Dedos

Foto de Raiblue

Corrompida mente...

.
.
Acordo...
Em desacordo
Com o tempo...
Entre as nuvens
Do travesseiro
Seu cheiro
Desperta
A fome...
Lasso anseio
Numa tácita manhã...
Hiberno no meu quarto
Inverno por um dia inteiro...
No blues da distância
Bebo as lembranças
Sorvo o sumo
Extraído do corpo
Nos dedos molhados
Procurando por ti lá dentro...
Pulsando...latejando...explodindo...
Absorvo teu gosto misturado ao meu
Vinho e veneno
Absolvo-te
Do delito maldito
Ex traída
Corrompida
Pelo apetite
Voraz da carne
Crua...lasciva...
Num sádico delírio
Claustro divino
De um deus pervertido
Demasiada mente humana
Desejo!

(Raiblue)

Foto de Thiers R

> LAMENTO <

Lamento
Thiers R>

Pelas noites jogando xadrex
onde o cavalo
com pata quebrada
não mais se movia
onde rei e rainha perderam coroas
onde o tabuleiro
era rio deslizando dor.
Ali a pena branca do vento
rugiu tempestades
esfolando corações de espinho
sangrando artérias
cortando dedos
inviabilizando
beijos colados na face de sorrisos borboleta

>>>

Foto de Docesam

GRANDES SIGNIFICADOS...

Solidão é uma ilha com saudade de barco.
Saudade é quando o momento tenta fugir da lembrança
para acontecer de novo e não consegue.

Lembrança é quando, mesmo sem autorização,
seu pensamento reapresenta um capítulo.

Autorização é quando a coisa é tão importante que só dizer “eu deixo” é pouco.

Pouco é menos da metade.

Muito é quando os dedos da mão não são suficientes.

Desespero são dez milhões de fogareiros acesos dentro de sua cabeça.

Angústia é um nó muito apertado bem no meio do sossego.

Agonia é quando o maestro de você se perde completamente.

Preocupação é uma cola que não deixa o que ainda não aconteceu
sair de seu pensamento.

Indecisão é quando você sabe muito bem o que quer
mas acha que devia querer outra coisa.

Certeza é quando a idéia cansa de procurar e pára.

Intuição é quando seu coração dá um pulinho no futuro e volta rápido.

Pressentimento é quando passa em você o trailer de um filme
que pode ser que nem exista.

Renúncia é um não que não queria ser ele.

Sucesso é quando você faz o que sempre fez só que todo mundo percebe.

Vaidade é um espelho onisciente, onipotente e onipresente.

Vergonha é um pano preto que você quer pra se cobrir naquela hora.

Orgulho é uma guarita entre você e o da frente.

Ansiedade é quando sempre faltam 5 minutos para o que quer que seja.

Indiferença é quando os minutos não se interessam por nada em especial.

Interesse é um ponto de exclamação ou de interrogação no final do sentimento.

Sentimento é a língua que o coração usa quando precisa mandar algum recado.

Raiva é quando o cachorro que mora em você mostra os dentes.

Tristeza é uma mão gigante que aperta seu coração.

Alegria é um bloco de Carnaval que não liga se não é Fevereiro…

Felicidade é um agora que não tem pressa nenhuma.

Amizade é quando você não faz questão de você e se empresta pros outros.

Decepção é quando você risca em algo ou em alguém um xis preto ou vermelho.

Desilusão é quando anoitece em você contra a vontade do dia.

Culpa é quando você cisma que podia ter feito diferente,
mas, geralmente, não podia.

Perdão é quando o Natal acontece em outra ápoca do ano.

Desculpa é uma frase que pretende ser um beijo.

Excitação é quando os beijos estão desatinados pra sair de sua boca depressa.

Desatino é um desataque de prudência.

Prudência é um buraco de fechadura na porta do tempo.

Lucidez é um acesso de loucura ao contrário.

Razão é quando o cuidado aproveita que a emoção está dormindo
e assume o mandato.

Emoção é um tango que ainda não foi feito.

Ainda é quando a vontade está no meio do caminho.

Vontade é um desejo que cisma que você é a casa dele.

Desejo é uma boca com sede.

Paixão é quando apesar da palavra “perigo” o desejo chega e entra.

Amor é quando a paixão não tem outro compromisso marcado. Não.
Amor é um exagero… também não. É um “desadoro”… Uma batelada?
Um exame, um dilúvio, um mundaréu, uma insanidade, um destempero,
um despropósito, um descontrole, uma necessidade, um desapego?
Talvez porque não tivesse sentido, talvez porque não houvesse explicação,
esse negócio de amor não sei explicar nao ....

Foto de Daemon Moanir

Sou

Sou ninguém,
Sou o livre de mente,
Pensador eterno.

Sou as olheiras e os olhos côncavos.
Sou os caules nos dedos,
Sou as noites pautadas
E as linhas que escrevo.

Sou os poemas que guardo,
Sou as portas trancadas,
Sou o aspecto doentio
E as feições desgastadas.

Sou o último a entrar,
Aquele que ninguém viu
Sou a loucura permanente,
A estrada donde ninguém partiu.

Não sou poeta
Nem sou gente,
Apenas demente
Com tiques de louco.
Sou estranho talvez,
Mas sou ninguém.

Foto de Fernanda Queiroz

O que é poesia?

É quando meu coração compõe,
minha alma soletra,
minha mente desperta.
E os meus dedos teclam,
ou tecem palavras,
que sempre pensei,
não cosntruir jamais.

E a face se encanta,
os olhos espanta,
quando de mim arranca,
um som de magia.
que em pura euforia,
faz soar alegria.

Fernanda Queiroz
Direitos Autorais Reservados

Foto de psicomelissa

Inicio de ano

INICIO DE ANO...

Maria Eduarda inicia o ano entristecida, pois sabe que o seu companheiro ideal talvez não exista...
Na virada o Sr. Café lhe abraçou e perguntou: - o que você deseja pra este ano Duda?
Duda respondeu: - um grande amor, que dure a minha vida inteira... E chorou.
Depois os dois grandes e velhos amigos sentaram e conversaram sobre os planos de Duda pra 2008.
Mas como sempre o Sr. Café teve que puxar a orelha de sua amiga, ela se apresenta como narradora da própria vida, sem colocar a sentimentos e emoções no que vive, como se ela estivesse anestesiada.
Após esta conversa o Sr. Café ficou extremamente preocupado com sua amiga, que foi ao encontro de uma amiga em comum, que Duda tem um carinho muito grande e admiração desmedida, Maria Elisa.
E para nossa surpresa o Sr. Café e Maria Elisa também tinham ficado muito preocupados com Maria Eduarda, lógico que pelos mesmos motivos, pois quem conheceu Duda, tão cheia de vida, expectativas mil, sempre de alto astral, dura na queda. Assusta-se quando encontra Duda (atualmente) sem motivação nenhuma, sua característica que lhe eram singulares e que fazia com que todos se encantassem com ela, parece que estão perdidas dentro de um vazio gigantesco.
Como se a vida de Duda não fizesse mais sentido, sem motivação.
E Maria Elisa saiu da conversa com o Sr. Café muito aborrecida, pois sabe que Duda teve uma grande paixão em 2007 e o individuo não teve a menor decência para com ela, uma pessoa extremamente honesta e transparente, sem contar dos desaforos vividos por Duda, que fez tudo para que Mrs Jones se tornasse alguém e este cometeu o pior crime: não soube ser grato.
A ingratidão foi o grande erro deste projeto de ser humano, mas Maria Elisa já havia dito que ele nada valia – pura intuição.
O mais incrível é que Mrs Jones hoje prosperou e sabemos que tem os dedos de Duda, e que ele não terá como se manter sempre assim afinal Duda e ele cortaram qualquer tipo de relacionamento.
Mas o que Maria Elisa se questiona e questiona o Sr. Café é se o acumulo de frustrações amorosas e depois este banho de água fria (ingratidão) junto com uma cobrança pessoal da própria Maria Eduarda que se questiona: pra que eu trabalho? Quem me espera de noite?
Diria que Maria Eduarda vive um vazio existencial, pois passou boa parte da sua vida se dedicando a sua vida profissional e hoje só isso não lhe basta, o vazio ainda existe, por que Duda desejaria ter uma família, um companheiro que preenchesse este outro lado de sua vida que por mais que ela o sublime, tem momentos que ele surge, trazendo uma tristeza sem tamanho tudo por conta do VAZIO.
Maria Eduarda que é tão determinada e ousada tem tido reações que não eram esperada, se almeja ter uma família um grande amor, deveria (ou os seus amigos mais íntimos acreditavam) que ela fosse ir a busca dos seus sonhos.
Porém ela se mostra apática, sem muita esperança com uma descrença sobre os outros indivíduos que deixa seus amigos extremamente preocupados.
A vida de Maria Eduarda parece que foi pausada... Tanta determinação, ousadia, cadê aquela mulher destemida que nada lhe abalava, inteligente.
O que podemos fazer pra ajudá-la?
Será que ela irá sair desta?

Foto de Sirlei Passolongo

Tecemos o amor

Gosto de tecer versos
enquanto tuas mãos
tecem meu corpo...
costuram
cada pedaço de mim,
e meus olhos
tecem seus segredos
desvendando cada intenção
dos teus dedos... e logo,
dos versos esqueço,
o amor quebra o silêncio
e juntos tecemos
o mais completo
de todos os poemas.

(Sirlei L. Passolongo)

Direitos Reservados a Autora

.

Foto de Carmen Vervloet

A AREIA E SEUS MISTÉRIOS

A AREIA E SEUS MISTÉRIOS

Branca e silente areia...
Mistérios não revelados...
Pelo ardente sol, incinerados...
Espalhados pelo vento...
No seu contentamento...
Rencanto da natureza...
Suave como os olhos da lua...
Maciez que se insinua...
E convida...
Ao doce encantamento...
Caloroso acasalamento...
De amores escondidos...
Corações embevecidos...
Corpos que se tocam
Num bailado louco...
Resplandecente porto...
Molhados pelos beijos do mar...
Suados no conjugar do amar...
Que se colam...
No vértice da paixão...
Esquecidos da razão...
Num vai e vem de prazer...
Bendizer do desejo... do amor.
Milhares de fragmentos
Em selvagem abrasamento...
Na pele nua... becos e ruas...
Que levam a volúpia do querer...
O outro ser...

Olhos brilhando... cheios de cor...

E o mar engolindo os segredos ...
Carregando em seus longos dedos...
Os mistérios da paixão...
Perpetuada no seu aveludado chão...
Carmen Vervloet

Foto de Ednaschneider

Estampa

Adoro acordar bem cedo ...
Para ficar te olhando
Ficar te acariciando...
Ficar te tocando.
Mas tem hora que me dá um medo!!!
Medo de te perder...
De um dia você não mais me querer.

Sei que o que sentes é com muita intensidade.
Você fala todos os dias que me ama...
É verdade.
E esta verdade nos chama...
Para cama...
E ali nosso amor se derrama.
E a poesia vem... Apaixonadamente insana.

Ainda nos dedos que teclam há o calor
Das chamas do amor.
E este amor que a cada dia nos encanta
Não por mera vaidade,
Mas devido a felicidade.
Faz do sorriso no rosto com naturalidade
Uma marca, uma estampa.

Joana Darc Brasil*
20/01/08
*Direitos Autorais Reservados.

Foto de NiKKo

Voltei a amar

Quando você entrou em minha vida eu remocei
a alegria preencheu meu coração e me fez cantar.
Pulsando dentro do meu peito havia tanta esperança
que todos podiam ver minha felicidade, no brilho do meu olhar.

Durante o período que fiquei contigo,
meus versos nasceram fáceis e se transformaram em poesia.
Assim todos que me cercavam viam como eu estava
e percebiam que meu ser, era só alegria.

Mas de repente tudo se modificou entre nós
e a felicidade virou areia a escoar entre os meus dedos.
A minha voz calou-se presa na garganta
o meu olhar se turvou sob a angustia de meus medos.

Quando você me disse adeus eu sofri.
Meu coração parecia que iria parar de bater.
As lágrimas escorreram soltas pelo meu rosto,
minha poesia se calou e eu não conseguia mais escrever.

E o tempo foi passando sem pressa alguma,
marcando minha alma como fel por causa de tanta dor.
Mas dentro de mim mesma foi renascendo a certeza
de quem um dia eu poderia viver de novo, outro amor.

E isso aconteceu quando eu menos esperava
pois a vida me ofereceu nova oportunidade,
ao deixar me frente a frente com um sorriso tão meigo
que me fez entender que eu posso ter de novo, felicidade.

Por isso hoje já não lamento seu adeus.
Compreendo que contigo vivi o que tinha que ser.
Hoje eu não canto sua ausência em minha vida,
hoje eu já tenho nova razão para poesias escrever.

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