Cabelos

Foto de ivaneti

Tempo...

Nada esta normal... estranho esse tempo!
Não sabe se chove, ou se venta
É o meu amor chorando de dor
Não sabe se vai... ou se fica!

Adoro pisar na areia... andar na chuva!
Molhar os cabelos... esfriar a cuca
Viver na corda bamba, sem pensar na rua
Esquecer que a vida e feita de mentiras!

As pessoas parecem amigas...mostram sorrisos!
Tomam bebidas, para viver uma falsa vida
Amigos de bares e mesas, nem sabe onde estão!

Mais será que vale a pena beber, para esquecer!
Sofrer por alguém, que nem pensa na gente, será!
Que vale a pena perder tempo chorando por você.

Foto de Carolina Salcides

Carolina Salcides

..:UM POUCO SOBRE MIM:..

* Nasci em: 6 de setembro de 1980, em Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, onde moro até hoje.
* Virginiana típica: sou muito perfeccionista, detalhista e exigente....
* Busco: o melhor e dou o meu melhor para os outros. O melhor para mim é o equilíbrio (corpo, mente, alma), a sintonia com o universo, com nossa verdade, nossa essência. Se você está nesse caminho, tudo vem. A felicidade está dentro da gente, e o amor e o tudo... Não há o que buscar, há o que plantar para colher... E as sementes estão dentro de nós mesmos!
* Não existe: para mim, não existe meio termo, meio amar, meio viver. É preciso ser completa, ser inteira. Até existe, mas em “meias pessoas”. Escrevo para tocar a outra metade, a metade adormecida de cada um. Pretensão? Não. Sentimento, vontade! Despertar para a vida, para a arte, para a magia, para o amor. Para a inteireza!
* Preciso: de arte, beleza, liberdade – Diariamente!
* Não fico um dia sem: criar. Escrevo, desenho, pinto, crio, recrio, decoro a casa, fotografo...
* Gosto de: noites de luas cheias, silêncio da madrugada, borboletas, fadas, cheiro de terra molhada. De pôr-do-sol, crepúsculos mágicos, fogueiras, rodas, tambores, flauta, violão. Dança do ventre, dança cigana. De sentir o vento nos cabelos, a grama sob os pés, frio na barriga, calor no coração.
* Amo: tulipas!

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..:COMECEI A ESCREVER:..
Sou filha do escritor Paulo Ricardo Salcides, falecido em 2001, então acho que escrever já estava no sangue, mas só fui descobrir isso em 2000, quando comecei meus primeiros rabiscos... E não parei mais. No meu perfil, que o site Absoluta publicou, digo porque eu escrevo: http://www.absoluta-online.com.br/conteudo_vivencias_expressao_carolina.html

..:PUBLICAÇÕES:..
* Só em agosto de 2005 resolvi tirar minhas poesias da gaveta e publicá-las, na internet, num blog que eu mesma criei, chamado Fadas e Poesias (duas coisas que gosto muito).
* Publiquei também em alguns sites para escritores como: "Site de poesias", "Recanto das Letras", "Garganta da Serpente", "Poetas Del Mundo" e "Blocos Online".
* Em março de 2006 fui convidada pela Andross Editora a participar de uma antologia poética com vários autores.
Publiquei então, minha primeira poesia, "Mais uma Vez" no livro Mosaico- Antologia Poética e, em julho desse mesmo ano, publiquei "Sutilmente Te Digo" na coletânea Caleidoscópio (da mesma editora).
* Em julho de 2006 comecei a escrever prosas...
* Em setembro de 2007, lancei meu primeiro livro solo: O VÔO DA BORBOLETA - NAS FASES DA LUA, pela CBJE (Câmara Brasileira de Jovens Escritores – RJ), com minhas melhores poesias.

"Um vôo poético pelas diferentes faces da alma feminina
em sintonia com as fases da lua."

* Já estou escrevendo meu segundo livro, de prosas, sem título ainda.

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..:INSPIRAÇÃO:..
Cada um escreve o que vai na sua alma, como vê a vida e sente as coisas...
Eu exponho o que há de melhor em mim. Escrevo o que minha alma grita (isso pode ser bom ou ruim)... Mas ela não grita só por mim! São muitas mulheres, vivências, amores, dores, sonhos, desejos. São sentimentos universais...

“Sou um ser contido no mundo e contenho o mundo dentro de mim."

Escrevo muito sobre deusas, fadas, bruxas, ciganas... Todos os arquétipos femininos. Gosto do universo da magia, da beleza e encantamento... Do sutil, do místico, do verdadeiro.
Fadas e borboletas: criaturinhas leves, livres e belas que estão sempre presentes na minha vida, alegrando, inspirando e trazendo muitas coisas boas.

Inspiração? Minha felicidade me inspira. Meu amor, minha fé, minha vida.

Obrigada pelo carinho, Carolina Salcides

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Foto de Fernanda Queiroz

O Show

O Show

Terça, 26/09/2006 - 23:23 — Fernanda Queiroz

Em meio aquela multidão eu me sentia perdida. Por mais que imaginasse nunca cheguei a pensar que pessoas poderiam ser tão apressadas e barulhentas.

Na hora de reservar meu ingresso optei pela geral, pensei que assim passaria despercebida, a idéia de camarote não me inspirava privacidade e sim destaque e como jamais tinha assistido a show de uma Banda famosa ou qualquer outra tudo era novidade. Minha experiência se resumia nas quermesses organizadas pela Associação Comunitária da Vila onde o som da banda dominical entoava valsas enquanto desfilávamos entre barraquinha de jogos e doces e aguardávamos os fogos, estes sim eram a estrelas das festas. Ficar olhando para cima vendo um pequeno zumbido se transformar em imensas partículas colorida era um espetáculo, mesmo que ás vezes acarretasse lembranças nostálgicas, eu amava aquele céu pontilhado de luminosidade.

Enquanto tentava entrar em um enorme recinto, daqueles que se vê somente pela TV, empurrada para lá e para cá por uma multidão que parecia não conhecer as normas da boa educação, estava pensando o que tinha me levado a tomar esta decisão.

Já havia se passado quase dois anos desde que falei com ele pela última vez, neste tempo tão forte quanto às lembranças que sobreviveram estava meu medo de saber o rumo que ele tinha dado a tua vida.
Afastei-me completamente do mundo das manchetes, onde certamente ele sempre seria destaque. Não lia revistas, jornais somente seção de investimentos e cultura, TV canal fechado sobre economia e agricultura, assuntos fundamentais em meu trabalho.
É claro que sem que eu pudesse evitar ás vezes os ouvia cantando, no radinho de pilha de algum operário, nas grandes magazines de eletrodomésticos na cidade, na faculdade onde os rapazes bonitos e famosos fazem à cabeça das garotas que até tatuavam em teus corpos nomes juntamente a desenhos exóticos.
No principio sofria muito por isto, depois sabendo que nada podia fazer, passei a ignorar, afinal quem tinha mandado me apaixonar pelo ídolo do Rock?

Finalmente tinha conseguido entrar no estádio onde a multidão se aglomerava onde estar á frente era certamente um privilégio para expressar o fanatismo que alterava o comportamento das mais diversas maneiras.
E agora estava ali, há poucos minutos e metros de onde ele entraria, duvidando de minha sanidade em ter tomado a decisão de ir vê-lo. Talvez se não fosse próximo à cidade que estava a trabalho há dois dias, jamais teria ido. Fui exatamente para ficar dois dias resolvendo questões de Marketing, mas era impossível não ver todos os outdoors espalhados pela cidade. Minha primeira reação foi de pânico, queria voltar sair correndo ao fitar ele entre o grupo sorrindo, como sorriu muitas vezes para mim... Deus...as lembranças voltavam em avalanche fazendo meu corpo estremecer, meu coração disparava, como aquele ressoar de buzinas que soavam atrás de mim, foi quando me dei conta que estava atrapalhando o transito e com mãos tremulas segui em direção ao hotel onde me hospedara, parando somente em uma loja especializada onde adquiri um potente binóculo, se fosse levar esta loucura a frente ele seria necessário, pois pretendia me manter mais distante possível e algo dentro de mim gritava para ir...Eu iria.

Já se passava 1 hora do horário grifado nos cartazes, a multidão que formara era tudo que jamais tinha visto, parecia uma disputa de quem conseguiria gritar mais alto, ou agitar mãos blusas lenços ou faixas mais altos. De onde estava bem retirada da multidão a tudo assistia ocultando minha ansiedade.

De repente os gritos se tornaram mais forte e contínuo em resposta a presença deles no palco.
Minhas mãos suavam tremulas, meu peito parecia que iria explodir lançando meu coração ao palco, por um momento pensei em desistir e sair correndo para meu abrigo, meu canto onde meus segredos me protegiam... respirei fundo, ergui a cabeça, encostei em uma pilastra, como se ela pudesse segurar meu fardo de dor, estava cantando acompanhado eloqüentes pela platéia minhas mãos levantaram o binóculo sem a pressa de quem esperou tanto por este momento, lentamente o ajustei aos meus olhos onde avistei gigantes holofotes, estava tentando me orientar, olhei em volta tentando ajustá-lo. Vi o baterista movimentado ao frenético ritmo que me fez piscar várias vezes, parecia a minha frente, lentamente movi para a esquerda encontrei o saxofonista, voltei-me para a esquerda devagar, quase sem respirar para não perder o foco, quando o vermelho da guitarra coloriu as lentes senti um impacto tão grande que parecia atingida por um soco no estomago.Engoli saliva inexistente, tentei suavizar os ressequidos lábios passando a língua por eles, meu peito arfava e meus olhos buscava naquela potente tecnologia, tua face amada.

Recosta bem no fundo, longe da entusiástica platéia sabia que precisava vê-lo. Determinada, ajustei as lentes tentando reencontrar o foco reluzente de tua guitarra e lá estavam tuas mãos a segurarem firmemente, dedos firmes dedilhando-a, mãos de artista. Fui subindo, encontrei tua camisa alaranjada, Deus eu amava esta cor em você, lembra-se daquele casaco? Quando o vi sabia que tinha sido feito para você. Caiu como uma luva ficou lindo como sempre foi, será ainda que o guarda? Ou estará jogado e esquecido em algum armário?

Pela camisa entreaberta pude ver tua inseparável medalha segura pelo fino cordão de ouro que cismava em colocar entre os lábios quando estava nervoso, como naquela vez que esqueci o celular desligado por toda tarde exatamente no dia que te aconteceu um imprevisto, tinha que viajar, e não conseguia contato. Quando conseguiu falar, a primeira coisa que disse... já mastiguei todo meu cordão... risos, era sinal de perigo... mas também das pazes de teus beijos ardentes de tuas palavras que compunha as mais belas declarações de amor.

Teu rosto... Deus... a barba feita, cabelos desalinhados como sempre te dando um ar de garoto, tua boca em movimento, cantando ... para a platéia...para o mundo, como gostava quando cantava só para mim que entre risos sempre podia ouvir dizer que me amava... muito, fitando-me longamente com este olhos da cor do oceano e infinitamente maior, pois era a janela que me transportava para as portas do paraíso que meus sonhos tanto almejaram.

Deus... é ele, meu eterno amor, há poucos metros de distancia, no palco, no teu show, no teu mundo.
A lente ficou turva, lágrimas desciam copiosamente por minha face, uma dor física me invadiu fortemente fazendo-me escorregar pela pilastra até encontrar o abrigo do chão, pensamentos desatinado trazia o passado de lembranças onde o presente se fundia em uma imagem com o olhar perdido na platéia.

Teus olhos sorriam as manifestações enlouquecidas, gritavam teu nome em todos os tons, gestos, mãos erguidas, cartazes, onde os pedidos nítidos requeriam tua atenção... teus olhos vagavam acompanhando em um misto de alegria e encantamento.
Olhos para o flash, foi como me disse um dia. Que era um olhar reservado á todas outras garotas do mundo... que para mim sempre seria um único e eterno olhar.
E agora? Que olhar era este? De flash? E se pudesse me ver, me olharia de novo como se tivesse me inventado? Como se tivesse me feito nascer a partir de teu olhar?

Levantei-me cambaleante, tonta, ouvindo o frenesi se tornar mais acentuado, você jogava rosas...a toalha que usou para secar teu rosto...como se doasse um pouco de você...e tudo de mim.

Às vezes vivemos em minutos, muito mais que em dias ou meses, minha mente parecia entorpecida diante da lente que deixava você tão perto quanto eu queria estar, teu rosto, teu sorriso, teu corpo... você do jeito que eu sempre amei... no mundo que não conhecia...no palco...na fama...tua vida, tua carreira, teu destino.

Sai caminhando devagar, virar as costas me custou muito... muito mesmo... nunca saberá o quanto...
A menos que um dia queira assistir um show... em um palco diferente... cheio de galhos e flores... talvez se quiser se juntar á platéia dos passarinhos... ouvindo somente o som de minha flauta, que mesmo tocando baixinho pode-se ouvir além do horizonte...

Fernanda Queiroz
Direitos Autorais Reservados

Foto de JGMOREIRA

MORTE DA MINHA VIDA

MORTE DA MINHA VIDA

Rastro dos meus passos
que acompanha meu desassossego
larga tuas garras dos meus galhos
não mata tua fome no meu desespero

Para de revolver-me por dentro
Abandona de vez meu corpo
Esfrega teus pelos noutra carne
Esquece definitivamente meu cheiro

Morte que não mata minha vida
suor que encharca meus cabelos
Te vejo em cada dia de agonia
anseio pelo dia para meu desespero

As noites me afastam de ti
Não durmo que o sono é distância
Ao mesmo tempo espero que esqueças
de vez o caminho que te trazes a mim

Amor dos meus amores,
ódio das minhas entranhas
Toques, gostos, odores
presentes nas lembranças

Tua distância é meu sofrimento
Perto é tormento
Esquecer-te, não posso
Chaga que sangra veneno

Das carícias de um dia amado
repousam descanso e medo
Nas despedidas sem piedade
Retornos da mais pura veleidade

Láudano que vicia
Metade cura, metade doença
Que minha mão finde o que se anuncia
antes que me finde tua ausência.

Foto de JGMOREIRA

DO MEDO

DO MEDO

Não há nada
O que há
O que verdadeiramente existe
É o medo
Esse sentimento universal
Que nos irmana
E distancia
Que faz com que eu te mate
Ou abrace
Dependendo do peso do medo

Não há tudo
O que há é esse
Excesso de coragem
De segredo
Que nos faz velar
Noite após noite:
O que com maior zelo guardamos
É o medo com que nos matamos
E nos consumimos
E nos entregamos a esse outro
Corpo túrgido de medo
Ao lado

O que vive
É o medo
O medo de estar calado
De estar só
Principalmente de estar só
Sem uma mão medrosa
Que nos afaste os cabelos
Da testa perolada de medo

Há o medo de acordar
amanhã cedo
de enfrentar o patrão
e horário
sem nada erguer em nome
do universo
por causa do salário

somos filhos do medo
pais do medo
nossas crias, decerto
investirão no futuro
irão ao espaço
encontrarão civilizações
E lá, nesse lugar
Alguém estará segredando
A um papel confessor
Que o que há é o medo
Essa incrível ausência
De amor.

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

CABELOS BRANCOS.

CABELOS BRANCOS

No auge da experiência...
Com os cabelos já grisalhos...
É que vem a consciência...
De que já estou ficando velho!!!

Com a carteirinha na mão...
E uma fila pra encarar...
Não vejo mais solução...
Por que é que fui aposentar!!!

Na conversa com companheiros...
É que você se da conta...
O assunto é só remédios...
E o descaso te afronta!!!

Para que servimos nós idosos...
Se nem podemos trabalhar...
Somos jogados pros cantos...
E ninguém pra nos respeitar!!!

Mas há de chegar o dia...
Que vão nos redescobrir...
Levantar nossa auto-estima...
E quem sabe nos readmitir!!!

Somos todos competentes...
Cada um em sua área...
Voltar trabalhar nos deixara contentes...
A ociosidade é que nos atrapalha!!!

Foto de JGMOREIRA

À PRIMEIRA VISTA

À PRIMEIRA VISTA

Quando tu me viste
Eu já sabia
Que me comerias
Que me beberias
Que te deliciarias em meus cheiros
Líquidos, vasos cheios
Nas noites quentes.

Quando puseste teus olhos
No meu peito, pernas
Eu já sabia que seria tua
Que dançaria na tua estranheza
Que derrubaria o que à mesa
Que te apunhalaria dezenas
Mas, mesmo assim, tu me terias
Enquanto rodopiasse a pena.

Quando me deparei com teus olhos
Acarinhando meus cabelos confusos
Observando meu rosto difuso
Fotografando minhas linhas
Algo me mordeu por dentro
Delatando-me tua tristeza
Tua venida incontida
Que minha vontade queria

Quando me viste, eu sabia
Tu já sabias que me comerias
Que eu não resistiria.
Quando é à primeira vista
Não existe valentia

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

ESFUZIANTE.

ESFUZIANTE

Ia passando a frente de uma vivenda...
Quando ouvi um sorriso feliz...
Parei para ver aquela prenda...
Que só podia ser uma atriz!!!

Rosto perfeito, cabelos arrumados...
Andar de modelo, e traje empetecado....
Bela ragazza, perfume de flor...
Um tanto deslumbrada, mas cheia de amor!!!

Fiquei de longe a observar...
O frescor daquela menina...
Estava tenso quase sem ar...
E o seu olhar me recrimina!!!

E ao tentar me retirar...
Um ola eu ouvi...
Virei ereto quase sem falar...
E seu cumprimento respondi !!!.

Esfuziante figura...
Charmosa e embriagadora...
Um tanto até imatura...
Mas muito sedutora !!!

Foto de Marta Peres

Filha És Flor de Açucena

Gosto de acariciar teu rosto.
Teus cabelos mais parecem
Campo de trigo dourado
E minha mão fica pequena
Como uma flor de açucena
Que delicada debruça
Sob o peso do orvalho.
Teu coração imenso
Maior que o firmamento
Encanta o meu olhar,
Faz que lágrimas derramem
Quando me ponho a te olhar...
Sinto neles o deslumbramento
E vejo estrelas no céu,
Mesmo sendo nas manhãs.
Tu me encantas desde tua chegada
és filha brilhante, amada,
estou perdidamente emaranhada
em teus fios de delícias e doçuras.
Já não encontro o começo da meada,
Não sei nem mesmo
Se há ponta de saída,
Meu amor por ti
vai num ritmo crescente
e subjuga meu pensamento.
Não me importo.
Amo-te filha, razão de minha existência
E quero teus nós de seda
Cada vez mais cegos e apertados
A me costurar nas malhas
Do meu amor de mãe,
Enquanto tu me amarras, mais e mais,
Permanecemos atadas no carinho
E na cumplicidade, amor de mãe e filha,
Própria trama redonda do novelo.

Marta Peres

Foto de Dennel

Brincando com o pecado

Senhor, livrai-me das tentações desta mulher, olhai para mim com Vossos olhos de misericórdia. Perdoai-me, se olho para estes seios palpitantes que me atiçam, estas coxas roliças que me fazem perder o juízo, estes cabelos sedosos que me alucinam. Senhor, evitai que eu me atire em seus braços em uma profusão de amor, com doces palavras sussurradas. Impedi que eu aceite o convite que me é dirigido tão docemente.

Que meus pensamentos profanos sejam perdoados; que sejam contidos os desejos mortais que percorrem meu corpo, em eletrizantes ondas de prazer, frente a esta imagem provocante.

Tenho o olhar preso da mais terrível loucura, que me entorpece os sentidos. As mãos suadas querem estender-se e percorrer com as pontas dos dedos a escura mata, explorando, por fim, a gruta dos prazeres infinitos.

Sejam refreados meus pés, que me fazem avançar para esta escultura de deusa, que de tão perfeita, torna-se imperfeita, pela proibição a mim exposta. Os suaves e provocantes aromas de femme fatalle adentram as minhas narinas, fundindo-se com o suor do desejo, exalado por minhas glândulas sexuais, que contra a minha vontade se multiplicam, deixando clara a minha concupiscência, que me lança antecipadamente nas ardentes chamas do Sheol.

Senhor, caso não alcance a Vossa benevolência, deixai-me perdido nos braços desta mulher, deixai que desfrute dos seus beijos, como se estivesse saboreando a fruta proibida. Permiti-nos que encontremos conjuntamente o mel que corre da dura pederneira, o maná produzido no Templo dos prazeres. E, caso morramos, que seja de amor e paixão.

Juraci Rocha Silva - Copyright (c) 2006 All Rights Reserved

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