Era casa vazia e muito pouco fazia
Não havia vida, ouvidos para ouvir.
Partes da história nela se perdiam
Pois vida ali inerte deixava de existir
Havia véus que cobriam seus medos
Tentando esconder velhas conversas
Faladas na beira das nervuras rasgadas
Meias palavras perdidas em segredo
Apenas vazia e sem alma a pobre casa
Cansada era corpo assentado na terra
Era ave sem bico sem penas sem asas
Era casa era sonho era dor era espera
Tudo e nada, era apenas o que restara
Incrustada na beira morta da estrada
Efêmero coração (em dia de ventania)
Uma lágrima rolava umedecendo o chão
Alexandre