Quem sou eu senão um ser a espera de um abrigo
Um aconchego, uma paz para este pobre coração
Quem sou eu senão a saudade do ontem, a ânsia do hoje
Um aperto no peito pela ausência do ser amado
Quem sou eu senão a calada da noite e a solidão que ela me traz
O olhar do desesperado no meio da multidão a sua procura
O choro inquieto da criança esperando sua atenção
O que sou senão um ser carente, de gestos confusos
De uma alma infinitamente boa, mas que sonha demais
Quem sou eu senão a fé que move moinhos
A brasa que aquece seu frio sentimento
O amor incansável, a vontade de querer ser sua
Quem sou eu senão aquela menina, hoje mulher
Menina de olhos castanhos atrás dos seus sinceros beijos
Dos cabelos negros a guiar-se pelo seus conselhos
Quem sou senão a moça mulher, a companheira
Aquela que ao fim da noite está ao seu lado
Que diz que vale a pena continuar nossa história
Quem sou eu senão o lado poético da vida
O rosto piedoso de um poeta triste
Ou um espinho cravado na alma
Quem sou eu senão seu retrato
Sua parte, sua metade, sempre incompleta
Por que não vens e me faz sua?
Quem sou eu senão parte do que tanto quis ser
E ainda sinto que muito se tem a conquistar
Quem sou eu senão o amor
O amor pulsando em cada segundo
Pulsando em meus dias
Quem sou senão só amor
Porque um dia lhe amei
E ei de lhe amar eternamente
Quem sou...
Data de publicação:
Sábado, 16 Junho, 2007 - 05:41
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Comentários
Edinei Fer gostei muito do
Edinei Fer gostei muito do seu poema adorei o tema
abordado por vc,quem nunca ficou perdido em meio
a um grande amor não correspondido,vc escreve muito bem
conseguiu mostrar muito bem a sensação de quem se encontra
nessa situação,sem deixar de lado o romantismo da poesia
conseguiu diminuir o eu lírico frente ao amor colocando o amor
acima de tudo e com palavras doces e delicadas simplesmente
parabéns.
Edinei
eDINEI
oBRIGADA! SUAS PALAVRAS EM MUITO ME INCENTIVAM A ESCREVER SEMPRE MAIS.
Fernanda
Fernanda