Borboletas

Foto de Henrique Fernandes

AMAR-TE É RELEVO DE LUZ

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Todos os poetas escrevem o amor
Eu, poeta guloso, escrevo sobre ti
Enquanto o Sol fizer parte dos dias
Também tu farás parte da minha vida
Teu sorrir é como o voar das borboletas
Quão belos os tons da primavera
És o teor das minhas alegrias
Se não amasses o mundo não existia
Antes de ti a tristeza era pedra dura
Mas que a teu lado é um castelo de areia
Que o teu toque quente desfaz em pó
És o fruto que delicia minha vida
És a vida dos meus frutos maduros
Teu olhar filtra-me as emoções
Guardando o bom sentir de ser teu
Proteges-me numa bolha de ar fresco
Tão puro quão o brilho verdadeiro
Que não pára de brilhar na tua aurora
E brinda a sinceridade da vida
O teu toque audaz é moldado de paz
Desmantelando segredos transparentes
Dando-lhes um tom palpável
Pelo meu saber-te viva no meu existir
Amar-te é relevo de luz que chama a atenção
Á coordenada que devo e não temo seguir
Pelo caminho de nós amantes
Da verdade que nos é bombeada no coração
Com sabor á vida que valha viver
Sem silencio enfeitando o rosto de amor

Foto de Carmen Lúcia

Queridos amigos!Volto a postar essa poesia, que tem um grande significado para mim. Eu a criei para uma pessoa muito querida...

uma prima-irmã, com a qual convivi durante todo o tempo em que ela esteve entre nós(faleceu nesse último domingo de Páscoa).E ainda convivo, pois nada irá romper nossa sintonia.
A poesia é a "cara" dela.Deus me inspirou para que eu a fizesse assim.Talvez eu não participe assiduamente do site, pois a dor que sinto é muito grande ainda.

"Prima Vera"(homenagem póstuma a minha querida prima)

O inverno se foi...
Levando sentimentos frios.
O sol despontou...
Acariciando folhas caídas
Que ganharam nova vida...
Ressuscitando pétalas mortas, vencidas.
Um suave aroma é soprado pela brisa
Que se espalha no ar feito canção, numa fusão de essência de alfazema, lavanda, almíscar...

Borboletas desfilam suas cores
E disputam flores com os beija-flores...
Rastros verdejantes, o matiz das cores
Invadem campos, despertam amores...
Abro a janela! Tão bela! É ela!
Veio com a primavera...
Como a primavera...
Minha prima Vera!
Exalando olores, toda a exuberância,
Porte e elegância, dignos da estação!
É ela! Tão bela!
Veio com a primavera!
...Minha
....prima
.....Vera!

Sua prima,

Carmen Lúcia

Sua lembrança ficará guardada para sempre em meu coração, como a beleza eterna da Primavera!

Foto de DAVI CARTES ALVES

GARIMPAGEM DE DIAMANTES NAS SEARAS DA LITERATURA 4

“ A mulher madura,

... Seus olhos não violam as coisas, mas as envolvem ternamente. A mulher madura é assim, tem algo de orquídea que brota exclusivamente de um tronco, inteira. Não é um canteiro de margaridas jovens tagarelando nas manhãs.

Cada idade tem seu esplendor. É um equívoco pensá-lo apenas como um relâmpago de juventude, um brilho de raquetes e pernas sobre as praias do tempo. Cada idade tem o seu brilho e é preciso que cada um descubra o fulgor do próprio corpo ”

“ Presentear, na verdade, é isto. É dizer: eu não vim apenas te ver, através do meu presente, eu vim permanecer. ”

“ Se quer ir ao cinema as três da tarde, vá. Se quer sair para tomar sorvete ás cinco, vá. Você vai acabar redescobrindo uma certa luminosidade que as manhãs ainda tem e que a tarde tem mais mistérios do que o pôr-do-sol pode nos pintar. ”

“ Ganhei duas crisálidas de borboletas. Aprendi a ver nesses casulos as asas que se desenharão em algum céu. Seguro nas mãos essas formas vivas disfarçadas de vegetal.

... No meu quarto, dependuradas num vaso de samambaias, duas crisálidas me contemplam . Elas sabem, mais que eu, a que horas duas estupendas borboletas sairão do útero do tempo para esbaterem contra as vidraças do dia. ”

“ A trepadeira no terraço, que avança dois-três centímetros cada jornada, seguindo o fio de náilon do tempo, me ensina a direção das coisas. O vento sopra pelas costas de suas folhas e ela navega verde pela pilastra como uma caravela reinventando o seu concreto mar. ”

“ ... Pois não se sabe por que estranhos caminhos de sublimação há pessoas que, embora roxas de levar tanta pancada na vida, têm, contudo, um arco – íris n’alma. ..

Nunca vi o Sol se queixar no entardecer. Nem a lua chorar quando amanhece ”

“ As vezes um texto parabólico e elíptico pode nos dizer mais, que outros pretensamente objetivos ”

“ A historiadora Denise Bernuzzi de Sant’Anna anda fazendo entre nós o elogio a lentidão. A violência tem a ver com a velocidade. É bom pensar nisso. Pela pressa de viver as pessoas estão esquecendo de viver. Estão todos apressadíssimos indo a lugar nenhum.

... Era lento em aprender as coisas na escola, mas quando aprendia algo o fazia com mais profundidade que os demais ... Mas de novo vos digo: sejamos delicados. E, se necessário for, cruelmente delicados. ”

“ Fazer 30 anos é coisa fina, é começar a provar do néctar dos deuses e descobrir que sabor tem a eternidade. O paladar, o tato, o olfato, a visão e todos os sentidos estão começando a tirar prazeres indizíveis das coisas.

É como a ave que canta, não para se denunciar, senão para amanhecer. Chegar aos 30 é hora de se abismar. Por isso é necessário ter asas, e sobre o abismo voar. Fazer 30 anos, bem poderia dizer Clarice Lispector, é cair em área sagrada.

Um dia eu fiz 30 anos..., era um homem e seus 30 anos, um homem e seus 30 corpos, como os anéis de um tronco, cheio de eus e nós, arborizado e arborizando, ao sol e a sós ... Já se sabe que um tempo em nós destila, que no tempo nos deslocamos, que no tempo a gente se dilui e se dilema”

“ Despir um corpo pela primeira vez, é conhecer pela primeira vez uma cidade. E os corpos da cidades têm portas para abrir, jardins de repousar, torres e altitudes que excitam a visitação. .. E como o corpo, querem que alguém as habite com intimidade solar. Porque o corpo do outro não pode ter a sensação de perda, mas a certeza de que algo nele se somou, que ele é um objeto luminoso que a outros deve iluminar.

... frágil pode trincar em alguma parte, e os menos resistentes se partem, quando aquele que os toca, os toca apenas com a cobiça e nunca com a generosa mansidão de quem veio pela primeira vez, e sempre, sempre para amar.”

Pepitas de diamantes, extraídas Do livro:

Coleção Melhores Crônicas – Afonso Romano de Sant ’Anna
Global Editora

poesiasegirassois.blogspot.com

Foto de Sonia Delsin

DE BORBOLETAS E ESTRELAS

DE BORBOLETAS E ESTRELAS

É feito de tanta coisa o meu dia.
Não posso falar que minha vida é vazia.
É feito de borboletas meu tempo...
... E de estrelas...
E de noites pra sonhar.
Aliás, posso sempre sonhar.
Posso voar... divagar... viajar.
Se tenho borboletas e estrelas na minha vida habitando,
tenho todo o direito de viver sonhando...
Nos meus sonhos encontro tanta alegria.
Existe em meu mundo tanta poesia.
Sim. Definitivamente tenho tanto pra me preencher.
Adoro viver.
Adoro ser este ser que sou.
Este ser deslumbrado.
Tenho sim o meu mundo encantado.

Foto de diny

DOCE LÍRIO

DOCE LÍRIO

Nas montanhas do gozo; um lírio trêmulo
tão belo, tão mimoso, tão branquinho, tão pequeno.
Tremes?!ah...há tanto de ti nos meus suspiros!
Ai não sabes o que te amo doce lírio.

Tudo em mim te divisa pleno;
força,essência, sentimento, jeito.
Tudo me quer dentro do teu peito
Até lágrimas tercem caminhos.

Pra beber na concha de tuas mãos;
o teu amor,
o teu carinho,
e nos quer bem juntinhos, meu amor.

Então vou!
Pra amarmos um pouco, um pouquinho.
Mas meu amor;
Não me deixa ficar presa no teu olhar.

Senão posso ficar pra sempre tá?
Mas deixa-te capturar,
e fujamos por aí,
pela vastidão de nossos sonhos!

vamos caminhar,
de mão agarradas e pés descalços
pra que o rumor de nossos passos,
não assustem as borboletas nem os passarinhos

Nem se assustem meu amor
com nossos beijos, nossos abraços
nem ouçam nossos carinhos quentes
nem o farfalhar de nossas carícias.

Ah só as estrelas poderão conversar com a gente!
E só a lua poderá desaguar de nosso olhar;
Os nossos ais e suspiros,
os nossos enlevos de prazer.

Mas só o céu e a noite,
poderão ver estupefatos
a gente se amando tanto...tanto!...
Respirando só amor, até ao amanhecer.

Foto de DAVI CARTES ALVES

A FLOR E A BORBOLETA

Em você,
assim como nas mais raras e belas flores,

só devem pousar borboletas, com
multicoloridas asas de seda,
e delicadas anteninhas de ouro.

poesiasegirassois.blogspot.com

Foto de Soninha Porto

ROSA PURA

o ventre macio
esconde a flor

cálida e úmida
desabrocha pura

desliza num jardim
que lhe acaricia
pétala-a-pétala

uma loucura

jeito de rainha
adona-se do lugar

à volta
volitam borboletas
beijam-na suaves

brincam no néctar
do amor

as veste mais púrpura
procura seu par

talo e rosa
mesclam odor

de tão perfeitos
viram flor.

Foto de Carmen Vervloet

CHUVA DE LEMBRANÇAS

Chuva de Lembranças

Como é bom ter olhos para ver o mundo!
O céu nublado olhado de um jeito profundo!
Escoando chuva miúda, límpida, fina...
Regando meu amado jardim, com água tão cristalina!
O verde relaxante das folhagens que vem e vão...
Contrastando com flores coloridas que gratuitamente se dão...
Flores e folhagens unidas num perfeito casamento,
Embalando sonhos lindos, trazendo a tona latente sentimento.

Volto ao tempo de infância...
E a chuva, as flores, o cheiro de terra molhada...
Trazem a saudade, o perfume, a fragrância...
Dos tempos felizes de criança,
Vividos na casa caiada...

Vejo-me a caçar borboletas...
O riso fácil, os pés descalços pisando a lama macia!
Ouço a voz de mamãe: “Menina sem juízo, vais ficar doente”!
E a voz de papai, que para ouvir novamente tudo daria!...
“Velha, deixe a menina, isto faz bem, ela está contente”!

E nas noites bordadas de chuva,
Papai, velhas histórias de família, a contar...
E eu agachada a seus pés, excitada,
Com os olhos qual um sol a brilhar...
Queria saber de tudo, queria eternizar o momento,
Para sentir da sua voz o calor...
Que no frio da minha terra me aquecia com amor.

E em cada gota de chuva que cai no meu jardim...
Lembranças de momentos vividos...
Brancos, imaculados como o jasmim.
Momentos de ternura que voaram ligeiros...
Como os pássaros que agora da chuva querem se abrigar...
Momentos de aconchego
Que só o calor de uma família feliz pôde dar!

Momentos que no tempo passaram...
Mas em mim eternamente ficaram...
Momentos do passado, mas que em mim estão presentes...
Momentos que me questionam,
Quando num futuro ameaçador penso estar ausente.
Tantos momentos felizes,
Incontáveis como as gotas de chuva
Que agora o céu escoa...
Momentos cristalizados no coração da menina
Que continua correndo atrás da borboleta esperança que voa...

Carmen Vervloet

Foto de Maria Goreti

AMOR SELVAGEM

AMOR SELVAGEM

Era platônico...
E era tão lindo!

Os campos,
A relva úmida,
As flores
Olhares de soslaio...

O toque das mãos
Através da vidraça...
Sinais,
Sorrisos,
Os vaivéns de beijos...

O piquenique,
A toalha sobre o relvado,
A cesta de quitandas...
As sombras das árvores,
Os trinados dos pássaros...
O volitar das borboletas...

O encontro,
As mãos entrelaçadas,
O toque ousado e sutil
Dos pés por sob a mesa...
Velas, cristais, vinho e sobremesa...
Rompem-se as tramas das sedas,
Transbordam as taças... (Maria Goreti Rocha)

O desejo...
Os corpos suados, calientes
Se enroscam como no cio as serpentes
Se acariciam por inteiro...
Sugam os poros, a respiração
Aceleram as batidas do coração
Se amam como dois selvagens animais

Os olhos
explodem num brilho estelar!
Os gritos...como de um lobo
Defloram os ouvidos
Fazem perder os sentidos..
Fazem ir aos céus e voltar
E aí, no auge do êxtase, do deleite,
Alimentam-se o corpo, a alma
com o leite do prazer! (Benvinda Palma – Bemtevi)

©Maria Goreti Rocha & ©Benvinda Palma

Foto de Carlos Donizeti

Carta para mim mesmo.

Carta para mim mesmo.

Meu amigo, Carlos Donizeti, espero que esta carta possa encontrá-lo gozando das mais perfeitas bênçãos, embora a mim não possa dizer o mesmo. Como sentimos a falta da tua presença e das tuas falas, não deste homem culto e formado, mas daquela criança, aquele moço companheiro que não saia aqui desta casa. Às vezes quando penso em ti, tuas palavras de conforto para os jovens necessitados, os cantos de meus olhos lagrimejam, merda de vida... Não sei o que aconteceu que de repente tu olhaste para o céu, como me disse que ouviu: O que eu faço aqui. Isso foi o suficiente para que num dado momento seus olhos faiscassem, e tu não ouvisse mais nenhuma pessoa, e partiste. No inicio procuramos ser fortes, mais aos poucos fomos aos pouco rendendo as fraquezas e por fim surgiram as lágrimas. Teus amigos mais estimados não suportaram tua partida e foram, somente alguns poucos ainda moribundam esperanças de tua volta. Não sei onde estás realmente se és feliz, talvez esquecesse quantas vezes nós e uns grupos de meninas aos finais de semana iam numa pequena lagoa aqui bem pertinho, só bastava uma garrafa de licor para sermos felizes, talvez se esquecesse das noites enluaradas, dos bailinhos nas casas de nossos amigos e das pescarias. Meu amigo quando os pés de laranjas brotam em flores isso aqui parece um paraíso, vem as mais lindas borboletas a beijar em flor em flor, sei que talvez nem se importe mais. Às vezes passos na casa de seus pais, que mesmos cansados ainda sentam na varanda da casa, sua mãe e teu pai já de cabelos bem branquinhos como dois anjinhos colados não te esqueceram. Às vezes nos anoiteceres de natal e véspera de ano novo me reúno com tua família, e sinto que falta faz tua presença.

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