ELEONORA
Conheci Eleonora numa festa há alguns anos. Ela era uma mulher pequenina e muito bonita. Meu filho caçula se a tivesse conhecido decerto diria que ela era uma "baixinha gostosa". O mais velho diria que era uma pequena sereia. O fato era que Eleonora era uma bela mulher e tinha o corpo muito bem feito. O rosto era sensacional, a boca carnuda; olhos oblíquos, intensamente azuis. O bumbum era redondinho e arrebitado e levava qualquer homem a olhar mais de uma vez. Quando ela soube que eu gostava de escrever quis me contar sua história e eu tento transcrevê-la aqui neste conto:
Cresci numa fazenda do interior do Brasil em meio a bois e cavalos. Meus pais eram moralistas e criaram a mim e a meu irmão na mais rígida educação. Minha mãe não me deixava jamais vestir calças compridas e montar. Eu via Jorginho montando lindos cavalos e aquilo me deixava enfezada. Por quê não eu? O que havia demais em ter nascido sem aquilo no meio das pernas? Claro que eu sabia a diferença que existia entre nós dois. Eu nascera com aquela fenda e ele com um apêndice. Escondidos de mamãe nós tomávamos banho de cachoeira completamente nus. Foi o idiota do Chicão que nos surpreendeu um dia e contou ao papai. Jorginho era um ano mais novo que eu e me adorava. Eu também amava aquele menino sardento e irrequieto. Havia também na fazenda os filhos dos colonos: Mariana e Marcelo. Eles eram mulatinhos e muitas vezes também conseguimos driblar a vigilância de mamãe e brincamos juntos. Marcelo era uns dois anos mais velho que eu e tinha o pênis bem maior que o de meu irmão. Quando nadávamos nus ele encostava aquele enormidade em mim e eu achava tão bom. Papai me dizia que eu precisava tomar cuidado com a minha fenda porque ela poderia ser o motivo de minha perdição. Na época eu não conseguia entender o porquê de uma coisa daquelas ser prejudicial a alguém. Eu era uma menina esperta e aos doze anos parecia ter pelo menos quinze. Foi nessa época que Marcelo mudou-se da fazenda. Antes de mudar-se ele me pediu uma prova de amor e eu me entreguei a ele. Foi em meio ao feno e ao fedor de estrume que nós nos pertencemos. Ele estava trêmulo quando arrancou meu vestido. Foi uma penetração difícil porque ele era muito bem dotado e éramos completamente inexperientes. Sangrei muito e chorei de dor. Nós dois queríamos que o pênis dele me penetrasse inteira; mas não conseguimos de forma alguma. Nós nos movimentávamos para baixo e para cima como estávamos acostumados a ver os cavalos fazendo com as éguas --escondidos espiávamos, é claro). Depois de várias tentativas Marcelo acabou gozando nas minhas coxas. Eu não conseguia crer que fosse assim. Tempos depois nós também nos mudamos para a cidade e conheci Alfredo. Este era um vizinho e possuía os olhos mais azuis deste mundo. Esqueci-me completamente de meu amiguinho de infância e me apaixonei por ele. Alfredo era um rapagão esnobe e não me dava a menor bola. Tinha treze para quatorze anos e ardia por ele. Nas noites intermináveis eu precisava masturbar-me para conseguir conciliar o sono. Era pensando naqueles olhos intensamente azuis que eu me masturbava. Nunca parei para pensar como seria transar com ele. Era pelos olhos dele que eu havia me apaixonado. Fomos apresentados um ao outro numa festinha que meus pais deram para comemorar os treze anos de Jorginho. -- Prazer. Você é bonita. -- Pensei que você nunca houvesse me notado. -- Não dá para não notar você, apesar de ser tão baixinha. Os olhos eram ainda mais lindos de perto. Mas a voz tão arrogante! Ainda nos falamos umas banalidades e só no final da festa ele me arrastou para um canto escuro e esfregou-se em mim. -- Quero você. -- Agora? -- Encontre-se comigo amanhã atrás da varanda, embaixo daquela grande figueira. Não consegui dormir a noite toda. Como seria transar com aquele gato? Ele estava lá na hora combinada e nos deitamos no gramado. Alfredo me garantiu que todos da casa haviam saído. Ele arrancou rapidamente minha saia e minha calcinha e abaixou a calça. Foi tudo muito rápido e só depois de tudo terminado é que pude notar que ele era muito magricela e que tinha um pinto pequenino que não poderia nem ser chamado de pênis comparando-se com o do primeiro homem de minha vida. Não me satisfez em absoluto e depois desta transa eu nem quis mais encontrá-lo. Nos anos subsequentes dediquei-me de corpo e alma aos estudos. Os rapazes começaram a dar em cima de mim e não achava graça em nenhum deles. Jorginho vivia rodeado por garotas e reclamava com mamãe que eu acabaria ficando solteirona. Nessa época eu já completara dezoito anos e nunca tivera sequer um namorado. Minha experiência amorosa era nenhuma e sexual só acontecera de ter tido aqueles dois encontros que marcaram a minha vida. Sentia um medo danado de não sentir prazer da próxima vez e vivia adiando um novo encontro com alguém. Conheci Sérgio quando passei no vestibular para Odontologia. Eu vivia dizendo a papai que não era o que eu sonhava para meu futuro, mas ele praticamente me obrigava a estudar o que achava que seria bom para mim. -- Você gosta de Odonto? Perguntou-me ele. -- Não é bem o que eu queria. -- Então por que optou por isso? -- Não foi bem assim. Optaram por mim. Sérgio olhou-me com seus enigmáticos olhos pretos. -- Você parece ter personalidade. Não consigo entender. -- Quero evitar discussões inúteis. -- Mas trata-se de sua vida. Pegando minha mão na sua ele puxou-me para um banco. -- Quer namorar comigo? Eu precisava tentar pelo menos. Vivia tão só nos últimos anos. -- Topo. Ele beijou-me e a sensação foi boa. Senti ferver novamente um vulcão que eu imaginava extinto. Sua língua começou a explorar a minha boca, suas mãos acariciaram meus mamilos e eu senti que poderia sentir prazer ao lado de um homem. Nos primeiros dias ficávamos nos abraçando e nos beijando até que ele me levou para seu apartamento, e lá eu pude descobrir que mesmo um homem de pênis tamanho normal poderia me proporcionar muito prazer. Ele me beijou inteira e deixou meu corpo todo desejando-o. Sua língua me explorava toda enquanto suas mãos também procuravam pontos em mim que me deixavam completamente excitada. Foram as duas horas mais loucas de minha vida e jamais pensei que um dia pudesse ser daquela forma. Eu nem imaginava que um dia faria sexo oral e anal. Aconteceu com ele e foi muito bom. Sérgio deitou-se relaxado ao meu lado e perguntou-me baixinho se havia gostado. Ele sabia que sim e só perguntara por perguntar. Namoramos por dois anos. Eu continuava a estudar Odontologia. Papai faleceu quando eu começava o terceiro ano. Desisti do curso e comuniquei a todos que voltaria a morar na fazenda. Era o que eu queria para mim. Neste meio tempo acabamos terminando o namoro. Mamãe também disse que ficaria morando na cidade com Jorginho, que também já estava na faculdade. Não me importei de voltar só para lá; pois era o que eu sonhava. Viver entre bois, cavalos, estrume. Eu adorava cavalgar pelas nossas terras e mamãe não tinha pulso com os empregados. Eu sim saberia lidar com eles. No início senti falta de Sérgio, das vezes em que ficávamos em seu apartamento; mas sexo não era tudo na vida. Era muito bom, mas não era tudo. Em poucos meses na fazenda eu soubera me impor e todos os empregados me respeitavam muito. Vivia vestindo roupas de montaria e foi cavalgando que conheci Luciano. Era um homem feio. A pele marcada por acne, olhos verdes e frios. Ele vestia um jeans imundo e as botas estavam sujas de estrume. Era verdade que eu também vivia no meio de bois e minhas roupas eram grosseiras, mas procurava me manter limpa. A princípio aquele homem rude me causou asco. -- Pode me dizer que horas são? -- Por que quer saber as horas neste fim de mundo? -- Talvez pelo mesmo motivo que a senhorita esteja usando este relógio no braço. Não gostei dos modos daquele estranho que encontrei enquanto cavalgava. Apertei o pé no estribo e Samara disparou num galope. No início ele pôs-se a me seguir, mas o cavalo em que estava montado não era um puro sangue como a minha Samara. Chegando em casa desmontei a bela égua e deixei-a aos cuidados do Namberto. Tomei um banho e desci para almoçar. A Albertina me avisou que tínhamos visita. -- Quem está aí? -- O novo vizinho. -- Como é ele? -- Um homem estranho. Fede que só ele. Imediatamente lembrei-me do homem que havia encontrado. Seria o mesmo? Chegando à varanda eu o vi parado, me esperando. -- Peço que me desculpe pelo ocorrido, vim só para oferecer meus préstimos. -- Fico agradecida -- disse sem saber se devia estender a mão. Ele notando meu constrangimento foi dizendo: -- Não se preocupe em me estender a mão senhorita. Desculpe-me pelo estado em que me encontro. Foi um problema que tivemos esta manhã. O touro rompeu a cerca e tivemos um trabalho danado para juntar a boiada. Fui grosso lá na estrada e vim pedir desculpas. Ele se apresentou e eu pude observar que era realmente um homem feio, mas havia alguma coisa diferente nele. A verdade é que ele me atraia. Dias depois ele apareceu na fazenda montando um lindo cavalo árabe. -- Acabei de comprar. Gostou? Eu era uma admiradora de cavalos de raça e lhe disse que era lindo demais. Conversamos algum tempo sentados nas grandes cadeiras de vime da varanda e Albertina nos trouxe um suco de frutas bem geladinho. Pouco tempo depois já nos falávamos como dois conhecidos de longa data. Ele me contou que havia se separado da mulher e que comprara aquelas terras para se instalar de vez ali. Eu também lhe falei que pretendia passar o restante de minha vida naquelas terras que eu tanto amava. -- E sua mãe? Seu irmão? -- Mamãe gosta demais da cidade e meu irmão está estudando medicina. -- Não se sente só aqui? -- Às vezes. Ele me disse que poderia voltar mais vezes para conversarmos. Na despedida segurou algum tempo minhas mãos nas suas e uma corrente elétrica passou por todo meu corpo. Luciano voltou outras vezes e acabamos nos tornando amantes. Descobri que ele conseguia me envolver emocionalmente mais do que sexualmente, mas era bom. Ele tinha um charme especial e sabia agradar uma mulher. Um dia lhe perguntei porque não dera certo o primeiro casamento e ele me disse que a ex-mulher se apaixonara pela amiga. Eu não me casaria com ele mesmo que me pedisse. Queria deixar as coisas como estavam. Quando ele queria vinha me ver e quando eu o queria ia ao seu encontro. Para que modificar o que estava sendo tão bom?
O nosso capataz sofreu um acidente fatal e eu precisava urgentemente de outro. Foi Luciano que sugeriu um homem que ele conhecia bem. -- É um mulherengo, já aprontou das suas. Tenho um amigo que já perdeu a mulher por causa dele, mas acho que não tem nada a ver. -- Então o que está esperando? Preciso deste homem para ontem. -- Se tudo correr bem amanhã mesmo ele estará aqui. No dia seguinte à tardinha Albertina veio me informar que o rapaz havia chegado. Fui rapidamente atendê-lo. Precisava logo resolver aquela situação. Um mulato alto estava de costas para mim e ele olhava tudo à sua volta. Quando ele voltou-se para mim um sorriso enorme se estampava em seu rosto. . Então era ele o tal homem? Agora eu podia entender o porquê de um homem perder a esposa para tal sujeito. Fiquei sem ação. Marcelo estava diante de mim.Devia correr para seus braços, estender a mão? Sorri gostosamente e gaguejei: -- Que saudades! Que surpresa boa! Foi ele que correu para me abraçar e sussurrou em meu ouvido: -- Desculpe-me se faço isso. Fui louco em vir até aqui. Não conseguirei jamais ser um empregado seu. Afastei-o delicadamente e pus-me a examiná-lo de cima a baixo. Vi que se tornara um homem alto e bonito demais. O corpo atlético e atraente. Lembrei-me de quando nadávamos nus em nossa infância. Lembrei-me daquela vez em que me entreguei a ele no meio do feno. Só então me dei conta de que nunca quis um homem em minha vida mais do que quis aquele. Foi a minha vez de abraçá-lo. Albertina que se empregara na casa há pouco tempo estranhou aquela cena. Era verdade que o tempo tinha passado, mas ele havia voltado e só isto me importava naquele instante. -- Nunca consegui esquecê-lo. -- Nem eu consegui esquecê-la. Olhei-o diretamente nos olhos procurando a verdade e convidei-o para conversarmos sentados na varanda. Albertina entendeu que eu queria estar a sós com ele e afastou-se. Perguntei por onde andara, o que fizera da vida e se ainda estava solteiro. Ele respondeu que ainda estava "solteirinho da silva". Tivera um caso ou outro. Sorrindo ele não se cansava de repetir: -- Nunca me amarrei a ninguém. Acho mesmo que nunca a esqueci. Lembra-se daquela vez? Eu fiquei tão preocupado achando que a tinha machucado. Parti daqui me sentindo um verme. Tinha medo de me aproximar de uma moça e machucá-la. Fiquei mesmo traumatizado e foi só depois de muitos anos que consegui estar com uma mulher. Aos poucos fui apreendendo a lidar com ele -- dizendo isso ele abaixou os olhos em direção ao seu pênis. Você me perdoou por ter agido daquela forma? Não pude deixar de rir e dizer que éramos completamente inexperientes. Fora só por isso. Ele foi taxativo em afirmar que jamais conseguiria ser meu empregado e quando já ia se despedir sugeri que ficasse mesmo assim. Teríamos uma relação de amizade e ele me ajudaria enquanto eu não conseguisse outra pessoa. Marcelo concordou em ficar, por uns tempos. Luciano ficou me olhando com aqueles olhos gelados enquanto eu lhe contava que o Marcelo crescera na fazenda ao meu lado. -- Você fala dele de um jeito. -- Não diga que está com ciúmes!? -- E não é para estar? Seus olhos brilham enquanto você fala dele. E pensar que eu é que tive a idéia de trazê-lo para trabalhar aqui! Luciano socou a mesa violentamente. Eu nunca soubera lidar com um homem violento. Procurei agradá-lo, mas só consegui piorar a situação. -- Ele a atrai, dá até para um cego ver. E você também o atrai. Luciano saiu resmungando, montou o belo cavalo árabe e saiu galopando feito louco. Suspirei fundo. Marcelo se aproximou de mim e pegando a minha mão foi dizendo: -- É melhor que eu me vá logo daqui. Estou atrapalhando a sua vida. O seu namorado está com ciúmes de mim. Não significo mais nada para você, não é mesmo? -- Não é assim. A sombra de um sorriso passou pelo seu rosto. -- Você ainda sente alguma coisa por mim? Hesitei em dizer que sim. Ele estava um homem feito, já não tinha mais nada do menino que crescera conosco na fazenda. Disfarcei dizendo que as recordações eram tantas. -- Você não está sendo sincera, sente alguma coisa ou não? -- Não sei. Sei que fui evasiva, mas estava tão confusa. Os homens que cruzaram meu caminho deixaram marcas e aquele que estava à minha frente fora o que mais me marcara. Eu poderia assumir o que estava sentindo. Poderia brigar até com o mundo por ele. Teria forças para isso. Mas ele corresponderia? Ainda segurando minha mão ele me cobrava uma resposta mais direta. De repente perdeu a compostura e beijou-me ardentemente. Segurou-me apertadamente de encontro ao corpo másculo e senti que iria mergulhar de cabeça nessa nova situação. Foi a minha vez de colocá-lo contra a parede. -- Você me ama de verdade? Se disser que sim eu enfrentarei qualquer coisa neste mundo. Ele respondeu-me com um beijo e perguntou-me se poderia ser como da primeira vez naquele paiol que soçobrara ao tempo. Meu Deus! Naquela altura de minha vida! Eu já não era uma menina de doze anos! Fui caminhando abraçada a ele de encontro ao paiol. Não precisava dar satisfações de minha vida a ninguém. Era dona de tudo ali, dona de minha vida. Como da primeira vez foi em meio ao feno e ao cheiro forte de estrume. Ele delicadamente tirou minha roupa e fez coisas que eu nunca sequer pude imaginar que aquele menino de antigamente iria aprender. Beijou minha boca suavemente e depois passou a beijar meu corpo inteirinho. Quando finalmente ele me penetrou eu compreendi que com homem algum seria igual. Ele era fabuloso. O pênis se tornara ainda melhor com os anos. A minha obsessão na vida fora pênis avantajado e descobri que ele conseguia me penetrar inteira. Havia espaço suficiente sim! Depois de completamente saciada de amor eu repousava em seu peito forte quando ele me perguntou se desta vez também eu iria começar a chorar. Sorri e contei-lhe que andara pela vida procurando um homem com os requisitos dele. Não encontrara, era evidente. Casamo-nos em dois meses e continuamos fazendo amor nos lugares mais estranhos e diversos. Nem preciso dizer que continuamos apaixonados um pelo outro e que o que mais desejamos é estar juntos.
SONIA DELSIN
* * * * Em algum lugar do passado...do presente...do futuro
Tua timidez penetrou minha alma Viciei em você Busquei teu pensamento, teu olhar Invadi teu coração...apossei-me Hoje você é minha realidade O meu caminho...nossa verdade Essas mesmas almas juntas estiveram Em algum lugar do passado. Hoje, um reencontro... Cúmplices neste amar , brilhamos a olhos nus Destino traçado na maternidade (um dia Cazuza falou) O amor de nossas vidas aguardando o reencontro Em algum lugar do passado, fomos um Em algum lugar do presente, somos um Um só corpo, uma só alma Caminhando na mesma direção... Doando, trocando, esperando Na eternidade ainda amar. Em algum lugar do futuro vamos nos encontrar.
Mãe. Eu nunca pude entender o porque de me abandonar Nunca na minha vida eu pude ter o teu carinho. Isso é muito triste...
Ater hoje sou uma pessoa muito triste Por muitas coisas a principal delas é você ter mim deixando Jogado por aí como você fez.
Que a ter nos dias de hoje as pessoas falam o quanto você Era ruim...Sabe mãe sou o menino sem carinho Sem amor Sem paciência Sem nada...
Sou o moleque sem destino certo Sem direção. Sou jogado por aí Porque você não soube me dar valor A cima de tudo você mãe me despregou. Quantas vezes você me bateu. Chutou-me Chamou-me de tantos nomes veios.
Eu hoje poderia ser um garoto bem de vida Bem em todas as coisas que eu pudesse sonhar, mas infelizmente. Isso na minha vida não pode acontecer.
Choro tanto que você nunca poderá pensar o quanto. Como o sofrimento é ruim. Machuca tanto agente. Que tristeza dentro de mim que nem sem empresá-lo
Vida Vida, são os dias que correm em direção à morte!
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ENCONTRO FATAL Deley Baseado no poetrix VIDA de Teresa Cordioli - . - . - . - . - . - . - Vida, são os dias que correm em direção à morte! - . - . - . - . - . - . - Morte
Naquele inevitável encontro, A vida com toda humildade, Pediu uma oportunidade à morte; A morte? Obvio, ignorou, Não disse absolutamente nada, Com uma impassibilidade desmedida, Simplesmente abraçou a vida, A vida? Coitada!!! O que fez foi entregar-se calada, A esse enlace consorte; Como o sangue entrega-se ao corte, Como a agulha entrega-se ao ponto, Como o frágil entrega-se ao forte.
....terminaria ali esse encontro?
VIDA (réplica) Teresa Cordioli
No abraço mais forte, A vida tão frágil Entrega-se à morte...e Sorri! Mostrando aos vivos Que a vida é passageira Que a morte é a ponte certeira Entre o físico e o metafísico (universo) A vida quase sem forças Pergunta à morte - qual o seu nome? Ela responde e nada esconde: - Separação é o meu nome... A vida ainda indignada... Pergunta à morte o que ela veio fazer... A morte responde: - Vim te trazer uma coisa nova... Chamada recomeço... Paradoxo? __ Não? A vida sem medo, Continua a caminhada a cantar... A morte indignada De não vê-la chorar, pergunta por quê? A vida sorrindo reponde baixinho: - Estou acompanhada...agora vou viver! Tudo o que fiz, foi só sofrer! A morte insiste: - Quem está com você? A vida lhe diz: - A Esperança... Essa você não a vê... Só a vida é que a tem como companheira... Aqui ou no além... Sei que, só a vida tem... Esperança de nova vida viver...
esse econtro termina aqui?
visitem: http://recantodasletras.uol.com.br/autor.php?id=14853 esse menino escreve muito.
As luzes da cidade lá embaixo contrastavam com a noite sem estrelas. Pousei suavemente na sacada, em frente à janela do apartamento dela, que veio me receber vestida apenas com uma camisola branca transparente, sem mais nada por baixo do lingerie. Ela abriu a janela de grandes vidraças, com seus longos braços, e me disse sorrindo: - Entra, amor. Aceitei o generoso convite, e nos abraçamos. Beijei seu pescoço macio. Ela me empurrou suavemente, sorrindo, e fechou a janela. Veio até mim, pegou-me pela mão e me sentou em uma poltrona. Sentou-se ao meu colo. Acariciei seus quadris. - Obrigado pelo convite. eu disse, enquanto ela passava seus cabelos por meu rosto. – Não é sempre que isto me acontece. Ela beijou meus lábios, mordiscando-os. Segurou minha cabeça entre suas mãos. Disse-me, baixinho: - Eu quis você desde que te vi ontem à noite, na biblioteca. Sorri, feliz. Peguei-a no colo e a levei para o quarto. Ela não resistiu quando a coloquei em sua cama. Seu rosto tinha um ar tímido. Despiu-se da camisola, enquanto eu também ficava nu. Depositei a capa sobre uma cadeira e o resto das roupas deixei no chão. Deitei-me ao seu lado e a abracei. Ela me retribuiu o abraço e nos beijamos. Minhas mãos percorreram todo seu corpo, e ela me acariciava o dorso, a barriga e o pênis. Chupei fortemente seus lábios, beijei seu pescoço. Estendi-me sobre seu corpo, beijei e chupei seus mamilos, sua barriga e lambi sua vagina. Puxei seu grelo com a língua, ele se adaptou aos meus lábios e foi chupado com sofreguidão. Ela gemia baixinho, segurando-me pelos cabelos. Um jorro molhou meus lábios. Beijei e mordisquei suas pernas, seus pés. Subi por todo seu corpo, lambendo-o em todas suas partes. Segurei-a pelo queixo. Introduzi lentamente o pênis em sua vagina, que o recebeu lubrificada. Entre suas pernas, cavalguei-a devagar até que o pênis entrasse totalmente. Aumentei o ritmo, empurrando meu pênis até o fundo de sua vagina. Ela me abraçava fortemente, acariciava minhas nádegas e minhas coxas com seus pés. Retirei o pênis, virei-a de bruços e tornei a penetrar sua vagina, enquanto com meus quadris massageava seus glúteos. Meus braços e mãos percorriam o dorso daquela mulher, eu pegava seus seios e os apertava por baixo de seu corpo esguio. Levantei-a com uma certa violência, mantendo meu pênis dentro de sua vagina, e sentei-a sobre mim. Puxei-a para mim, com toda a força que pude, penetrando-a completamente. Seu corpo transpirava. Esfreguei suas axilas com minhas mãos, tornei a apertar seus seios, enquanto a puxava freneticamente contra mim, tocando o fundo de sua vagina. Ela se curvou para a cama e me disse: - Não goza tudo, não! Deixa eu beber um pouco! Livrou-se de minha penetração, virou sua cabeça para o meu lado, seus cabelos tocaram minha barriga, e colocou meu pênis em sua boca. Deitei-me de costas na cama, enquanto ela subia e descia sua cabeça com meu pênis dentro da boca. Chupou-o em todas suas partes. Lambeu meus testículos pela frente e por trás. Voltou a colocar o pênis inteiro na boca. Meu pênis encontrava o céu de sua boca e sua garganta, sua saliva o molhava. Eu acariciava seus cabelos, agarrava-os com força, massageava sua cabeça. Assim, gozei dentro de sua boca. Parte do esperma jorrou para fora, e ela o lambeu com volúpia. Ela se deitou de lado, eu me deitei abraçando-a por trás. Puxei seu corpo contra o meu. Meu pênis logo voltou a ficar ereto, e eu o esfreguei em seu rego, tentando atingir seu ânus. Os glúteos daquela mulher foram cedendo, a ponta de meu pênis encontrou seu ânus, tentando forçá-lo. Mas ela me empurrou pelos quadris, dizendo: - Não! Isso dói! Repliquei: - Você acha que eu vou te machucar? Jamais faria uma coisa dessas. Ela se levantou rapidamente e foi até o banheiro. Voltou com uma bisnaga contendo um creme. Deitou-se de bruços, após me dar o creme. Não era um creme adequado para penetração anal, mas iria funcionar sob o aspecto psicológico. A mulher queria evitar a dor. Passei um pouco do creme nos dedos, deixei a embalagem sobre o criado-mudo ao lado da cama. Introduzi os dedos indicador e anelar lambuzados de creme em seu ânus, lubrificando-os bastantes. Ela empinou a bunda e eu me deitei sobre ela, segurando-a pela cintura. Seu ânus se contraía e abria. Iniciei uma lenta penetração, e seu ânus engoliu todo meu pênis. Ela soltou um “ai” lamentoso. Novamente a puxei, sempre agarrando sua cintura, colocando-a de quatro, sem retirar o pênis. Meu pênis ia e vinha em movimentos rápidos, o ânus perfeitamente adaptado ao seu diâmetro, enquanto ela gritava “fode, fode”. Meu pênis percorreu toda a parede de seu ânus, que estava mais molhada que úmida. Quando percebi que iria gozar novamente, deitei-me sobre ela, que se estendeu sobre a cama. Agarrei-a com força e joguei meu gozo dentro de seu ânus. O esperma ficou todo em seu reto. Ainda mantive meu pênis lá dentro por algum tempo, e por fim o retirei. Fiquei deitado sobre ela, descansando e alisando seus cabelos, passando a mão por seu corpo. Depois deitei na cama. Ela se virou para mim e pousou sua cabeça sobre meu peito. Brinquei suavemente com seus cabelos, alisei seus quadris e suas costas, dizendo-lhe palavras doces ao ouvido. Aos poucos ela foi adormecendo, e por fim, dormiu suavemente, com sua respiração leve balançando os pelos de meu peito. Beijei sua cabeça e a deitei na cama. Levantei-me e fui até o banheiro, onde tomei um banho. Voltei para o quarto, ela ainda dormia. Observei-a por um momento. Ronronava tranqüila em seu sono. Suas pernas levemente abertas me mostravam seu grelo inchado e úmido. Vesti as roupas, joguei a capa sobre meu corpo. Fui até a cama onde ela dormia virada de lado, e lhe dei um beijo nas pernas, outro nas nádegas, nas costas e no rosto. Beijei delicadamente seus lábios. Saí do quarto, abri a vidraça da mesma janela por onde havia entrado. Passei para a sacada e fechei a janela por fora. Subi no gradil da sacada. Não havia movimento de transeuntes naquele horário noturno. Desci lentamente, com os braços abertos, a capa esvoaçando, e pousei na rua. Caminhei um pouco e fiz o que nunca tinha feito em todos estes séculos. Virei-me para trás, olhando em direção ao apartamento onde eu havia sido amado. Ela acordara e me olhava pela grande janela, com os braços em cruz sobre a vidraça. Vestia a mesma camisola transparente. Levei a mão aos lábios que ela beijara e que se molhara de sua saliva e seu mel. Não tive coragem de jogar o beijo, mas ela entendeu. Sim, ela entendeu quando virei as costas e olhei a noite à minha frente. Eu não poderia voltar. Nem ficar. Sou um ser da noite. Devo ficar com a noite, e não com esta mulher que vai viver sua vida. Ela vai ter amores e rompimentos, talvez filhos, marido. Talvez se separe, volte a casar. Quem conhece os rumos do trágico destino humano? Mas estarei sempre a proteger esta mulher que me amou. Não vou deixar que se machuque. Velarei por ela durante seu sono, quando estiver em perigo, quando a noite chegar. No momento em que ela morrer, deixarei uma flor em seu túmulo. Será mais uma perda nesta eternidade à qual arrasto minha maldição. Suspirei profundamente, sorvi o ar noturno. Segui meu caminho, deixando para trás o apartamento e a mulher que me amou. “Adeus, minha querida!, pensei”. “Mas eu vou te ver sempre”. E, caminhando lentamente, entrei no corpo escuro e sagrado da noite à qual pertenço.
Queria ser tanta coisa para te conquistar. Já pensei em ser teu ar para fazer parte da sua existência. Ser o seu cabelo dourado para cobrir teu corpo. Ser as suas vestia, para sentir a sua pele. Ser os seus sapatos, para sentir seu pé de princesa e te levar Aos lugares, mas floridos, e de preferência em minha direção. Queria tanto poder ser aquele copo, que toma água Só para sentir o macio dos seus lábios. Ser o seu cobertor para te aquecer nas noites frias. E o seu ventilador para soprar ventos frescos de amor em noites calor. Queria ser um cão pastor, para poder te resguardar Dos perigos, pois uma princesa precisa de proteção. Queria que tivesse olhos para mim, para saber O quanto eu te desejo e quero você. Queria poder te abraçar te beijar, sentir suas curvas. Com minhas mãos e te levar a paixão. Vou querendo te conquistar, vou deixando Você se encontrar até a hora que irá a mim Se encostar. Esse meu jeito de te amar. Ah! Menina como eu quero te amar.
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Você foi o que de melhor eu recebi nesta Páscoa. Quando chegou à minha casa, na manhã, meu coração se acelerou. O seu abraço me fez sentir seguro e em paz, como sempre. Conversamos e rimos, dividindo a cesta de Páscoa que você me deu com um sorriso infantil. Você caminhou lentamente para meu quarto, e eu a segui. Dançou para mim, de um jeito lânguido, enquanto se despia lentamente. Veio até minha direção e retirou, também lentamente, todas as minhas roupas. Deitou de bruços em minha cama, e se espreguiçou. Olhei para você, excitado. Observei suas pernas, suas curvas, suas reentrâncias, suas costas. Curvei-me sobre você e lhe beijei as costas. Você se virou para mim, sorrindo. Sorri, também, e fui até a cozinha, onde havia chocolate doce e cremoso. Trouxe o recipiente para o quarto e, com uma colher, fui derramando o creme de chocolate em seu corpo. O chocolate inundou seus seios, escorreu por sua barriga, até sua vagina, descendo devagar por entre suas pernas. Lambi seus seios, sua barriga, provando o chocolate que se tornou mais delicioso ainda com seu gosto. Uma poça de chocolate cremoso se alojou em seu umbigo, que chupei deliciado. Suguei todo o chocolate que havia em sua vagina. Você riu quando brinquei com seu clitóris. Terminei lambendo o chocolate que escorrera entre suas coxas. Você me empurrou para a cama, deitando-me de costas, e derramou chocolate em meu pênis ereto. O chocolate cremoso escorreu por meu pênis, até meus testículos. Você colocou meu pênis em sua boca, devagar, e foi sorvendo o chocolate que lá estava. Desceu sua boca até a base de meu pênis. Senti sua respiração excitada em meu púbis, seu queixo roçando meus testículos, seus lábios contra a base de meu pênis. Você retirou sua boca e lambeu meus testículos por toda a parte, mostrando que ainda não se satisfizera apenas com os ovos de Páscoa. Sentou-se sobre meu pênis e o cavalgou sofregamente, depois que ele entrou como mãos gulosas numa cesta de Páscoa. Eu me ergui e abracei seu corpo, e você continuou me cavalgando, e nós dois em posição de lótus. Joguei-a na cama, e penetrei novamente sua vagina, fazendo com que meu pênis entrasse e saísse enquanto estávamos deitados de lado. Deitei você de costas e me atirei sobre seu corpo, penetrando sua vagina até o fundo. Nos movimentos ritmados e circulares que eu fiz com meu pênis, pude sentir todo seu interior molhado. Puxava seu corpo contra o meu, chamando por você, dizendo seu nome. Vislumbrei, excitado, seus olhos se revirando e sua boca aberta, por onde saíam gritos e gemidos. Passei minha mão em sua testa suada. E assim jorrei dentro de você, que acolheu feliz o meu gozo. Deste modo, você é o melhor presente que recebi nesta Páscoa, pois você me libertou e me fez reviver.
Perdidamente, me pus em teu caminho... Bebi tuas palavras, sorvi teus devaneios... Aspirei os teus suspiros, desvirtuei teu ninho, sagrei os teus segredos, rompi teus entremeios.
Perdidamente, cruzei o teu destino... Lambi o teu suor, saboreei teu vinho, desalinhei tua rota, arrombei a tua porta, mudei a tua sina... em direção a minha.
Perdidamente, joguei-me em teus braços... Forcei os teus abraços, me ofereci a ti, forjei teus sentimentos, ceguei-me à realidade e entre delírios loucos...aí que me perdi!
(Carmen Lúcia)
Quando eras rei, te aclamava... Eu... tua platéia, rainha ou escrava, entre risos e gritos da meninada ouriçada, aplaudia tuas bravatas...Contigo sonhava.
Juntos crescemos, adolescência atribulada, eu, apaixonada, sem nunca ser notada... De tuas paixões, a coadjuvante, de teus enredos, figurante... Como cineasta, sempre davas as cartas...
Emaranhei-me nas teias de tuas desilusões, choravas as minhas lágrimas derramadas... Em teus filmes, fui figuração... Enquanto a protagonista roubava teu coração.
Lado a lado, vivendo tua história, Lamentando teus erros, vibrando tuas vitórias, fui sombra que protege de sóis que escurecem ofuscando a visão aos valores que enobrecem...
Mas, nas vezes que te senti morrer (e que de vez iria te perder) tomei-te as cartas...eu mesma as dei... E sob a minha direção transformei realidade em ficção... Mudei a trama, fui produtora, Juntei-me a ti, protagonista e co-autora.
“A bela cigana”
texto inspirado no conto de Machado de Assis: "A cartomante" (Homenagem ao centenário da morte de Machado de Assis)
O velho relógio da matriz acabava de ribombar a nona badalada, que pairava no ar, feito fundo sonoro e enigmático da história empolgante que acontecia. Passos apressados se fizeram ouvir, como os de alguém que ansiava chegar rapidamente ao destino a que se dirigia. Pelo toc-toc dos sapatos percebia-se serem de salto alto e consequentemente, de mulher. Parou por uns instantes numa esquina, como que a espreitar, sem se fazer notar, ao ouvir o barulho de um trem. Esperou nervosamente sua passagem e atravessou a linha. Seus passos agora eram mais rápidos, como se quisesse recuperar o tempo perdido. Seguiu pela Rua do Porto, tortuosa, escura e esburacada. Aquela noite sem luar estava propícia para o que se propusera a fazer. Uma grande aliada! Após atravessar algumas esquinas úmidas e sombrias, chegou ao local que lhe haviam, sigilosamente, indicado. Não era bem uma casa, mas algo parecido.Deparou-se frente a um barracão bastante surrado, meio fantasmagórico, mal iluminado por velas e lampiões. Ficou assustada.Pensou em voltar, desistir de seu intuito, mas o motivo que a levara até ali era muito forte e resolveu continuar. Olhou para os lados para certificar-se de não haver ninguém por perto e começou a bater palmas. Uma figura excêntrica, trajando roupas exóticas e coloridas surgiu silenciosamente feito uma aparição. Escondia o rosto num véu, lembrando dançarina do Oriente Médio, deixando à mostra um par de olhos negros, grandes, belíssimos e um ventre bem torneado. - Boa noite!disse-lhe Lígia. A cigana fez um leve movimento com a cabeça, cumprimentando-a e estendeu o braço, apontando-lhe o local a que deveria se dirigir. Ambas sentaram-se nas almofadas que havia ao redor de uma mesinha onde a misteriosa mulher, à luz de velas, começou a colocar cartas de um baralho sinistro, pedindo que Lígia escolhesse algumas. E assim ela o fez, sem tirar os olhos da bela cigana, agora sem o véu. De repente, viu um largo sorriso em seus lábios, revelando dentes muito alvos e um canino revestido de ouro. -Vejo imensa luz em seu destino!Seus sonhos serão realizados!Nada a afastará de seu grande amor.Somente a morte, após terem vivido longos anos de felicidade. Em seguida, pegou a mão esquerda de Lígia :-Essa linha mais comprida da palma de sua mão vem comprovar o que lhe disse. Lígia sentiu-se muito feliz e um alívio tomara conta de seu coração.Pagou a mulher, que já aguardava o pagamento pelo seu trabalho e retirou-se dali. Eram vinte e três horas quando chegou à Avenida Coronel Alcântara, onde residia.Não ficava distante do local de onde viera. Tirou as roupas, os sapatos, vestiu uma camisola branca e deitou-se, sem qualquer ruído, ao lado de Álvaro, seu marido, que roncava, dormindo profundamente.Apagou a luz do abajur e adormeceu logo em seguida, satisfeita com o que ouvira naquelas últimas horas. Cássio a esperava no lugar de sempre, sem muito movimento de veículos e transeuntes.Final da Rua Vinte e Oito, local ideal para encontros clandestinos.Olhava seu relógio, pois, já passava das vinte horas, horário combinado por eles.
Lígia apontara na esquina, mais bonita que nunca, com um insinuante vestido preto colado ao corpo, ornamentado por um generoso decote, mostrando seu colo macio e branco e uma boa parte de seus seios.Deixava no ar um rastro de perfume francês. Cássio a olhou com olhos de admiração e desejo.Saiu do carro e abriu a porta para que ela entrasse. Partiram para um lugar retirado, onde pudessem conversar e namorar tranquilamente. -Nada irá se opor a nós!As palavras da cigana foram convincentes.Seu misticismo é contundente.Não há como descrer. Ele riu da credulidade infantil da amante, mas não proferiu qualquer palavra sobre o assunto.Preferia-a assim, crédula e feliz. Cássio havia sido chamado ao gabinete de seu chefe. Esperava o elevador que demorou um bom tempo para chegar.Bateu à porta levemente e ouviu:-Pode entrar! Álvaro girou sua poltrona e ficou frente a frente com seu assessor.Fumava um charuto cubano e fazia questão de soltar a fumaça em direção ao seu subalterno. Este ficou um tanto constrangido, pois notou algo de diferente no ar. Pensou:-Será que ele descobriu tudo? -Preciso resolver um problema da empresa, em São Paulo, e pela confiança inabalável que tenho em você, pela sua inegável competência, quero pedir-lhe que vá em meu lugar, pois tenho outros assuntos pendentes a resolver . Deu uma pausa no falar para acender outro charuto. Cássio jamais negaria esse pedido ao seu chefe e amigo, ainda mais pela consciência pesada que trazia, decorrente da traição amorosa com sua mulher. -Conte comigo, Álvaro!Amanhã mesmo tentarei resolver isso. Sentiu-se livre do mau presságio que o invadira. Combinaram o horário da viagem, despediram-se e Cássio voltou para sua sala. Lígia atendeu o telefone que tocava insistentemente. -Olá, querida!Que tal irmos para São Paulo e termos uma semana somente para nós? Do outro lado da linha, uma mulher pálida e trêmula, não sabia se chorava ou ria. Ele a tranquilizou e até sugeriu uma desculpa ao marido.Ela diria que precisava visitar uma amiga de infância, em fase terminal de câncer, na cidade de Resende. Bem, parecia que tudo conspirava a favor para que os amantes ficassem juntos por mais tempo e se amassem muito. Poucas horas antes da viagem, Lígia fez um pedido ao Cássio:-Gostaria de agradecer à cigana por essa felicidade, que em grande parte, ela nos proporcionou, já que eu andava tão angustiada, acreditando numa possível desconfiança de meu marido. Cássio colocou alguns obstáculos nessa idéia da amante, mas, se era para deixá-la mais feliz, concordou. As horas passavam e Lígia não chegava. Preocupado, resolveu ir até lá. Já era noite e um chuvisco embaçava o vidro do carro, deixando-o impaciente. Parou próximo à linha do trem, para esperá-lo passar. Era um cargueiro que parecia não ter fim. Finalmente, linha desimpedida! Acelerou o carro e chegou em frente ao barracão que sabia muito bem onde se localizava, graças às informações de Lígia. Bateu palmas e ninguém apareceu. As velas acesas piscavam e os lampiões estavam apagados. Resolveu entrar, na surdina. Pé ante pé...A cena que viu jamais sairia de sua mente. Abraçados sobre as almofadas, a bela cigana e Álvaro...e mais adiante, numa poça de sangue, o corpo sem vida de seu grande amor...Lígia!
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