Culpa

Foto de Bahibak

Minha Alma Jaz

Me deixe em paz
Minha alma pura...jaz
Como pó na ventania
É tua culpa minha agonia!
Vivo dias infernais!
Minha alma pura...jaz.

Não me peça um só instante
que eu siga adiante,
com a tua companhia
És tua culpa minha histeria!
Vivo dias de terror!
Minha alma pura...jaz.

Não me corto,não me sangro
não me rasgo em tua intenção.
Morro e choro em solidão.
És tua culpa minha ilusão!
Vivo dias de dor!
Minha alma pura...jaz.

Meu grito impresso está,
na lápide gelada e branca,
em letras de água lacrimais.
És tua culpa a morte do meu amor!
Vivo dias longos demais!
Minha alma pura...jaz.

Foto de HELDER-DUARTE

DAR-TE-EI O MUNDO

I-JOSÉ SIMÃO

Como habitualmente José Simão, fazia, desde Outubro do ano de 1984, também naquele dia de Agosto de 1985, dia quente e torrido de Verão, em que o jovem se dirigia para o seu emprego, ocorreu o que vou contar. José tinha 22 anos de idade, era fransino no seu aspecto, sua vida tinha sido, vida sofrida sob vários aspectos. Apesar de tal sofrimento, cujas causas do mesmo, umas foram por sua culpa e outras da própria existência humana, neste existir que a todos nos faz sofrer. Ele era uma pessoa que nem todos o conseguiam compreender, por seu modo de ser. O motivo era porque naquele fim do século xx, havia este jovem, um pouco diferente de tantos outros daqueles tempos. É porque ele tinha fé em Jesus Cristo e nele confiava, ainda que não ia à missa usualmente. Tinha uma bíblia, a qual lia, sempre que podia. Ela falava-lhe de uma pessoa que para ele era a mais maravilhosa de toda a existência. Pois para José Jesus era o Deus verdadeiro e não somente um homem, que passara com o devir temporal. Jesus era diferente de todos os homens: "O QUE É, ERA, E HÁ-DE VIR; O salvador do mundo, que vençera a morte e está vivo para todo sempre. Como trabalhava num hotel perto de sua casa, naquele dia também se deslocou a pé, para o hotel D. João II em Alvor. Com um gesto simpático, pois por natureza era afável e meigo, ia cumprimentando os vizinhos que encontrava, ao longo da caminhada. O seu vizinho Alberto que se cruzara com ele indagou-o: - Olá José! Como estás?! Como sempre andando a pé. Tens que tirar a carta, para comprares um carro. - É verdade senhor Alberto! Se Deus quiser hei-de tirar brevemente. Pois está a fazer-me falta um carro... estou cansado de andar a pé. (continua...)

Foto de opoeta josé carlos martins de lima

dor

como eu te amei ! te amei o bastante para esquecer de me amar.por você eu fiz tudo em que hoje me arrependo.deixei valores morais caminhei em direção ao nada.e quando eu estava ao seu lado,o amor que eu sentia por você transformava-se em angustia e medo de perder algo,que eu não possuia.tentei ficar longe de você mas estando distante ou perto a dor era a mesma por que esse amor me faz tão mal ?as canções que eu escuto só me entristece. bem dentro em meu coração eu sei que não é sua culpa tento viver com minhas feridas contando os dias,meses e anos na esperança em poder te esquecer,fechar essa ferida aberta em meu coração e finalmente voltar a viver.

Foto de celiamaria

amor inesquecivel

Quando te conheci melhor,
Não sei o que me deu.
Não sei o que era pior,
Só sei que não era eu.

Tu és para mim,
Uma pérola do mar.
Uma historia sem fim,
Uma paixão que nunca vai acabar

Posso viver sem sol,
Sem chuva, sem ar.
Só não posso viver,
Sabendo que estas a chorar.

Veio o Verão,
Com o seu sol brilhante.
Os teus olhos brilhavam ao serão,
Como pérolas e diamantes.

Veio o Inverno,
Com as suas chuvas torrenciais.
Não te atingiram a ti,
Porque tu és demais.

Se eu fosse mosca,
Na tua casa voava.
Para ver o teu rosto,
Cada vez que acordava.

Primeiro não acreditaste,
Pensavas que era mentira.
Mas depois confirmaste,
E ficaste surpreendida.

Se os teus lábios,
Alguma vez tocassem nos meus.
Não sei o que diria,
Pois não esperava que fossem os teus.

Não me aproximo de ti,
Foste tu que escolheste.
O amor sem fim,
Do meu amor que e este.

Quando mudei de escola,
Reparei mais em ti.
Já não penso na bola,
Só penso em ti.

No primeiro dia em que te vi,
Eu era uma criança.
Mas agora que cresci,
Ficas para sempre na minha lembrança.

Tantos dias sem te ver,
Ja comeca a ser demais .
Mas nao tenho a culpa de te querer,
E eu preciso de te ver mais.

Sinto que te amo,
Mas nao sei o que tu sentes.
Pois nunca te tramo,
E eu sei que me mentes.

Sinto a tua falta,
Preciso de te rever.
Para te beijar em alta,
E para te entender.

Vou ficar sem te ver 4 anos,
Com um bocado de sorte menos.
Mas quero que fiques a saber que te amo,
Mesmo que queiras so a amizade que temos.

Eu sou assim tu,
Tu fazes parte de mim.
Nao sem viver sem ti,
Desde que te conheci.

No teu olhar,
Tenho as minhas questoes.
No meu pensar,
Tenho as minhas razoes.

Nao te arrependes,
De estares a ler estes poemas.
Porque um dia surpreendeste,
De eu formar tantos temas.

Por me ajudares tanto,
Eu me apaixonei por ti.
Agora eu canto,
Porque estou feliz.

Vieste la de longe,
Nao sei bem de onde.
Para iluminares a minha vida,
E despertares a minha fonte.

Desapareces no Verao,
Apareces no Outono.
Para estudares com aplicacao,
Para alcancares o teu sonho.

Com tua beleza conquistaste me,
Com teu jeito enfeiticaste me.
Com teu corpo elouqueceste me,
Com tua alma desatinaste me.

Teus olhos sao de ouro,
Tua fala e calma.
Teu corpo e um tesouro,
Para a minha alma.

Podem gozar comigo,
Por eu gostar de ti.
So nao podem gozar contigo,
Porque nao tens a culpa de eu ser assim.

Teu coracao e grande,
Ajudas qualquer um.
Por onde eu ande,
Nao tenho medo nenhum.

Gostava de ser anjo,
Ganhar asas e voar.
Para te proteger dos ladroes,
Para a tua confianca ganhar.

Gostava de saber,
Como lidar com a situacao.
Porque nunca vais querer,
Que eu mostre a minha paixao.

Não te arrependes,
De me ajudares tanto.
Porque um dia surpreendeste,
E vai ser tão grande o teu espanto.

Por causa da minha idiotice,
Quase perdi a tua amizade.
Mas a minha paixão por ti,
Essa eu nunca vou tirar da minha frase.

Quando estás comigo,
Não sei o que fazer.
Quando respiras,
Só me apetece correr.

No teu olhar,
Descobri meu amor.
Se ficasses comigo,
evitavas uma grande dor.

Já hà muito tempo,
Que me apaixonei.
Disse-te este ano,
Porque mais velha um ano fiquei.

Como és bonita,
Iluminas-me todos os dias.
Mas se me deixares de iluminar,
Chora porque nesse dia morri.

Gostava de dizer-te,
O que mais ninguém te diz.
Dizer que te amo,
Dizer-te o que nunca fiz.

Como gosto de ti,
Mais ninguém vai gostar.
Porque eu é que te estimo,
E mais vale eu me afastar.

Gostava de saber,
Pilotar um avião.
Para bem alto no céu escrever,
Que estás para sempre no meu coração.

Vivo na ideia,
Que um dia te vou conquistar.
Mas é melhor desistir,
Porque nunca vais concordar.

Mesmo assim não desisto,
Pelo menos um beijo te vou roubar.
Para atear o fogo que há em mim,
Para um dia meu corção poder arrazar.

Ao ver-te sorrir,
Minha esperança cresceu.
Mas ao ver-te triste,
Foi porque alguém percebeu.

Porque não me respondes,
Fico preocupada.
Poque tenho medo,
Que um dia fiques envergonhada.

Foto de Danielle Piotto

O fim

O amor já digeriu o veneno dos erros,
E seus olhos são um abismo profundo
Onde me mantenho na espera interminável
Oscilante entre a queda e o cair.
Quem de nós foi capaz de cometer tal ato?
Brutal assassinato contra aquele que nos uniu.
Talvez não haja culpa e sim peçonhentas fendas no tempo.
Ah! Vertiginoso precipício nos teus olhos
Trazendo a morte que transforma o sonho em desilusão.
Matemática insana onde três menos um não é nada.

Foto de Ednaschneider

Piedade ou Liberdade

Eu tenho medo que um dia
A morte chegue. Mas é algo inevitável.
Mas meu maior medo é a covardia
Ou viver como uma erva daninha,
um vegetal.
Tenho na vida muitos planos,
Assim como todo ser humano.
E luto pelo meu ideal.
O que é viver de verdade?
Viver com medo?
Não, isso eu não aceito...
Melhor seria a morte.
Por isso escolho minha sorte:
Não sou fraca e nem forte.
Quero apenas liberdade.
Poder expor meus sentimentos
E viver com dignidade
Sem culpa ou lamento.
A morte não é apenas deixar de respirar
Ela pode vir antes, quando estamos ainda vivos,
Quando somos tolhidos
Esmagados e comprimidos
Pela sociedade dos oprimidos.
Não aceito piedade,
Nem quero viver só por viver
Não aceito compaixão.
E não tenho medo de morrer:
O que quero é liberdade de expressão.
Pois tendo esta liberdade, eterna posso ser.

Junho de 2007 Joana Darc Brasil*
*Direitos reservados à mesma

Foto de @nd@rilho

TEMPO DE LUXURIA

O sol irradiando sua majestade,
O vento frio soprando em meu rosto,
Caminho a passos lentos,
Por entre árvores,

Pássaros cantam ao meu redor,
Liberto meus pensamentos,
Que viajam leve e longe vão,
Sem pressa nem culpa,

Retorno ao passado,
Em um tempo tomado pela luxuria,
De corpos entrelaçados,
De gozo profundo,

Amores momentâneos, vividos intensamente,
Não lembro de seus rostos,
Mas guardo-os com todo carinho,
Estampados no vitral de minh’alma !!!!

Foto de Remisson Aniceto

Desvario

Maldigo o frio que gela e entorpece,
O Sol que arde e queima maldigo;
Maldigo a noite que os campos escurece,
A Lua que clareia e embeleza maldigo.

Malditos a vida, o amor, o riso, a paz
E tudo o que me faz sofrer, maldito!
Maldito este a quem nada satisfaz...
Imputo a culpa a quem se diz tão maldito!

Maldita a hora primeira _ a do nascimento,
E todas as outras horas, malditas!
Malditos os momentos maus e os bons momentos,

Maldito o Inferno, malditos a Terra e o Céu!
Todas as coisas que há no mundo, malditas!
Maldito eu! maldito eu! maldito eu!

Foto de @nd@rilho

CASTELO EM RUÍNAS

Que dia triste vivo hoje,
Com o coração em luto,
Velando o amor,
Desfalecido em meu peito,

Vago só, na escura solidão,
Perdido em prantos,
Pensamentos confusos,

O barulho ensurdecedor do silêncio,
Ecoando pela casa sem vida,
Machuca meu coração,
Confunde meus sentidos,

Tantos erros cometidos,
Nada corrigido,
Culpa, mágoa, tristeza,
Destruí tudo,
... e desculpas...
... não bastam mais!!!!!

Foto de Boemio

De quem é a culpa?

O menino tem uma arma na mão
E se encaminha pra frente do portão,
Cada passo seu o aproxima mais e mais
Da tragédia iminente,
Na sala conversa um rapaz
Com olhar intransigente,
Ria, se divertia com aquela situação
E não percebia o perigo, a arma está carregada,
De repente ouve-se um estridente grito
Que emudece todos ao seu redor,
O rapaz cai morto com um suspiro
Preso na garanta cheia de sangue e de suor,
O menino sai tranqüilamente como se não tivesse acontecido
Como se ele não tivesse dado seu primeiro tiro,
Os colegas de turma saem correndo
Em meio ao assassino horrendo
Que sorria feliz, aliviado
Por ter finalmente saciado
A sede do diabo,
Todos estavam com medo mas o que ninguém sabia
Que o pobre rapaz que estava morto
Dias atrás tinha batido no menino que jurou por sua vida
Que ia se vingar por aquele estorvo.
Quem teve a culpa?
Quem atirou ou quem deu a arma?
Quem provocou ou quem soltou a bala?
O pequeno menininho foi pra casa sozinho,
Sua mãe lhe deu carinho e proteção
A policia bateu a porta e disse:
_ “seu filho matou rapaz rico!”
E quisera o levar mas sua corajosa mãe o protegeu,
Então a policia matou os dois pra se defender
Quem tem razão?
A culpa é de quem?

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