Cabeça

Foto de Vágner Dias

Cansei de tudo

Hoje bateu uma solidão bandida que eu só queria um colo para encostar minha cabeça e fingir que o mundo lá fora não existe.. Hoje eu queria um abraço seu.. Daqueles que sufoca de tão apertado e ao mesmo tempo te protege de tudo. Hoje eu só queria ouvir sua voz dizendo" liguei para saber se você está bem", para sentir uma dor menos doida dentro do peito..Cansei de tanta mentira.Cansei de mentir pra mim.. Para ver se dói menos.. Cansei de me preocupar com quem não se preocupa comigo..cansei de sofrer de acordar indisposto, cansei de sentir o coração bater mais forte com uma sensação de arrependimento...de erro. Cansei de tudo..

Foto de fisko

Deixa lá...

Naquele fim de tarde éramos eu e tu, personagens centrais de um embrulho 8mm desconfiados das suas cenas finais… abraçados ao relento de um pôr-do-sol às 17:00h, frio e repleto de timidez que se desvanece como que um fumo de um cigarro. Eu tinha ido recarregar um vício de bolso, o mesmo que me unia, a cada dia, à tua presença transparente e omnipotente por me saudares dia e noite, por daquela forma prestares cuidados pontuais, como mais ninguém, porque ninguém se importara com a falta da minha presença como tu. Ainda me lembro da roupa que usara na altura: o cachecol ainda o uso por vezes; a camisola ofereci-a à minha irmã – olha, ainda anteontem, dia 20, usou-a e eu recordei até o cheiro do teu cabelo naquela pequena lembrança – lembro-me até do calçado: sapatilhas brancas largas, daquelas que servem pouco para jogar à bola; as calças, dei-as entretanto no meio da nossa história, a um instituto qualquer de caridade por já não me servirem, já no fim do nosso primeiro round. E olha, foi assim que começou e eu lembro-me.
Estava eu na aula de geometria, já mais recentemente, e, mais uma vez, agarrei aquele vício de bolso que nos unia em presenças transparentes; olhei e tinha uma mensagem: “Amor, saí da aula. Vou ao centro comercial trocar umas coisas e depois apanho o autocarro para tua casa”. Faço agora um fast forward à memória e vejo-me a chegar a casa… estavas já tu a caminho e eu, entretanto, agarrei a fome e dei-lhe um prato de massa com carne, aquecido no micro-ondas por pouco tempo… tu chegas, abraças-me e beijas-me a face e os lábios. Usufruo de mais um genial fast forward para chegar ao quarto. “Olha vês, fui eu que pintei” e contemplavas o azul das paredes de marfim da minha morada. Usaste uma camisola roxa, com um lenço castanho e um casaco de lã quentinho, castanho claro. O soutien era preto, com linhas demarcadas pretas, sem qualquer ornamento complexo, justamente preto e só isso, embalando os teus seios únicos e macios, janela de um prazer que se sentia até nas pontas dos pés, máquina de movimento que me acompanhou por dois anos.
Acordas sempre com uma fome de mundo, com doses repentinas de libido masculino, vingando-te no pequeno-almoço, dilacerando pedaços de pão com manteiga e café. Lembro-me que me irrita a tua boa disposição matinal, enquanto eu, do outro lado do concelho, rasgo-me apenas mais um bocado de mim próprio por não ser mais treta nenhuma, por já não me colocares do outro lado da balança do teu ser. A tua refeição, colorida e delicada… enquanto me voltavas a chatear pela merda do colesterol, abrindo mãos ao chocolate que guardas na gaveta da cozinha, colocando a compota de morango nas torradas do lanche, bebendo sumos plásticos em conversas igualmente plásticas sobre planos para a noite de sexta-feira. E eu ali, sentado no sofá da sala, perdendo tempo a ver filmes estúpidos e sem nexo nenhum enquanto tu, com frases repetidas na cabeça como “amor, gosto muito de ti e quero-te aos Domingos” – “amor, dá-me a tua vida sempre” – “amor, não dá mais porque não consigo mais pôr-te na minha vida” e nada isto te tirar o sono a meio da noite, como a mim. Enquanto estudo para os exames da faculdade num qualquer café da avenida, constantemente mais importado em ver se apareces do que propriamente com o estudo, acomodas-te a um rapaz diferente, a um rapaz que não eu, a um rapaz repentino e quase em fase mixada de pessoas entre eu, tu e ele. Que raio…

Naquela noite, depois dos nossos corpos se saciarem, depois de toda a loucura de um sentimento exposto em duas horas de prazer, pediste-me para ficar ali a vida toda.

Passei o resto da noite a magicar entre ter-te e perder-te novamente, dois pratos de uma balança que tende ceder para o lado que menos desejo.
É forte demais tudo isto para se comover e, logo peguei numa folha de papel, seria nesta onde me iria despedir. Sem força, sem coragem, com todas aquelas coisas do politicamente correcto e clichés e envergaduras, sem vergonha, com plano de fundo todos os “não tarda vais encontrar uma pessoa que te faça feliz, vais ver”, “mereces mais que uma carcaça velha” e até mesmo um “não és tu, sou eu”… as razões eram todas e nenhuma. Já fui, em tempos, pragmático com estas coisas. Tu é que és mais “há que desaparecer, não arrastar”, “sofre-se o que tem que se sofrer e passa-se para outra”. Não se gosta por obrigação, amor…
Arranquei a tampa da caneta de tinta azul, mal sabia que iria tempos depois arrancar o que sinto por ti, sem qualquer medo nem enredo, tornar-me-ia mais homem justo à merda que o mundo me tem dado. Aliás, ao que o teu mundo me tem dado… ligo a máquina do café gostoso e barato, tiro um café e sento-o ao meu lado, por cima da mesa que aguentava o peso das palavras que eu ia explodindo numa página em branco. Vou escrevendo o teu nome... quão me arrepia escrever o teu nome, pintura em palavras de uma paisagem mista, ora tristonha, ora humorística… O fôlego vai-se perdendo aos poucos ornamentos que vou dando á folha… Hesitação? Dúvidas?... e logo consigo louvar-me de letras justapostas, precisamente justas ao fado que quiseste assumir à nossa história. Estou tão acarinhado pela folha, agora rabiscada e inútil a qualquer Fernando Pessoa, que quase deambulo, acompanhando apenas a existência do meu tempo e do tic-tac do meu relógio de pulso. Não me esqueço dos “caramba amor”, verso mais sublime a um expulsar más vibrações causadas por ti. Lembro-me do jardim onde trocávamos corpos celestes, carícias, toques pessoais e lhes atribuíamos o nome “prazer/amor”. Estou confuso e longe do mundo, fechando-me apenas na folha rabiscada com uma frase marcante no começo “Querida XXXXXX,”… e abraço agora o café, já frio, e bebo-o e sinto-o alterar-me estados interiores. Lembro-me de um “NÃO!” a caminho da tijoleira, onde a chávena já estaria estilhaçada…
Levantei-me algum tempo depois. Foste tu que me encontraste ali espatifado, a contemplar o tecto que não pintei, contemplando-o de olhos cintilantes… na carta que ainda estava por cima da mesa leste:

“Querida XXXXXX, tens sido o melhor que alguma vez tive. Os tempos que passamos juntos são os que etiqueto “úteis”, por sentir que não dou valor ao que tenho quando partes. Nunca consegui viver para ninguém senão para ti. Todas as outras são desnecessárias, produtos escusados e de nenhum interesse. Ainda quero mesmo que me abraces aos Domingos, dias úteis, feriados e dias inventados no nosso calendário. M…”

Quis o meu fado que aquele "M" permanecesse isolado, sem o "as" que o completaria... e quis uma coincidência que o dia seguinte fosse 24 de Março... e eis como uma carta de despedida, que sem o "Mas", se transformou ali, para mim e para sempre, numa carta precisamente um mês após me teres sacrificado todo aquele sentimento nosso.
Ela nunca me esqueceu... não voltou a namorar como fizemos... e ainda hoje, quando ouço os seus passos aproximarem-se do meu eterno palácio de papel onde me vem chorar, ainda que morto, o meu coração sangra de dor...

Foto de fisko

Deixa lá...

Naquele fim de tarde éramos eu e tu, personagens centrais de um embrulho 8mm desconfiados das suas cenas finais… abraçados ao relento de um pôr-do-sol às 17:00h, frio e repleto de timidez que se desvanece como que um fumo de um cigarro. Eu tinha ido carregar um vício de bolso, o mesmo que me unia, a cada dia, à tua presença transparente e omnipotente por me saudares dia e noite, por daquela forma prestares cuidados pontuais, como mais ninguém, porque ninguém se importara com a falta da minha presença como tu. Ainda me lembro da roupa que usara na altura: o cachecol ainda o uso por vezes; a camisola ofereci-a à minha irmã – olha, ainda anteontem, dia 20, usou-a e eu recordei até o cheiro do teu cabelo naquela pequena lembrança – lembro-me até do calçado: sapatilhas brancas largas, daquelas que servem pouco para jogar à bola; as calças, dei-as entretanto no meio da nossa história, a um instituto qualquer de caridade por já não me servirem, já no fim do nosso primeiro round. E olha, foi assim que começou e eu lembro-me.
Estava eu na aula de geometria, já mais recentemente, e, mais uma vez, agarrei aquele vício de bolso que nos unia em presenças transparentes; olhei e tinha uma mensagem: “Amor, saí da aula. Vou ao centro comercial trocar umas coisas e depois apanho o autocarro para tua casa”. Faço agora um fast forward à memória e vejo-me a chegar a casa… estavas já tu a caminho e eu, entretanto, agarrei a fome e dei-lhe um prato de massa com carne, aquecido no micro-ondas por pouco tempo… tu chegas, abraças-me e beijas-me a face e os lábios. Usufruo de mais um genial fast forward para chegar ao quarto. “Olha vês, fui eu que pintei” e contemplavas o azul das paredes de marfim da minha morada. Usaste uma camisola roxa, com um lenço castanho e um casaco de lã quentinho, castanho claro. O soutien era preto, com linhas demarcadas pretas, sem qualquer ornamento complexo, justamente preto e só isso, embalando os teus seios únicos e macios, janela de um prazer que se sentia até nas pontas dos pés, máquina de movimento que me acompanhou por dois anos.
Acordas sempre com uma fome de mundo, com doses repentinas de libido masculino, vingando-te no pequeno-almoço, dilacerando pedaços de pão com manteiga e café. Lembro-me que me irrita a tua boa disposição matinal, enquanto eu, do outro lado do concelho, rasgo-me apenas mais um bocado de mim próprio por não ser mais treta nenhuma, por já não me colocares do outro lado da balança do teu ser. A tua refeição, colorida e delicada… enquanto me voltavas a chatear pela merda do colesterol, abrindo mãos ao chocolate que guardas na gaveta da cozinha, colocando a compota de morango nas torradas do lanche, bebendo sumos plásticos em conversas igualmente plásticas sobre planos para a noite de sexta-feira. E eu ali, sentado no sofá da sala, perdendo tempo a ver filmes estúpidos e sem nexo nenhum enquanto tu, com frases repetidas na cabeça como “amor, gosto muito de ti e quero-te aos Domingos” – “amor, dá-me a tua vida sempre” – “amor, não dá mais porque não consigo mais pôr-te na minha vida” e nada isto te tirar o sono a meio da noite, como a mim. Enquanto estudo para os exames da faculdade num qualquer café da avenida, constantemente mais importado em ver se apareces do que propriamente com o estudo, acomodas-te a um rapaz diferente, a um rapaz que não eu, a um rapaz repentino e quase em fase mixada de pessoas entre eu, tu e ele. Que raio…

Naquela noite, depois dos nossos corpos se saciarem, depois de toda a loucura de um sentimento exposto em duas horas de prazer, pediste-me para ficar ali a vida toda.

Passei o resto da noite a magicar entre ter-te e perder-te novamente, dois pratos de uma balança que tende ceder para o lado que menos desejo.
É forte demais tudo isto para se comover e, logo peguei numa folha de papel, seria esta, onde me iria despedir. Sem força, sem coragem, com todas aquelas coisas do politicamente correcto e clichés e envergaduras, sem vergonha, com plano de fundo todos os “não tarda vais encontrar uma pessoa que te faça feliz, vais ver”, “mereces mais que uma carcaça velha” e até mesmo um “não és tu, sou eu”… as razões eram todas e nenhuma. Já fui, em tempos, pragmático com estas coisas. Tu é que és mais “há que desaparecer, não arrastar”, “sofre-se o que tem que se sofrer e passa-se para outra”. Não se gosta por obrigação, amor…
Arranquei a tampa da caneta de tinta azul, mal sabia que iria tempos depois arrancar o que sinto por ti, sem qualquer medo nem enredo, tornar-me-ia mais homem justo à merda que o mundo me tem dado. Aliás, ao que o teu mundo me tem dado… ligo a máquina do café gostoso e barato, tiro um café e sento-o ao meu lado, por cima da mesa que aguentava o peso das palavras que eu ia explodindo numa página em branco. Vou escrevendo o teu nome... quão me arrepia escrever o teu nome, pintura em palavras de uma paisagem mista, ora tristonha, ora humorística… O fôlego vai-se perdendo aos poucos ornamentos que vou dando á folha… Hesitação? Dúvidas?... e logo consigo louvar-me de letras justapostas, precisamente justas ao fado que quiseste assumir à nossa história. Estou tão acarinhado pela folha, agora rabiscada e inútil a qualquer Fernando Pessoa, que quase deambulo, acompanhando apenas a existência do meu tempo e do tic-tac do meu relógio de pulso. Não me esqueço dos “caramba amor”, verso mais sublime a um expulsar más vibrações causadas por ti. Lembro-me do jardim onde trocávamos corpos celestes, carícias, toques pessoais e lhes atribuíamos o nome “prazer/amor”. Estou confuso e longe do mundo, fechando-me apenas na folha rabiscada com uma frase marcante no começo “Querida XXXXXX,”… e abraço agora o café, já frio, e bebo-o e sinto-o alterar-me estados interiores. Lembro-me de um “NÃO!” a caminho da tijoleira, onde a chávena já estaria estilhaçada…
Levantei-me algum tempo depois. Foste tu que me encontraste ali espatifado, a contemplar o tecto que não pintei, contemplando-o de olhos cintilantes… na carta que ainda estava por cima da mesa leste:

“Querida XXXXXX, tens sido o melhor que alguma vez tive. Os tempos que passamos juntos são os que etiqueto “úteis”, por sentir que não dou valor ao que tenho quando partes. Nunca consegui viver para ninguém senão para ti. Todas as outras são desnecessárias, produtos escusados e de nenhum interesse. Ainda quero mesmo que me abraces aos Domingos, dias úteis, feriados e dias inventados no nosso calendário. M…”

Quis o meu fado que aquele "M" permanecesse isolado, sem o "as" que o completaria... e quis uma coincidência que o dia seguinte fosse 24 de Março... e eis como uma carta de despedida, que sem o "Mas", se transformou ali, para mim e para sempre, numa carta precisamente um mês após me teres sacrificado todo aquele sentimento nosso.
Ela nunca me esqueceu... não voltou a namorar como fizemos... e ainda hoje, quando ouço os seus passos aproximarem-se do meu eterno palácio de papel onde me vem chorar, ainda que morto, o meu coração sangra de dor...



Foto de odias pereira

"INSÔNIA " ...

O relógio esta marcando duas horas da madrugada,
E eu tento na leitura de um livro adormecer.
Me enrrosco, me viro me cubro e o sono nada,
E assim a noite passa, e eu vejo o dia amanhecer.
Toda noite acontece essa rotina,
Fico noites, e mais noites, sem dormir.
Tomar remédio aumenta mais a adrenalina,
E o sol nasce e eu tenho sempre que assistir.
Perdi o sono, logo após perder você,
Não me conformo de você ter ido embora.
Não imagino o motivo e nem porque,
Me diga a onde eu errei me fale agora.
Me diga por favor o que eu fiz,
Me tire da cabeça esse tormento.
Perder você meu amor eu nunca quis,
Mais uma noite sem você eu não aguento...

São José dos Campos SP
Autor; Odias Pereira
19/03/2011

Foto de Jessik Vlinder

Juventude

(Para um amigo)

Tu deves saber que por horas falas como se tivesse sessenta anos. Essa coisa toda de armadura, de maturidade... A verdade é que sempre seremos sedentos por novas emoções. O inusitado, o diferente, o novo sempre nos atrairá perturbadoramente. Aí é onde entra a tal maturidade que nos faz pensar duas vezes e não permite que nos arrisquemos tanto. Mas a vida fica tão gostosa quando corremos esses riscos. E eu sei sim que é coisa de jovem (Sendo assim existem mesmo quantos jovens na terceira idade?). Acho que uma característica forte da juventude é essa "inconsequência" que nos leva a descobrir o desconhecido, que nos faz aprender e a ter momentos únicos. Inconsequência que também nos fere, nos castiga e maltrata de vez enquando, mas que geralmente faz valer a pena. Eu sei que é inevitável não cuidar cada vez mais das nossas defesas à medida que vamos vivendo. Como se cada nova experiência dolorosa se transformasse num pequeno trauma, e de traumas em traumas deixamos nossa armadura pesada, inflexível e bem resistente, infelizmente resistente a coisas boas também. De traumas em traumas vamos envelhecendo porque perdemos a ânsia de viver coisas fantásticas por causa do medo. Por compararmos inevitavelmente com o que já passou, com o que já doeu e acabou. O problema é que às vezes esquecemos de que mesmo em situações, lugares e circunstâncias iguais, as pessoas mudam e principalmente nós mudamos. Talvez pensar assim me faça ser tão impulsiva. Me faça ser precipitada. Me faça cometer certas loucuras vez por outra...
Olha, eu não tô descartando nada que falastes. Afinal, precisamos do equilíbrio! É preciso sabedoria, sensatez e bom senso até para fazer loucuras não é mesmo? Deve ser por isso que tantos dizem "Como eu queria ter meus 20 com a cabeça de hoje...". Só não acho que precisemos ser tão relutantes, receosos e pessimistas, principalmente quando estamos ficando mais velhos. Porque se estamos amadurecendo juntamente com a idade é muito mais fácil de "guiar" nossos sentimentos. Nem sempre temos o controle destes e das emoções, sentimos muitas vezes mesmo sem querer. Mas diferente dos adolescentes imaturos, podemos domar nossas feras não nos tornando reféns daquilo que não deveríamos sentir. A diferença é que conseguimos gritar com nosso coração e fazê-lo nos obedecer quando ele estiver teimando demais. Podemos ter o controle e com menos dor e mais tranquilidade mudar nossos caminhos.

Foto de Willian Esledi

O Sonho

sou aquele que sempre adava sozinho sem rumo

sou aquele que amigos poucos tem mais verdadeiros são

sou aquele que busca o caminho pra ser feliz

sou aquele que se pergunta todos os dias..

porque eu nasci ?

porque nada é do jeito que a gente quer ?

porque a vida tem que ser tão injusta assim ?

porque ?

porque?

Porque ?

Estou cansado não aquento mais esse sofrimento..paro penso..

Por que não pego uma punhal em enfio bem no fundo de meu coração ?

Por que sou medroso tenho medo da dor da do punhal entrando em meu peito

Mais a dor desse punhal nem se compara a dor que estou sentindo no meu coração nesse momento…

Doe mais muito mais do que um punhal entrando em meu peito e rasgando meu coração

Olho pro céu peço a deus..

Por favor senhor Deus faça essa dor parar faça com que ela se amenise

Coloque a mão na cabeça daquela que esta distante faça ela pensar em não me deixar

São tantas as coisas que eu poderia pedir mais a única que eu quero é

O amor dessa pessoa so quero vela ao meu lado so quero me sentir amado outra vez

Ameninse nossa dor tire essa dor de nosso peito..

Pois já não aquento mais estou morrendo, morrendo por dentro morrendo aos poucos

Sou aquele que so quer estar ao lado da pessoa que ama

Sou aquele que esta lutando com todas as forças para que ela não deixe com que esse sonho acabe

Sou aquele que quer fazer esse sonho se tornal real…

E sei que vai se tornal real..

Pois eu sei que nada nesta vida é impossível sonhar lutar,lutar já mais desanimar

Que um dia vamos nos encontrar.

Olhar um nos olhos do outro e falar, agora nosso sonho não é mais sonho

Agora é tudo real o que sempre quisemos que aconteça, aconteceu

Vou te abraçar e falar o quanto você me é importante

O quanto você me traz paz

O quanto você me faz feliz

E por fim te beijar e tudo se realizara.

Poesia que escrevo com lagrimas nos olhos de tanto chorar

Apenas por não querer que você se va ..

Não se va vem me abraçar.

Sou aquele que um sonho realizara , o sonho de te amar.

Autor: Willian Esledi.

Foto de Crucruzinha

Testemunho

Não há vida sem senão em que tudo corra bem e nada nos maltrate pelo caminho.
Problemas sem fim, sofrimento enfim... Tudo parte daquilo que nos foi destinado: a vida.
A dor irá perseguir até a morte chegar mas até lá teremos simplesmente que lutar. Manter a cabeça erguida e a esperança acesa são as únicas soluções e só assim acabaremos por captar algum momento bom nesta miséria de vivência.
Alegrias e tristezas advêm da família, do amor, da amizade, da saudade e do nosso "eu", mas de tudo isso advêm também a nossa história e essa temos que guardar como testemunho da nossa existência.

Foto de Tehana Madra

O VENENO QUE CIMENTA A ALMA

De todos os sentimentos, a culpa é sem dúvida o mais forte porque reduz seu campo de ação. A culpa destrói sua capacidade analítica, aumenta sua sensação de fracasso e te reduz a condição de um espectro. Para solucionar esse sentimento nefasto você precisa primeiro ter humildade, segundo; coragem, porque é muito difícil para o ser humano admitir sua falibilidade, ele quer vencer sempre. Logo, prefere ignorar um sentimento que o atormenta que admitir o erro. Todavia, a culpa é como um germe que vai degustando paulatinamente seus nervos, infectando sua carne, te deixando combalido; cheio de escaras até você gritar por morfina para aliviar a dor. Como você tem consciência desse mal estar que a culpa causa, então não é melhor reconhecer a falha e pedir perdão? Ou você prefere se decompor até ser atirado na sarjeta como um alienado mental? Pense, reflita sobre sua finitude diante da vida e veja como é bom cultivar dentro de si sentimentos positivos como, amor ao próximo, humildade, solidariedade e liberdade para pôr a cabeça no travesseiro e refugiar-se no sono dos justos. Essa é uma postura leve, profunda e reflexiva de quem é filho daquele que gerou todas as formas de vida na terra e presenteou você, criando-o á sua imagem e semelhança.

Foto de Antonio Zau

Boas vindas

Abro a porta e com meiguice te recebo
Nesta tarde fresca no meu lindo território
Depois de muita sede as tuas lágrimas bebo
Talvez na minha vida obtenha o necessário

O meu mundo toma um novo brilho
Com você juntos a espera dum filho
Não sei como exprimir a alegria
Que sinto depois de tanta porcaria

Espero que comigo bem te comportas
Para que aos vizinhos não sejas expostas
Mesmo que o clima do dia se encontra escuro
Assim provas a todos que sem você eu paro

Recupero a minha cabeça nesta altura
Por termos alcançado no enlace a postura
Do verdadeiro amor pois embora agressivo
Mas connosco não deixou de ser recreativo

Foto de Antonio Zau

Anel perdido

Já pensei como recuperar o anel perdido
Depois de muita tempestade na minha vida
Que transportou para o inferno o amigo querido
Que no passado encorajou-me bastante na corrida

As cicatrizes ainda as tenho no meu coração
Mas não quer dizer que fico com a cabeça tonta
Pensando nos caminhos estreitos da imprecação
Que nutriu este brilho que em mim se desponta

Agradeço os que me deram um pedaço de pão
Quando o meu começo ainda não fosse visível
E que Deus esclareça ainda mais a sua visão
No decorrer de viver desta vida tão terrível

Terei o meu anel de volta a qualquer momento
Mesmo que passam anos a esperança não morre
Com ele nas mãos nunca serei levado pelo vento
Quando me encontro na beira da morte me socorre

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