Contrário

Foto de diana sad

Até quando! ***

Mesmo quando aquece
O frio permanece
Quando a gente lembra esquece.

Há milhares de coisas acontecendo
Nesse olho teu que está me olhando
Há podridão dentro da canção
Há também prazer
Em acreditar no que está se fazendo
Saber desse porque hoje para que?

Se te convencem do contrário e você foge do caminho
Você teve companhia, mas, será que não seria melhor descobrir a direção sozinho?!

Não ter medo de cometer erros
Eu não posso te dar esse conselho
O reflexo do espelho me ofusca
Andar com vontade é o começo sem freio da realidade.
Cometa doces e enormes erros
Aqueles que principalmente podemos rir deles depois

Como amar enlouquecidamente tudo o que a fantasia proporcionar.
Acreditar em ideologias
Erguer bandeiras
Cair na cama de bobeira
Falar besteiras
Beijar a boca do amor e amar
Até quando der
Até quando for conveniente.

Foto de ana beatriz formignani

Amor e Loucura

Amor e Loucura

"Contam que uma vez se reuniram todos os sentimentos e qualidades
dos homens em um lugar da terra. Quando o ABORRECIMENTO havia reclamado pela terceira vez, a LOUCURA, como sempre muito louca, propôs:
- Vamos brincar de esconde-esconde?
A INTRIGA levantou a sobrancelha intrigada e a CURIOSIDADE
sem poder conter-se perguntou:
- Esconde-esconde? Como é isso?
- É um jogo, explicou a LOUCURA, em que eu fecho os olhos
e começo a contar de um a um milhão enquanto vocês se escondem, e quando eu tiver terminado de contar, o primeiro de vocês que eu encontrar ocupará o meu lugar para continuar o jogo.
O ENTUSIASMO dançou seguido pela EUFORIA. A ALEGRIA deu tantos
saltos que acabou por convencer a DÚVIDA e até mesmo a APATIA,
que nunca se interessava por nada.
Mas nem todos quiseram participar: a VERDADE preferiu não esconder-se.
"Para que se no final todos me encontram?"- pensou. A SOBERBA opinou que
era um jogo muito tonto (no fundo o que a incomodava era que a idéia não
tivesse sido dela ) e a COVARDIA preferiu não se arriscar.
- Um, dois, três, quatro, ... - Começou a contar a LOUCURA.
A primeira a esconder-se foi a PRESSA que caiu atrás da primeira
pedra no caminho. A FÉ subiu ao céu e a INVEJA se escondeu atrás da
sombra do TRIUNFO que, com seu próprio esforço, tinha conseguido subir
na copa da árvore mais alta. A GENEROSIDADE quase não conseguiu
esconder-se, pois cada local que encontrava parecia perfeito para algum
de seus amigos: se era um lago cristalino, ideal para a BELEZA; se era a
copa de uma árvore, perfeito para a TIMIDEZ; se era o vôo de uma borboleta,
o melhor para VOLÚPIA; se era uma rajada de vento, magnífico para a LIBERDADE.
E assim acabou escondendo-se num raio de sol. O EGOÍSMO, ao contrário,
encontrou um local muito bom desde o início. Ventilado, cômodo, mas apenas
para ele. A MENTIRA escondeu-se no fundo do oceano ( mentira! ela se
escondeu mesmo foi atrás do arco-íris ) e a PAIXÃO e o DESEJO,
no centro dos vulcões. O ESQUECIMENTO... não me recordo onde
se escondeu mas isso não é o mais importante...
Quando a LOUCURA já estava lá pelos 999.999 , o AMOR ainda não
havia encontrado um local para esconder-se pois todos já
estavam ocupados, até que encontrou uma rosa e, carinhosamente,
decidiu esconder-se entre suas pétalas.
- Um milhão! - terminou de contar a LOUCURA e começou a busca.
A primeira a aparecer foi a PRESSA, apenas a três passos da pedra.
Depois, escutou-se a FÉ discutindo zoologia com DEUS no céu.
Sentiu-se vibrar a PAIXÃO e o DESEJO nos vulcões. Em um descuido,
encontrou a INVEJA e claro, pode-se deduzir onde estava o TRIUNFO.
O EGOÍSMO, não teve nem que procurá-lo. Ele sozinho saiu de
seu esconderijo, que na verdade era um ninho de vespas.
De tanto caminhar, a LOUCURA sentiu sede e ao se aproximar de um lago,
descobriu a BELEZA. A DÚVIDA foi mais fácil ainda, pois estava
sentada em uma cerca sem saber de que lado esconder-se...
E assim foi encontrando todos: o TALENTO entre as ervas frescas,
a ANGÚSTIA numa cova escura, a MENTIRA atrás do arco-íris
( mentira! na verdade estava no fundo do oceano) e até o ESQUECIMENTO,
a quem já havia esquecido que estava brincando de esconde-esconde.
Apenas o AMOR não aparecia em nenhum local...
A LOUCURA procurou em baixo de cada rocha do planeta,
atrás de cada árvore, em cima de cada montanha...
Quando estava a ponto de dar-se por vencida, encontrou um roseiral.
Pegou uma forquilha e começou a remover os ramos, quando,
no mesmo instante, escutou um grito de DOR. Os espinhos
haviam ferido o AMOR nos olhos. A LOUCURA não sabia o
que fazer para desculpar-se. Chorou, rezou, implorou,
pediu desculpas e perdão e prometeu ser seu guia eternamente...
Desde então, desde que pela primeira vez se brincou de
esconde-esconde na Terra:
O AMOR é cego e a LOUCURA sempre o acompanha."

Foto de Daemon Moanir

Verde

Nasce-se no final.
O tempo começa ao contrário a ser contado devagar,
À espera, crescendo só o corpo rápido,
Que as memórias guardam-se aos poucos.

A vista abre até não ter horizonte que se lhe faça frente
E até andar a queda é o mais importante.
Porque não basta andar, não se aprende só andando.
O chão é duro, mas faz bem.

As palavras saiem definidas,
Alegres, crianças, queridas,
Antecipam a escrita nunca tão bela
Por mãos destreinadas de linhas singelas.

Crescer, palavra que me faz encher os pulmões
Do verde que vai faltando aqui e ali
Só o há em quem cresce, são eles quem o trazem,
Quem o colocam ao alcance de todos.

São as crianças cujos sonhos partilham
E se deixam saber, que nos fazem falta
Para encher até os campos verdes de verde.
Por isso digam-lhes, sonhem, cresçam, vivam.

Foto de Wilson Madrid

O SÁBIO DESCAMISADO

*
* CRÔNICA
*
*

19:00' de um dia do mes de maio de 2003.

Tróleibus - linha 4113 - Praça da República – Gentil de Moura, São Paulo.
No interior do tróleibus lotado, os passageiros que estão espremidos e em pé enfrentam dificuldades para andar em direção às portas de saída ou para ajeitarem-se no corredor do veículo para dar passagem aos demais.
Faz calor e as pessoas suam. Algumas que estão sentadas cochilam, cansadas por mais um dia de trabalho. Algumas poucas conversam; a maioria segue calada, cada uma refletindo sobre os seus próprios problemas, sonhos ou ilusões.
O trânsito fica congestionado e o tróleibus fica alguns minutos parado, sem poder continuar sua viagem; sem movimento e sem a ventilação natural das janelas, o calor e o desconforto aumentam.
De repente, na calçada, surge um homem maltrapilho, sem camisa e com barba mal cuidada; aproxima-se da lateral do tróleibus, olha para os passageiros, sorri um sorriso meio desdentado e irônico e começa a cantar, com uma melodia original, toda própria dele: “Ê vida de gado... povo marcado... povo feliz....”.
Como o tróleibus demora a partir, ele repete várias vêzes os mesmos sorriso e refrão: “Ê vida de gado... povo marcado... povo feliz...”.
Os passageiros começam a se entreolhar. A maioria continua séria. Duas moças ao meu lado não resistem e dão risada e eu, também não resistindo, comento contente: "é Zé Ramalho... ele conhece..."; elas não comentam nada, continuam felizes e continuam a sorrir. O tróleibus parte, o mendigo desaparece das nossas vistas e todos voltam para os seus pensamentos, alguns, talvez, refletindo sobre significado do ocorrido.
Eu, de minha parte, fiquei curioso em saber o que passou pelas cabeças daquelas pessoas, principalmente daquelas que riram... Será que elas riram do mendigo? Será que elas riram da situação? Ou será que riram para disfarçar a vergonha? Afinal de contas aquela linha serve apenas bairros de classe média e muitos passageiros trajavam terno e gravada e muitas passageiras também estavam elegantemente vestidas. Será que, apesar de muito conhecida na época em que foi tema da “novela das oito”, conheciam a canção “Admirável gado novo” do genial Zé Ramalho, poeta, profeta e cantador da Paraíba? E mesmo que tenham acompanhado a novela e conheçam a canção, será que elas já tem consciência de "que fazem parte dessa massa, que passa nos projetos do futuro"; e de que "é duro tanto ter que caminhar, e dar muito mais do que receber"?
Tive que me conformar em ficar sem respostas quanto à essas dúvidas, porém, apesar de saber que infelizmente eu provalvelmente nunca mais voltaria a vê-lo, fiquei com a certeza de que, ao contrário do que alguns cidadãos de terno e gravata e algumas cidadãs elegantes que viajavam naquele tróleibus, o homem maltrapilho, sem camisa e com barba mal cuidada, dormiria tranquilo e despreocupado, naquela noite fria que se anunciava, num canto qualquer de alguma praça de São Paulo, tendo por travesseiro a sua consciência e por cobertor a sua sabedoria...
O tróleibus continuou sua viagem e uma última dúvida me surgiu: será que, além de considerá-lo louco e engraçado, algum dos passageiros percebeu, na figura daquele homem, crucificado pela nossa injustiça social, uma das faces pelas quais Jesus Cristo se faz presente atualmente no meio de nós?
Chego ao meu destino, desço do tróleibus, caminho pela avenida Nazaré e sinto, finalmente, uma suave e refrescante brisa, que me faz usufruir de uma pequena amostra do maravilhoso efeito do desfraldar da bandeira branca da paz...

Foto de LordRocha®

Decisão II...

Parte II

Voltei minha visão para a decisão e novamente se aproximava;
Ainda tímida e discreta, mas presente e impetuosa;
Parecia sentir o terreno, especular a presa... Sinistra!

O tempo foi se afastando, tentei chamá-lo, quis segurá-lo;
Mas percebi que se corresse ao seu encontro, toparia com a decisão;
Corri os olhos por todos os lados à procura da saída, do escape;

Ambos me observavam, mas percebi que estavam presos;
Busquei a calma, a paciência, a paz, a lucidez;
Mas encontrei apenas meus devaneios, meu delírio;

Serrei os olhos e dei um longo e forte suspiro;
Naquele momento, senti um aperto de mão;
O frio me tomou da sola dos pés ao ultimo fio de cabelo;

Abri os olhos lentamente, então à lucidez me tomou;
Ao firmar a mente, a alma e sobre tudo o corpo;
Pude ver e sentir que a decisão me pegara;

E num instante, antes que meus medos me atingissem;
Vi e senti, que o ar e o ambiente sinistro que existia;
Tinha se iluminado, havia uma canção no ar;

E então percebi que meus medos e culpas eram mitos;
Que ao contrário do que parecia, a decisão estava do meu lado;
Junto com ela estavam Deus, Seu Filho e o Espírito Santo.

A decisão estava a mandado dos três, que são um.
E apesar de eu não saber qual decisão tomar;
Eles já tinham a melhor, mais correta e única;

Onde estão os três, está à saída, a entrada, o escape;
A força, o poder, a verdade, a luz a razão;
A decisão certa, única e perfeita.

E nessa hora senti a alma bradar um grito mudo;
Senti uma força brotar do âmago, como uma cachoeira;
E então acordei, com a certeza viva, de que era Filho de Deus.

§corp¥on®

Foto de Graciele Gessner

Acabou! (Graciele_Gessner)

Não tem mais volta,
Vivemos o que nos foi permitido.
Amamos e aproveitamos,
Fui feliz por alguns instantes.

Não existem lamentações,
Ao contrário, belas lembranças!
Vivemos cada momento como se fossem únicos.

Infelizmente teve o nosso término.
Acabou a nossa aventura amorosa;
Alguém teve que terminar.
Eu sobrevivi com profunda tristeza.

27.04.2006

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

Foto de DeusaII

Por mais!

Por mais que o céu se mova
Por mais que as estrelas brilhem no horizonte
Por mais que o mundo se distancie dele próprio
Apenas uma palavra basta
Apenas um sorriso
Para transformar a solidão
Em palavras doces e harmoniosas.
Por mais que tudo diga o contrário do que pensamos
E que a noite seja solitária,
Nada neste infinito mundo irá mudar
Um sentimento que cresce.
Por mais que a vida seja difícil
E que nada faça sentido
Por mais que tudo pareça perdido
Basta uma palavra
Uma única palavra
Para transformar um sentimento
Para transformar algo que não somos
Em tudo o que queremos ser
Basta um único murmúrio
Basta para isso que amemos
Quem nos ama
Que soframos por quem nos quer.
Acordar de manhã
E saber que existe alguém
Que está pensando em nós,
Deitar à noite
Com um único pensamento
De alegria
Pois existe alguém
Em quem pensar
Existe alguém por quem sofrer
Existe alguém que está do nosso lado.
Apenas um pensamento é válido
Para que tudo deixe de ser sonho
E seja realidade
Para que o sentimento da vida
Seja velado
Por quem nos adora
E isto ninguém pode tirar-nos
Porque existe dentro de nós próprios!!

Foto de Galeao

HUMILDADE

Se fizermos uma pesquisa sobre qual é o sentimento mais importante para um ser humano, as respostas, em sua maioria, se dividirão entre o Amor e a Amizade. Entretanto, existe um sentimento muito maior e muito mais importante, porém, que poucos o conhecem em sua forma verdadeira que é A HUMILDADE. Se você não tiver dentro de si esse sentimento, dificilmente viverá um amor verdadeiro, terá uma amizade verdadeira ou mesmo, o respeito como pessoa. A humildade, não é um sentimento comum, um sentimento que se conquista, ao contrário, é um sentimento nato porém, a sobrevivência dele, depende exclusivamente de você. Talvez possa lhe vir à mente a pergunta: Então quem não tiver humildade nunca amará de forma verdadeira? Nunca será um amigo verdadeiro? Nunca será o respeitado? Eu lhe responderei simplesmente que ele Será, mas dificilmente Terá. (Ari Galeão)

Foto de Galeao

O SENTIMENTO DA PAIXÃO

Paixão, que sentimento é esse que nos atinge de forma tão avassaladora, levando-nos em seu nome a cometermos loucuras?
Que sentimento é esse que nos faz extrapolar nosso próprio limite, simplesmente para vivê-la?
Diga-me, que sentimento é este que nos faz, momentaneamente, agirmos como uma criança e ao mesmo tempo, ser o maior dos guerreiros para defendê-la?
Somente quem viveu uma grande paixão tem a capacidade de entender o que é o amor.
A paixão é momentânea, porém, intensa. O amor, ao contrário, é eterno enquanto dure.
A paixão é a entrega. O amor a entrega e a cumplicidade;
A paixão é o fogo. O amor, o calor.
A paixão surge do nada. O amor é construído passo a passo;
A paixão quando se vai deixa saudades. O amor a dor e a falta;
Mas mesmo assim, feliz daquele que antes de viver um grande amor, pode, por um instante apenas, viver uma grande paixão. (galeão)

Foto de Galeao

A MULHER PELO POETA

A mulher que o poeta descreveu não se completa apenas através de sua beleza ou sensualidade, ao contrário, ela ultrapassa todos os limites possíveis e impossíveis personificando em si, o desejo incontrolável do homem;
Quando sedenta de amor, como uma fêmea no cio, ela percorre seus caminhos gritando em silêncio, para os quatro cantos, esperando que sejam reconhecidos em seu andar, através dos seus olhos e do seu cheiro, seus desejos mais profundos, suas fantasias mais loucas.
Não há a mulher mais bela ou menos bela, há unicamente a mulher. Esse ser que ama se fazendo amada, que deseja fazendo-se desejada, que satisfaz seus desejos fazendo estar satisfazendo e, possuindo se faz possuída.
Em uma busca incessante, colocando-se como uma pequena presa, procurará na imensa floresta da vida a sua verdadeira presa. Encontrando-a, desejando se fará desejada, possuindo se fará possuída e, como se dominada tivesse sido, se entregará de todas as formas possíveis e realizando os seus mais profundos desejos e fantasias.

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