Cabelos

Foto de GotaDeAmor

Deixa-me Te Amar ... Por Uma Noite !!! ...

Tocar suavemente teus cabelos
teu rosto
teu corpo ...

Prometo tocar
Com palavras
Com poemas,
Com beijos, com Amor
Olhando-te
Com infinita ternura ...

Irei tocar os teus lábios...
Saciar meus desejos ...
Soltar meus gemidos,
Meus ais,
Receber feliz
Os teus beijos ...

Vou cobrir-te, com meus braços,
Sem culpas,
Sem mêdos ...
Percorrer teu rosto
Teu corpo
Com minha boca,
Com meus dedos ...

Receber o teu aroma
Em meu corpo ...
E sentir deslizar, na minha pele
Fluídos de nossa paixão ...

Deixa-me te Amar ... Por Uma Noite ...

Ser a tua única Amada
Amar-te no silêncio da noite
Até alta madrugada ! ...

Deixa-me te Amar ... Por Uma Noite ...

Trocar o Sol da Manhã
Pela imensidão do Luar
A teu lado
Meu Amor ..

"Deixa-me Te Amar" ! ...

Sofia Rodrigues
(21 de Junho 2006)

Foto de Homem Martinho

Amor feito força- Capitulo I

São oito horas da manhã de um lindo dia de Agosto, é Domingo, Susana despe o roupão que traz vestido e deixa-se ficar completamente nua diante do grande espelho que ocupa a parede direita do seu quarto de banho, olha demoradamente para o reflexo do seu corpo, gosta do que vê, um corpo de sonho, uns cabelos muito pretos, compridos e sedosos descaem-lhe sobre os ombros firmes e que parecem feitos da mais pura seda, uma seda ainda mais pura do que aquela de que é feito roupão que acaba de deixar cair no chão, levanta o braço esquerdo e enfia os dedos, uns dedos finos e compridos, por entre os sedosos cabelos, repetindo de seguida o gesto, mas agora com braço direito, são uns braços muito bem torneados, longos, mas não compridos em exagero, as suas mãos deslizam pelo couro cabeludo, descem pelos cabelos como se de lianas se tratasse e depositam-se sobre os magníficos ombros, dedica alguns minutos a massajá-los e continua a descida até tocar os bicos erectos dos seus seios, ela sabe, como ninguém, o que significa aquela erecção, nada mais do que desejo, desejo de amar e ser amada.
Susana vai descrevendo pequenos círculos em volta dos mamilos enquanto começa a ver desfilar na sua mente imagens de outrora, imagens onde ela é amada e ama.
Continua a viagem pelo seu próprio corpo, com ambas as mãos percorre as curvas da sua cintura, uma cintura que parece ter saído das mãos do mais perfeito torneiro, começa a afagar as suas ancas e sonha, sonha que são as mãos do homem amado que a estão a acariciar, é ao pensar no amor da sua vida que esperta par a realidade e percebe que precisa de e despachar, no entanto não resisti a acariciar a sua púbis, do mesmo modo que David sempre lhe fazia.
Susana liberta-se do estado de letargia em que se deixara prender, solta-se da amarra dos pensamentos que tomaram conta de si e dirige-se para a faustosa banheira de hidromassagem que está situada no canto oposto ao espelho, a banheira encontra-se incrustada no pavimento pelo que o seu rebordo se encontra pouco elevado em relação ao chão da casa, alça a perna direita, e dá uma ultima espreitadela para o espelho, sorriu, sempre adorara contemplar as suas belas pernas, umas pernas que eram uma tentação para todos os homens com quem se cruzava, David confessara-lhe uma vez que se tinha apaixonado por ela por causa das suas pernas, sorriu uma vez mais e entrou na banheira.

Foto de Sonia Delsin

AONDE ANDARÁS?

AONDE ANDARÁS?

Aonde andarás, menino lindo?
Num lugar eu sei que estás.
No passado.
É uma relíquia, uma jóia rara, um tesouro que tenho cuidadosamente guardado.
Tem dias em que me sento a olhar as coisas.
Fico olhando tudo que me rodeia.
Minha alma desta forma se incendeia.
Porque tudo me toca. Tudo me emociona.
Menino.
Naqueles tempos nós dois corríamos no pátio imenso.
Será que era tão grande como eu penso?
Será?
E as escadarias?
Nós subíamos e descíamos de mãos dadas... correndo.
Éramos o terror das freiras.
Mas éramos lindos.
Teu nome eu guardo. Teu rosto lindo. Teus olhos e cabelos negros.
E o calor da tua mãozinha estreitadinha a minha.
Tínhamos pouca idade e toda pureza do mundo.
Falávamos que quando crescêssemos íamos nos casar.
A vida é engraçada, menino.
Logo a vida veio nos separar.
Partiste.
Nem sei pra aonde.
Nunca mais soube de ti.
Mas o coração nunca esqueceu.
Um amor puro que um dia entre duas crianças nasceu.
Naquele pátio do colégio ficaram nossos risos, nossas estripulias.
Hoje, do que fomos, eu ainda construo algumas poesias.

Foto de rodmar49

Sempre TE amarei!

Hoje, ao ouvir aquela melodia,
o meu coração sorriu,
E um forte tremor,
Todo o meu corpo sentiu.

LUA brilhando no céu,
lançando seu luar,
iluminando-te o véu,
chamando para te amar.

De frente para o mar azul,
Teus cabelos soltos ao vento,
qual fada madrinha,
enfeitiçando-me com um lamento.

Iluminado com este amor,
adivinhei-te ao meu lado,
e com o teu calor,
me senti adorado.

Então pude saborear,
o sabor dos teus beijos,
pondo o meu coração,
em doidos arquejos.

Entreguei-me por completo,
a ti me rendi,
E confesso com o coração repleto,
Que para todo o sempre te amarei.

Foto de Stacarca

Amor funéreo

Amor funéreo

"A chaga que 'inda na
Mocidade há de me matar"

A noute era bela como a face pálida da virgem minha. O luar ia ao cume em recôndita dentre a neblina escura que corria os escuros delírios. Eu, pobre desgraçado levava meus pés a mais uma orgia a fim de esquecer a minha vida de boêmio imaculado. - Ah! E minha donzela morta que lhe beijava a face linda? Hoje, Não esqueci de ti, minha virgem bela de cabelos dourados que com as tranças enxugava meus prantos em dias de febre qu'eu quase morria, nem de seus lábios, os doces lábios que nunca beijei em vida, os mesmos que emudeciam os rogados de cobiças fervorosas? Sim, ó donzela de pele pálida que sempre almejei encostar as mãos minhas. Hoje, êxito de sua bela morte, sete dias sem ti, minha romanesca linda dama que as floridas formas diligenciavam os mais escuros defuntos. Os mesmos que indagam da lájea fria?
As lamparinas pouco a pouco feneciam na comprida noute que seguia, a calçada de rebo acoitava outros vagabundos que a embriaguez tomara, o plenilúnio se destacava no céu escuro, como um olho branco em galardão, magnífico. Ah como era bela a área pálida, e como era de uma beleza exímia, tão mimosa como a amante de meus sonhos, como a donzela que ainda não cessei d'amar.
- Posterga a defunta! Diziam as amantes!
- Calem-te, vossos talantes nada significam meretrizes de amores não amadas, perdoai-me, o coração do poeta nada mais diz, pois de tão infame, 'inda que vive, exalta aquela que não mais poderás oscular!?
O ar frio incessante plasmava em minha fronte doente, rígida, sequiosa pela douda vontade d'um beiço beijar, As estrelas fúnebres cintilavam, não eram brilhos obtusos, eram infladas e que formavam uma tiara de cores que perscrutava a consternação do ébrio andante, solene co'uma divinal taciturnidade. A'mbrósia falaz diria um estarrecido boêmio. Aquele mesmo que sem luz entreve o defunto podre que nunca irá de ressuscitar?!
A rua tênebra na qual partia, musgos fétidos aos compridos corredores deserdados p'la iluminação tênue dos lampiões avelhentado co'o tempo, lírios, flores que formavam a mistura perfeita d'um velório no menos pouco bramante, as casas iam passando, as portas vedadas trazia-me uma satisfação soturna, as fachadas eram adiposas e de cores sombrias, ah que era tudo escuro e sem vida. Como eram belos os corredores azeviches, aqueles mesmos que as damas trazia para gozar de suas volúpias cândidas que me corria o coração no atrelar aureolo.
A disforme vida tornara tão medíocre e banal qu'eu jazia a expectação feliz. – Pra que da vida gozar? Se na morte vive a luz de minha aurora!
- Hoje, sete dias rematados sem minha virginal, ó tu, que fede na terra agregada e pútrida comida p'los vermes, tu que penetraste em meu coração como o gusano te definha, tu que com a palidez bela pragueja as aziagas crenças banais que funde em minha febre, tu que mesmo desmaiada em prantos a beleza infinda, tu que amei na vida e amarei na morte. Ó tu...
No boreal ouviam-se fragores d'um canto sanhoso, era uma voz bela e que tinha o tom lânguido de um silêncio sepulcral, bonançosa era a noute, alta, os ébrios junto as Messalinas de um gozo beneplácito, escura, os escárnios da mocidade eram como o fulcro de uma medra irrisória, e o asco purpurava uma modorra audaz;
A voz formidolosa masturbava minha mente em turbadas figuras nada venustas.
Assassinatos horríveis eram belos como um capro divinal que nunca existira, o funambulesco era perspicaz que aos meus olhos era uma comédia em dantesca, os ébrios junto às prostitutas que em báquicos meio a noute fria gritavam, zombavam na calmaria morta, as frontes belas eram defeituosas que fosforesciam no fanal quimérico. Cadáveres riam nas valas frias do cemitério donde foras esquecidos, os leprosos eram saudáveis, os bons saudáveis eram leprosos fedidos que suas partes caíam no chão imundo, as lágrimas inundavam as pálpebras de revéis em desgosto, a febre desmaiava os macilentos, pobres macilentos que desbotavam aos dias.
Era tão feio assim.
- Quem és? De que matéria tu és feito? Perguntei e os ecos repetiam.
O silêncio completava os suspiros de meu medo, a infâmia percorria a ossatura lassa que o porvir eriçava. Tão feio tão feio... – Quem és? Porque me tomas?
Riu-se na noute. Riu-se de uma risada túrbida que nas entranhas me cosia. – Não vês que o medo é o lascivo companheiro da morte? Não sentis que a tremura d'amplidão oscila o degredo da volúpia? Não ouves o troado que ulula por entre os caminhos perdidos da vida? Não crês que a derrocada és a fronte pálida do crente que escarra?
Quem és tu? Quem és? Repetia a estardalhaço.
Um momo representava como um truão, júbilo em tábido que vomitava uma suspeição incólume, do mesmo modo como espantadiço em vezes. O medonho ar que cobria as saliências da rua era fugaz, não era do algo aturdo que permanecia em risos na escuridão das sombras de escassa claridade da noute, parecia vim de longe, cheirava ruim a purulenta, como um cadáver tomado pela podridão do tempo.
A voz: – Sentes o olor que funde do leito da morte? Ei-lo, a fragrância de sua amada como és hoje, podre como a fé de um assassino salivante, oh que não é o cheiro de flores de um jardim pomposo, nem da inocência dos ramos de sua amada que não conseguiste purpurar em seu cortinado!? A voz espraiava uma fé feia, pavorosa como o cheiro lânguido em esquivo.
– Insânia! Insânia! Insânia! Gritava como um doudo ínvio.
A tom lamentoso da voz era horrível, mas... Era uma voz análoga e invariável. Nada poderia mudar o estranho desejo, ouvir a voz blasfemar palavras lindas dolentes.
- Ora, porque tu te pasmas? Quem és a figura a muladar o nome de minha donzela?
O vento cortava o esferal cerco da quelha, os dous faziam silêncio ouvindo a noute bela gemer lamúrias de quinhão. Era tão calmo, tão renhido...
- Moço, não vede os traços que figuram de minha fronte? Não vede que as palavras são como a tuberculose que nos extenua arrancando os gládios do peito? Não vede o amor que flameja e persevera perpetuando aos dias como a cólera. - Agora ouvi-me, senhor! Maldito dos malditos quem és? O que queres? – Sois o Diabo?
O gargalhar descortinava as concepções desconhecidas, era como o sulco dos velhos tomado p'la angústia das horas, do tempo, dos anos. Não era o Diabo, tampouco um ébrio perdido na escuridão da madrugada, nem menos um vagabundo escarnecido e molestado p'la vida das ruas.
A voz: - Quereria saber meu nome? Que importa? Já-vos o sabes quem sou, Pois? Não, não sou o Diabo, nem menos a nirvana que molemente viceja entre as doutrinas pregadas por idiotas vergastas. Não sou o bem nem o mal, nem 'alimária que finge ser um Arcangélico nos lasso dos dias. Não sou o beiço que almeja a messalina tocar-lhe os lábios adoçados de vinho. Oh que não sou ninguém somado por tudo que és. – Sabei–lo, pois?
- Agradeço-te. Disse-o!
Dir-te-ia as lamúrias seguintes, os ecos rompendo os suspiros meus, a lua sumira, o vento cessara, a voz que apalpadelava aos ouvidos descrido. Oh! tudo findou! Não sei se a noute seguiu bela e alta, lembro-me apenas de estar num lugar escuro, ermo, as paredes eram ebúrneas, a claridade não abundava o espaço tomado. O ar era desalento, um cheiro ruim subia-me as narinas;
- M'escureça os olhos, oh! Era um caixão ali.
Abri-o: Ah que era minha virgem bela, mas era uma defunta! Na pele amarelenta abria-se buracos que corria uma escuma nojenta, verde como o escarro de um enfermo; Os lábios que sonhei abotoar aos beijos meus era azul agora, os cabelos monocromáticos grudavam pelo líquido que corria pelo pescoço, as roupas lembravam um albornoz, branca como a tez inocente da juventude. Os olhos cerrados e túrbidos, tão sereno, a bicharia roendo-lhe a carne, fedia. As mimosas mãos entrelaçadas nos seios, feridas em exausto.
... Meus lábios em magreza os encontrou, frio como o inverno, gelado como a defunta açucena, a pele enrubescia aos meus toques, a escuma verde era viscosa e o prazer como o falerno, a cada beijo que pregava-lhe nos lábios, a cada toque na tez amarela, era tudo o amor, o belo amor pedido. A noute foi comprida, adormeci sobre o cadáver de minha amada, ao dia os corpos quentes abraçados, a adormeci em seu leito, dei-lhe o beijo, saí:
Coveiro: - És por acaso um tunante de defuntos? Perguntou-me.
- Não vês que o peito arde de amor como o fogo do inferno? E a esp'rança estertora como tu'alegria? Disse-o.
- Segues meu senhor!

Foto de Melissa Mateo

Doce loucura

Doce vergonha, suave loucura...
Como a brisa em meus cabelos, é seu sorriso...
Como o vento em meu rosto, seu olhar...
Como o tempo que voa, sua voz...
Como a neve branca na grama verde, suas verdades....

Doce vergonha, suave loucura...

Este frio que não passa, nessa manha tão desmaiada,
Será que tudo isso é verdade...

Talvez leve um milhão de anos para saber...
Doce vergonha, suave loucura...

E as horas se tornam perenes, e os medos talvez vão se
Tornar realidade...
Doce vergonha, suave loucura...

Cair de cabeça em um abismo de desatentos,
Com um só objetivo, encontrar o inimaginável...
Doce vergonha, suave loucura...

Em apenas um desenho me mostra sua vida,
Mas tão desatento meu amigo, esqueça tudo que já sabe,
E me deixe mostrar-lhe novamente a vida....
Doce vergonha, suave loucura...
Doce vergonha, suave loucura....

Foto de Cecília Santos

MANHÃ.

MANHÃ
*
*
*
Quando a manhã chegar.
Vestida de renda,
Quero te olhar!
Ver o sol te abraçar, beijar seus
cabelos, tirar o seu véu.
Quero te olhar!
Quero ver, a vida recomeçar.
Quando os pássaros alegres entoar,
uma linda canção, pra te acordar.
Quero sentir a brisa,
que vai perfumar, o seu dia.
Quero sentir o calor do sol,
que vai dourar o seu dia.
Quero te olhar!
Até o final do dia.
Quando você, com um beijo de,
adeus vai embora.
Dando lugar para a noite.
Que abre seu manto,
bordado de estrelas.
Quero dormir...
E acordar...
Sabendo que amanhã, você voltará.

Direitos reservados*
Cecília-SP/05/2007*

Foto de Cecília Santos

CABELOS VERMELHOS

CABELOS VERMELHOS
*
*
*
De vermelho pintastes,
os teus cabelos.
Vermelho intenso,
como a cor da paixão.
Paixão que incendeia a alma,
e o coração.
Rubro como vinho que aquece,
e embriaga a alma.
Alma que se alimenta,
de tantas ilusões.
Ilusões que me faz, sorrir e cantar.
Mesmo quando tudo é solidão.
Solidão, que me faz ver coisas, que
só eu quero ver e lembrar.
Lembrar com saudades,
momentos vividos,
De intenso amor, que
trago guardado comigo.
Cabelos vermelhos lindos!!!
esvoaçantes ao vento.
Vento que hoje, trás teu
perfume até a mim.
Que ainda me embriaga,
e me machuca.
Machuca o peito, e fere o coração.
Coração que sangra, de saudades.
Coração que se tingiu de rubro,
como os teus cabelos,
Desde que partiste daqui.

Direitos reservados*
Cecília-SP/05/2007*

Foto de Cecília Santos

MÃE...

MÃE
*
*
*
Sinto muito a sua falta.
Ainda te vejo, cabelos ao vento,
vestido florido, e branco avental.
Trazendo no rosto, seu belo sorriso,
resplandecente de amor.
Quantas vezes mãe, me refugiei no seus braços,
dissipei todos meus medos, e angústias.
Lembro-me dos seus belos olhos, e quantas vezes,
imaginei, como seria o mar olhando em seus olhos.
Como eu queria mãe, que minhas preces de criança,
tivessem sido ouvidas.
Quantas vezes ajoelhada ao lado da cama, olhos fechados,
pedia à Deus pra nunca tirá-la de mim.
Eu achava que mãe era eterna...
Mas um dia, sem aviso, sem hora marcada,
sem beijo de adeus, você foi embora.
Sinto falta, do seu carinho, do seu amor, do seu calor,
do abraço apertado, do se beijo estalado.
Hoje mãe, eu olho o mar, e vejo seus lindos olhos
refletindo todo o seu amor.
Agora eu sei mãe, que nada é eterno, a não
ser nosso espírito.
Mas pra mim, você renasce todos os dias mãe,
No sol que me dá bom dia...
No vento que me acaricia...
Na chuva que molha meu rosto...
E quando a noite chega, você se transforma em
manto, e me aconchega em seus braços.
Seus olhos não são mais verdes,são duas estrelas
cadentes, à iluminar minha vida.

*Em memória a minha mãe, que eu amo tanto.

Direitos reservados*
Cecília-SP/05/2007*

Foto de PedroLopes

O porquê da Lua te invejar…Rosália

Da noite de ontem ficou teu… teu perfume
Que banha a pele, se entranha no corpo
Cuja sua falta faz de mim homem morto
Leva-me ao desespero, cria azedume

Perdido é teu olhar, e perdido está
Perdido está sem que queira ser achado
Agarrado ao firmamento. Sustentado
No Amor não vá pensar-se que a sorte seja má

Os ventos que sopram, e os rios que correm
Sorte dos beijos que na tua boca morrem
Feliz de mim que posso… que os posso roubar

Posso ver ouro na água reflectida
Contemplar teus cabelos loiros a cintilar
A lua morre de inveja do teu brilho

Pedro Lopes - Passione

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