Cores

Foto de Miqueias Costa

Pesadelo nem sonho apenas a realidade

Pesadelo nem sonho, simplesmente a realidade

Estava em um quarto, o qual não era o meu. Um quarto privado de calor com uma pequena janela e uma porta em madeira. Tudo parecia branco... Verossímil aos sentidos de minha visão, pois a alvura da própria luz me impedia de ver o que realmente queria ver. Tão era sua brancura que, em muitos momentos, me confundia se estava deitado ou em pé. A cama e a decoração padrão, me levavam a lembrar algum lugar, o qual naquele momento se tornava novidade aos meus olhos. A luz, não sei de onde vinha, apenas a concebia e perceptivelmente ela me dizia... “Pesadelo nem sonho, simplesmente a realidade”. Ouvia, num entender confuso, quase mudo, calado, um sofrer sem dor, sem lágrima, um sentimento novo... Tudo se tornava novo sem nem saber o porquê de tudo.
Aos poucos a porta se abriu... Vultos passaram por ela sem que fossem identificados por meus olhos. É como se não enxergasse mais. Mas como? Não me lembrara de ter perdido a visão. Uma dor estranha, nunca sentida antes, tomou conta de meu corpo, o qual eu não sentia. Momentos em pé, sentado ou deitado... Confusão é a forma exata para se definir esse momento.
O que acontecia? E os vultos? Ah! Os vultos foram tomando forma, o frio do quarto desaparecia, e o branco generalizado foi tomando cores fortes, mas o que eu via me assustava, pois continuava sem nada entender.
Que cena estranha, que momento mais obscuro... Minha mente lutava contra si mesma para buscar o entendimento. Um entender, o qual estava longe de meus conhecimentos. Uma aula nova, com uma lição de vida única. Uma lição onde poucos entendem e muitos não terão a oportunidade de tê-la. Comecei a ter uma certa nostalgia, uma nostalgia regressivamente rápida, como se assistisse minha vida inteira num único milésimo de segundo...
E de repente... Pá! Um, estralo! É como se tivesse acordado, mas continuasse no mesmo lugar. Agora não via mais os vultos e sim pessoas. Onde era branco percebia as cores, e sentia que estava deitado em uma cama de hospital.
Depois de outro susto identifiquei as pessoas. Uma, suponho ser o médico e a outra minha noiva. Ela estava linda! Mas eu não conseguia falar-lhe. Eles conversavam e eu não escutava. Queria gritar – e até gritei por várias vezes – mas eles não me ouviam. Chorava, mais as lágrimas não caiam. Queria levantar mais não existiam os movimentos...
Loucura? Confusão? Lembrei o que ela – a luz – dissera momentos atrás... “Pesadelo nem sonho, apenas a realidade”.
Refleti... Tudo parecia passar tão rápido e ao mesmo tempo uma eternidade se passava aos meus olhos. Coração batia, podia ouvi-lo. Mas havia algo de errado, e era comigo, podia sentir, mas não conseguia desvendar...
O corpo não obedecia, a mente borbulhava como água em um bule preste a explodir. Quando os meus olhos avistaram lágrimas a cair do rosto de minha querida noiva. O médico nos deixou a sós, sem nada entender, ela se aproximou e começou a falar comigo. Raiva era o sentimento... Pois não conseguia ouvi-la. Não entendia... Chorava sem lágrimas e sem o entender ela continuara a falar comigo e isso me deprimia.
Talvez sabia, mas não queria acreditar. Talvez soubera, mas não queria me entregar. Talvez, fosse só talvez... Mas não era! Suas lágrimas caiam sem parar, quando carinhosamente passou sua tenra mão em meu rosto vagarosamente, quando percebi que na sala não havia nada mais além da cama, onde supostamente estava...
Acordei... Acordei no sentido simbólico e figurado da palavra em si, pois percebi nesse exato momento que não estava mais ali. Estava partindo... Caminhando para uma outra vida. Uma vida desconhecida, mas esperada por todos nós. Um mistério ronda a morte. Assim como infinitos contos perseguem a vida, a morte chega para todos, mas cada uma com seu significado.
Por que morrer nesse momento de fraqueza, sem nem ao menos lembrar o motivo de estar ali? Por quê? A vida é boa conosco e na maioria das vezes nem percebemos, só pensamos em reclamar, e muitos de nós ainda deseja o mal para o próximo, como se isso construísse um ser melhor do que o outro. Para querer ser o melhor basta simplesmente com toda a sinceridade, força, perseverança e fé, ter a humildade, compaixão e a simplicidade nas atitudes mais duras que a vida colocar em seu caminho. Prejudicar um semelhante é machucar seus infinitos sentimentos sem perceber, porque tudo se mistura como as substâncias percorrendo por nossas veias.

Acabara de entender as lágrimas a cair do rosto lindo de minha noiva. Rosto com sorriso tão simples e cativante, tão sincero, que quando brava, nervosa comigo, mesmo assim, seu sorriso era magnífico. Beleza natural, olhar sensacional. Sensualidade de mulher, olhar de criança. Bonança era admirável nos momentos infrenes.
E agora o que me dói não é a morte. Não é a minha partida desse mundo, para o desconhecido. É ver a pessoa que amo chorando e não poder dizer a ela a grandeza de meu amor. Tantos momentos juntos que teríamos, talvez esperei demais... Retornei! Enfim reminiscências de minha vida, talvez Ele permitiu-me tê-la. Lembrara agora que no início de nosso namoro, fiz uma promessa a ela, a qual nunca cumpri... Esse sentimento nesse momento torna-se dor. Uma dor que será minha alegria, minha despedida... Meu adeus à minha amada.
Uma certa vez, num parque, num banco de cimento, muito verde, eu segurei a mão dela e fiz com o meu dedo indicador um desenho imaginário de um coração. Como se tivesse desenhado no centro de sua mão fiz o coração e disse: “Sempre que eu fizer esse coração imaginário, saiba que é a prova de meu amor eterno por você”. Prometi sempre fazer esse desenho, mas depois daquele dia, sem saber o motivo, nunca mais o fiz. Errei? Coisa de momento? Besteira? Quem vai saber? O que sei é que me arrependo muito de não ter feito. De não ter dito a ela o quanto eu a amava. O quanto gostava dos seus beijos. O quanto a sua companhia era importante. E os seus abraços que confortavam o meu corpo, eu como um louco, um desentendido, talvez vendido pelo tempo acabei deixando passar vários e vários momentos sem nada dizer.
Num esforço inacreditável levantei vagarosamente minhas mãos. Ela assustada chorava. Eu tremia sem sentir o tremor. Como no banco de cimento, onde tudo começou, ali terminava o nosso amor. Fiz o coração imaginário em sua mão, ela gritava, eu não ouvia. Ela me pedia, mas não entendia. Num segundo eterno aquela minha atitude foi à última de minha vida. Meus olhos fecharam para o mundo... Eu a via, só que agora não mais em meu corpo... A parti desse momento pude ouvi-la gritando, chamando o médico, dizendo que eu havia partido.
Triste é olhar para você mesmo... Olhava para mim naquela cama fria de hospital. Observava a pessoa que tanto amei derramar lágrimas desesperadamente sobre meu corpo agora também gelado como o quarto. É triste, mas como tudo na vida tem o seu lado bom, agradeci a Deus pela última chance de dizer a ela o quanto eu a amei. E pude sentir que o meu recado foi dado. Tenho a certeza que ela lembrou... Pois quando desenhei o coração em sua mão, o meu parou e o dela disparou. Uma sincronia súbita que lacrou uma vida num só momento. Momento esse repleto de angústia e dor, o qual pôde ser transformando num segundo de alegria. Lembranças de um doce e belo amor, às vezes não tão valorizado no tempo em que deveria ser valorizado... Sempre! É o meu último dizer...
Não importa de qual tipo de amor possamos falar. Desde que possamos lembrar sempre do amor, de qual tipo for, lembrar e dizer é e sempre será importante. Então antes de se arrepender, antes de perder a última oportunidade... Diga! Não tenha medo, diga: “Eu te amo”. Diga, pois talvez não tenha a oportunidade que tive... Agradeço por ter tido, mas doeu demais e vou carregar essa dor para toda a eternidade, sem ao menos conseguir entender o motivo da vida ser assim, da vida nos ensinar certas coisas da forma mais dura que há... Com a dor da perda.

Foto de Sonia Delsin

LÁ ONDE O SOL SE ESCONDE

LÁ ONDE O SOL SE ESCONDE

O céu àquela hora era de uma beleza.
Deus! Nem dá pra contar.
Tantas cores tingiam o horizonte.
Pensei.
Lá onde o sol se esconde mora um rei.
O meu coração eu lhe dei.
Ah, ele mora além...
Além do horizonte.
Mora?
Está lá por acaso.
Porque no fundo no fundo... ele mora no fundo do meu coração.

Foto de Teresa Cordioli

NÃO TENHAS MEDO!

*
NÃO TENHAS MEDO!
Teresa Cordioli
*

NÃO TENHAS MEDO!

No silêncio da noite, li e reli tua carta,
na tentativa de decifrar os teus enigmas...
Com lápis e papel nas mãos
fui me desenhando enquanto te lia...
Quando olhei o desenho eu era um mapa!
Transformei-me em um país o qual dividi,
em vários estados, em “Estados de Amor!”
Enquanto seguia lendo as tuas palavras
fui me colorindo com carinho...
A cada espaço, cada estado, cada tempo...
pintei-me com uma cor especial...
Com o verde da esperança,
pintei minha espera...
Com a cor prata
pintei minha alegria em cachoeiras
só para banhar-te em mim...
Com a cor marrom
pintei a saudade em montanhas
para enfeitar o sol...
Com a cor grafite
Pintei meu destino em estradas,
para que não se perca...
Com todas as cores,
Pintei o amor em jardins
para receber meu Beija-Flor...
Direcionei-me com bússola
Marquei em mim: Leste/Oeste
Norte/Sul...
MEU PAÍS FICOU PRONTO!!!
Venha, viaja em mim!
Não tenhas medo,
desvendas meus segredos,
terás em mim proteção...
Não ficarás sozinho,
terás em tuas mãos a minha mão,
em teu peito a minha paixão!
Não tenhas medo!
Em meu corpo encontrará
proteção...
Proteja-te AMOR, em meu coração!!!

Foto de Carmen Lúcia

A um lindo poeta...

"A um lindo poeta..."

Teus versos despertam manhãs...
Têm olores de mato, maçãs, hortelãs...
Desfilam descalços, passo ante passo,
da mansidão à imensidão...
Desfazem mandingas, fetiches...
Rastreiam faceiros pelo ar
cheiros de guiné e arruda...
Teus versos me fazem lembrar
Um trecho de Neruda:
“Escrever é fácil...
Você começa com uma letra maiúscula
E termina com um ponto final.
No meio você coloca as idéias.”
E tu colocas, em escuras lacunas,
idéias brilhantes, luzes esfuziantes,
encantamento, cores e emoções!

_Carmen Lúcia_

Foto de Joaninhavoa

MEU AMOR, EU SONHEI?

*
Eu sonhei?
*
*

Andam uns gritos no ar a chamar
pl`o amor
São gritos nus e crus desesperados
de dor
Eu assisto em silêncio. Eu já não sei
gritar
Só sei que consigo sussurrar...

É no silêncio da noite sapientíssimo,
quando tudo parece estar tranquilíssimo
Levitando me levanto e um deserto
de caules
Sem uma única rosa plantada nos
vales

Vejo! E olho à esquerda, à direita,
a Sul e a Norte
Óh! Roda das rosas da sorte
Mas eu tinha sonhado com campos de flores

Flores muitas flores de todas as cores, múltiplas
Coloridas. Rosas muitas rosas, túlipas, papoilas
Girassóis, malmequeres, lembro as belas Orquídeas

Meus amores…

Joaninhavoa,
In “O Meu Amor”
12 de Agosto de 2008

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

" MUDANÇAS "





Vamos fazer mudanças.
Começando pela esperança.
Virando criança,
Criança não cansa.

Vamos criar inventar
Sempre é bom inovar.
Sempre é bom tentar.
E sair do lugar que esta.

Nada irá afetar.
Mudanças nos levam
A um novo iniciar
As oportunidades conquistar.

Faça um novo recomeço.
Mude de endereço,
Mude de visão.
Mude as cores do seu coração.

Se esta sozinho, siga um novo caminho.
Mude de amores, não pense em dores.
Mude seu jogo de sedução.
O amor gosta de mudanças.
Não tenha medo do diferente
Faça mudanças e tente!

O diferente nos assusta,
A mudança nos trás esperança.
Põe tudo na balança.
E mude com confiança.

Acreditando em você
Desafiando seu viver.
Viva, cada momento,
Como se fosse o último
Dado a você
Mude, deixe acontecer!!!

(A.C.M.S.M) A FLOR DE LIS
Beijos com aromas de FLOR-DE-LIS.
http://www.blogger.com/profile/01846124275187897028
http://recantodasletras.uol.com.br/autor.php?id=39704

Foto de SailingNoir

Sonho .

Ao sabor do vento
Te beijjei pela primeira vez
Saboriei a paixão que ali Pairava nas nossas almas Apaixonadas , ligadas á chama Do amor Verdadeiro . Rejeitámos a oferta da Lua Para a ir dormitar ;
Deitámos fora bilhetes do hotel .
Limitámo'nos a um forte abraço ,
Deitádos no chão de uma colina Replecta de tulipas ,
De cores focantes .
O momento era tão apropriado Que se deu a Magia humana .
Amámo'nos ali , ao relento ,
Ao som dos grilos ,
Ao uivar dos lobos do monte .
Unidos por um sentimento ,
Vivia'se o amor "eterno" ...

A liberdade de sonhar é tão boa ...

Foto de CarmenCecilia

BRASLEIRO 2 E BRASILEIRO VÍDEO POEMAS

POESIA: CARMEN VERVLOET
EDIÇÃO: CARMEN CECILIA
MÚSICA: AQUARELA BRASILEIRA E BRASILEIRINHO

APRESENTAÇÃO EM VIDEO POEMA E PHOTOSHOP DE TODOS OS ESTADOS BRASILEIROS E SUAS CARACTERÍSTICAS

RONDONIA,ACRE, AMAPÁ, RORAIMA, TOCANTINS, PARAIBA, ALAGOAS, PIAUÍ,RIO GRANDE DO NORTE,MARANHÃO

BRASILEIRO 2:

AMAZONAS, PARÁ, CEARÁ, PERNAMBUCO, BAHIA, SERGIPE, MINAS GERAIS, ESPÍRITO SANTO, RIO DE JANEIRO, SÃO PAULO, PARANÁ, SANTA CATARINA, RIO GRANDE DO SUL,GOIAS, MATO GROSSO DO SUL, MATO GROSSO, DISTRITO FEDERAL

BRASILEIRO:

BRASILEIRO

Tem o gene da cultura plural,
Razão da sua criatividade genial!
Seu sangue, mistura de tantas raças,
Dá-lhe aptidões e graça!
Na pele diferentes cores...
Branca, negra, parda, amarela,
Que lhe dá a tez,
Numa peculiar aquarela,
Tintas por escolhas misturadas,
Neste País por belezas emoldurado!
Cafuzo, mameluco, mulato,
Junção de etnias, vínculo, contato!
Nos olhos o lume voltado ao futuro,
Que clareia a esperança no obscuro!
Povo corajoso, arrojado, inteligente,
Sagaz, intrépido, valente!
Povo arguto, sobrevivente...
Germina sua semente
Em qualquer chão...
Faz dele seu torrão!
Planta suas raízes!
Samba no pé, carnaval e café!
Cerveja e cachaça,
Fermento na massa,
Vinho na taça!
O quadril da mulata,
Um monumento incomparável da raça!
O brasileiro
Distingue-se em qualquer país!
Mostra sua mais forte origem no nariz!
Sua ascendência, sua raiz!
Nos lábios um sorriso feliz,
A alma, sua matriz,
Opção de religião,
Dentre tantas, nesta confederação!

O brasileiro carrega no coração
O mapa da sua Nação
Desenhado em amor e devoção!

Carmen Vervloet

Foto de LuzCintilante

FAUNA E FLORA

*
*
ACRÓSTICO
*
*
Fascinante natureza
A conceber rica beleza
Unindo toda a criação
Numa sábia seleção
A matizar o universo

É a morada de todos os seres

Faceiras são as flores
Legião de mil cores
O celeiro da vegetação
Reino animal e vegetal
A origem de toda existência

Foto de Joaninhavoa

A ALVA PENA

*
A ALVA PENA
*
*

Ainda havia a estrela da manhã
A alva
Quando o sol veio com seus raios
Dourados
Envolveu toda a candura e seu
manto prata
Pelo brilho tão intenso e seus
Tesouros

Vislumbrei a imensidão do mar
E suas cores
Reflectidas múltiplas
Coloridas
Espelhos eternos dos meus
Amores
Assistindo a concertos de músicas
Sacras

Como um queixume delicioso sinto
Em mim
Um terno lamento como um
Consolo
Da suave pena que soprada me
Penetra

E reverbera em mim seu eco
Maravilhoso
Puras ressonâncias me envolvem
E me extasiam
Suaves brisas por ti derramadas
Carícias

JoaninhaVoa, In “O Meu Amor”
(02 de Agosto de 2008)

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