Chão

Foto de Alexandre Montalvan

Jamais Voltarei a Sonhar

Tão tristes são as noites da minha vida
tão solitária sonsa e descabida
vertendo-se em tormentas e desejos
sonhando em te beijar mais de mil beijos
e sempre me perder em teus abraços.

Ah. . . como eu faço
para não sofrer neste eterno jogo
horas de fogo insistem em me queimar
solitária ventania varre noites sem luar
neste frio chão de ladrilhos vermelhos
estou de joelhos neste teto preto.

Vida infeliz se opondo a irrealidade
pedaço de carne em leito solitário
alma buscando no sonho felicidade
céus e o inferno em sentido contrário

Alguém roubou as estrelas do céu
os moinhos de vento pararam de girar
eu que era inocente passei a ser réu
em noites tão tristes jamais voltarei a sonhar

alexandre

Foto de Carmen Vervloet

Ser Poeta

É olhar o mundo com olhos de poesia
guardando em si um astro que brilha
é converter o pranto em harmonia
e transformar em rimas as armadilhas.

É ter asas e voar pelo infinito
sem se prender às crueldades da vida
é transformar o feio em bonito
e resumir em emoção cada ferida.

É ter no peito amor e sentimento
transformar em versos o que sai do coração
é levitar sobre a comoção e o pensamento
sem se importar com os espinhos do chão.

É amar, assim, perdidamente a poesia
e se entregar a ela como se fosse morrer
é se perder nas entrelinhas da fantasia
e em cada verso um coração aquecer.

Foto de Alexandre Montalvan

Casa Vazia

Era casa vazia e muito pouco fazia

Não havia vida, ouvidos para ouvir.

Partes da história nela se perdiam

Pois vida ali inerte deixava de existir

Havia véus que cobriam seus medos

Tentando esconder velhas conversas

Faladas na beira das nervuras rasgadas

Meias palavras perdidas em segredo

Apenas vazia e sem alma a pobre casa

Cansada era corpo assentado na terra

Era ave sem bico sem penas sem asas

Era casa era sonho era dor era espera

Tudo e nada, era apenas o que restara

Incrustada na beira morta da estrada

Efêmero coração (em dia de ventania)

Uma lágrima rolava umedecendo o chão

Alexandre

Foto de Lucianeapv

O QUE SOU DA VIDA

O QUE SOU DA VIDA
(Luciane A. Vieira – 07/10/2013 – 07:44h)

Sou parte deste chão
Que arde infecto...
Profano...
Profundo...
E, ao mesmo tempo,
Fecundo a vida...

Sou parte desta terra...
Natureza vã
Que engole a ferida,
Maltrapilha,
E se permite abrir
Tal qual flor...
Singelamente vazia...

Sou parte deste solo
Que se abre em chamas...
Que tanto amor se planta...
Que tanto coração se espanta...
E se ilude...
E se fere...
E se perde...
E se mata...
E se ganha...
Sou parte daquele tempo
Que sangrou e se calou
Que de gelo e de mágoa
Se fartou do amor...
Aquele amor que não
Viu nascer...
Nem crescer...
Sequer sentiu seu morrer...
E...
Da cicatriz que não sentiu
Arder...
No vento...
No tempo...
Na espera da luz
Que não viu e ali
Se perdeu...

Foto de raziasantos

Quero te Esquecer!

Quero te esquecer!
Vou jogar fora todo amor que sinto por você.
Esta paixão que me alucina.
Vou esquecer os teus beijos.
Teu olhar cheio de desejo.
Tuas mãos salientes...
Tua boca quente deslizando em meu corpo...
Este seu jeito safado que deixa meu corpo todo arrepiado.
Esquecer as tardes de verão que juntos rolamos pelo chão:
Você me pagando cheio de má intenção.
Deixando-me cheia de excitação...
Meu corpo esmorecido de amor desejo...
Você é o retrato da sedução.
Consome-me deixa me loca, em delírios.
Quando nossos corpos se encontram meu coração, acelera:
Junto de você encontro o arco-íris.
Atravesso o inexistente, viajo nas asas dos rios!
Você me enlouquece, me faz viajar além da paixão.
Deixa-me molhada, sem inocências,...
Inconsciente, sem pudor, sem medo da paixão...
Mas quando partes minha paz deixando do me ruborizada!
Por me dar por inteira de forma tão safada...
Ah! Eu quero-te esquecerrrrrrr!
Mas como se não sei viver sem você!

Foto de raziasantos

Quero te Esquecer!

Quero te esquecer!
Vou jogar fora todo amor que sinto por você.
Esta paixão que me alucina.
Vou esquecer os teus beijos.
Teu olhar cheio de desejo.
Tuas mãos salientes...
Tua boca quente deslizando em meu corpo...
Este seu jeito safado que deixa meu corpo todo arrepiado.
Esquecer as tardes de verão que juntos rolamos pelo chão:
Você me pagando cheio de má intenção.
Deixando-me cheia de excitação...
Meu corpo esmorecido de amor desejo...
Você é o retrato da sedução.
Consome-me deixa me loca, em delírios.
Quando nossos corpos se encontram meu coração, acelera:
Junto de você encontro o arco-íris.
Atravesso o inexistente, viajo nas asas dos rios!
Você me enlouquece, me faz viajar além da paixão.
Deixa-me molhada, sem inocências,...
Inconsciente, sem pudor, sem medo da paixão...
Mas quando partes minha paz deixando do me ruborizada!
Por me dar por inteira de forma tão safada...
Ah! Eu quero-te esquecerrrrrrr!
Mas como se não sei viver sem você!

Foto de Carmen Lúcia

Com os olhos do amor

Quero voar nas asas do amor
e por onde eu for
suas marcas deixar...
Quem quiser viajar,
só deixar-se levar
seguindo as pegadas
bordadas no ar,
candeias no mar,
no chão, reluzentes,
luzes incandescentes
que a beleza transcendem..

Quero enxergar o mundo de longe
seguindo a emoção, o meu coração...
Poder me esconder atrás do horizonte,
de lá surpreender
o dia amanhecer
ofertando a manhã
embrulhada em papel,
recomeço de vida,
presente do céu...

Nas asas do amor voarei...
Com os olhos do amor “ a cor darei”
valores que estão adormecidos...
Nada passará despercebido.
Detalhes alcançarei,
mesmo os que o homem não vê
com os seus olhos físicos,
porque a verdadeira beleza
reside na essência
e é invisível.

Carmen Lúcia

Foto de carlosmustang

CONSTANTES

Bom demais olhar o próximo trem
Aquele que me há de transportar
Sem antigas e novas bagagens!
E eu levando só meus desaforo...

...Nessa porcaria não entra...

Meu amor já tá aqui
Eu, eu, eu....
Isso pode acontecer com todo mundo
Não é absurdo,é tão liso e instável

Nesse chão tá fácil deslizar
Em toda estrada, vulnerável amar
Torna-me achicado e dançante assim...

Eu faço meu desejo(sem incomodar meu alheio)
Se tiver algum coisa ruim que me desatine
Matem canalha! Sou á Evoluir...

Foto de Carmen Lúcia

Sobre belezas naturais

O mar vem me saudar em ondas
que se quebram ao beijar meus pés
num doce afago que me apraz,
abraça meu corpo e o ascende à paz.
Águas tingidas pelo azul do céu,
onde o branco das espumas brinca de ir e vir.
Sem embarcação, muita empolgação, me entrego.
E navego...

Ante a flor desabrochando,
prenunciando a primavera
expectativas invadem os campos
verdejantes pela espera.
Despedem-se do inverno,
o frio do coração do mundo
e me vejo florescer também
em meio a tulipas e jasmins
e o perfume de mato em mim.
E espero...

A melodia dos riachos
faz a dança dançar em minhas veias,
em passos harmoniosos me acho,
entre cascatas me entrelaço
luzindo luzes cristalinas,
permeando verdes e azuis turmalinas
brotadas do ventre da terra
num recital de suaves versos
a emergir poesias.
E me extasia...

O céu começa a se fechar,
o sol brilhará n’outro lugar...
Aves migram em bandos, chilreando
num bailado improvisado, inusitado.
Matizes cruzam espaços, buscam suas cores
espalhadas em multicores pelos cantos,
beleza exclusiva do fim de tarde.
E me invade...

Nessa mistura real e surreal
eu me perco, me enlevo, me levo...
Tiro os pés do chão, alço a emoção
e me elevo ao ar...
A voar...

_Carmen Lúcia_

Foto de Rosamares da Maia

EVOLUÇÃO

Evolução
No tempo a história da Humanidade fala.
Conta à saga da Criatura que de pé caminhou.
Criando laços, traçando passos e trajetórias.
Emitiu sons guturais e logo modulou o tom,

Aperfeiçoando o gesto, ferramenta da mão.
Eis os arquitetos de uma nova criação!
Corpo ereto, pés sustentando movimentos,
Pés e mãos, veículos da mente para circulação.

Artérias a amostra rasgam um novo chão.
Mas logo, o dom de caminhar não basta!
Precisava viajar e transportar, transcender.
Saciar o seu desejo de saber e conhecer.

Assenhorou-se dos rumos desta nova vida.
Pés e mãos convertem-se em máquinas,
Fundem sua força no elo da transformação.
É a nova era, poder, riqueza e progresso.

E da nova vida Homem? Deleite e desfrute.
Fabuloso prêmio ao Senhor dos tempos.
Mais qual o preço? Qual vida? Que valor?
A Criatura é refém da própria criação!

Transita no berço da morte, guiando destruição.
O elo da humanidade perdeu o seu rumo.
Na rota do futuro desencontrou-se do Homem.
Onde e como reaprender o caminho?

É preciso restaurar o caminho e cada passo.
Sem pressa reencontrar o valor do espaço,
A rota do Criador e a humildade da criação.

Laços, passos, traços, elos de vida - Humanidade.
No tempo a história do Homem subverteu-se,
Já não fala, grita e suplica num pranto de dor.
Roda e motor, rolo compressor. Perdão Criador!

Rosamares da Maia

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