Canto

Foto de Jamaveira

A Viúva

A Viúva

Atendendo pedido cheguei a casa para consertar problemas na instalação hidráulica, casarão antigo, porém bem tratado, uma beleza! Fui atendido pela empregada, muito cortês levou-me a suíte da madame onde havia infiltração de água, comecei a trabalhar imediatamente, absorto não percebi a presença da bela senhora que ao me cumprimentar tomei um susto. Pedi perdão e retribuí com um bom dia! Da porta entreaberta do banheiro observei a linda mulher, aparentava uns cinqüenta anos, cabelos ruivos nos ombros, contrastando com a pele clara de sensualidade ímpar. Fiquei ali pasmo diante de tão expressiva beleza, de repente ela vira-se e me olha, apressado continuei o trabalho com vergonha de ser pego em fragrante, mais pasmo ainda fiquei quando ela aproximou-se e com aquela voz de veludo perguntou-me sem piscar - Acha-me bela? ...Engoli em seco e balbuciei – Sim, muito linda! Sem mais, deixou cair o robe... Deslumbrado e abobado não conseguia sair do canto, ela veio de mansinho e tocou meus cabelos, abraçou minha cabeça e fez levantar-me, beijou com sofreguidão minha boca que chegou a doer. Esfregava com tamanha volúpia seu corpo ao meu que meu pênis ereto como ferro parecia querer traspassá-la, o desejo tomou conta de mim, o sangue fervendo verdadeira erupção, abracei aquela Vênus com tamanha força como se quisesse me colocar dentro dela, aos meus ouvidos ela suplicava amor, pedia que a possuísse com bestialidade, insaciável loba uivava de paixão.
Cansados e saciados, olhei para os lados, tudo espalhado, o quarto testemunha do furacão de loucuras de amor que ali havia passado. Como uma deusa levantou-se, vestiu o roupão foi ao espelho alisou os belos cabelos e saiu. Desorientado, voltei ao trabalho, não sabia o que fazer, não saía da mente as cenas a pouco vividas. Dei um jeito de terminar o serviço, quando de repente entrou a educada empregada, perguntou o valor do serviço, pagou-me e levou-me até a saída. Ao despedir-me perguntei pela senhora que foi verificar o serviço, ela respondeu com certa rispidez: - A madame ainda estar muito abalada pela perda do seu marido, anda sem paciência, se lhe tratou com indiferença, releve! Passe bem, adeus.

Jamaveira

Foto de Tancredo A. P. Filho

TEMPLO SACROSSANTO

Da infância quem, guarda na memória,
as ternas lembranças, mimos, peraltice,
da nossa avó, da que contava estória,
as contadas na escola na meninice.

Nossa escola, a nossa mestre Alice,
que trazendo em toda sua trajetória,
honestidade, cultura e meiguice,
fez de tudo para nos ver na glória.

Lembro de alguns brinquedos no canto,
velhos, quebrados,ou descoloridos,
mas, serenos, trazendo encanto.

A infância, marcada por riso e pranto,
durante todo o tempo decorrido
a mente virou um templo sacrossanto.

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tancredoadvogadopf@yahoo.com.br

Foto de Tancredo A. P. Filho

O CANTAR DO POETA

Momentos felizes existem,

neles a minha vida

se completa...

Não fico alegre,

Não fico triste,

- Sou um poeta...

eu canto o amor!

- Sou um poeta...


E só o amor vou cantar.

Eu fico solitário na madrugada,

Eu fico distante do mundo

Eu fico além da alegria,

Não tenho prazer,

Não tenho tormento,

Passo as noites enluaradas,

Passo os dias chuvosos,

molhando-me até a alma,

e uma lufada de vento,

quando aparece me acalma!

meu corpo balança ao vento...

Quando simplesmente caio,

ou quando me levanto,

Não sei se faço ou me desfaço,

- Não sei se compareço,

Não sei se entro ou se passo.

eu só sei que cantarei o amor,

pois pra mim

o cantar é tudo.

Uma ária divina e majestosa

em cada nota eu vou entoando...

O cantar é alegria...

É a nota musical ritimada...

cantarei sim... e bastante,

pois não quero ficar mudo.

A minha voz, a inspiração,

é o meu tudo.

cantarei o amor até ao fim...

Foto de pedacinhos de mim poemas

Em Meu Jardim

Rouxinol pássaro lindo,
com a elegância de um príncipe
em um galho aqui pousou;
- Bem diante de mim.
O que deveras me encantou.
Galho verde que balança,
que de cacho se faz ramas,
acenando para mim.
O teu cantar é um poema...
No seu canto encontro notas,
que me inspira a fazer prosas
de amor, aqui no meu jardim.
- A natureza é tão perfeita.
Vejo réstias de sol entre as figueiras,
que de dourado se faz cinza,
parece até uma nevoa fina,
entre os galhos que cintilam,
me revelando um ninho de andorinha
onde já procriou.
Como não admirar tanto esplendor!
E diante de tanta beleza;
O rouxinol deu um gorjeio,
bateu asas e voou.
Mas, como que por magia,
uma pétala de rosa ele me deixou.

Autora: Célia Torres

Foto de MARTE

A LUZ DE PRATA

Reflete a luz de prata no mar,
Que absorve todo o meu querer
No horizonte o brilho do luar
És tu a queres-me envolver!
No meu pensamento
Sinto a intensidade da paixão
As ondas em movimento
Revolvem todo o meu coração
A branca espuma na areia
É o teu canto de amor
Que pelo meu olhar anseia
De sereia em clamor
Quero ser o teu horizonte
A nascente do teu olhar
Ser a água da tua fonte
A inspiração do teu cantar
Quero ser uma música
Para a tua razão
Na essência mágica
Das rimas no teu coração
Quero ser tudo e nada
Um pedaço de nós,
Em qualquer madrugada
O deixar-mos de ser sós!
Cada pedaço do teu olhar é meu
Não importa se estás ausente
Na imaginação tenho tudo de teu
Nesta luz de prata presente
Com a melodia no ar
No tempo e no espaço
Quero-te muito abraçar
Sentir o teu longo abraço!
Tu és o tudo
Eu sou o viver
És o meu mundo
Todo o meu querer!
TE AMO TODOS OS DIAS....

Foto de MARTE

VONTADE INFINITA

Olho o horizonte e consigo
Estar aqui contigo
Madrugada de insónia
Neste luar sem cerimónia
Vou sentindo a tua mão
Os teus lábios, tentação
Toco a tua pele macia..
Seda num toque de magia!
Vou sentindo o teu tacto,
Neste nosso pacto,
Sentido-te á minha beira,
No calor desta lareira
Nesse olhar que reclama,
Que em mim se perde,
Que mata a minha sede,
Em tudo o que estás presente,
Mesmo estando ausente,
Te sinto perdidamente,
Num olhar suavemente...
Na ausência que me excita,
Na vontade infinita,
Perdida na saudade
Sentida na nossa realidade
No pranto
Do teu canto
Vou-me perdendo nesse olhar forte
No teu incandescente porte
No espaço...no pensamento!
Na tua alma que em mim flutua!
Voando nos braços do vento,
Sentindo o brilho da Lua!

Foto de Ricky Bar

Vício e Sintonia Musical

Vícios
Quero beber do seu vício
Embaralhar suas cartas, jogar
Nesse meu vício que é o teu corpo
Vou me embriagar, tragar e fumar

Quero brincar de esconder
Ta frio, ta morno, ta quente,
Quero fazer com você
Um joguinho bem diferente

Vou pular sua amarelinha
Nessas curvas mortais
Se entrar nesse jogo
Viveremos dois vícios fatais

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Sintonia musical
Dançando no mesmo ritmo, que tal?
Eu canto sua melodia, não desafino
Você se entrega ao som, em desatino
Que baixinho toca no seu ouvido
Que em sussurros te envolvem
Quase fazendo um auê!
Dança comigo vai, no ritmo de uma MPB

Foto de Nobre Cyentista

Minha Partida! (carta de um suicida)

Existem momentos na vida das pessoas que elas não sabem o que fazer. Existem outros que talvez num importe o que elas façam, mas de uma certa forma, sempre existe um momento único e valioso ao qual nos deixamos passar desapercebido e perdemos diante de nossos olhos, lutar sem poder vencer, impossível! Querer sem poder ter, desprezível! Imaginar que tudo pode e tudo vai acontecer, sem valia! Mas a vida é um grande dilema, e não sabemos bem o que queremos e nem quando queremos, entretanto quando abrimos nossos olhos de verdade e começamos a imaginar o que queremos e porque temos que lutar por isso, vem um e no tapa os olhos nos mostrando a escuridão, longe de tudo isso ser verdade, não sabemos por onde caminha e nem o porque lutar, mas lutamos e a importância desta luta nunca vai saber, sei que lutei e como lutei em fim ganhei glorias de minhas batalhas, mas não ganhei as vitórias que eu tanto almejei, apenas ganhei a derrota e a força para começar outra vez a lutar, quando você estiver lendo isso, talvez eu só exista na lembrança de muitos, que agora vêem as lagrimas correrem pelo seu rosto, no momento incerto de uma agonia translúcida que me devora e me esmaga contra as minhas próprias vontades, se faço de louco e demente, de maluco ausente, e me transformo e uma alma louca e varrida correndo pelos cantos e gritando por estar sentindo a pior dor do mundo...
...E na lucidez de minha falta de existência apenas digo que eu parti, para um mundo que os nobres não chegaram porque fiz o pior mau a mim, nunca devemos agir assim nos ausentamos do que nos foi concedido no instante em que surgimos da escuridão de um ventre quente a acolhedor para só assim viver neste mundo cruel dos homens, e hoje não vivo mais me fiz de memórias e lembranças, parti par bem longe...
Com o simples fim de existir somente na escuridão deste canto infernal, quando acordar deste sonho não mais terei vida para cultivar o amor e a sabedoria, não mais poderei me fazer de forte se não vivo neste mundo, e suplico aos tementes que não faça o que eu fiz esta noite, que não queira sentir esta louca e incessante agonia, que devora os que de si tiram a vida, mas não fui louco apenas fui covarde em não poder mais te amar, tive que fugir deste presente porque a dor que me consumia era maior que a dor das derrotas que eu tive, fazendo-me de louco e demente, eu corri, mas não consegui a vitória, me despeço de todos aqueles que a mim tiveram algum sentimento um dia, pois não fiz isso por mau apenas por desonra, de minha parte, e se sentir morto e esquartejado enquanto vivo, foi terrível, só que esta dor não pude evitar, ao sentir este clamor no meu coração eu fui ficando perdido dentro do meu próprio destino, do caminho em que eu a desenhei, do mapa ao qual marquei os sinais de perigo, mas não o fiz, e neste momento não sinto mais dor, e a espada fria e gélida que atravessava meu coração foi removida, Isto me fez perder todo o sangue do corpo e vim a falecer horas depois de muito sofrimento, tardias minha dor e minha derrota, mas não tive mais forças para permanecer neste mundo, a única pena que eu tenho, e que no final de minha jornada, no momento crucial de minha vida, quando eu finalmente encontro à pessoa que buscava pela eternidade eu tenha que partir..., Fazer-me morrer pelas minhas próprias mãos e deste fim cruel sei que vou pagar muito carro e vou sofrer muito, para o lugar que provavelmente eu irei, isto é se eu merecer algum lugar, mas desconheço tal regalia a minha pessoa...
E neste momento, segundo antes de sentir a morte chegando eu renuncio o amor de tudo o que tem vida, e de toda a existência no mundo, porque no meu coração só irei carregar o amor que sinto por ti, e assim fui morrendo aos poucos sentindo esta dor, que me invadia conforme os segundo passavam e no meu corpo de carne não existia mais sangue e nem mais vida... Peço a você que realize meu sonho, alguém em um lugar no mundo tem meu livro tem minhas palavras e conhece minha jornada, e assim faça perpetuar a criação de minha vontade, todos os arquivos bloqueados, vai saber como os abrir quando a ti chegar, pois só você sabe a senha e sabe como revelar todas as charadas, todos os meus planos foram traçados e de uma maneira simples eu lhe desvendei todos os meus segredos, vai demorar algum tempo ate que tu consigas abrir todos os arquivos, mas não deixe de fazer este único pedido que lhe faço depois de ter partido, apenas faça que os meus segredos e criações intelectuais sejam lidos por todos os que um dia conheceram Wagner Lopes, e assim fico para história daqui a muitos anos vou ser visto como mito ou lenda... Mas saberei que com todo o amor que carrego em mim, voltarei à vida, e começarei toda a minha jornada de busca sem fim... ...Um dia um velho sábio me disse que no momento em que meu coração acreditasse que eu encontrei quem eu procurava por toda a eternidade, esta seria a hora de me fazer morto, e me dar o dom da morte, e fiz a vontade de minha alma, pois não preciso mais viver nem que o mundo suplique por minha existência, eu não necessito mais da vida, apenas de permanecer vivo nos sonhos de muitas pessoas, voltarei em outras vidas, e em todas elas passarei por você, e em todas as coisas que acontecer entre o momento de minha chegada e o momento de minha partida nada nos fará ficarmos juntos, porque não fomos feitos para sermos nossos, e sim do acaso e do destino, toda a vez que eu consegui lhe encontrar eu me matarei para que assim seja cumprida a minha missão terrena... Eu lhe peço perdão porque ter feito isso e também por ter me julgado... Mas hoje, ou melhor, neste momento não pode fazer mais nada, quando chegar ao fim desta carta, terá a simples certeza de que eu não existo mais, ficarei sumido por 72 dias, e acharam-me em algum lugar do mundo, e alguém muito importante para mim, selará o laço de minha morte, que é queimar meu esqueleto, separá-lo em quatro frascos de vidro e enterrar nos quatro cantos do mundo, pois só assim não voltarei mais, porque depois de tantos séculos e tantos anos buscando alguém que nasceu a ti por um destino cruel e com um fim tão trágico para suportar ate o fim de seus dias, eu não quero voltar para que isso se repita, a partir de agora viva a sua vida, pois eu não vivo mais, cumpra a sua jornada porque a mim se acabou, só então eu não mais pude lutar pela vida, e sim querer a morte o quanto antes, sonhei muitas vezes no passado que morreria como um grande escritor, e criaria minha própria morte. Mas não! Eu tinha um papel maior no mundo, era encontrar você, a bela jovem de uma carta escrita pelas mãos de nosso senhor, e se fiz valer para encontrar só não imaginei que o meu fim seria quando eu tivesse achado a minha vida, acreditar nisso seria improvável e se tornou verdade acima de tudo, e eu então estou agora morto, me suicidei as vésperas de uma noite fria e tardia... Segundos depois via a escuridão diante de mim, e nada se transformou diante dos meus olhos, e fui podendo compreender o porquê tudo acabou... Desculpe-me por não se despedir de ninguém, por ter que partir assim louco e inseguro, maluco e desprendido do mundo, mas foi assim que eu fiz, foi isso que eu pude fazer, apenas isso... Peço-lhe que faça valer meus pedidos e que eu seja velado com horas de maldito suicida... Eu te amo e levarei dentro do meu coração este amor, como já fiz em minhas vidas passadas, um dia nos encontraremos, e a única coisa que fará você lembrar de mim será o meu CHEIRO... Estão são minhas palavras depois de logo tempo sentindo a dor de meu sangue se esvaindo de dentro de mim... Eu ti amarei por toda a eternidade, e assim selo nosso pacto de sangue...

Sincero e Fraternamente,
Wagner Lopes
Nobre Cyentista!

Foto de Dom Quixote - crítico amador

Literaturas Lusófonas

Bem mais que dança, bailado;
que som, melodia;
que voz, sobrecanto;
que canto, acalanto;
que coro, aleluias;
que cânticos, paz.

Bem mais que rubor, saliência;
que encantos, nudez;
que imoral, amoral;
que bosques, fragrâncias;
que outono, jasmins;
que ventos, orvalho;
que castelo, arredores;
que metáforas, rios;
E um pouco além: tsunamis.

Bem mais que naus, sentimento;
que excelsa, nascendo;
que olho, contemplo;
que invade, arrebata;
que vitrais, catedral;
que versos, vertigens;
que espanto, tremor;
que êxtase, pranto;
que apatia, catarse.

Bem mais que contas, rosário;
que prece, amplidão;
que o menino, sua mãe;
que Império, regresso;
que palmas, martírio;
que anúncio, Jesus;
que Ceia, Natal.

Bem mais que alegria, ternura;
que espera, esperança;
que enlevo, paixão;
que adeus, solidão;
que dor, amargura;
que mágoas, perdão;
que ausência, oração;
que abandono, renúncia;
que angústia, saudade.

Bem mais que anciã, joyceana;
que lógica, onírica;
que o Caos, Amadeus;
que ouro, tesouro;
que ode, elegia;
que amiga, inimiga;
que insensível, cruel;
que signos, símbolos;
que análise, síntese;
que partes, conjunto.
E um pouco além: generosa.

Bem mais que efêmera, sândalo;
que afago, empurrão;
que clássica, cínica;
que exceto, inclusive;
que inserta, incerta;
que adubo, arrozal;
que oferta, procura;
que unânime, única.
E um pouco além: tempestade.

Bem mais que ouvida, vivida;
que austera, singela;
que pompa, humildade;
que solta, segredos;
que fim, reinício;
que um dia, mil anos.

Bem mais que reis, majestade;
que jus, reverência;
que casta, princesa;
que moça, menina;
que jóia, homenagem;
que glórias, grandeza;
que ocaso, esplendor;
que espadas, correntes;
que fatos, História;
que Meca, Lisboa.
E um pouco além: messiânica.

Bem mais que pingos, Dilúvio;
que água, Oceano;
que mares, o Mar;
que porto, Viagem;
que cais, caravelas;
que rochedos, neblina;
que vôo, Infinito;
que Abysmo, gaivotas.

Bem mais que a tribo, navios;
que lanças, tristezas;
que campos, senzalas;
que bodas, queixumes;
que soul, sem palavras;
que o tronco, maldades;
que ais, maldições;
que feitor, descorrentes;
que mandinga, orixás;
que samba, kizomba;
que “meu rei”, Ganga Zumba;
que olhos baixos, quilombos;
que discordo, proponho;
que cedo, concedo;
que escravos, Zumbi.

Bem mais que brisas, Luanda;
que ondas, Guiné;
que amarras, Bissau;
que o azul, São Tomé;
que náutica, Príncipe;
que axé, Moçambique;
que opressão, Cabo-Verde;
que fragor, linda ao longe;
que injusta, perversa;
que abutres, pombinhas;
que trevas, pavor;
que rondas, terrores;
que bombas, crianças;
que tágides, ébano;
que o Sol, rumo ao Sol.

Bem mais que luar, nua e crua;
que longínqua, inerente;
que ornamento, plural;
que ira, atitude;
que abstrata, denúncia;
que conceitos, Nações;
que Camões, mamãe África.

Bem mais que ética, ascética;
que pro forma, erga omnes;
que embargo, recurso;
que emoções, decisão;
que rodeios, sentença;
que Direito, Justiça;
que leis, Lei Maior.

Bem mais que flor, Amazonas;
que improviso, jeitinho;
que frágil, incômoda;
que alvor, cisnes negros;
que escrita, esculpida;
que lírios, o campo;
que veredas, suindara;
que denúncia, ira e dor;
que bonita, pungente;
que amena, os sertões.
E um pouco além: condoreira.

Bem mais que lares, veleiros;
que adeuses, partida;
que feitos, missão;
que honras, repouso;
que canto, epopéia;
que mística, fado;
que areias, miragem;
que sonhos, delírio;
que vozes, visões;
que acaso, destino.
E um pouco além: portugais.

Bem mais que errante, farol;
que ânsia, horizonte;
que distância, presença;
que solo, emoção;
que países, Galáxia;
que estresses, estrelas;
que zênite, impacto;
que intensa, profunda;
que letras, magia;
que formas, sentido;
que textos, teoremas;
que idéias, princípios;
que imensa, perfeita;
que graça, milagre;
que arcanjos, fulgor;
que dádiva, Mãe.

Bem mais que luz, primavera;
que audácia, tumulto;
que estética, rústica;
que em paz, desinquieta;
que estática, cíclica;
que cercas, muralha;
que assédio, conquista;
que plantas, concreto;
que escombros, palácio;
que átomos, Deus...

Foto de InSaNnA

Agonizante

Mergulhado em tristeza,
esse coração sofre,
quer gritar,
seu nome..
mas a dor ,o silencia
Esse amor,vai lhe sufocar..
E ao cair da noite,
disfarço os meus medos,
a espera da madrugada,
E sinto,
que não viverei para contemplar,
o amanhecer,
Agonia..
Algo está para acontecer.
O impossível se organiza,
a alegria faz greve
Penso que de amor morrerei,
Tenho certeza..
morrerei colada à tua boca
sem o calor dos teus beijos,
Presa no canto do teu olhar
como uma lágrima perdida..
Mais uma alma se esvazia,
Mais um coração que se vai...
sentimentos destruidos,
sussurram no funeral..
Após,seguem em doloroso cortejo,
molhados em aguaçais,
suplicam um bom descanso,
orando para que vá em paz !
Dores,
perdas,
sonhos,
a sua bagagem de vida
Aqui jaz ,um coração
que morreu de amor,
e que nada pôde fazer
para evitar a sua partida

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