Luciano voltou outras vezes e acabamos nos tornando amantes. Descobri que ele conseguia me envolver emocionalmente mais do que sexualmente, mas era bom. Ele tinha um charme especial e sabia agradar uma mulher.
Um dia lhe perguntei porque não dera certo o primeiro casamento e ele me disse que a ex-mulher se apaixonara pela amiga.
Eu não me casaria com ele mesmo que me pedisse. Queria deixar as coisas como estavam. Quando ele queria vinha me ver e quando eu o queria ia ao seu encontro. Para que modificar o que estava sendo tão bom?

O nosso capataz sofreu um acidente fatal e eu precisava urgentemente de outro. Foi Luciano que sugeriu um homem que ele conhecia bem.
-- É um mulherengo, já aprontou das suas. Tenho um amigo que já perdeu a mulher por causa dele, mas acho que não tem nada a ver.
-- Então o que está esperando? Preciso deste homem para ontem.
-- Se tudo correr bem amanhã mesmo ele estará aqui.
No dia seguinte à tardinha Albertina veio me informar que o rapaz havia chegado.
Fui rapidamente atendê-lo. Precisava logo resolver aquela situação.
Um mulato alto estava de costas para mim e ele olhava tudo à sua volta.
Quando ele voltou-se para mim um sorriso enorme se estampava em seu rosto.
. Então era ele o tal homem? Agora eu podia entender o porquê de um homem perder a esposa para tal sujeito.
Fiquei sem ação. Marcelo estava diante de mim.Devia correr para seus braços, estender a mão?
Sorri gostosamente e gaguejei:
-- Que saudades! Que surpresa boa!
Foi ele que correu para me abraçar e sussurrou em meu ouvido:
-- Desculpe-me se faço isso. Fui louco em vir até aqui. Não conseguirei jamais ser um empregado seu.
Afastei-o delicadamente e pus-me a examiná-lo de cima a baixo. Vi que se tornara um homem alto e bonito demais. O corpo atlético e atraente. Lembrei-me de quando nadávamos nus em nossa infância. Lembrei-me daquela vez em que me entreguei a ele no meio do feno.
Só então me dei conta de que nunca quis um homem em minha vida mais do que quis aquele.
Foi a minha vez de abraçá-lo.
Albertina que se empregara na casa há pouco tempo estranhou aquela cena.
Era verdade que o tempo tinha passado, mas ele havia voltado e só isto me importava naquele instante.
-- Nunca consegui esquecê-lo.
-- Nem eu consegui esquecê-la.
Olhei-o diretamente nos olhos procurando a verdade e convidei-o para conversarmos sentados na varanda.
Albertina entendeu que eu queria estar a sós com ele e afastou-se.
Perguntei por onde andara, o que fizera da vida e se ainda estava solteiro. Ele respondeu que ainda estava "solteirinho da silva". Tivera um caso ou outro.
Sorrindo ele não se cansava de repetir:
-- Nunca me amarrei a ninguém. Acho mesmo que nunca a esqueci. Lembra-se daquela vez? Eu fiquei tão preocupado achando que a tinha machucado. Parti daqui me sentindo um verme. Tinha medo de me aproximar de uma moça e machucá-la. Fiquei mesmo traumatizado e foi só depois de muitos anos que consegui estar com uma mulher. Aos poucos fui apreendendo a lidar com ele -- dizendo isso ele abaixou os olhos em direção ao seu pênis. Você me perdoou por ter agido daquela forma?
Não pude deixar de rir e dizer que éramos completamente inexperientes. Fora só por isso.
Ele foi taxativo em afirmar que jamais conseguiria ser meu empregado e quando já ia se despedir sugeri que ficasse mesmo assim. Teríamos uma relação de amizade e ele me ajudaria enquanto eu não conseguisse outra pessoa.
Marcelo concordou em ficar, por uns tempos.
Luciano ficou me olhando com aqueles olhos gelados enquanto eu lhe contava que o Marcelo crescera na fazenda ao meu lado.
-- Você fala dele de um jeito.
-- Não diga que está com ciúmes!?
-- E não é para estar? Seus olhos brilham enquanto você fala dele. E pensar que eu é que tive a idéia de trazê-lo para trabalhar aqui!
Luciano socou a mesa violentamente.
Eu nunca soubera lidar com um homem violento. Procurei agradá-lo, mas só consegui piorar a situação.
-- Ele a atrai, dá até para um cego ver. E você também o atrai.
Luciano saiu resmungando, montou o belo cavalo árabe e saiu galopando feito louco. Suspirei fundo.
Marcelo se aproximou de mim e pegando a minha mão foi dizendo:
-- É melhor que eu me vá logo daqui. Estou atrapalhando a sua vida. O seu namorado está com ciúmes de mim. Não significo mais nada para você, não é mesmo?
-- Não é assim.
A sombra de um sorriso passou pelo seu rosto.
-- Você ainda sente alguma coisa por mim?
Hesitei em dizer que sim. Ele estava um homem feito, já não tinha mais nada do menino que crescera conosco na fazenda.
Disfarcei dizendo que as recordações eram tantas.
-- Você não está sendo sincera, sente alguma coisa ou não?
-- Não sei.
Sei que fui evasiva, mas estava tão confusa. Os homens que cruzaram meu caminho deixaram marcas e aquele que estava à minha frente fora o que mais me marcara.
Eu poderia assumir o que estava sentindo. Poderia brigar até com o mundo por ele. Teria forças para isso. Mas ele corresponderia?
Ainda segurando minha mão ele me cobrava uma resposta mais direta. De repente perdeu a compostura e beijou-me ardentemente.
Segurou-me apertadamente de encontro ao corpo másculo e senti que iria mergulhar de cabeça nessa nova situação.
Foi a minha vez de colocá-lo contra a parede.
-- Você me ama de verdade? Se disser que sim eu enfrentarei qualquer coisa neste mundo.
Ele respondeu-me com um beijo e perguntou-me se poderia ser como da primeira vez naquele paiol que soçobrara ao tempo.
Meu Deus! Naquela altura de minha vida! Eu já não era uma menina de doze anos!
Fui caminhando abraçada a ele de encontro ao paiol. Não precisava dar satisfações de minha vida a ninguém. Era dona de tudo ali, dona de minha vida.
Como da primeira vez foi em meio ao feno e ao cheiro forte de estrume. Ele delicadamente tirou minha roupa e fez coisas que eu nunca sequer pude imaginar que aquele menino de antigamente iria aprender. Beijou minha boca suavemente e depois passou a beijar meu corpo inteirinho.
Quando finalmente ele me penetrou eu compreendi que com homem algum seria igual. Ele era fabuloso. O pênis se tornara ainda melhor com os anos. A minha obsessão na vida fora pênis avantajado e descobri que ele conseguia me penetrar inteira. Havia espaço suficiente sim!
Depois de completamente saciada de amor eu repousava em seu peito forte quando ele me perguntou se desta vez também eu iria começar a chorar.
Sorri e contei-lhe que andara pela vida procurando um homem com os requisitos dele. Não encontrara, era evidente.
Casamo-nos em dois meses e continuamos fazendo amor nos lugares mais estranhos e diversos. Nem preciso dizer que continuamos apaixonados um pelo outro e que o que mais desejamos é estar juntos.

SONIA DELSIN

Foto de pttuii

O alpinista

é quando se dói a dor,
que faz bem,
é por arranjar de menos
que se sai bom,
luz preta,
alma com arco-íris apenso
em dor
em flor,...

tudo isto junto para montes brancos,
alpinista de felizes descansos,
dos que surgem à noite
quando a noite dói menos
que um homicídio,...

o ficar à noite com a noite,
não acelera infusões de
respeitos multicolores,...

por isso tudo isto junto para montes brancos,
como alpinista,
ao menos não vejo a vida a esvair contradições.....

Foto de Carmen Lúcia

Amordaçada...

Ousei ver o que não via...
Minha própria realidade
mantida calada,
amordaçada por mim mesma;
enganada pelo próprio eu...
emudecido pelo medo,
por tudo que se perdeu
e que doeu...E como doeu!

Medo de mais experiências,
novas vivências,
amores mal sucedidos,
mágoas não passadas a limpo,
latentes e agudas feridas.

A dor da alma não é visível,
nem previsível...
Não manda recado,
vem feito tornado,
sem aviso, de improviso...

Mas, calar-se é admitir,
permitir que ela se instale.
Sair da condição de silêncio
é o que vale...
E enfrentá-la!
Fazer de cada experiência vivida,
lição de vida...

Continuar sonhando,
buscando emoções,
porque é através dos sonhos
que se chega às realizações.

[Carmen Lúcia]

Foto de anamazzucato

anamazzucato

eu estava muito felis ,
esperando vc xegar
mas vc me diz,
q nao vai voltar,

meu mundo caiu,
meu coraçao partiu...
de ver vc longe,
e nao poder te beijar...
nao poder te abraçar.

vc é meu anjo
vc é meu amor
nao importa
o tempo q for.
sempre teras meu amor.

sinto falta
do seu xeirinho
dos teus beijinhos
e dos teus carinhos..

a distancia nao importa
pq o amor q sinto por vc
e capaz de enfrentar
barreiras,
para sermos felizes juntos.

sei q daki ums anos
seremos uma familha
e sei q vc me ama
para enfrentarmos
juntos essa dor..

por isso te peço
guarde sempre
esse amor
pq logo
estaremos juntos
para sempre
sem nenhuma dor...

meu anjoo te amooo..

Aninhaa...

Foto de Joaninhavoa

NOTAS MUSICAIS

*
NOTAS MUSICAIS
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Sublimes! As criativas
*

Abro o piano para tocar aquela música
E digo em sons palavras que desnudam
Meu ser! Arrebatando sombras compunham
Num êxtase o som d`amor e sua dor; a causa

“O mistério dos mistérios” era o tema
A música emanava da minha voz em palavras
Como subindo e descendo escadinhas d`águas
De um lirismo sem igual toquei pianíssima

No concerto tocaria o meu “melhor”
No concurso teria de tocar melhor do que os outros
Meu “pior“ poderia ser o suficiente para ganhar

Não gosto de concursos nem de provas! Com a vontade
De vencer há quem esqueça sua própria personalidade
Peça fundamental em todo processo criativo

Seja ele qual for...

Joaninhavoa,
(helenafarias)
28 de Setembro de 2008

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