Armas

Foto de Delusa

Corcel de esperança

Cavalguei toda a vida
Num corcel de esperança
Sem armadura nem lança
Travando luta renhida.

No meu corcel de sonho
Que ninguém podia vencer
Cavalgava sem temer
Um mundo revolto e medonho

E quando a noite caía
Semeando um luar belo
Junto às muralhas dum castelo
Ao relento ali dormia

O aroma das flores do campo
O meu peito enchia
Enquanto veloz me batia
Nas desventuras d'um encanto

Tanta luta que travei
Com força de ranger os dentes
Com cavaleiros mais potentes
As minhas armas quebrei

Não sei bem o que procurava
Talvez a minha felicidade
Ou era ilusão da idade
Mas só desventura encontrava

Então para casa regressei
Pelo campo pisando flores
E nunca mais ouvi rumores
Dos combates que travei.

Atrás de mim deixei a dor
Esquecendo o sofrimento
Tenho agora o entendimento
Que tendo paz... tenho amor

Delusa

Foto de Allan Dayvidson

DECLARAÇÕES

"Alguém disse alguma vez que o que é importante geralmente não é dito. eu concordo. Aqui estou eu reunindo em um poema declarações que perdi a chance de dizer em algum momento em minha vida. No entanto, não é um poema pesaroso, saudosista talvez, mas não pesaroso. Três declarações escritas como provavelmente teriam sido ditas: encabuladas e desordenadas..."

DECLARAÇÕES
-Allan Dayvidson-

“Sempre quis dizer a você que gostava de seus jotas
e dos textos que... nunca li, mas sei que escreveu sobre nós;
que seus olhos me fizeram melhor do que qualquer um que...
já tenha existido na Terra;
...que adorava a queda você tinha por mim,
e até os tombos que levei para chegar ali;
e... que eu gostava de você até os ossos...”

“Sempre quis contar a você que me apaixonei
pelo jeito que falava da sua música,
por... seus óculos, suas polos, sua gaita
e o modo como sua mão atravessava a mesa
enquanto cada requisito era preenchido
e sua simplicidade arranhava o céu da cidade.”

Espero que entendam que fiz o melhor que pude.
Espero um dia lhes dizer isso frente a frente...

“Confesso que só por você...
baixaria minha guarda e... passaria dos limites,
contaria todas minhas histórias constrangedoras
e deixaria você ficar mais um pouco,
e entraria em contato com nossa natureza mais íntima
e largaria as armas e munições...
despido de preocupações.”

Estou me declarando!
Detenha-me antes que eu fale!
Ou, então, apenas ouça-me!
Ouça-me antes que eu me cale!

Foto de Rute Mesquita

Bailados de desejos

Meu doce papel,
como muitas formas de dou.
Hoje perfumado de mel,
o vento te levou.

Agora palavras se soltam ao vento,
sentimentos divagam dispersos.
Parou-se o tempo,
dos seus reversos.

Hoje, se espalha amor,
se espalha alegria.
Ai, como espero que naquela flor,
caia esta melodia.

Espalha-se paz,
sobre as guerras, sobre os seres apodrecidos
pelas suas próprias etnias.
Hoje dizem-se assim, sem garras,
àquelas terras,
onde também pairam boas companhias.

As minhas palavras,
soam àquele rapaz,
dizendo, ‘pede-lhes que baixem as armas,
aos olhos de Deus somos todos bem aparecidos,
Perdoará sem olhar para trás,
e fazer-vos-á dele merecidos’.

O vento continua a bailar,
com estes versos.
Que sentimento irá sortear,
para aqueles terrenos imersos?

Sorteia, bom olhado e boas colheitas,
que o inverno seja molhado,
mas, que não estrague aquelas receitas.

E assim bailam os dois,
e a cada passo de dança,
propagam desejos. Dizem, ‘deixe a amargura para depois,
e preencha-se da esperança,
deste doce beijo’.

Sentada no jardim,
onde vi aqueles versos voar,
digo para mim,
‘não quero que o vento os faça voltar’.

Foto de Oliveira Santos

Voltei

Caros colegas de poesia voltei.
Quando você vê a Morte de perto passa a enxergar as coisas de maneira
muitas vezes antagônica à de outrora.
Após ter sofrido um acidente automobilístico na noite de Natal (belo presente...) onde um amigo está convalescente até hoje e eu tive lesões mais psicológicas do que físicas (tive medo de entrar num quadro depressivo) precisei de um tempo para me refazer e por as coisas em dia.
Tive tempo para observar que nos desgastamos tanto com coisas pequenas, que não valem a pena ter tanta atenção e empenho da nossa parte, pois, muitas vezes essas mesmas coisas são puramente efêmeras, fúteis, descartáveis em confronto com nossos bens maiores que DEUS nos concedeu que são a vida, a família, os amigos, o amor.
Todos temos momentos difíceis, que nos dão vontade de recuar ou até mesmo desistir, depor as armas...
Mas como diz o dito popular "o que não mata engorda", então vamos em frente e deixemos de reclamar sempre de tudo que possa somente nos incomodar e lembremos que existem pessoas depositando confiança em nós, certas de que faremos nosso melhor.
Não que nossas vidas pertençam a outras pessoas, mas uma vez neste mundo não somos mais donos de nós mesmos e o que fizermos reflete direta ou indiretamente na vida primeiro de quem nos importa depois na vida de quem importa a quem nos importa e assim seguindo uma cadeia de fatos e sentimentos que no final das contas volta para nossas mãos.
Então quando você for apontar o dedo para alguém lembre que no mesmo momento há três apontando de volta para seu peito e que muitas vezes não é a vizinha que não sabe lavar um lençol, sua janela pode estar suja.
Não pensem que virei um monge, um guru ou qualquer coisa totalmente zen da qual vocês possam ter notícia.
Ainda tenho meus defeitos, mas agora procuro enxergar mais minhas qualidades e as das outras pessoas.
Muito obrigado a vocês que dispuseram de tempo para ler esta mensagem.
Que DEUS nos abençoe abundantemente e é isso, gente, voltei.

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"MINHAS ARMAS"

“MINHAS ARMAS”

Do que me adiantaria a palavra...
Se dela não fizesse uso...
Do que me adiantaria a revolta...
Se não a usasse contra os injustos!!!

Em uma breve analogia...
Em um raciocínio tacanho...
Me deparei com a triste ironia...
Estamos vivendo dias medonhos!!!

Onde nossos escolhidos nos apunhalam pelas costas...
Onde nossos lideres dilapidam nosso patrimônio...
E nós não lhes damos nem respostas...
Somos uns verdadeiros idiotas anônimos!!!

Diria eu que somos tremendamente irresponsáveis...
Nos furtamos diante dos compromissos...
Os elegemos por nossa própria falta de integridade...
Somos mentirosos, somos omissos!!!

Hoje nossa soberania esta ameaçada...
E a grande culpa é tão somente do povo...
Este povo que vive somente de futebol e cachaça...
Com a esperança de um Brasil novo!!!

Este Brasil novo não virá...
Talvez venha algo nada muito agradável...
Pois do jeito que a coisa esta...
Nosso final vai ser bastante deplorável!!!

A democracia a meu ver...
É a forma que mais se isenta das responsabilidades...
Pois aconteça o que acontecer...
Ninguém vai para traz das grades!!!

Pobre povo descompromissado...
Prefere colocar a culpa nos políticos...
Este mesmo povo desajustado...
Que hoje vive dias críticos!!!

Mas estamos passando apenas o que nos cabe passar...
Pois com a nossa falta de engajamento...
Permitimos que nos deixem manipular...
Em prol dos deprimentes acontecimentos!!!

Assim é o nosso País...
Liderado e manipulado por criminosos...
Não é bem o que o povo quis...
Mas é o que merecemos por sermos preguiçosos!!!

Para uma sociedade ser justa...
É necessário que seu povo tenha no coração justiça...
Que viva e se dedique a causa publica...
Como se fora sua própria vida!!!

Foto de betimartins

Da Guerra ao amor

Um idiota, um dia cobiçou uma grande e poderosa montanha
O que ele tinha já não lhe chegava, queria apenas mais
Esperto enviou os serviçais e eles roubaram a montanha
Da terra dos filhos do amor, a terra dos irmãos de Jesus

Então o, idiotia se sentiu gente importante e gente feliz
Porque não? Agora é conquistar mais e mais e ainda mais
Envia ainda mais serviçais ao engano e ganha, como ganha!
Mas aquele idiota morre, e vai ter com S. Pedro, no outro lado...

O S. Pedro apenas perguntou onde ele acharia que iria ficar?
Ele achou que o paraíso era o seu lugar eterno e seu descanso
S. Pedro, sorriu, discordou e falou que o paraíso era chato
Melhor era o inferno, sempre ele teria algo a conquistar

Confuso o idiota aceitou e o que ele correu das armas
Onde ele tinha que ficar em destroços da eternidade
E a feiúra do lugar? O forte cheiro nauseabundo a carne
Dizia o S Pedro:- È o teu churrasco meu filho... Calma!

Chorando o senhor todo poderoso, o perfeito idiota feliz
Ajoelhou-se e pediu perdão, S. Pedro recusou e mostrou-lhe
Os filhos do amor mortos, as mães sem filhos e os sem maridos
Os velhinhos corando e se consumindo na triste recordação...

Arrependido o idiota lembra-se de sua família, dos seus filhos
Sua esposa bem vestida e muito bonita voltou a casar e agora é feliz
Casou com um simples soldado, que sabe ser o marido, pai dos seus filhos
Afinal a guerra perdeu a graça e o amor trouxe de novo o manto da paz...

Foto de betimartins

Porque a guerra e não amor?

Porque na guerra vence o estúpido
No amor o inteligente, o sábio
Na guerra o sangue corre sem rumo
No amor apenas brotam pétalas de rosas...

Na guerra, o mau instinto é agouro do indeciso
No amor, apenas a bondade aflora do coração
Na guerra usam armas e destroem o mundo
No amor usa-se a amizade e juntos o constroem...

Na guerra, são surdos avançam para a escuridão
No amor, são faladores, espalhando a alegria
Nessa alegria eles iluminam o mundo de cores
Onde apenas o belo e a fraternidade são um só...

No amor, a partilha, a nossa reconstrução da alma
É feita com dignidade, seriedade, junta e unida
Deixando enterrados os soldados que partiram
Orando cada dia mais pela vida! Vai embora guerra...

Vai embora e não voltes, fica no fundo do mar
Não magoes os golfinhos, apenas morre ali
Deixa que o amor cure, resgate e os traga de novo
Da cruel guerra que um egoísta e maldoso! Inventou.

Basta, hasteei a bandeira do amor, de cor vermelha
Vermelha como a rosa perfumada abençoada
Vermelha como o coração pulsando vida e sentimentos
Mas nunca, os rios de sangue que correm ainda...

Rios que ainda mancham a nossa humanidade
Rios que ainda marcam o desamor e a dor
Mas eu acredito no amor, acredito no perdão
E sim ao amor e sumam com a terrível guerra....

Foto de Edigar Da Cruz

CULTIVADOR DE AMO

CULTIVADOR DE AMOR

. Não há mais com que se preocupar,..
Terminaram os conflitos, e eu e você vencemos juntos,..
Não me deixei e nem nos deixamos em cair em tentações
Aos seus encantos de ESTRELA BRILHANTE ao seu DON JUAN.
Aprendi a cultivar de uma simples florzinha passei
A cultivar um jardim de amor..
Que em nosso jardim cultivando o amor;;
Amei seu charme e sedução de sentir..
Vestiu-se das cores mais lindas envolventes
Fazendo a mulher mais estrelinha brilhante,
Da essência do amor de paixão.
Usei das suas armas libertinas.
Para travar um duelo de igual para igual.
De amor e sedução.
Entre o meu amor e sua linda sedução.
Entre amor e excitação.!
Não fui ao chão dominar o seu coração,
Fui ao habitat natural de todas as flores.!!!
Dentre todas nos jardim cultivando o amor
A mais simples e bela se destacou!!
Acabou a se render a lindos envolventes encantos,..
Colorida pela vida.
Das cores que te envolvem...
Despertaram-lhe desejo enfim!!!
Embora digas que não, devolvi lhe a vida..
Não desprendemos uma do outro;
Como as flores mortas que se foram..
Nossa hora e agora..de falar de nós,..
Sou eu Jardineiro fiel,cultivando uma linda flor de tulipa,
Dona do meu coração
E você
E CULTIVADA DENTRO DO MEU CORAÇÃO.
DE UM DON JUAN

Autor : Ed.Cruz

Foto de betimartins

Talvez a paz ainda seja possível!

Talvez a paz ainda seja possível!

Talvez o amor ainda regresse a terra
Como ondas de promessas proferidas
Sussurradas no teu ouvido esquecido
Por anjos de luz, anjos da real paz!

E no sorriso da nossa criança
Ela sinta a paz em cada momento
Apenas ela vibra no amor puro
Em sentimentos de pura alegria...

No belo vôo do beija flor, na sua flor
Delicado e sempre repleto de majestade
Ele colhe seu néctar, o doce mais belo
Que trás a sua paz de serviço cumprido...

Na boca de um irmão sem luz, seja
Colocado o mel da abelha, retirado
Todo o fel que seu coração contém
Dando alas a novas sensações de amor...

Na tua mão apenas esteja uma bela flor
Que todas as armas sejam encarceradas
Que todas as palavras azedas sejam purificadas
Trazendo de novo a união dos povos na terra...

Que na raiva de um coração transtornado
Seja derramada a compreensão e atenção
Que as ervas malditas e ilusórias se queimem
Para que as favelas vivam na paz dos homens...

E eu meu irmão, apenas quero trazer para ti
Um belo mundo repleto de estrelas só para ti
Onde a luz, é uma constante no teu caminhar
Onde apenas abraças com amor a verdadeira paz...

Foto de Carmen Lúcia

Oscilação de um poeta

Eis que de repente foge-lhe o talento,
a inspiração voa com o vento, ao relento
e cabe ao poeta a desolação,
o navegar solitário na imensidão
onde sombras soturnas irrompem da escuridão.

E as armas do poeta que o deixavam em pé,
a esperança, a fantasia, os sonhos, a magia
roubam-lhe a alegria, o alento e a fé
estilhaçadas num chão íngreme e ressequido,
palco onde o mal é personagem principal.

Dá-se por vencido, desiste do bom combate,
fica-lhe difícil acreditar ou perceber
que depois da noite escura vem o amanhecer,
que a força maior está no amor e na bondade,
tão perdido em suas percepções da realidade...

Esquece-se que nos entremeios da mágoa e da dor
reinam as maravilhas da Criação, do criador,
belezas geradas pela arte , pelo coração,
pelos sons do riso, versos de improviso,
de esperanças sussurradas e celebrações
de vida nova e transformações,
de reconciliação e de perdão,
indo sempre mais além...
onde o mal contundido se rende ao bem.

_Carmen Lúcia_

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