Ar

Foto de BRUCE ALEX

Monotomia

Uma ave presa ao ar ou um peixe a infinidade do mar
No topo de uma montanha diante de uma imensidade, de tanto
Tantas possibilidades
Estou preso a vontades, a medos, a mim mesmo
Trancado as vezes pelos pensamentos
Filtrando imagens, sons
Vivendo no meu mundo
Entre variedades, multiplicidades sou constante
Sendo o mesmo a todo instante

Foto de Codinome_UmaCocaCola

Estranho né

Estranho né...

É estranho como tudo isso aconteceu,
é estranho este sentimento que tenho por ti,
é estranho a vontade que tenho de te abraçar,
é estranho a vontade que tenho de nunca te soltar

Seu jeito de me olhar me encanta
seu jeito de falar me fascina
Seu beijo faz com que eu perca o ar
Seu abraço me faz querer ficar

Quando estou com você
Perco a respiração
Sinto meu coração acelerado
E minhas mãos tremulas

Quando estou londe de ti
Sinto saudade
Uma imensa vontade de você
De te ver, te abraçar te beijar

Seu beijo caloroso
Seu abraço tão gostoso
e seu carinho... Há! O seu carinho
me excita, me domina.

É tão estranho este sentimento
E sabe, eu não tenho medo
Confio em você
Porque, ainda não sei dizer.

Foto de Betocorrea

Assim é vc

Eu sei q a gente tem um compromisso com a vida
Mas o amor está na pele e a música no ar
De repente vc veio tão bonita
com esse seu jeito, com esse sorriso
esse olhar q faz dispara o meu coração
E assim a mágica da vida
Muito obrigada por fazer parte da minha vida
dos meus sonhos!
Vc q é tão especial aki no meu coração!
Beto

Foto de Paulo Master

Yin e Yang

Em experiência subjetiva me sujeito a mais grotesca vulgaridade. Vejo-me submisso, escravo do teu amor. Tua beleza nua corrompe minha calma, aquece minha alma, tira-me o sono, rasga-me a roupa. Seu corpo escorre em meus poros gerando impulsos prazerosos. Meus instintos veem-se caprichosamente estimulados por uma tentadora sensação de felicidade. O falo tornou-se visível, passando a responder com pulsos de virilidade, naturalmente com um apetite voraz. O desejo advém de uma sensação eufórica causada por elementos químicos que induzem ao prazer. Logo, o corpo passa a responder com intenso frenesi frente aos estímulos desse desejo com picos crescentes de excitação. O lirismo amoroso em viço aquece teu corpo. O delírio erótico, lascivo, responde como um sensível receptor sexual, nos unindo em perfeita simetria, como yin e yang. Desejo ir além do monte de Vênus, tocar teu centro erótico. Em sumo, oferecer o sêmen celeste, germinado com deleite de um orgasmo dantesco, excessivo e selvagem, luxurioso e desregrado. O coito nos ofereceu o domínio do prazer. Enfim, o clímax é atingido com êxtase e gozo sequencial. De súbito, a exaustão predomina. A respiração ofegante e a tensão de outrora são trocados pelo relax total. A lasciva febril evapora-se, evanescente no ar.

Foto de ALEXANDRA LOPUMO SILVA

Dor lancinante

Chorei
De novo chorei
A indiferença machuca
Doi
Uma dor lancinante, pulsante
Impregnante, como um suspiro profundo
No fundo da alma
Doi
Choro lágrimas secas, de sangue
Presas nas entranhas, no oco do peito
Dilacerando meu coração
Estou seca, o ar pesado entra e parece me atordoar
e ao fundo, escuto uma voz fraca
Sou eu, pedindo socorro baixinho, sem forças
Quero viver, quero amar de novo

Foto de ALEXANDRA LOPUMO SILVA

Morte ao amor

Cansei de esperar

Me jogo na ponta da lança
Me jogo no precipício
Sacrifício aos deuses do amor

Sou refém da dúvida, insegura
Amor suicida, me anulo, vivo uma vida que não é minha
por isso a falta de ar

Me alimento das migalhas
fraca, tento falar, a voz não sai
cansada de esperar
me precipito e ataco
mas, quem se fere sou eu

Cansei de esperar
me sacrifico
e mato essa doença
morro, e ressucito, sou outra pessoa
Não acredito mais no amor

Sou nova pessoa
mas dentro de mim, ainda sinto a dor da ferida
eu ainda acredito no amor

Foto de Rosamares da Maia

AVES MIGRATÓRIAS

Aves Migratórias

É inverno e partirei para o sul.
Com as aves do hemisfério norte,
Migrarei em busca do sol.
Voando na forma da vitória,
Sou o líder do meu bando,
Cortarei o ar com o vento no rosto,
Gotículas de nuvens borrifando as penas

Com pena do pássaro sem asas,
Que sempre voa preso ao solo,
Sem norte, ao extremo do sul.
Sem rumo, só no prumo de sobreviver,
Na busca do sol no azul do céu.
Homem e pássaro de hemisfério algum,
Que não se permite voar em bando.
E mesmo na multidão faz solitária revoada.
A formação, disforme, não guia o vento.

De asas abertas cumprimos penas,
Sentenças atávicas de nossas necessidades,
Asas privadas de liberdades e sonhos.
De quando em vez na vida, uma vez,
Os olhos olham em direção ao sol,
A alma libera as asas e voa livre.
E o pássaro e homem buscando a direção sul.
Sobrevoa a sua dignidade de águia
E reencontra o caminho da sua humanidade.

Rosamares da Maia
18 de outubro. 2011

Foto de Allan Sobral

Pai, afaste de mim este cálice

Os últimos acontecimentos, e os atos de repressão que tem ocorrido, nos mais diversos pontos do nosso país, faz com que se levante das cinzas o monstro que sempre combateu o espírito jovem revolucionário brasileiro, pois é como se os tempos do cativeiro, da autocracia brasileira, a ditadura militar, mostrasse aos poucos suas garras, sufocando qualquer ar de liberdade que conquistaram nossos heróis. Como se o velho tempo do “cálice de vinho tinto e sangue” ressurgisse, ou ao menos se faça em memória.
Já há muito tempo que nossa sociedade se estagnou, por uma falsa estabilidade econômica e moral, acorrentando-se a um laço servil regido por uma minoria, como diria Marx, a burguesia; minoria esta que se manteve no trono por possuir supostamente o controle das riquezas universais, podendo assim obrigar grande parte de nossa população a submeter-se a suas vontades, e trocar suas vidas pela miserável parte de seu capital, suficiente apenas para manter-se em vida.
Com o avanço tecnológico, esta mesma parcela controladora da sociedade, expandiu seus ideais escravistas a um horizonte antes impenetrável, chegaram ao ponto maximo de domínio, controlar pensamentos, com o poder de formar opinião e distorcer a realidade, poder fornecido pela mais poderosa ferramenta de coerção, a mídia. Atributos que caberiam a população, ou a cada ser em sua particularidade, hoje são supostamente digeridos pela partícula dominante, e vomitada sobre nós, classe trabalhadora, operaria e estudante. Ditam os pensamentos padrões, roupas padrões, empregos padrões, atitudes padrões, e tacham esta padronização como normalidade, traçando um perímetro, onde qualquer que se opor ou se afastar de tal ideal é tido como louco, ou rebelde, baderneiro, ou até mesmo como maconheiro (como foi o caso recente dos estudantes da USP).
Simplesmente somos tachados como estúpidos, pois a tal “ditadura militar” apenas mudou de nome, agora a conhecemos como Republica Federativa do Brasil, o DOPS agora não tem mais grades e não tortura fisicamente quem se opõe as regras, agora ele manipula a sociedade para que se volte contra os que a querem libertar, os militares já não andam mais fardados de verde ou cinza, agora obrigam a população a vestir um terno ou um uniforme operário, assinar um contrato de trabalho, e lutar o quanto puder, em busca de sua carta de alforria, ou como preferem, sua suposta aposentadoria. Fazendo que a sociedade acredite que a liberdade é um favor, e que a sua remuneração mensal, é justamente recompensada a medida de seu esforço. Como os adultos fazem com crianças, para que não os chateei, dão passatempos, para que não desviem sua atenção, nos é imposto a distração, como a novela o futebol e outros supérfluos, para não chatearmos quem se beneficia com tal estabilidade.
Basicamente, a ditadura não acabou da mesma forma que não acabaram os revolucionários, pois não deixaremos de lutar em busca de nossa liberdade, pois o sistemas sempre deixa brechas (nós), que podem se tornar rachaduras, que ruminarão as muralhas da imposição fascista, e porá em ruínas as ideologias ditatoriais, pois só lutando poremos fim nas corrente que nos prendem para termos paz, pois como disse Malcom X “...Não se pode separar paz de liberdade porque ninguém consegue estar em paz a menos que tenha sua liberdade”.

Allan Sobral

Foto de Oliveira Santos

Quando Olho Tua Imagem

O que me vem à mente quando olho tua imagem
Resplandecente, em teu sorriso angélico, lucífero
É voraz, lascivo, ardente e indomável

O que me vem à mente quando olho tua imagem
Intrépida, em teus olhos sinceros, profundos
É tenaz, incontido, pungente, quase impronunciável

Me vem a boca em confronto com tua boca
Na sofreguidão de um pelo ar do outro em quase asfixia
Me vem o peito acelerado, adrenalizado
Batendo em contratempo, descompassado sem ritmo ou melodia

Me vem as mãos enérgicas se perdendo entre os cabelos
Empunhando tua nuca, revelando o teu pescoço, tua orelha entregue
Me vem os corpos que se debatem sobre a alcova, descobertos
Explorando, desbravando, suando, gemendo, ofegando por cada hora que se segue

17/11/11

Foto de Marilene Anacleto

Aos Amigos

Perda de familiares, momentos de tristeza extrema,
Não sei o que dizer aos amigos, procuro a natureza.

Ofereço-lhes uma pintura, um quadro, uma gravura
Do meu lugar favorito: a praia de Cabeçudas.

A gaivota cruza o céu de nuvens de espumas,
Idênticas aos babados das ondas, feito as plumas
Que enfeitam a aconchegante Praia de Cabeçudas.

Vai surgindo devagar ... navega no azul do céu
Que é igualzinho ao mar ...

As praias de Itajaí são os seus lares supremos
Onde os antepassados viveram dias serenos.

A gaivota sabe onde termina o mar e começa o firmamento
Deixa-se bailar e embalar pelas suaves asas do vento.

Não precisa de diploma nesta terra sem lamentos
Confia na natureza que lhe supre de alimentos.

Vem da Caverna do Morcego, atravessa a pedra do Mergulho
Chega ao início da praia onde está o molusco mais puro.

Voar nas asas rasantes e dançar os bailados no ar
Retira-me das tristezas, a gaivota, minha companhia de paz.

Quem não tem pretensão alguma de parecer o que não é
Aqui recebe de tudo: liberdade, aconchego e fé.

Sequer pensa algum dia afastar-se desse céu
A comida está nas ondas, nas rochas. O lazer está no céu.

As rochas oferecem às ondas o instrumento do som
Para ouvidos atentos e almas repletas de amor.

Lazer, alimento, beleza, repouso em meio às agruras
Não falta a quem quiser ver e sentir na Praia de Cabeçudas.

Páginas

Subscrever Ar

anadolu yakası escort

bursa escort görükle escort bayan

bursa escort görükle escort

güvenilir bahis siteleri canlı bahis siteleri kaçak iddaa siteleri kaçak iddaa kaçak bahis siteleri perabet

görükle escort bursa eskort bayanlar bursa eskort bursa vip escort bursa elit escort escort vip escort alanya escort bayan antalya escort bayan bodrum escort

alanya transfer
alanya transfer
bursa kanalizasyon açma