Ânsia

Foto de Ricardo felipe

FALTA

Ando a ver-te, ando a perder-te andando.
Ti vejo nos rostos alheios,
ti roubo em outros olhos,
como será sentir teus olhares?
Como será derramar-me, escrever-me em ti?
Os momentos se foram e nós nos perdemos.
As luzes se apagaram e nos permanecemos alheios na escuridão,
na ilusão em que se deita a alma e o sonho,
na fuga deste enfadonho viver,
na palavra que ao correr mareia e inebria.

Ao sol a palavra ardia
e as memórias se derramavam como cera,
um pranto, uma vela à cabeceira trêmula.
O suspiro de que já não somos nada
que a verdade cala,
que a história esquece.
Somos um momento apenas,
um amor perdido revivendo-se.
Uma dor que não o sei o que é,
não saberia dizer nunca,
mas a sinto como oração e pranto,
como o desejo de ser feliz
sem realizar-se nunca.

Ah! do amor que nunca tive e nunca terei.
Só o explicaria pela falta, pela ânsia,
pela dor da idéia de não o ter.
Que meu querer é uma nau desgovernada,
sem rumo, sem proa, sem nada que o impeça.

Foto de José Brás

Demora

tão longo foi o tempo
do meu tempo
sem te ter
por isso é grande a pressa
de te ter agora
de te despir lentamente
no por dentro do teu ser
antes mesmo de despir-te
peça a peça
no de fora

longo foi o tempo
destas mãos
sem as tuas
meus dedos de teus dedos
estranhamente separados
por isso esta ânsia
de as ter nuas
descendo-te do rosto
pelos ombros
desnudados

tão longo foi o tempo
do meu corpo
sem o teu
perdido na bruma
do desejo
sem te achar
por isso esta febre
que me acometeu
subitamente vinda
sem me avisar

longo é o tempo
que nos vai faltar
aos corpos sem tempo
do tempo
de esperar
à pressa à ânsia à febre
que nos vão matar
o tempo sem tempo
de tanto
tardar

Foto de Homem Martinho

Inauguração do meu blog

Para abrir o meu blog, decidi agradecer a todos os que por aqui andam e deixar uma mensagem de boas vindas aos novos companheiros.

A minha vida no Poemas de amor

Como a vida está diferente,
Que aperto tenho no coração,
Conheci muita nova gente,
A quem pedi a opinião.

Nesse outro tempo de caminhada
Passava horas sem fazer nada,
Escrevia só para mim,
Guardava tudo numa gaveta,
Agora tenho uma janela aberta
Onde divulgo o que escrevi.

Não me arrependo do registo,
Conheci muita gente interessante,
Normas formas de pensar avisto
E faço amizades. O mais importante.

Continuo a escrever sem parar,
A escrita me faz sonhar,
Faz-me sonhar e faz-me intervir,
Intervir nesta sociedade
Onde o ódio toma o lugar da amizade
E os homens se matam, sempre a sorrir.

Que os outros não sou melhor,
Apenas desejo ser o que sou,
Na televisão vejo cenas de horror
E todos falam fingindo que nada se passou.

Embrenho-me neste meu pensar,
Sinto-me com vontade de continuar
A escrever os meus pensamentos,
Podem até não valer nada,
Mas por vezes, nestes momentos,
Revolta-se uma voz amordaçada.

Foi assim que aqui cheguei,
Nesta minha ânsia de participar,
Gente muito boa aqui encontrei
E, eu, fui-me deixando ficar.

Devagarinho fui crescendo,
Os temores foram desaparecendo,
Foi como que uma porta aberta,
Onde tinha quem me aconselhar,
É por isso que sou professor e sou POETA.

Francisco Ferreira D’Homem Martinho
2007/07/0/10

Foto de Homem Martinho

Apresentação

Para abrir o meu blog, decidi agradecer a todos os que por aqui andam e deixar uma mensagem de boas vindas aos novos companheiros.

A minha vida no Poemas de amor

Como a vida está diferente,
Que aperto tenho no coração,
Conheci muita nova gente,
A quem pedi a opinião.

Nesse outro tempo de caminhada
Passava horas sem fazer nada,
Escrevia só para mim,
Guardava tudo numa gaveta,
Agora tenho uma janela aberta
Onde divulgo o que escrevi.

Não me arrependo do registo,
Conheci muita gente interessante,
Normas formas de pensar avisto
E faço amizades. O mais importante.

Continuo a escrever sem parar,
A escrita me faz sonhar,
Faz-me sonhar e faz-me intervir,
Intervir nesta sociedade
Onde o ódio toma o lugar da amizade
E os homens se matam, sempre a sorrir.

Que os outros não sou melhor,
Apenas desejo ser o que sou,
Na televisão vejo cenas de horror
E todos falam fingindo que nada se passou.

Embrenho-me neste meu pensar,
Sinto-me com vontade de continuar
A escrever os meus pensamentos,
Podem até não valer nada,
Mas por vezes, nestes momentos,
Revolta-se uma voz amordaçada.

Foi assim que aqui cheguei,
Nesta minha ânsia de participar,
Gente muito boa aqui encontrei
E, eu, fui-me deixando ficar.

Devagarinho fui crescendo,
Os temores foram desaparecendo,
Foi como que uma porta aberta,
Onde tinha quem me aconselhar,
É por isso que sou professor e sou POETA.

Francisco Ferreira D’Homem Martinho
2007/07/0/10

Foto de Danielle Piotto

Caminhada

Oh! Lá estão os primeiros raios...
Astro que me fascina, aurora mágica, nascer esplendoroso.
Caminho em direção incerta; movida pelo instinto do prazer.
Pensamentos dissolvidos na luz brilhante e maviosa,
E o calor que transpassa o tecido tocando meu corpo nu.
Sublime momento onde me entrego ao magnetismo solar,
Conduzida ao meu eu mais remoto, sensações primarias e esquecidas.
Feitiço ao qual me submeto para sentir o corpo e a alma perderem a simetria dos movimentos;
O espírito se projeta à frente na ânsia de chegar mais perto.
Caminho em transe; flutuo sobre estradas de luz.
São 7:30, a borboleta é sugada para o casulo.
Amanhã voltarei! O sol nascerá!

Foto de fer.car

QUEM SOU

Quem sou eu senão um ser a espera de um abrigo
Um aconchego, uma paz para este pobre coração
Quem sou eu senão a saudade do ontem, a ânsia do hoje
Um aperto no peito pela ausência do ser amado
Quem sou eu senão a calada da noite e a solidão que ela me traz
O olhar do desesperado no meio da multidão a sua procura
O choro inquieto da criança esperando sua atenção
O que sou senão um ser carente, de gestos confusos
De uma alma infinitamente boa, mas que sonha demais
Quem sou eu senão a fé que move moinhos
A brasa que aquece seu frio sentimento
O amor incansável, a vontade de querer ser sua
Quem sou eu senão aquela menina, hoje mulher
Menina de olhos castanhos atrás dos seus sinceros beijos
Dos cabelos negros a guiar-se pelo seus conselhos
Quem sou senão a moça mulher, a companheira
Aquela que ao fim da noite está ao seu lado
Que diz que vale a pena continuar nossa história
Quem sou eu senão o lado poético da vida
O rosto piedoso de um poeta triste
Ou um espinho cravado na alma
Quem sou eu senão seu retrato
Sua parte, sua metade, sempre incompleta
Por que não vens e me faz sua?
Quem sou eu senão parte do que tanto quis ser
E ainda sinto que muito se tem a conquistar
Quem sou eu senão o amor
O amor pulsando em cada segundo
Pulsando em meus dias
Quem sou senão só amor
Porque um dia lhe amei
E ei de lhe amar eternamente

Foto de fer.car

Quem sou...

Quem sou eu senão um ser a espera de um abrigo
Um aconchego, uma paz para este pobre coração
Quem sou eu senão a saudade do ontem, a ânsia do hoje
Um aperto no peito pela ausência do ser amado
Quem sou eu senão a calada da noite e a solidão que ela me traz
O olhar do desesperado no meio da multidão a sua procura
O choro inquieto da criança esperando sua atenção
O que sou senão um ser carente, de gestos confusos
De uma alma infinitamente boa, mas que sonha demais
Quem sou eu senão a fé que move moinhos
A brasa que aquece seu frio sentimento
O amor incansável, a vontade de querer ser sua
Quem sou eu senão aquela menina, hoje mulher
Menina de olhos castanhos atrás dos seus sinceros beijos
Dos cabelos negros a guiar-se pelo seus conselhos
Quem sou senão a moça mulher, a companheira
Aquela que ao fim da noite está ao seu lado
Que diz que vale a pena continuar nossa história
Quem sou eu senão o lado poético da vida
O rosto piedoso de um poeta triste
Ou um espinho cravado na alma
Quem sou eu senão seu retrato
Sua parte, sua metade, sempre incompleta
Por que não vens e me faz sua?
Quem sou eu senão parte do que tanto quis ser
E ainda sinto que muito se tem a conquistar
Quem sou eu senão o amor
O amor pulsando em cada segundo
Pulsando em meus dias
Quem sou senão só amor
Porque um dia lhe amei
E ei de lhe amar eternamente

Foto de fer.car

Amor meu, devolva-me

Devolva-me a paz, o furor que enlouquece
A pulsação correndo rápido em meu interior
A vontade louca e exagerada de vê-lo
Quero sentir seu corpo ao meu
Sua voz serena e sensual atravessando meus dizeres
Sua boca percorrendo meu rosto suavemente
As mãos grandes e fortes me tocando
Os braços que abraçam como fortaleza
Devolva-me aquela ansiedade desmedida de esperar
Aquela saudade que devasta, arrasa meu íntimo
Devolva-me o amor que um dia eu senti
Entregue-me este coração de pedra
Quero roçar minha pele em sua barba
Trocar carícias em seu leito
Agravar seu desejo, saciar sua ânsia por felicidade
Devolva-me não a pura atração, mas o amor paixão
O magnetismo que nos fez um dia acreditar
Que fez os olhos chorarem e a alma arder de dor
Devolva-me você
Você como antes o fora
Amor meu
Devolva-me

Foto de fer.car

Amor meu, devolva-me

Devolva-me a paz, o furor que enlouquece
A pulsação correndo rápido em meu interior
A vontade louca e exagerada de vê-lo
Quero sentir seu corpo ao meu
Sua voz serena e sensual atravessando meus dizeres
Sua boca percorrendo meu rosto suavemente
As mãos grandes e fortes me tocando
Os braços que abraçam como fortaleza
Devolva-me aquela ansiedade desmedida de esperar
Aquela saudade que devasta, arrasa meu íntimo
Devolva-me o amor que um dia eu senti
Entregue-me este coração de pedra
Quero roçar minha pele em sua barba
Trocar carícias em seu leito
Agravar seu desejo, saciar sua ânsia por felicidade
Devolva-me não a pura atração, mas o amor paixão
O magnetismo que nos fez um dia acreditar
Que fez os olhos chorarem e a alma arder de dor
Devolva-me você
Você como antes o fora
Amor meu
Devolva-me

Foto de Soninha Porto

C O M P A R T I L H A R !

dormi leve
na sensação dos teus olhos em mim...
espantados
gulosos
me tocando no ar
quase deu pra sentir
tua ânsia de me ter
a tua voz rouca
indecente a tecer
finos acordes do tesão
da paixão
desfrutei ...
vistes ... sentistes...
o meu escorrer
vertedouro de minha loucura por ti
começaste em versos
tocando o meu ser
invadistes meu eu...
ah, poeta...
belas alegorias
nas alas da minha existência
tão suavemente!...
terminas por ter o meu corpo
esfogueado
amante
a enfeitiçar teus desejos
exibes teu cerne
de homem impetuoso
sedento...
fragmentos desvendados
de tuas vivências
assim..tão encantadoramente...

Soninha Ferraresi Porto®

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