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Foto de quezzia

Redenção

Fiz-me prisioneira ti
longos anos me submeti aos seus castigos
Não me importava ser sua cativa
Seu amor fez-me cega aos seus caprichos
Sofri, machuquei-me
Até que acordei pra realidade
Seu afastamento
Ausência
Enfim....minha redenção
Libertei-me de ti
Ar puro!!
SAI de ti...mas não sem ferimentos
Aos poucos me recupero...
E me prendo a quem me valorizar!!
qz(03/01/11)

Foto de Carmen Vervloet

Campo de Girassóis

Hoje as folhas se espalham sobre o caminho
mas, o ar ainda guarda um perfume de primavera...
De mãos dadas como dois românticos velhinhos
continuamos a almejar nossas infindas quimeras.

Deixamos para trás mágoas que oprimem,
coisas inúteis que sobrecarregam a caminhada...
Os nossos olhos o amor maduro exprimem
mesmo que nossas bocas fiquem caladas.

Um campo de girassóis abre-se à nossa espera,
sinal de que não importam as rugas da face...
No inverno ainda se colhe primavera
desde que permitamos que o sonho nos abrace.

Foto de Carmen Vervloet

No Dia Nacional de Combate ao Fumo

Como entender
se o maior bem da vida é viver?

Se você tem consciência
dessa sua dependência
e deixa seus sonhos mirrar...
Ah! Nem sei o que imaginar...
Estou visitando um hospital.
Meus olhos vislumbram um quadro fatal...
E neste momento mais importante do que compreender
é dizer pra você:
Grite... Peça socorro...
Plante em seus pulmões ar puro...
Vá à praia... suba morros... escale muros...
Vença sua fraqueza,
use de sua astúcia... realize esta difícil proeza...
Supere o vício que a absorve
e sua carência não resolve.
Não seja passiva,
abrace novas expectativas...
Faça-se locomotiva
e reboque outros vagões enfumaçados...
Não esconda atrás da fumaça
seus segredos e seus medos...
O cigarro é uma perigosa companhia,
aparentemente preenche sua alma vazia...
Mas cada baforada que sai da sua boca
vai asfixiando sua vontade,
cortando sua vida pela metade.
Sua voz cada vez mais rouca
dificilmente será ouvida
e sua escolha cada dia mais contundida!
O trago não alivia o peito,
isso é falsa conclusão,
o trago a levará fatalmente ao leito...
Leito da morte... por própria opção!
Se não se importa consigo
poupe quem está ao seu lado,
não os mate asfixiados
submetidos ao seu vício,
peça ao cigarro um armistício.
Hoje ainda há tempo...
Mas amanhã... seu corpo cobrará...
E alto será o preço...
Um féretro... flores...
E sobre suas frias mãos um terço!

Foto de Arnault L. D.

Caminhos d'água

Os caminhos da água
são o cair, ou o subir.
Não é ficar;
é seguir...
Para o ar, ou para o mar...

Do chão evaporando
faz as nuvens no céu,
pinceladas e figuras.
Brancas como papel
ou densas e escuras.

E quando se desmancham,
em garoa, ou turbilhão,
a paisagem a banhar.
Ou granizo em explosão
no solo a despedaçar.

Mas logo seguem unidas
nos declives, como rota,
criando pequenos rios
que por seu fio brota
aonde existiam vazios

D'água também são lágrimas
e evaporam do coração
para aos olhos vir brotar,
correndo no rosto ao chão,
ou evanescendo em marejar...

Mas os caminhos da água
são o cair, ou subir.
Não é ficar;
é seguir...
Para o ar, ou para o mar...

Foto de Marilene Anacleto

Na Chegada do Amor

Aqui nesta calma,
Viro e reviro minha alma,
Meus desânimos,
Minhas falhas.

Há muito que procurar,
Nesta vida de tantos papéis.
Reconhecer e dar novo olhar,
Com todas as tintas e pincéis.

O que se viveu não se muda.
Só se transforma em aprendizado
Aquele “não” mal recebido
Ou o projeto rejeitado.

Há tanto a se contemplar
E a vida dura tão pouco...
Vale mais a pena amar
Do que esperar pelo outro.

Que as idéias nos aplaudam,
Que nos aprovem os trajes,
Viver ainda é fantástico.
A dor até fica suave.

Manter o peito aberto,
Singrar leve, feito as velas,
Acolher toda a beleza
Que este paraíso encerra.

E, na chegada do amor
Esquecer-se da rotina
Viajar de flor em flor
Respirar o novo ar
De mãos dadas, inventar
Com coração e magia.

Foto de Diario de uma bruxa

PENSAMENTO... "Queimadas" A natureza sofre.

Porque todo este fogo
Esta fumaça que sufoca
É tanta queimada
A natureza sofrendo

O ar seco...
Não chove há quanto tempo

Depois vem o troco
A natureza se defende
E é por meio de tempestades
Que ela destrói o que esta a sua frente

Deixa desabrigado
Culpados e inocentes
Mas nem toda defesa
Faz o homem ser consciente

Depois que para a chuva
A seca volta e tudo ele queima
Novamente

Poema as Bruxas

Foto de Carmen Vervloet

Pai

Pai, quando a saudade aperta,
procuro-te
em cada elemento da natureza,
que com maestria, me ensinaste a amar.
Vejo neles a tua delicadeza,
teu imenso coração desenhado no ar.
Se procuro tua suavidade, busco-te na lua
que do espaço me sorri tão tua...
E no céu encontro teu anil olhar
sempre a me acariciar!
Teu cheiro encontro num botão a desabrochar,
ou na terra molhada, pronta para arar.
A tua paixão pela ópera
encontro no cantar do curió,
dos pássaros teu maior xodó,
que trinava tua canção,
ao nascer do dia com precisão.
Vejo tua alma entre as verdes matas
que preservava com imensa devoção.
Nas orquídeas encontro a beleza
do teu coração, das flores a tua maior paixão.
Na estrelinha perdida no céu
encontro a tua admiração pelo belo,
pelo puro, pelo singelo!
No rochedo encontro a tua determinação,
a tua força e a tua proteção!
No sol encontro o teu brilho, teu calor
e a imensidão do teu amor!
No espelho das águas
encontro a tua face
num entrelace de carinhos e afetos
neste vínculo secreto
que persiste entre nós...
Porque pai, tu deixaste como herança,
não a tua abastança,
mas toda uma vida pautada
na retidão de caráter, na honestidade,
na simplicidade e sensibilidade.
Tatuaste todo o conjunto de teus traços
na alma de tuas filhas
que sobrevivem nesta ilha
com o coração pleno de amor!
E se a vida é cheia de percalços,
guiadas por ti, nosso herói digno de fé
passamos por eles descalços
mesmo com bolhas nos pés,
buscando sempre a sombra das árvores
as margens do rio,
o cair da tarde...
E se o caminho é deserto,
tu sempre estás por perto,
num jardim de lembranças
amenizando nosso sofrimento!
Pai, tu deixaste um belo exemplo,
teus mais nobres sentimentos
que cultivamos através do tempo.

Foto de Mitchell Pinheiro

O sorriso de Mel (especialmente para os Pais de plantão)

Hoje saí pra andar de bicicleta com minha linda filha
E o mundo se transformou numa pequena ilha
Não havia mais o urbanismo sem urbanidade
Bem como inexistia a velha civilização sem civilidade
Extinguiram-se as contas a pagar
E todo stress de trabalhos por realizar
Desapareceram os políticos corruptos e as doenças incuráveis
Pra onde foi a guerra, a violência e a fome dos miseráveis?
O tormento de um litígio conjugal?
E a devastação da degradação ambiental?
A depressão, o desespero, a desesperança...
Tudo ofuscado no sorriso de uma criança
Só sobrou o canto dos pássaros e o azul do céu
A magia envolvente do sorriso de Mel
O cheiro de mato verde temperando o ar
O balé das ondas, a brisa do mar
E a serena melodia de uma cachoeira
No sorriso puro e simples de minha pequena herdeira
Livrei-me de toda irracionalidade mundana
Do crescente desamor dessa rotina insana
Um sorriso que refletiu no pai que só quer se doar
Doar vacinas, mapas e toda bonança que puder ofertar
Doar o que quis e não me foi doado
Evitar os erros e imitar o que foi acertado
Plantar a felicidade da forma que for preciso
E colher o amor irradiado de seu sorriso.

Foto de Marilene Anacleto

Enamorados

Água clara,
Espumas em bailado,
Corpos a dançar
Entre a terra e o ar.
Vez ou outra
Algumas se cruzam e se vão,
Como nas danças da corte.

Trocamos de lugar
E o lampejo de alma
Vibra a cada olhar.

Molhamos os cabelos,
O protetor se vai.
Esquecemos a hora,
Nem cansaço nos distrai.
Nem sabemos quanto tempo
Na água estamos.

Esticamo-nos na areia,
Vento agora mais forte.
O sol ainda queima,
O coração, a pele.
É preciso relaxar.

É preciso refrescar.
Mergulhamos outra vez.
Entre olhares sensuais
E intimidades tais
Ficamos até escurecer.

Foto de Arnault L. D.

Borboletas na escuridão

A fria brisa dá-me um beijo,
com lábios úmidos de Lua.
Meu coração compassa lento,
fecho os olhos e o desejo.
Abre-se em mim, qual na rua,
vias, desertas, para o vento.

As estrelas, todas moram,
na doçura da imensidão.
Ficam a esperar a treva
e as mariposas, que retornam,
borboletas na escuridão...
Na noite são; e o vento leva...

Madrugada, quero a solidão,
das luzes a névoa embotar,
na neblina que se esparsa,
a dizer não, ao que for visão.
A guardar pra si o limiar,
na ténue luz, que se esgarça.

Espero o frio a congelar,
contraste a pele que me ardia,
cabelos, olhos, a umedecer,
no hálito que a névoa é ar.
Sopra-me, distante o dia...
Noite fria, dá-me o anoitecer...

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