Barcos

Foto de Sonia Delsin

QUEM ÉS?

na intimidade de meus lençóis eu sonhava
ia a lugares inusitados
barcos afundados
encontrava seres naufragados
ia aos confins do mundo
a baías desconhecidas
a remotos mares
ia, ia
e me compadecia
dos seres que encontrava
das situações
questionava quais seriam as razões
que motivos poderiam existir para tanta desolação?
era tudo estranho
e me parecia tão familiar
dentro do sonho eu me perguntava
que é isto? onde fica esse lugar?
foi aí que surgiu alguém
vi uns pés descalços vindo em minha direção
ergui os olhos, firmei a visão
ele transparecia em luz
pensei: é Jesus!

Foto de Paulo Gondim

Ainda existe

AINDA EXISTE
Paulo Gondim
02/11/2014

Ando por caminhos diversos, longos, vazios
E neles, sempre encontro tua lembrança
Os mesmos caminhos que outrora passamos
Aqueles caminhos de nossa esperança

Fomos felizes. Uma descoberta nova
Difícil, quase impossível, verdade!
Mas um belo presente da vida
Apaixonamo-nos, ainda, nessa idade

E os caminhos agora se bifurcam
Andam em rotas paralelas
Se não te procuro, tu te escondes
Como barcos que perdem suas velas

Mas continuo por aqui, e não me canso
Insisto nessa saudade que persiste
Quem sabe te veja, talvez em sonho
Sonho de um amor que ainda existe

Foto de Carmen Vervloet

Ondas do Mar

Brancas ondas do mar
Que vestem em rendas as areias
Embalam barcos a navegar
Encrespam os cabelos das sereias...

Inquietas ondas do mar
Que invadem minha íntima praia
E vem buscar meu triste olhar
Que sobre seu mar se espraia.

Cantantes ondas do mar
Que desenham seu palco sobre a areia
Melodiosas a me incitar
A flertar com a lua cheia.

Revoltas ondas do mar
Que quebram este meu sonho moço
Nos meus versos a se enroscar
Neste poema que não ouço.

Foto de Carmen Lúcia

Tributo à Vida

Vida, grata por manter-me viva.
Ver o sol nascer devagarinho,
aquecer o mundo e num toque de carinho
derreter geleiras de corações truncados,
olhares vazios, janelas emperradas.
De almas aflitas que anseiam ser tocadas.

Vida, grata por manter-me viva.
E poder ver o vaivém do mar...
O festival de barcos e velas içadas
Indo e vindo em ondulações e emoções
no verde-azul das águas...
Caminho de sonhos, partidas e chegadas.

Vida, grata por manter-me viva.
Andar pela relva ainda molhada
de orvalho suave da madrugada
a refrescar meus pés durante a caminhada
numa estrada salpicada de dor e muita flor,
onde o espinho não penetra tanto quanto o amor.

Vida, grata por manter-me viva.
E me ter guardado boas lembranças do passado.
Hoje tenho o presente em minhas mãos.
É nele que me situo e meu viver é compactuado.
O amanhã é penumbra que o tempo engole,
é rédea fora de meu controle.

Vida, grata por manter-me viva.
E ter o privilégio de confabular com o universo
tentando entender toda a dimensão de seu mistério,
pedindo estrelas para enfeitar meu verso
e à lua, nova fase para que eu sempre recomece
crescente, cheia de vida, da alegria que permanece.

_Carmen Lúcia_

Foto de P.H.Rodrigues

Maçãs do Lago

As portas se abrem para lagos diversos,
com barcos a espera, a céu aberto.
Onde os pássaros voam, e a brisa nunca para,
onde o ar é limpo e não há linha que separa,

o Hoje, o Amanhã, o Ontem.
Tudo passa e volta, tudo volta e vai
Mas nada se perde, apenas se adiciona

Flutuando no meio dos lagos, sorrindo para si mesmo
e enxergando através das águas que parecem um espelho
as voltas dadas e os caminhos trilhados,
acaba adicionando água ao lago, emocionado.

O reflexo se vai e ficam as gostas escorridas nas maçãs,
dando vitalidade, realçando o teu brilho e contorno,
aumentando as cores para que se pinte um novo amanhã.

Foto de SATURNNO

Na beira do cais

É devagar que as ondas batiam na beira do cais.

É devagar que gaivotas e guarás

Voavam por sobre ilhas e manguezais,

E devagar atracavam os barcos coloniais.

E devagar eu caminhava de volta, pachorrento,

Para o fim de mais um dia lento.

E nesse tempo sem tempo contar,

Onde era possível até o vento escutar,

Eu vivi no infante alento da aurora garrida,

Da minha inocência querida,

Carregada pelos ventos da vida,

Que os tempos não trazem mais.

E devagar eu via as ondas batendo na beira do cais.

João F..R. 30/04/2012

Foto de Marilene Anacleto

Renascer

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Gaivotas bicam pequenos peixes.
Cães perdidos, lindos, farejam restos
De peixes extintos,
Antes do nascer do sol.

Nuvens incandescidas refletem
Ondas ao longe,
Enquanto as rendas esparsas,
Iluminadas,
Massageiam meus tornozelos.

Pés descalços,
De areia e águas banhados,
Outrora de unhas pintadas,
Hoje respiram aliviados.

Surgem pequenos barcos,
Seguidos por bandos, em alarido,
Enquanto, em terra,
Homens puxam redes,
Carregadas de peixes.

Nuvens espessas fazem chuvisco,
E trazem imenso arco-íris.
Presente dos céus
Deleita minha alma
Vivifica o dia que recebe o sol.

É outono,
Outono ainda quente
Que incomoda,
Mas também alegra muita gente.

Marilene Anacleto

Foto de betimartins

Sempre me encanta...

Sempre me encanta...

Sempre me encanta ver um belo sorriso de uma criança
caminhar de mãos dadas com aquelas mãos pequenas
sentir a sua felicidade inspirando por todos os lados
olhando para mim como sua fiel protetora e amiga...

Sempre me encanta ver os rios correrem suavemente
nas suas margens o verde e suas terras molhadas
olhar os peixes nadarem nas suas águas claras
e ver todas as pedras debaixo de água brilhar ao sol...

Sempre me encanta a delicadeza aqueles que passam
ver o quanto são gentis e amáveis aos seus semelhantes
sentir alegria, sonhar com eles num mundo de amor
e poder acreditar em um novo dia e um futuro melhor...

Sempre me encanta ver as belas borboletas a voar
com aquela delicadeza beijando as flores, pulando
deixarem-se ser guiadas pelas brisas quentes e suaves
que só o verão pode dar a gente e deixar a sonhar...

Sempre me encanta escutar as belas historias de nossos avós
onde sempre são dotadas de muita sabedoria e amor
ver seus sorrisos e olhos bem brilhantes cheios de amor
onde os anos são apenas breves passagens para outras paragens...

Sempre me encanta ver o mar, sereno, revolto e em tempestade
onde vejo os barcos nas suas pescarias para a terra retornar
ver toda aquela algazarra de venda de peixes e olhar encantada
as belas gaivotas famintas pelos restos largados dos pescadores...

Sempre me encanta ser livre e poder caminhar no amor
poder cantar, ser feliz, dançar e gritar aos sete ventos
que não importa as dores, a tristeza, a maldade dos homens
pois em cada momento eu sei que eu vou sempre te amar...

Betimartins

Foto de Carolvazzz

Ilha entre bilhões de barcos

-Sei o que devo julgar!
Mas não me diga isso nunca mais
Pois minha franqueza pode acabar
E tudo pode ser mais que demais.

Quando vai acabar essa traição?
Já era insuportável saber que estou aqui
Agora sei que sempre foi assim por obsessão.
Quero um lugar que uma ilha possa ir!

Eu quase acreditei que era feliz
Pois eram tantos barcos vindo até mim,
Levaram meu ouro, meus cabelos e ate minha raiz.
Ainda não entendo porque tem que ser assim?

Eu sou a terra de quem?
E esse vazio que persiste em me derrubar...
Por pensar que pode não ter mais ninguém
A me olhar.

Foto de Marilene Anacleto

Poemas de Paz - 3 -

BARCOS EM MEIO ÀS ONDAS

Barcos em meio às ondas
Dançam para lá e para cá,
O sol que tinge o mar
Traz-me o movimento da paz.

Bailam com talento e graça,
Dentro dos seus limites.
Feito a virtude do ser,
Inata, não há quem imite.

Assim compreendo a paz
No dia que agora chega.
Tudo em movimento se faz:
Alegria, esplendor, beleza.

www.meusonho.com.br/amigos/387b.htm

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