Carne

Foto de ALEXANDRA LOPUMO SILVA

A máscara

Quem sou eu?
Não me vejo
Onde está meu rosto?
Não escuto minha voz
minha cabeça dói, no meio de meus pensamentos
não consigo arrancar esta máscara, que dói
grudada em meu rosto
enfincando na carne, na alma , em mim
quero ser eu, mas não sei mais quem sou
chego em casa cansada, consigo dormir
e, sonho comigo,
então eu me vejo
como está bonito meu rosto, limpo
sem máscara
escuto minha voz, estou cantando
e finalmente lembro quem sou eu

Acordo
Abro os olhos, mas não vejo nafa
A máscara me sufoca
Quero me libertar
Mas não posso, só quando sonho

Alexandra

Foto de cnicolau

Perdão

Queria poder começar a falar sobre como minha vida foi boa.
Porém, alguns espinhos devem ser aparados.

Peço perdão do fundo de meu coração
a todas as pessoas que magoei com meu orgulho,
minha arrogância, minha displicência e meu descaso.

Perdão a todo aos quais fiz mal,
seja nessa ou em outra encarnação.

Perdão aos amigos, os quais eu tive e não soube
aproveitar, e aqueles que meu descaso os fez se afastarem.

Perdão as pessoas mais próximas que conviveram comigo,
por não ter percebido o quanto significavam.

Perdão aos meus irmãos por não ter sido o irmão mais
velho a estender a mão quando precisaram.

Perdão a minha Mãe por não ter dito obrigado e Te Amo
mais vezes.

Perdão ao meu Pai.
Meu Pai, querido Pai, ao qual não falava a mais de 6 anos.
Perdão pai, por tudo o que fiz você sofrer, chorar...
Simplesmente Perdão...

Perdão a DEUS,
por ter demorado tanto tempo para descobrir e entender o
significado de suas palavras e ensinamentos.

Minha vida sempre foi definida pelos prazeres da carne e matéria,
Magoa e orgulho, etc...

Deixei de conviver com pessoas, com amigos...
Deixei de ver o quão especial à vida pode ser
Se você apenas der a oportunidade de deixar
Deus entrar em seu coração.

Porque deixar que sentimentos tão fortes tomem conta de você
quando quem irá nos julgar morreu por nós numa cruz?

Porque deixar que posses e bens sejam tão importantes
em nossas vidas, quando ele nada tinha?

Porque deixar que o orgulho e a vaidade nos dominem,
quando ele só pregava a humildade a todos?

Estou hoje trabalhando no molde de minha vida.
Molde este que agora será construído da seguinte maneira:
Alicerces de Humildade
Paredes de Caridade e Carinho
Telhado de Amor
Portões de Esperança

Sei senhor, que minha estrada ainda é longa,
e que ainda tenho muito a aprender.
Então oro para que esteja sempre me apontando o caminho correto,
meu porto seguro.

Cleverson Luiz Nicolau
16/05/2011

Foto de Edigar Da Cruz

MINHA FERA INDOMADA

MINHA FERA INDOMADA

Uma Fera indomada cio de desejos de prazer extremos
carente quente envolvente! Enjaulada,quando em liberdade,
seu corpo queima molhado de prazer! Que se invade
feroz atacante de desejos extremos.
Uma vera de amor selvagem,..
sya esperteza não se deixas labaredas de fuga,..
libido de prazer, atiçando fazendo a vitima perfeita
suas investidas perfeitas me tornando-me uma cordeiro
a entrega-me por inteiro.
Fêmea arredia selvagem suculenta devoradora de amor,..
dominante vicia a provocações com ações de entrega,
efêmea sensações,..
que me arrancam da boca, em volúpia tão louca
INQUIETANTE PRAZER EXTREMO.
Estridente gemido, de um gozar incontido,.
Transformando ao amante perfeito dessa vera viciada de prazer! Minha vera felina de amor.
Estridente de prazer e gemidos,..faz me envolver
que aceita passivo,o vosso suculento prazer,..molhado
de me descontrolar quando queres me amar..
Fera selvagem que se exala vadiagem desigual
exotica aragem, que do sexo desprende,..
quã em gozos se rende gritando qual louca cio
com voz tremula e rouca palavras vorazes
de delirios extremos de prazer exalando ao sabor do amor,..
impronunciaves, contraindo seu ventre,..
Naquele aperta indecente de quero mais dominante,..
sedente de meu membro ,..parece devora
cavalgar de prazer extremo...
Fêmea quente animal uma fera de amor cio.
De arrebatar de um total abusar,
quando cheio de manhãs, usa vos artimanhas ,
para deixar-em ao teu lado tombado sussurante e arfando-a...
com tuas mãos me tocando de prazer toda molhada suada de prazer!..
teus lábios reascendendo o tesão,..
de um nova relação .
Mulher quente louca fera indomada,..
és fera caçada saciada carne apreciada,..
que esconde astuta, desejos e prazer
aos seios, na gruta, segredos guardantes
a serem desvendados. Saboreados,...
aos poucos por mim em noite sem fim...
as suas taras de prazer vou satisfazer
contigo vou aprendendo,...
se aluno e professor,educando e educador,..
na arte de chmada amor.

Ed.Cruz- Sensuality Love

Foto de Fadlo

M Ã E

M Ã E

Ah, quanto já se escreveu e, quanto já se fez em homenagem ao anjo tutelar que nos trouxe à vida neste planeta. Que nos abrigou em seu ventre durante nosso período de formação e, que desde o alvorecer de nossos dias, até o findar de sua própria existência, nos tem a conta de infantes queridos ao seu coração abnegado, não medindo esforços ao nosso bem, nos conduzindo com amor através de alegrias, sempre ocultando seus sofrimentos, rindo nos nossos risos e chorando nos nossos prantos. Sempre orando por seus filhos ao Senhor da Vida, sempre perdoando nossos erros e nossas faltas e, sempre a nos chamar carinhosamente ao abrigo de suas asas protetoras.
Mãe, tu és esse anjo abnegado, por cuja missão sublime nos encontramos aqui e, a quem num preito de gratidão, genuflexos a teus pés, osculamos respeitosamente tuas mãos queridas e tua face, encanecida pelo passar dos anos, a retratar contudo, a vitória conquistada no desempenho da missão maternal, a ti carinhosamente confiada pelo Senhor da Vida.
Mãe, és digna de admiração e louvor, e em ti homenageamos todas as mulheres do mundo, neste dia a ti dedicado, embora teus, sejam todos os dias de todos os anos.
Todos os dias sois mãe, pois todos os dias nascem os teus filhos, quer nas mansardas suntuosas onde a vida flui no luxo e na opulência, quer nos barracos eivados da mais abjeta miséria. E sempre mãe, não te importa a condição social, pois és mãe, e a ti importa apenas o bem estar de teus rebentos, a quem outorgas todos os teus sacrifícios e teu amor incondicional.

Admiro-te mãe pequena, quando nos primeiros albores de tua vida, albergavas carinhosamente em teu pequenino seio aquela boneca de pano, inconsciente de que neste gesto eras sutilmente preparada para o glorioso porvir de tua existência, quando um dia, apertarás em teus braços o fruto de tuas entranhas, cujos vagidos serão música para teus ouvido, cujo riso lenitivo para tuas dores, e a quem orgulhosamente chamarás: meu filho.

Admiro-te, oh mãe, quando em festiva alegria, percebes que o primeiro balbucio de teu filho é a palavra mãe, muito embora, colocando-se em segundo plano, ensinava-o a dizer papai.

Admiro-te, oh mãe, nos momentos de abnegação quando a doença rondava teu pequenino filho, e insone te quedavas a cabeceira de seu berço em cuidadoso desvelo, a cuidar de seu restabelecimento, sem que de ti se ouvisse a mínima queixa.

Admiro-te, oh mãe, quando te desvelas a ensinar à teus filhos as primeiras letras, e te alegras como se fosse tua primeira vitória, o som da voz de teu filho a identificar as letras do alfabeto.

Admiro-te, oh mãe, quando ao despontar da estrela vespertina, e tangerem os sinos das igrejas, anunciando a hora do angelus, momento de melancolia e reflexão, em que carinhosamente juntas as mãozinhas de teu filho, e com ele oras a Ave Maria.

Admiro-te, oh mãe na tua sabedoria e humildade, quando em todos os momentos da vida de teus filhos, buscas orienta-los à uma vida correta e digna, nunca os abandonando mesmo quando, ao resvalar pelos escabrosos caminhos da marginalidade, tornam-se detentos nas penitenciárias, em cujas portas, muitas vezes te encontramos em prantos, a velar, sempre temerosa de que algo pior possa acontecer ao filho prisioneiro.

Admiro-te, oh mãe, quando não tendo frutos de tua própria carne, acalentas ao seio os filhos do abandono, dando-lhes carinho e proteção, como se de ti tivessem nascido.

Admiro-te, oh mãe, quando de coração partido, eras mãe em Esparta, e enviavas teus filhos à guerra em defesa da pátria, mesmo sabendo que não mais os tornaria a ver; ou quando em Cartago, cortavas os próprios cabelos à confeccionar arcos, para defender teus filhos do assédio da soldadesca romana.

Mas, onde mais te admiro, oh mãe, foi quando, Maria de Nazaré, conduziste teu divino filho ao sacrifício do calvário. Entre lágrimas e tendo o coração partido pelo sofrimento, aceitaste a missão de ser a mãe da humanidade, e te tornaste exemplo para todas as gerações, da mãe, cujo amor transcendeu os acanhados limites do egoismo humano, perdoando aos algozes do próprio filho, e se tornando na terra, operosa serva de Deus, a difundir os princípios básicos da nascente doutrina cristã.

A todas as mães, nosso preito de gratidão, e nossas felicitações por este dia tão seu.

Fadlo Dualibi Neto.

Foto de fisko

Diário de inocência

Pouco se sabia dela. Era baixa, pálida, engraçada e reservada. O mundo tinha menos cor sempre que Jaime, o miúdo mais novo da família, ficava sem a ver.

Falava-me muitas vezes da tal moça, que esperava por ela no portão da escola, escondido, só para a poder contemplar de perto.
Um dia chegou-me a casa branco, mais branco que a farinha que sua mãe usava para fazer o pão. - Ela disse-me olá! - Bem, fiquei sem saber o que lhe dizer, como é evidente, mas logo apertei aquele pedaço de carne com uma máquina por dentro, a máquina que nos leva a gostar mais deste do que daquele sem que nos notemos, quase como dois organismos diferentes.
Abracei-o com tanta força que o pobre rapaz ficou assustado. - Que se passa António? Oh, oh! Larga-me! - E eu sorria tanto. Parecia que estava a abraçar-me a mim mesmo, o “eu” de quando tinha a idade de Jaime, o “eu” que amava tudo como a inocência dispunha.

- Oh rapaz! Então ela disse-te olá? E como foi? - Perguntei-lhe eu, como se já não soubesse da resposta prática.
- Bem, eu estava a jogar às escondidas, ela passou por mim e disse-me olá para que o Pedro soubesse que eu estava ali escondido. - Meio envergonhado e com cara de malandro, riu-se às gargalhadas quando me viu sorrir ao ouvi-lo.

Todos os Jaimes e Marias, ou Joanas, ou até donos dos nomes mais esquisitos acham piada a este "adorar" alguém quando se é pequeno.
E rimo-nos muito durante algum tempo. Se calhar o pequeno só se ria por aceitar o meu sorriso também.

Hoje já não sei o que é feito de Jaime. Já algum tempo se passou desde este nosso episódio épico. Nem sei se ainda se ri quando semelhante calha, só sei que dele já nada sei. Entretanto mudei-me para Lisboa e o rapaz lá ficou na pequena aldeia.

Quando somos pequenos é-nos tudo tão diferente. Ninguém nos legenda a vida para que percebamos logo as suas manhas (e também precisamos de nos cultivar um pouco).
Ah Jaime, relembra-me o tempo de que a alma se esqueceu. O corpo cá fica o mesmo. Envelhece, muda de cor, mas fica sempre o mesmo.

Jaime, dá-me o lume da leveza que é não ter preocupações.
Ah! Pudesse eu viver de novo e não me espantar sempre que alguma moça me diga olá, só para não provar o desgosto de uma paixão sumida.

Jaime, Jaime, relembra-me da felicidade que eu era.

Foto de Marilene Anacleto

Quem És?

*
*
*
*
O que está atrás da porta?
Um monstro, um deus,
Ou uma coisa morta?
Uma bola de carne
Com dois olhos,
Sem luz, sem brilho,
Sem entusiasmo,
Jogado feito um molho,
Sacudido apenas
Pelas coisas da razão?

Ah! A emoção!
Onde está a emoção?
A vontade de viver,
Capacidade de perceber
As maravilhas do mundo?
Tudo na vida é um vento
A vida é só um segundo.
E não há tempo a perder.
Aproveite tudo, amado,
Para não te arrepender.

Estou atrás da tua porta
Mas não vou esperar muito
Tenho tanto que fazer
Mas quero partilhar tudo
Aquele bando de pássaros,
O cordão de gaivotas,
A minha casa dos sonhos
Naqueles beirais da praia.
E, quando a noite silencia,
Viver o conto de fadas.

Mas, creio que não te conheço
Para tanto partilhar
Preferes viver com números
Não posso te decifrar.
Quem és tu?

Marilene Anacleto

Foto de Arnault L. D.

Caixa de jóias

Olhos verdes feitos esmeraldas,
flora em forma de gema.
Lábios vermelhos, fogo, rubi.
Se há faltas, no calor são saldas.
A pele me traz um dilema:
Do opala ao quartzo-rosa vi...
Mas, nas madeixas. como grinaldas,
da noite, ônix tem o tema.
Todas as pedras são em si...

Na alma, a pureza do cristal,
a transformar o mal no bem.
O coração, o mar e o céu.
Então, Turquesa, o abissal...
E o topázio vejo também:
Sol amarelo, brilho do mel,
da doçura que lhe tão normal.
Como á concha a pérola que tem...
É brilhante, tesouro e não troféu.

Mas, uma riqueza viva, coral,
a crescer, como a luz no diamante.
Como estrelas confinadas no âmbar,
intactas desde o tempo virginal.
Colhidas da safira do azul distante
cravejado de astros, num Quilate impar.
Joias somadas em drusa, não mineral:
De carne e sentir; mulher e amante...
Mina de tesouros,que se abre no amar.

Foto de Cabral Compositor

Retorno

Somos humanos
Somos racionais
Jogamos papel no chão, cuspimos
Levamos o lixo no porta malas do carro e jogamos num lugar qualquer

comemos os peixes dos rios e lagos
Comemos a carne dos animais, tomamos o seu leite e usamos seu couro
Somos humanos e temos propriedade
Arruinamos as nascentes, defecamos nos córregos, nas cachoeiras

Tomamos cerveja em lata e arrotamos bem alto
Sujamos as areias nos litorais, com plásticos, copos descartáveis, chinelos, pneus
Modes, fraudas descartáveis, camisinhas, embalagens de chips e papeis de bala
Juntamos entulhos nos passeios alheios e colocamos fogo em lixeiras

Somos humanos, desumanos com nossos pais, filhos, netos, esposas e vizinhos
Somos extermina-dores dos sentimentos e fortes covardes em atitude e fidelidade
Criamos máquinas para nos complementar, arruinar, aniquilar, destruir
Queimamos as matas, atiramos nas placas das estradas, atiramos no semelhante

Poluimos os mares, o ar, a nossa rua, nossa cidade, nosso estado
Contaminamos as redes sociais, falamos palavrões e damos tapa na cara dos outros
Somos invejosos, maldosos e egoístas, buscamos o bem estar para nós mesmos
Somos humanos incompletos, somos arrogantes, prepotentes e julgamos ser inteligentes

É uma pena, saber que somos humanos, é uma pena não saber sofrer, é uma pena...
Absorvemos o planeta e nada oferecemos a ele, não temos carinho, não cuidamos dele
E a fauna, a flora, as riquezas minerais, o oxigênio, as algas, os plantons, as arvores
E a vida, a nossa vida, a vida dos que ainda vão chegar? e a nossa alma, como está?

Foto de Marilene Anacleto

Filhote de Siri

*
*
*
*
Filhote de siri
Pela onda trazido
O menino o vê e ri.

Toca-o, a mão generosa:
- Coitado, ainda está vivo!
- Vamos cozinhar o siri?
Grita o garoto ativo.

A mente generosa examina
Nada de carne ali.
Leva-o ao mais fundo que pode
Tenta salvar o siri.

Lembra meninas prostituídas
Sem nada a oferecer
Inescrupulosos lhes trocam as vidas
Por instantes de prazer.

Quiçá dando vida ao siri
A Mãe Natureza agradeça
Clareando a mente dos vis.
E seja, das meninas, a defesa.

Marilene Anacleto

Foto de Leidiane de Jesus Santos

Olho por Olho, Dente por Dente!

Se eu sou
A ovelha negra
Que feri,
Também sou
O cordeirinho
Que é ferido.
Se sou a estaca
Que faz sangrar
O coração,
Também por estacas
Meu coracção sangra.
Se eu sou pedra
Se eu sou pau
Apedrejada
E a pauladas
Me tornei
Sou de carne
Sou de osso
Sou de alma
Sou de espirito
Assim como todos.
Se eu errar
Se eu me enganar
Se eu me ferrar
Se eu amar
Se eu odiar
Não é da conta
De ninguém.
Se mentem
Se rezão
Se sofrem
Se vivem
Se riem
Se gritam
Não quero
Nem saber.
Olho por Olho,
Dente por Dente.

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