Canto

Foto de MCarreiro

Saudade (M. Carreiro)

Queria que o seu regresso fosse inesperável

com saudade – eu te imagino

Queria que o seu beijo fosse inovidável

com saudade – eu te sinto

Queria que o tempo parasse

com saudade – eu te espero



Queria que o seu amor me abraçasse

com saudade – eu te desejo

Queria que a música tocasse

com saudade – eu te canto

Queria que a lua brilhasse

com saudade – eu te vejo

Queria que os seus olhos me mirassem

com saudade – eu te beijo

Queria que o mundo terminasse

e assim ter você ao meu lado…

M. Carreiro

Foto de Raoni

Sentimentos escritos (Raoni)

Queria ouvir bem de perto

Tua voz tão suave, tão macia

Esta voz que me hipnotiza

O que já tentei

Embora não consegui

Ouvi – lá cantar



Estando nós frente a uma lareira

Numa noite fria

Queria me aconchegar em teus braços

E dormir ao seu canto

O que já tentei

Embora não consegui

Vê – lá compor

Estando nós sentado a uma mesa

Atenciosamente olhar como traça sua letra

Como brinca com as palavras

E passa seu sentimentos a elas

Sentimento escrito

Conhece algum ?

Conheço um, que se escreve assim

A-M-O-R

Amor

Raoni

Foto de FERNANDO_JOSÉ

Amor a quanto obrigas !!! (Fernando José)

Amar é sofrer...

Porque vou ficar outra vez sozinho ?

Porquê ficar sem teu carinho ?

Quero afogar-me no teu rio de ternura

Quero sentir tuas mãos,

Quero beijar tua boca tão pura !!

Sabes que meu corpo rebelde

De tremuras teu mimo amansa ?

Porque de ficar só, minha vida já se cansa?...


Vieste qual deusa bendita

Num regaço de Rosas de amor

Por ti minha alma rouca ainda grita....

Negando a evidência de nova dor !!!

Qual troiano pássaro maldito

Te leva quase até ao infinito

E eu grito.....

Mas minha garganta

De dor já cansada

Que de canto, já cantou e agora nada...

Mas o futuro será risonho...

O real será o sonho....

O frio será calor...

A felicidade será sem dor...

E vencerá o nosso amor...

Fernando José
11/01/2003

Para a minha adorada Rosinha

Foto de Raoni

Estrelas (Raoni)

Existem tantas estrelas no céu

E eu nunca soube escolher uma

Mas sei que há duas bem juntinhas

Que sempre ousei a dizer que estas

Um dia serão nossas almas

Toda vez que olhar para o alto

Tente avistar três estrelas alinhadas

Elas definem nossa história



Eu sou a estrela de um canto,
e você a do outro

A estrela do meio é a que me impede

A aproximação

E sei bem por que ela me impede

Por que sempre jurei te amar

Mas nunca fiz por te merecer

Raoni

Foto de LEOANDRADE

Navegar (Leonardo Andrade)

Eu sempre soube que jamais deixaria de navegar.

O cais, qualquer cais, sempre foi e sempre será uma pausa, um breve momento de descanso, uma utopia presa pela tênue corda de uma âncora que jamais se fixará.


Não há como fugir do mar, de seus mistérios, de suas aventuras, de suas amplas e irrestritas possibilidades.
Não há como ignorar o eterno canto da sereia chamando, o ritmo imprevisível das ondas e os ciclos sem fim das marés.
O mar faz refluxo em meu sangue e transborda em minha alma.
O chamado é mais forte do que eu, não há como lutar.
Não nasci para viver ancorado, limitado e preso em amarras invisíveis , mas profundamente dolorosas, preciso do cheiro do mar, dos pingos d´agua no meu rosto, do vento nos meus cabelos e da imprevisibilidade das tempestades.
Não sei viver só de calmarias.
Não se despeça de mim, deixe as ondas me levarem e quem sabem um dia me trazem de volta.
Guarde esse ciclo com carinho, lembre de tudo que vivemos com amor e saiba que foi perfeito e delicioso, mas como tudo, teve seu tempo e agora é hora de partir.
Guardo seu cheiro, seu sorriso pós amor e o gosto agridoce de seus beijos cheios de desejo.
Prometo fazer uma tatuagem em sua memória e contar

Foto de Laksmi

Você me tem (Laksmi)

Você me inspira paz. Você me tem.

Ao acordar por um pesadelo assustada

Uma imagem sua ao meu lado se senta

E me acolhe com um afeto sem igual.

E faz com que eu me sinta amada

E essa terna lembrança me apacenta.

Recebo dos pássaros o canto matinal

E nesse instante, você me tem...


Você me inspira paz. Você me tem.

Eu sigo, mais uma vez, o caminho

Que costumo todas as manhãs traçar

Pensando no que gostaria de lhe dizer,

Pensando em como é triste ser sozinho

E não ter com quem dividir e conversar,

E pensando: "Que bom que conheci você!";

No meu trajeto, você me tem...

Você me inspira paz. Você me tem.

Observo atenciosamente o mundo,

O mesmo que nos cerca nesse momento,

E descubro dor, egoísmo e insensatez.

Mas em você, vejo um carinho profundo

Capaz de converter qualquer tormento

Num róseo estado de leve embriaguez.

Na minha alucinação, você me tem...

Você me inspira paz. Você me tem.

Muita gente num dia passa por mim

Mas eu desejo seus olhos o dia inteiro

E algo parece explodir em minha alma.

Se escuto sua voz, um pouquinho assim,

Mesmo que por um instante derradeiro,

Volta então ao meu coração a calma.

Nas horas de ausência, você me tem...

Você me inspira paz. Você me tem.

Procuro a saída desse vale perdido,

Labirinto obscuro de meu devir

Onde se camufla a minha inocência.

Tudo que há é um amor escondido

Que me faz chorar, que me faz sorrir,

Que me faz admirar sua inteligência.

Entre livros e saberes, você me tem...

Você me inspira paz. Você me tem.

Numa caixinha de estrelas flutuantes

Guardei meus sonhos mais angelicais

Para presenteá-los ao meu lobo amado

Numa noite de prazeres inebriantes

E no ar um perfume de notas musicais

Com versos de vaga-lume apaixonado.

No sono solitário, você me tem...

Você me inspira paz. Você me tem.

Não importa se eu me puser a negar,

Nem se meu refúgio secreto ruir

Porque ainda sentirei esse ardor

Da paixão que hesito em aceitar,

E por mais que eu pense em fugir,

Sempre ouvirei minha voz interior

A, subtil, sussurrar: Você me tem...

Laksmi (Quinta-feira, 10 de outubro de 2002 - 22:04)

Foto de Nuno

Sete Letras (Alexandre Bragga)

Desfolhei as sete letras

com que escrevi a saudade

dos momentos de alegria

em que sentia a verdade

de teus lábios melodia

A solidão traz a lágrima

e a mágoa da partida

o meu cântico de amor

é já ausência ferida

e um silêncio de dor

De Eurydice uma miragem

Cantava Orpheu na floresta

Eu canto com nostalgia

de ouvir o teu riso em festa

e um fogo que em ti havia

Saudade tem sete letras

sete pétalas de dor

ainda sinto o perfume

e do teu corpo o calor

da combustão do teu lume

Alexandre Bragga

Foto de Carlos

O Canto do Amor (Guillaume Apollinaire)

Eis de que é feito o canto sinfónico do amor

Há o canto do amor de outrora

O ruído dos beijos perdidos dos amantes ilustres

Os gritos de amor das mortais violadas pelos deuses



As virilidades dos heróis fabulosos erguidas como peças antiaéreas

O uivo precioso de Jasão

O canto mortal do cisne

O hino vitorioso que os primeiros raios de sol fizeram cantar a Mémnon o imóvel)

Há o grito das Sabinas ao serem raptadas

Há ainda os gritos de amor dos felinos nas selvas

O rumor surdo da seiva trepando pelas plantas

O troçar das artilharias que coroa o terrível amor dos povos

As ondas do mar onde nasce a vida e a beleza

O canto de todo o amor do mundo

Guillaume Apollinaire (1880-1918)

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