Enviado por Renato Vieira em Seg, 26/05/2008 - 01:07
" A porta fecha-se atrás dela enquanto o vestido ondula.
Como uma visão, ela dança no jardim enquanto o radio toca.
Talvez estejas a cantar para as almas solitárias, então é para mim!
E só te quero a ti, não me mandes para casa outra vez, não consigo enfrentar a solidão outra vez..
Não corras para dentro de casa, querida, sabes porque estou aqui...
Talvez estejas assustada, e penses que não vale a pena, mas mostra um pouco de fé, a noite está magica, bem sei que não sou perfeito, mas estou aqui por ti...
Podes esconder-te nos lençóis da tristeza e estudar a tua dor, marcar cruzes pelos apaixonados, ou mandar rosas para a chuva, desperdiçar os teus Verões, a rezar em vão por um salvador que apareça do nada!
Okay, sei que não sou um herói, mas isso até é compreensível, a redenção que te posso oferecer vai para além do amor...
Temos uma hipótese de fazer bem desta vez, que mais podemos fazer agora?
Excepto abrir as janelas e deixar que o vento nos varra a face, a noite abre-se a nossa frente e podemos caminhar para qualquer direcção, esta é a oportunidade de tornar isto real, trocar estas mágoas por asas, e seguir, porque o paraíso está bem a nossa frente.
Então querida, vem tomar a minha mão, vamos navegar hoje à noite para chegar à terra prometida..."
A chuva cai, a saudade aperta;
Estou impaciente, traga o meu amor.
A chuva permanece, quero estar em seus braços,
Me sentir protegida e aquecida com seu calor.
A chuva persiste, continua mostrando a sua insistência.
Está ventando, fazendo um frio gostoso,
Vou debaixo dos cobertores, lhe imaginando “carinhoso”.
A chuva começa a ser assustadora e sombria,
Acompanhada de sua parceira trovoada.
Passada a inspiradora chuva, depois de horas...
A chuva dá sinal de calmaria.
Imaginação dos abraços, beijos, carícias...
Apenas um sonho de malícia com a realidade.
Momentos de carência e pensamentos ao vento,
Uma chuva misteriosa que sentirei saudade.
Sou uma flor, muito sensível.
Uma flor que precisa ser amada.
Precisa ser regada,contemplada,
cuidada, bem tratada.
Todos os dias necessito de água.
Assim como necessito de amor.
Um bom adubo, um bom fertilizante,
Para que minhas pétalas venham,
desabrochar, com todo seu vigor.
Sou uma semente que cresceu,
Que precisa um cravo encontrar.
Para mais formosa ficar.
Preciso de sol, como de chuva.
A noite e me inclino pra lua.
Sou flor de laranjeira.
Que nasce na cachoeira.
Sou uma rosa, porque sou dengosa.
Sou o lirío que leva ao delírio,
Sou margarida,porque sou querida.
Sou o girasol com o canto do rochinol.
Sou de várias cores,de vários formatos.
Sou perfumada, para conquistar...
Tenho espinhos, posso furar...
Mas , mal algum causar.
Sou símbolo de fantasia,
sou inspiração para os poetas,
Sou a flor que exala amor.
Sou símbolo do amor....
Sou a florzinha, ainda pequenininha.
Sou a flor que precisa de um jardineiro.
Para em minha volta, fazer um canteiro.
E me proteger dos forasteiros.
Anna
24/05/08 *-*
***OBS: Este é em homenagem a nossa Poetisa linda e maravilhosa, LU LENA, que teve o carinho de me apelidar de "Florzinha",e hoje necessito de cuidados especias.
Enviado por Chuva Heavy em Qui, 22/05/2008 - 17:34
Tua presença me perturba
perco todas as minha faculdades
meu corpo treme com facilidade
vem...
por favor não me prive
do teu calor
da tua força
do teu abrigo
me envolva com suas fortes mãos
tire a minha tensão
não vê?não aguento mais!
esperar está sendo um sacrifício
me sinto tão frágil,
vulnerável
por favor ...vem!
não consigo mais esperar
não consigo mais fantasiar
ah...mas quando eu te encontrar
tu não escapará dos meus braços
do meu corpo
ah...não escapará...
haverá uma explosão
e o mundo todo para nós
será uma constelação
ah...vem!por favor...
esta angústia irá me matar
vem por favor.
não sei o que pensas
o que pretendes
se lhe agrado
se sou um corpo apenas
não sei!
não sei!
se apenas um corpo for
então termine logo com isso
mas...por favor,termine
não me deixe fantasiar
não me deixe pensar no impossível
ai...não aguento
por favor...
vem!
há tanto peso aqui comigo
no meu corpo na minha mente
eu não aguento
sou forte mas não de ferro
um abraço teu apenas
irá me confortar,eu te asseguro
me abraça...por favor me abraça
não sei mais o que é isso
quando feito com tesão
me aperta
sinta exalar do meu corpo o perfume da paixão
tanto tempo eu esperei
talvez seja você
talvez eu me precipite
não sei,não sei!
só sei que inquieta estou
e só você pode me calar,me acalmar
me acalma...
por favor...
o que eu sei é o que está deno de mim agora
e agora é só isso que interessa
é a pressa de estar com você.
Enviado por Sonia Delsin em Qua, 21/05/2008 - 17:32
LAVANDO A ALMA
Pingos de chuva no corpo nu.
Ela deixando a chuva correr...
Deixando todo seu ser umedecer.
Chuva, lágrimas...
Uma mistura.
Uma mistura perfeita.
Tudo se ajeita.
Lágrimas a correr.
Chuva...
Tudo nela correndo.
O tempo que inclemente passa.
A chuva que a transpassa.
A alma.
O corpo nu.
Nuinha ela se lava.
Dos pecados do ontem.
Dos pecados do hoje e do amanhã.
Fico quieto numa esplanada de sol
Onde deixo amadurecer meus sentimentos
Olho sereno até onde a minha vista alcança
Reconhecendo a gratidão de palavras simples
Que descrevem o quanto sou feliz
Mesmo que a minha esplanada esteja vazia
Olho para um espelho e não me revejo na solidão
E o silêncio é abafado pela vida que me rodeia
Escrevo ecos do que sinto num papel virgem
Sobre um quadro do quanto já vivi
A imaginação pisa o cimo das minhas horas
Que tantas foram choro sem lágrimas
Tantas foram de sorrisos sem alegria
Mas foram tantas as que foram tanto
Que aprendi e avancei para a felicidade de hoje
Que são horas de afirmar e confirmar o que sou
Uma expansão de boa disposição
No saber agradecer as críticas más
Que empolgam os meus momentos adormecidos
Aumentando o meu ritmo físico e mental
Assim sentado na minha esplanada
O mundo é uma simples montra
Decorada por mentiras rotuladas de verdade
E tantas verdades escondidas nas nuvens
Que o trovão da sensibilidade troveja
E a chuva da sinceridade alagará
Os campos secos na planície da confiança
Onde florirão novas flores de paz
Como é bom estar na minha esplanada
Tão cheia de tudo e vazia de nada