Na busca da felicidade que cada ser humano faz,
Esquece da água da vida, cujo nome eterno é paz.
Encontra paz no momento em que se perde na vastidão
Que surge no firmamento, ou, dentro do coração.
E, quando pára um instante a busca da tal segurança,
Encontram-se mil motivos para se sentir uma criança.
A paz apresenta sua face no buquê de flor vermelha,
E no barco, em meio às ondas, que refletem as luzes acesas.
Também vem daquelas estrelas que povoam o firmamento,
E embalam as emoções que varrem o pensamento.
Seja a garoa que chega e invade o céu devagar;
Seja o sol avermelhado que, de manso, tinge o mar;
E até o canto do pássaro tão alegre, o dia faz,
Traz a luz e a quietude: traz o movimento da paz.
Os pardais na goiabeira, beija-flores de brilho intenso,
A paz de uma confidência a aliviar o pensamento,
São mínimos raios da Essência a se apresentar num lampejo.
E, no momento mais precioso de um susto abençoado
Recebe, então, do amado o mais esperado beijo.
Feito à hora do crepúsculo, quando o mistério se faz
Tudo se torna uno no movimento da Paz.