Domínio

Cubra-me com tua pele morena
banhada de tesão
e que busca em meu corpo nada mais que saciar tua fome.
Quero-te agora!
Sempre, sempre e sempre...
Tua voz no imperativo;
meu ouvido surdo...
toda ordem, todo dia, toda volúpia
finjo que sou teu escravo,
mostro-te meu domínio...
Quero tua boca tão louca e demente,
Dou-te meus lábios secos e estúpidos.
Alimenta-me de gemidos e suor;
Sacio-te de orgasmos e silêncios...
Teu corpo me envolve,
tua alma me ama...
E eu te amo, te amo, te amo!
Fiz oceano em tua nuca e naveguei em teu pescoço embebido de perfume.
Ceguei-me em tua beleza e encontrei tua luz no instante em que me amava.
Sou teu homem!
Tua metade, a parte que te completa...
E eu te contemplo como deusa,
como mulher, como vampira insaciável que me suga e me mata.
Morro! morro! e estou morto!
Morto de paixão,
imortalizado em teu ser .

De: Carlos Magno