Céu

Foto de Carolina Salcides

PERFEITO AMOR

PERFEITO AMOR

Se você não navega em meu mar
Se desconhece meus mistérios
Se você é ar e eu sou água
Eu junto o céu e o mar
Eu subo aos céus para te encontrar.

Eu me entrego a ti
Mesmo que as diferenças
Não me façam sorrir...
Mesmo que muitas vezes
Não possas me acompanhar,
Pois sei que somente abraçados
Poderemos voar.

Luz do meu caminho
Anjo que veio me salvar...
Deita cabeça no meu peito
Pois é contigo que vou ficar.

Amor que rege minhas tormentas
Desgoverna meus mares
Senhor do meu destino
De todos meus amores.

Amor que tanto busco
Amor que nos teus braços encontro.
Refúgio dos meus sonhos
Fortaleza de minh’alma.

Lágrimas derramas em meu mar
Delas eu bebo teu verdadeiro...
Nos teus olhos eu enxergo teu guerreiro
Que me pede para ficar.

Fica então no meu mundo
No meu corpo, vida e cama.
Eu fico no teu, porque sou tua
E minha alma te reconhece e te chama.

Me abraça e me leva
Nosso amor é possível.
Amor de tantas provas
De tantas glórias...
Amor só nosso
Perfeito amor.

Carolina Salcides

Foto de POETISA SOLITARIA

OS 10 MANDAMENTOS DO VERDADEIRO AMOR

O amor tem que ser...
Infinito como o céu,
Ardente como o fogo,
Belo como a rosa,
Delicioso como o mel,
Sólido como uma rocha,
Solto como um pássaro,
Essencial como a água,
Inocente como uma criança,
Misterioso como as estrelas,
Enfim fiel como o amor divino...
...Para todo o sempre.

Foto de POETISA SOLITARIA

ANÚNCIO...

O céu, com seu semblante cinzento e frio,
Anuncia sua dor!
Dele escorrem lágrimas sombrias,
Que se confundem com sangue...
Escorrendo quentes e marcantes sobre a face terrestre!
São o pressagio do ódio sobre aqueles que ousaram,
E desafiaram a ira daquela que reina ...
Sobre seus corpos mortais descerá a vingança,
Em sua pele, a fina e fria lâmina da traição,
Cortará teu coração, que serviu de abrigo da dor e da solidão.
Ela não perdoa ser enganada, ela não considera a traição...
Ela tem como missão lutar pelo que deseja,
E cumprirá a risca esta tarefa, nem que para isso ela tenha que,
Eliminar o que não for de seu restrito interesse.
Soberana ela luta, em busca de seu ideal,
Seguirá em frente sempre!
Há aqueles que dizem que sob ela existe uma maldição,
Ao certo ninguém sabe dizer...
Mas sabem que tudo aquilo que ela desejou e não teve
Foi para sempre amaldiçoado...
E jamais ninguém foi feliz em seu poder!!!!

Foto de POETISA SOLITARIA

CARTA A SOLIDÃO

Muitas pessoas, mal sabem o que vem a ser isso, outras vivem sob a eterna sombra da solidão. Eu sou uma delas que mesmo cercada por pessoas vivo na solidão. Sem mais nem mesmo bate dentro de meu peito uma dor...
É estranho, pois de repente quero me isolar, ser só neste imenso mundo...fugir!
Não dá vontade de sorrir, apenas de chorar! Não dá vontade de viver, parece a única solução é morrer...
Preciso de alguém para me consolar, nem amigos, nem mesmo família!
Alguém que esteja sempre a meu lado, para que eu seja feliz novamente.
Sonhar é preciso, pois é minha única opção, já que na realidade o amor ainda não pousou sobre mim.
Senhor, Criador do céu e da terra... Tu que fizeste o homem e a mulher para se amarem, trazei para mim alguém para amar e ser amado, para transmitirmos felicidade um ao outro. Só para que eu não me jogue no abismo do esquecimento.

Foto de HELDER-DUARTE

Música

Música és vida!
No princípio, eras presente, no acto da criação.
Auxiliaste, nesta acção...
Da existência nascida...

Dentro de mim, estás...
És tu, que minh´alma, alimentas.
Música! Música! Música!...
Ao céu m´elevas. Tu única!

Enquanto te sinto...
Vou voando,
No meio dos anjos. Sim! Não minto.

Vivo, por ti.
Dançando e cantando,
Um cântico, que do mal, me tira daqui!

HELDER DUARTE

Foto de Marta Peres

Hora da Morte

Hora da Morte

Reza o ato de contrição
E expunge de tua alma suas nódoas.
Venturosos são os que,
Fortalecidos na graça do perdão,
Se alinham no caminho do bem,
Quando, então, suas almas conhecerão afinal,
O Reino dos Céus.

Livra minhas culpas por misericórdia,
Estou arrependida e hoje sou penitente...
Me encontro nos estertores da morte
Levando minha cruz,
Neste cruento Calvário.
Misericórdia Senhor!

Humildemente rogo ao Filho de Deus como
O fez o bom ladrão...
Sim, pequei e me arrependo...
Mereço o perdão!

Minha cruz é pesada, amarga
Vivo na solidão deste agreste Calvário...
Olho a Cruz mais alta, choro
Vendo sangue gotejar sobre as urzes
E transformando em contas de rosário.

Porém, luzes dela se expandem...
Novamente vi Cristo
Morrendo solitário
E eu me contorcendo e gemendo...
Fito o céu, arrependida também
Entrego minha alma.

Marta Peres

Foto de Marta Peres

Vila Rica

Vila Rica

No ventre das montanhas, cenário alpino,
Torres são erguidas e apontam para o céu...
Vila Rica, burgo pequenino, subindo a encosta,
É um luminoso véu, a entrar no ventre seco...

Da janela tudo vejo e vejo tudo, vejo brasões
De ouro e festas e apogeu, ouço o bimbalhar do sino
E a velha Vila Rica no esplendor do sol a pino,
E arcos de pedras erguidos, as pedras de cal...

Da janela que tudo vê e vê tudo, vê tirania entre
Grandezas, botas batem nas pedras, pedras caiadas
De cal, coches reais rolando com altezas, pendões ao vento,
Em corsos triunfais, e os arcos de pedra afiada,
Somente pó e matéria nas mãos operárias...

Nada restou além das montanhas e das pedras...
Fim a tanta gala! Liberdade! Fulge e se perde...
Feriu ferida funda e o sangue correu...
Conspira a solidão da montanha e sangue sugando
A serra, velando a alma exilada nos caminhos da
Montanha...

Marta Peres

Foto de Marta Peres

Alma que Voa

Alma que voa

Nas noites minha alma sai a volitar
E a leveza inebria min’alma, dá prazer...
Vejo-me como luz, sem peso minha matéria voa
E livre não quer voltar... lá no alto tudo vejo,
Estou acima dos problemas e angústias e dores
Que ficaram, longe, bem a baixo da esperança...
Minha mente fica clara e tudo posso entender,
Não sou mais escrava da vestimenta e com
Perspicácia descubro como tudo é fácil e belo...
A mente desocupada das preocupações do dia-a-dia
É companheira e companhia para o coração
Que feliz saltita, sorrindo e voando sob as luzes
Das estrelas que enfeitam o céu...

Marta Peres

Foto de Thiers R

>> Calidamente Balbuciei

Calidamente balbuciei

Era um pedaço, apenas um pedaço
de queijo branco na toalha negra
esparramada ao céu
sua beleza transcendia a vizinhança
era uma fatia dormida
na cama dos lençóis em sombras.
penso que a morderia
mas o medo de fazê-la sangrar
me intimidava.
Branca dominava o mundo
com vontade infinita
eu permitia que reinasse no silêncio
e espiasse palavras
que gostaria de pronunciar
calei-me.
Ali derramou em meu cérebro
sensual branco-azulado, rendi-me.
Doei-me no instante divino e
por momentos ficamos unidos em cópula.
Eu, a lua e nossos silêncios
os lençóis de sombra invejavam
beijos colados de beleza
cavalguei-a com carinho
e suado apesar do frio da noite de inverno
balbuciei calidamente
- sou teu! -
Fui, porque me dou inteiro
fechei olhos, bebi um copo d’água,
levantei a cabeça
ela se fora na escuridão
deixando-me a sombra por companheira
acendi a luz tendo ao lado
apenas negro teclado onde agora transcrevo
minha doce, terna e intensa noite de amor.

ThiersRimbaud>>
Agosto-4>
2007
>

Foto de Stacarca

Satã

Satã

Ei-lo, obumbra a sânie lisa,
Míngua de soluços dolorosos,
Corno dos exórdios chorosos
Soluços pitorescos que giza.

Contemplativas, ó sacrílego,
Formidolosas contemplativas,
Idéias, compêndios, inativas
Castas, extremoso coligo...

Conglobadas noções pitorescas,
Ah Funesto pancalismo imundo,
Débil, ó sentimento inundo
D'áurea elegíaca funambulesca.

Ó formas, figuradas felozes
Que fanam, fulgurando fiéis
Formas fúlgidas, felosas féis
Formas flamejantes, ferozes.

Indefiníveis flébeis de rasa,
Choro, lamúrias indefiníveis,
Augusto da insânia, eiveis
A'çucena ao mefítico que vaza.

Ah! Horrorosa, esquisita, feia,
Magnífica, avultada, linda,
Tantas formas, formas qu'inda
Pálpebras duvidam sobre teia¹.

Palavras que abismam medonho,
Fracas, fortes, sorumbáticas,
Teogonias imagináveis, áticas,
Escuros, leis, parvo tardonho.

Caveiras, defuntos, fantasmas,
Sarau imprescritível de beleza,
Lésbia lamentosa, delicadeza
De lamentos lesbianos, asnas.

Préstito solene d'um ressupino,
Defeitos, belos e feios defeitos
Criados, vis, molemente feitos
Da ingenuidade, cantos de hino.

Cantante da crença reclinada,
Ululadas por padres idiotas,
Professores da burrice, rota
Abismada e d'cadência assinalada.

Que céu, que inferno, que afã,
Pugilato da fé e pululante,
Que entoada, que desgastante
As limitadas litanias de satã.

Risos, gargalhadas réprobas
Da chafurdaria, gargalhadas,
Ó ridículas, ó exorbitadas
Cachinadas anátemas de probas.

Ó insânia, doudice da doudice,
Tomada p'la lúgubre orbe maldita,
Ó Sofreguidão bonita, bendita
Vida medonha, como a bela dixe².

Ah! Pungente vida fulgente
Purgada. Ah! Vida pungente!
Pungida. De figuradas entes.
Vida, vida punida fedente.

Clamores ridículos do futuro,
Futuro ridículo de clamores,
Ante a fé, de medonhos amores
Molestados do frágil aturo.

Ah finito, finito glorioso,
Eflúvio de essência infinita
Do que é zimbório, que incita
O ímpeto abstruso, lamentoso.

A calma, raiva, interrogações,
Quantidades acerbas, tratadas
De limitações treplicadas...
Languidez, ah! Lamentações

Lamentações lânguidas, funérea.
Sacrossantos versos belizes,
De rimas nevoentas, infelizes,
Pavorosos, de idéias férreas³.

Genuíno de métricas falazes,
Oh podridão falaz, cautelosas
Elocuções verrinas, chorosas
De sentimentos, audazes.

Que nesse entendimento, vã.
Onde tudo vai, onde passa
A esboroada forma da graça
Empunha. Ah! Que seja sã.

Ah! Nas Noutes, nos luares,
Nas formas, na calmaria,
Na felicidade, na melancolia,
No medonho, no degredo de ares.

Na reza embutida de quimera,
Quiméricas palavras sofridas.
Sofrimento d'enganações lidas.
Ilusões bonitas, do que não era.

Evangélicas ubérrimas d'opaco,
Labutas da religião fedorenta,
Oh! Oh! Imaginação lazarenta
D'áurea combinação. Ataco!

Atacante da crença, o tuteles
Da negridão, de idéia suspirada
Por ditas idéias conspiradas.
Assim como eu, tu, Mefistófeles.

Abastados da burrice mórbida.
'Inda gerados da fatuidade;
Maldade, maldade, maldade.
Quanta desagregação, hórrida.

Quando no préstito andar torto,
Defuntos, fantasmas e caveiras
Nela terão fé, na traiçoeira
De tudo que está vivo, morto!

________________________
¹- s. f.
²- s. m.
³- fig.

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