Amargura

Foto de Samoel Bianeck

Jogral da Solidão

-I-
Solidão; porque coloca esta sua mão fosca
sobre minha inocente cabeça?
Destilas a tua seiva, não doce, que vai ao poucos
se misturando com meus maus pensamentos
e descem lentamente até meu coração.
Nada te fiz - porque me persegues?
---
Olha quem diz; sou a solidão sim; mas é você quem me segue.
Estou sempre a seu lado – sou tua aprendiz.
Nunca amaldiçôo quem na minha frente não se ajoelha.
II
Me enganas, sua loba com pele de ovelha,
Invades o meu ser e ainda me aconselha!
Espedaça a minha vida; fico sangrando então se apresenta
- camuflada de remédio.
Me arrebata para o tédio; te trago e me sufoca no isolamento.
Em minha pele injeta seu veneno - não suporto este tormento.
---
Sou um pleonasmo inverso – “a bebida que você não bebeu”.
Sou gustativa - “a delícia de mulher” que você não degustou.
Sou utopia da sensação - “o corpo que você não sentiu”.
Sou o paradoxo da companhia – “comigo; sempre estará só”
III
Não entendo teu linguajar, basta; já esta me arrancando tudo.
Sinto ira; ordeno, suplico - alguém me conte uma mentira!
Grito; vou para rua, lá você está, como um rolo compressor.
Não ouve meu brado; me esmaga, tritura – fico quebrado.
Levanto arrasado e você só diz – veja mais um pobre diabo!
---
Sou a mescla rara de um néctar maldito - tudo que te magoa.
Sou a mãe da tristeza - filha primogênita da angustia.
Me chamaste; vem tristeza - agora sou sua pele, “sua beleza”.
Me atiras para o alto; sou bumerangue – circulo com teu sangue.
--IV--
Sigo a rua, estou só, mas você me segue e grita – não esqueça de mim.
Olha um manequim: escute estão rindo, não tem ninguém - só pode ser de mim.
Sussurras no meu ouvido; sou invisível, é de você; viro e olho para eles.
Fazem cara de sério, não digo nada, mas te interrogo – eles são felizes?
Sim; não sabem que vão morrer; só porquê estão rindo?
---
Porque usas de metáforas para me atingir? Vai indo!
Teus passos sabes dirigir? – acha que agora vou rir.
Estou aqui para: com dor te atingir – não vou fingir.
Nem pense que vou te acudir, no chão pode cair.
Tenho uma missão a cumprir - tenho que te punir.
--V--
Logo decido, vou seguir - mas como posso?
Você é uma sombra, me segue como fantasma – não posso fugir.
Angustia-me, me faz mal, olha a manchete no jornal
– a felicidade está mais à frente.
Mas não sou crente, me empreste o pente, não te; esqueça
– nunca mais coloque a mão sobre minha cabeça.
---
Conheço tuas sensações tácteis – e sempre estarei te atormentando.
E fui, eu fiz, eu sou, tudo de bom que você queria ter vivido
pequenas e grandes coisas, um amor querido – sem viver, ficou inibido.
Alguém querido que não ajudou – uma conquista interrompida.
-VII--
Escute é a voz do mar; na esquina vou virar - acho que é lá seu ninho.
Chupo-te como uva, urino no esgoto - mas voltas com a chuva.
Tenho preguiça; tento correr e me seguras - como a areia movediça.
Na hora derradeira; sem querer te chamo de companheira.
Sei que és a antítese – do meu viver sem vida.
---
Esqueceu; sou o acróstico das iniciais de todos os teus males.
Mas lembre-se; sou tua companhia mais sociável - não te deixo ao léu.
E nem te quero no mausoléu – sempre te alcanço um chapéu.
--IX--
Esta é boa, agora você é meu anjo da guarda, minha amante.
Lembrei estou precisando é de uma amante, duas ou três
– quem sabe a solidão espante.
Estou ilhado preciso de alguém, vou ver uma boneca ou uma madona
- se não tiver vou para zona.
Vejo uma; grito; estou aflito - vem meu amor, me tira da solidão.
---
Engana-se; sou insubstituível; nem amor, dor ou pudor.
Sou a esfinge; ninguém me decifra; não tenho cor – sou ilegível.
Sem pudor dou a luz à angústia – e batizam meu filho de dor.
--X--
A festa acabou, vem comigo - mas não sei aonde vou.
Virei olhando seu rosto; uma lágrima rolou; ela chorou - que foi?
Tu és uma flor; sim mas você vai - a solidão me atacou.
Sai em silêncio, bati a porta, corri, gritei, adeus - nunca mais solidão.
Deixei-a com ela, ela ficou com minha solidão - estou livre!
Como um pássaro; quase seminu - atirei minha penas para o ar.
---
Pare, pare, aquela solidão era a dela - eu sou a sua.
Cada um tem a sua companheira que é a solidão verdadeira.
Sempre te acompanhei, acompanho - nunca largarei.
Senta ai e se acalme, volte a ser triste – nada de alarme!.
--XII--
Se cada um tem a sua; porque ninguém gosta da solidão?
Quero distância, vou embora - você é bem sem elegância.
Há quem se queixe; nas festas, nos amores – lá você está presente.
Veja quanta gente; fernandinhas e caubóis – mas tua marca os corrói.
---
É filho; estou com os poderosos, incapazes e medrosos.
Nova; sou invisível, nada aparece, com o tempo meu ser se fortalece
– junto com tuas desilusões meu poder cresce.
Sou abstrata, imaginária mas todos sentem o peso de minha mão
– minha maldade sempre aparece.
--XIII--
Não me chame de filho. Alguém disse que você é a praga do século.
Tem muita gente sofrendo por tua causa, até se matam ou matam.
Você leva a depressão; a tristeza, que deve ser tua irmã ou irmão.
Toda vez que sua sombra cinza visita um ser - sempre rouba um pouco.
Solitário ou nas festas, sempre tem alguém sofrendo – aqui acolá.
---
Amigo; nós da família solidão não temos culpa – cada vez tem mais espaço.
Estamos só cumprindo nossa função; tem gente que vive em uma eterna solidão
- sempre me chamam com a droga, intrigas, brigas – dizem que são amigas.
Você é um que sempre fica comigo. A propósito gostou de te chamar de amigo?
--XIV--
Amigo está melhor; já que não posso me livrar - vou te aceitar.
Chamarei-te de Teresa, ela também cansa a minha beleza.
Responda-me com certeza; e esta gente que só enxerga seu umbigo?
Sim mesmo aquele que se dizem bravos; também são seus escravos?
---
Amigão; para estes tipos de coisa eu nem ligo, são estúpidos sem receio.
Cá entre nós; são os que mais vivem a sós - e para solidão é um prato cheio.
Não invento, e ao ver eles afundando na amargura – só contemplo.
Ainda é tempo, me entenda; me aceite como sua amiga – sou pura.
Fico má, te afogo no veneno quando você quer – o sabor é da tua mistura.

Foto de Samoel Bianeck

Jogral da Solidão

-I-
Solidão; porque coloca esta sua mão fosca
sobre minha inocente cabeça?
Destilas a tua seiva, não doce, que vai ao poucos
se misturando com meus maus pensamentos
e descem lentamente até meu coração.
Nada te fiz - porque me persegues?
---
Olha quem diz; sou a solidão sim; mas é você quem me segue.
Estou sempre a seu lado – sou tua aprendiz.
Nunca amaldiçôo quem na minha frente não se ajoelha.
II
Me enganas, sua loba com pele de ovelha,
Invades o meu ser e ainda me aconselha!
Espedaça a minha vida; fico sangrando então se apresenta
- camuflada de remédio.
Me arrebata para o tédio; te trago e me sufoca no isolamento.
Em minha pele injeta seu veneno - não suporto este tormento.
---
Sou um pleonasmo inverso – “a bebida que você não bebeu”.
Sou gustativa - “a delícia de mulher” que você não degustou.
Sou utopia da sensação - “o corpo que você não sentiu”.
Sou o paradoxo da companhia – “comigo; sempre estará só”
III
Não entendo teu linguajar, basta; já esta me arrancando tudo.
Sinto ira; ordeno, suplico - alguém me conte uma mentira!
Grito; vou para rua, lá você está, como um rolo compressor
Não ouve meu brado; me esmaga, tritura – fico quebrado.
Levanto arrasado e você só diz – veja mais um pobre diabo!
---
Sou a mescla rara de um néctar maldito - tudo que te magoa.
Sou a mãe da tristeza - filha primogênita da angustia,
Me chamaste; vem tristeza - agora sou sua pele, “sua beleza”.
Me atiras para o alto; sou bumerangue – circulo com teu sangue.
--IV--
Sigo a rua estou só, mas você me segue e grita – não esqueça de mim.
Olha um manequim: escute estão rindo, não tem ninguém - só pode ser de mim.
Sussurras no meu ouvido; sou invisível, é de você; viro e olhos para eles.
Fazem cara de sério, não digo nada, mas te interrogo – eles são felizes?
Sim; não sabem que vão morrer; nem porque estão rindo?
---
Porque usas de metáforas para me atingir? Vai indo!
Teus passos sabes dirigir – acha que agora vou rir.
Estou aqui para: com dor te atingir – não vou fingir.
Nem pense que vou te acudir, não chão pode cair.
Tenho uma missão a cumprir - tenho que te punir.
--V--
Logo decido, vou seguir - mas como posso?
Você é uma sombra, me segue como um fantasma – não posso fugir.
Me angustia, me faz mal, olha a manchete no jornal
– a felicidade esta mais à frente.
Mas não sou crente, me empreste o pente, não te; esqueça
– nunca mais coloque a mão sobre minha cabeça.
---
Conheço tuas sensações tácteis – e sempre estarei te atormentando.
E fui, eu fiz eu sou, tudo de bom que você queria ter vivido.
Pequenas e grandes coisa, um amor querido – sem viver, ficou inibido.
Alguém querido que não ajudou – uma conquista interrompida.
-VII--
Escute é a voz do mar; na esquina vou virar - acho que é lá seu ninho.
Te chupo como uva, urino no esgotos - mas voltas com a chuva.
Tenho preguiça; tento correr e me seguras - como a areia movediça.
Na hora derradeira; sem querer te chamo de companheira.
Sei que és a antítese – do meu viver sem vida.
---
Esqueceu; sou o acróstico das iniciais de todos os teus males.
Mas lembre-se; sou tua companhia mais sociável - não te deixo ao léu.
E nem te quero no mausoléu – sempre te alcanço um chapéu.
--IX--
Esta é boa, agora você é me anjo da guarda, minha amante.
Lembrei estou precisando é de uma amante, duas ou três
– quem sabe a solidão eu espante.
Estou ilhado preciso de alguém, vou ver uma boneca ou uma madona
- se não tiver vou para zona.
Vejo uma; grito; estou aflito - vem meu amor, me tira da solidão.
---
Engana-se; sou insubstituível; nem amor, dor ou pudor.
Sou a esfinge; ninguém me decifra; não tenho cor – sou ilegível.
Sem pudor dou a luz à angústia – e batizam meu filho de dor.
--X--
A festa acabou, vem comigo - mas não sei onde vou.
Virei olhando seu rosto uma lágrima rolou; ela chorou - que foi?
Tu és uma flor; sim mas você vai - a solidão me atacou.
Sai em silêncio, bati a porta, corri, gritei, adeus - nunca mais solidão.
Deixei-a com ela, ela ficou com minha solidão - estou livre!
Como um pássaro; quase seminu - atirei minha roupas para o ar.
---
Pare, pare, aquela solidão era a dela - eu sou a sua.
Cada um tem a sua companheira que é a solidão verdadeira.
Sempre te acompanhei, acompanho - nunca largarei.
Senta ai e se acalme, volte a ser triste – nada de alarme.
--XII--
Se cada um tem a sua; porque ninguém gosta da solidão?
Quero distância vou embora você – é bem sem elegância.
Há quem se queixe; nas festas, nos amores – você está presente.
Veja quanta gente; fernandinhas e caubóis – mas tua marcas os corrói.
---
É filho; estou com os poderosos, incapazes e medrosos.
Nova sou invisível - nada aparece, com o tempo meu ser se fortalece
– junto com tuas desilusões meu poder cresce.
Sou abstrata, imaginária mas todos sentem o peso de minha mão
– minha maldade sempre aparece.
--XIII--
Não me chame de filho. Alguém disse que você é a praga do século.
Tem muita gente sofrendo por tua causa, até se matam ou matam.
Você leva a depressão; a tristeza, que deve ser tua irmã ou irmão.
Toda vez que sua sombra cinza visita um ser - sempre roubas um pouco.
Solitário, nas festas, sempre tem alguém sofrendo – aqui acolá.
---
Amigo; nós da família solidão não temos culpa – cada vez tem mais espaço.
Estamos só cumprindo nossa função; tem gente que vive em uma eterna solidão
- sempre me chamam com a droga, intrigas, brigas – dizem que são amigas.
Você é um que sempre fica comigo. A propósito gostou de te chamar de amigo?
--XIV--
Amigo está melhor; já que não posso me livrar - vou te aceitar.
Te chamarei de Rodrigo, pelo menos rima com quem
- da felicidade é mendigo.
Agora te pergunto ou digo; e esta gente que só enxerga seu umbigo?
Mesmo aquele que se dizem bravos; também são seus escravos?
---
Amigão; para este tipos de coisa eu nem ligo, são estúpidos sem receio
Cá entre nós; são os que mais vivem a sós - e para solidão é um prato cheio.
Não invento, e ao ver eles afundando na amargura – só contemplo.
Ainda é tempo, me entenda me aceite como sua amiga – sou pura.
Fico má, te afogo no veneno quando você quer – o sabor é da tua mistura

Foto de willams bezerra de oliveira

saudades

Sempre quando a noite chega, a solidão vem me falar de você...
E a saudade penetra meu coração, como um pouco de luar dentro de uma noite imensa vai deixando em pouco tempo seu toque de beleza e sua suavidade vai enfeitando de luz, as flores mais singelas.
Assim é a saudade :consegue trasformar em beleza a tisteza infinita do presente... por que traz para mim o encontro das horas mortas do passado.
Traz o gosto perdido de beijos de amor...
Traz o calor dos abraços inesqueciveis...
Traz o eco de suas palavras...
Traz o perfume do seu corpo...
Em momentos tais fecho os olhos e começo a recordar...começo a pensar em você,que foi meu tudo... e agora é minha saudade.
Começo a pensar em você que me abandonor em tristeza e dor...
Que se esqueceu de que meu amor era sincero...
Que não lembrou que tudo em mim era um pouco de você. Que não pensou que minha vida,sem a sua,era uma caminhada de tédio e de angústia.
E agora estou só...eu e a saudade. Ela é a própria amargura... ela é tudo o que eu tive e não tenho mais.
É meu único alento. Todo o meu sol, todo meu luar...
Toda a minha vida meu amor...
Volte para mim?
EU TE AMO!!!

Foto de rodrigues

ANGUSTIA

Coloco-me a pensar como será minha vida...
Como será sem seus abraços...
Como será sem seus beijos...
Como será sem seus carinhos...
Como será sem o seu “colo”...
Como será sem você...

Hoje, mais uma vez, a solidão e a angustia me dominam...
Novamente, coloco-me em busca do amor...
Estou sem esperanças de encontrar a felicidade...
Pois sei que meu destino é cruel e infiel...

Sei que minha vida será só amargura...
Sei que a felicidade irá partir da minha vida, deixando me mais uma vez no chão gélido da solidão...
Sei que estou afundando...
Estão me submergindo nas profundezas da angustia...
E não tenho forças para nadar...

Estou sem forças para subir a montanha...
Sem forças para lutar contra o inevitável...
Sem forças para ser “eu” novamente...
Sem forças e sem querer lutar, somente querendo me afundar ainda mais em angustia, dor e sofrimento...

Não consigo amar...
Não consigo pensar...
Não consigo sonhar...
Não consigo viver...

Minha vida se transformou num enorme caos...
As luzes que brilhavam na minha vida se apagaram...
A lua já não da mais o seu brilho...
O sol já não mais me aquece...
Pois um terrível eclipse apareceu na minha vida...
Um eclipse que parece não ter fim...
As estrelas já não mostram mais o seu esplendor...
Já não brilham mais pra mim...

Já perdi a sede de viver...
Agora tenho que comer comida sem gosto...
Tenho que viver numa vida sem sal...
Tenho que ser e tenho que fazer...

Não sei quanto tempo essa chuva de amargura irá durar...
Mas espero que depois de todas essa tempestade...
Eu possa amanhecer num lindo dia de sol...
Num lindo e eterno dia de esplendor...
Onde todas as coisas voltem a ser como antes...
E ver e sentir a vida novamente me tocar...
Sentir que posso ainda ser feliz ao seu lado...
rodrigues.srodrigues@hotmail.com

Foto de Fernanda Queiroz

Desencontro

Hoje, caminhando pela calçada, distraída, despreocupada, letárgica e indiferente, com os olhos perdidos no infinito.Vi você parecia tão real, tuas vestes, teu cabelo, teu porte seguro e firme, tua forma de caminhar.

Tentei chegar perto depois de tanto tempo esperar, precisava te encontrar sai correndo, tropeçando, tentado te localizar, ou ficariam pensando que foi uma miragem De quem vive a sonhar, em meio a multidão que se acotovelava, tinha que conseguir ir além e te encontra.

Multidão esta que se fundia em um plano de fundo eu te perdia,não mais o conseguia localizar, nem teu rosto tua sombra ou teu andar olhava para todos os lados, a ansiedade me dominava, estaria sonhando? Seria possível, depois de tanto tempo eu não o encontraria?E que toda esta ousadia em te acompanhar seria sonhos esperanças e conflitos da alma

Voltou a estar tão perto?Ou foi meu anseio incontido que te viu em outra face?Não posso me iludir de novo, preciso saber, tenho que o seguir e mesmo que seja dolorosa a verdade aderir mas o escurecer da noite torna ainda mais difícil distinguir teu rosto em minha mente difusa porque simplesmente não tropeçaste em mim?me fizesse derrubada, no chão estaca, a te contemplar?E depois caíste em meus braços como em meus sonhos contínuo porque me faz vacilar quando me sinto segura? Sem a tua presença só sinto amargura e um sonho a busca e ficar a pensar eu tudo não passou de um grande sonho, e agora você aparece para tornar nítida tua imagem que persiste em me dominar e assim de repente como chega se vai ignorando minha mente, que vivi a te buscar, seja longe ou presente ou na multidão a caminhar e lá me deixa onde as pessoas vivem alheia a minha dor sem se preocupar se sou de fato um corpo a caminha a espera de outra miragem,outra ilusão ótica á espera de um novo esplendor que me leve pra outra margem onde poderei saber, se você por mim passou, ou quem te viu foi meu eterno amor

Fernanda Queiroz e Trabis de Mentia

(Direitos Autorais Reservados)

Foto de rodrigues

SAUDADE

Saudade, doença que mata, que consome, que entristece o nosso olhar, que enegrece nosso dia, saudade, palavra que quero apagar do meu vocabulário, da minha cabeça, do meu dicionário... Saudade, sentimento que faz-nos chorar, que faz-nos sentir gosto de amargura...
Saudade, palavra que domina nosso ser, que leva-nos a fazer coisas que não queremos, faz-nos perder o sentido, perder a esperança...
Saudade, não quero senti-la, não gosto de senti-la, mas qual a solução?, é inevitável, é impossível fugir, não conseguimos escapar dessa horrível sensação de senti-la...
Hoje sinto saudades, sinto vontade de estar perto de ti, sinto o coração bater forte na ânsia inevitável de te ver, sinto a respiração ofegante desejando sentir o cheiro, cheiro de mulher, cheiro da minha mulher.
Hoje, aqui, deitado no chão gélido da solidão, usando o cobertor de amargura, respirando oxigênio de aflição e desilusão, sentindo na boca não mais os seus beijos macios e suaves com gosto de mel, mas sim, gosto de sangue e amargura, gosto que não consigo tirar da minha boca desde o dia em que você partiu.
Então, onde esta a felicidade? aquela que foi minha companheira de longa data? que me deu momentos lindos, momentos perpétuos? onde esta?? Felicidade, amor, saudade, amargura, palavras que são companheiras, sempre andam juntas, para fazer-nos hora felizes e hora infelizes...
Peço a Deus que passe de mim essa amargura em que vivo, que passe de mim todo esse calix amargo que insiste em me consumir, que insiste em ser meu companheiro...
Seja pra mim somente amor, seja pra mim momentos lindos e inesquecíveis, seja pra mim paixão, afeto, carinho, compreensão, desejo, sedução, em fim, seja pra mim a minha vida, faça-me viver, mas faça-me viver com muita intensidade...
Rodrigues
Rodrigues.srodrigues@hotmail.com

Foto de TrabisDeMentia

Roseiras cor de limão

Roseiras cor de limão
Tão lindas, tão bem cheirosas
Seriam bem mais azedas
Se não cheirassem como rosas

Sustentam um brilho doce
Mas seco como o do sal
E na amargura de seus espinhos
Ferem quem nunca lhes quis mal

Foto de Neco

Diga-me

Só queria entender, como uma pessoa que só conheceu, amargura discórdia, infidelidade,
Tristeza e infelicidade, vivendo a sombra de alguém que diz que a ama, mas que forma de amar e essa que não consigo entender que só a maltrata e a fere, deixando cada vez mais incapaz.

Quando em um dado momento inesperado, esta tal pessoa, tem a chance, de conhecer, sentir e viver, tão nobres virtudes, como companheirismo, fidelidade, carinho, alem de amor verdadeiro e felicidade, e um alguém tão apaixonado que seria capaz de entregar aos braços da morte, para ver brotar um sorriso em sua tão bela e angelical fase.

Só queria entender como esta pessoa troca, tal vida, desejada e sonhada por tantos, para voltar as sombras e agora sim viver só em sonhos, tudo em que um dia já teve a oportunidade de saborear.

Diga-me
Por que

Foto de josedourondo

OS MEUS OLHOS

Os meus olhos são a luz
Dos teus, sós e ceguinhos,
Carregam pesada cruz
Por rotas cheias de espinhos.

Os meus olhos são ternura
E espalham singelo amor
Na desdita e na amargura,
Nos abismos da forte dor.

Os meus olhos são amizade
Que mostram a toda a gente
O sentimento da saudade
No sonho sempre presente.

Quisera que os meus olhos
Os teus guiassem na vida
Com carinho, sem escolhos
Na dura rota desconhecida.

Foto de Claudia A.

Adeus

Mergulhei no mar do desconhecido,
encontrei o paraiso.
Fui testar meu coração,
me deparei com seu sorriso

Agora,ai de mim como esquecer?
Entrei no jogo por brincadeira,
apaixonei-me por você
E agora o que fazer?

Se os dias sem você me torturam.
A vida sem você é amargura.
Não vejo mais nada alem de você.
Que conquistou meu coracão mesmo sem querer.

E agora?ai de mim...
O que faço pra te esquecer,
se não sou nada sem beijos,
se só sei amar você

Como posso apagar?
se só quero te amar.
Como posso esquecer?
se só penso em você.

Você se vai com um adeus sublime,
E aqui apenas a tristza fúnebri,
E eu choro sem parar,
na esperança de você voltar.

Canto o adeus de quem chora,
fica o adeus de quem morre.
Num simples adeus de quem sente,
a perda no adeus de quem ama!

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