Alma

Foto de Graciele Gessner

Declarando Amor Pelo Monitor. (Graciele_Gessner)

Oi, meu eterno amor!

Sabe?! Estou feliz de alguma forma de ter você novamente, mesmo que por uma telinha. Acho que acabei por me acostumar de tê-lo do outro lado do monitor. Também penso que estranharia a sua ausência, em não ver a plaquinha do MSN subindo e dizendo: "Meu amor acabou de entrar". Ah, sim! A sua poetisa está sentimental hoje, na verdade está amando sem saber ao certo aonde chegaremos com este total envolvimento.

Fico há imaginar o dia que você me "faltar", me refiro quando a morte chegar, isto se eu não for antes. Acho que vou visitar-te todos os dias, pois lá sei que não encontrarei ninguém a te vigiar. Até que Deus tenha piedade de mim e me busque para poder te encontrar onde estiver.

Sim, meu amor, eu te amo! Aprendi a amar de longe, você não imagina quão grande é o amor que guardo por ti. Se no passado eu deixava você livre de mim, deixando sair sozinho, hoje, faria de tudo para estar em sua companhia, para estar com você. Eu sei que devia ter valorizado antes, mas tudo tem um jeito, ou melhor, damos um jeito. E o meu jeito é de te amar de longe, em silêncio.

Meu amor, você é o sentido que me faz acreditar em alma gêmea. Você é aquele capaz de me fazer suspirar de prazer. Aquele dos olhos azuis que me apaixonei e acabei amando sem limite. Você é a pessoa oposta de mim, somos muito diferentes, e ao mesmo tempo muito iguais. Você me entende?!

Você me conhece tão bem, como ninguém jamais conheceu! Gosto dos seus beijos intensos, envolventes, que faço questão de serem lentos para senti-los mais meus. E de alguma maneira sentir-te me possuindo e me amando, me desejando, me querendo sua, por todo sempre, eternamente.

Ah, meu amor! Eu posso não tê-lo fisicamente ao meu lado, mas tenho em meus pensamentos, em meus versos e em meu coração. Tenho você nas coisas simples da vida, e tenho saudade de tudo que vivi e senti contigo. Saudade de senti-lo bem juntinho de mim, pertinho, num enroscar de pernas, numa aproximação de corpos que se torna um só. Você é a minha saudade, é meu amor!

Amor, tudo que escrevo é a minha definição real do que é amor, do que sinto e vivo por você.

Tudo isso, porque simplesmente, eu te amo!

Sua eterna poetisa.

11.06.2008

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

Foto de sidcleyjr

Cansei de falar das musas

Viajei para outros mundos
Viajei a procura de avanços,
Encontrei um jardim de flores coloridas
Devotei meus olhos e alma às rosas
Que assediava-me com seu perfume
E o contraste do amor.
As rosas grandes egoístas
Belas alquimistas
Dementadores de consciência
Que orvalha o sangue do poeta.
O poeta foi assassinado
E reconhecido no terceiro dia
Trás as marcas no peito e nas mãos
Quase não escreve mais
Perdeu a pura inocência de amar
Ressuscita ao perdão de suas lágrimas
Tornando-se uma lembrança
Papeis antigos,
Cravados no baú esquecido no porão.

'Macro

Foto de Margusta

E, porque me amas...

Sob esta infinita abóbada celestial
No azul perfeito, pressinto o teu olhar
Aquele , que, com o amor me despe
Quando é chegada a hora de te amar

O verde dos teus olhos, meu doce amor
Nos ramos dos pinheiros está gravado
Libidez de corpos, entrelaçados sem pudor
Quando se entregam em desejo compassado

A natureza alberga a tua imensidão
Nela respiro o teu perfume. A minha vida!...
Nesse teu cheiro de aromas celestiais

Alimentando-me a alma e o coração
Fazendo-me sentir a Musa mais querida
Deusa Rainha, habitando entre mortais...

@Margusta
Pinhal da Lagoa de Albufeira
14/09/2008

* Reservados os direitos de autor*

Foto de Carmen Lúcia

A acompanhante

(texto inspirado no conto “O enfermeiro”, de Machado de Assis, em homenagem ao centenário de sua morte.)

Lembranças me vêm à mente. Ano de 1968. Meus pais já haviam falecido e me restara apenas uma irmã, Ana.
Foi preciso parar com meus estudos, 3º ano do Magistério, para prestar serviços de babá, a fim de sobrevivência.
Morava em Queluz, cidade pequena, no estado de São Paulo, quando, ao chegar do trabalho, bastante cansada, recebi a carta de uma amiga, Beth, que morava em Caçapava, para ser acompanhante de uma senhora idosa, muito doente. A viúva Cândida. O salário era bom.
Ficaria lá por uns bons tempos, guardaria o dinheiro, só gastando no que fosse extremamente necessário.Depois, voltaria para minha cidade e poderia viver tranqüilamente, com minha irmã.
Não pensei duas vezes. Arrumei a mala, colocando nela o pouco de roupa que possuía e me despedi de Ana.
Peguei o trem de aço na estação e cheguei ao meu destino no prazo de uma hora, mais ou menos.
Lá chegando, fui ter com minha amiga Beth, que morava perto da Praça da Bandeira e estudava numa escola grande, próxima de sua casa. Ela me relatou dados mais detalhados sobre a viúva, que, não fosse pela grande dificuldade financeira que atravessava, eu teria desistido na mesma hora.
Soube que dezenas de pessoas trabalharam para ela, mas não conseguiram ficar nem uma semana, devido aos maus tratos e péssimo gênio da Sra Cândida.
Procurei refletir e atribuir tudo isso a sua saúde debilitada, devido às várias moléstias que a acometiam.
Os médicos previram-lhe pouco tempo de vida. Seu coração batia muito fraco e além disso, tinha esclerose, artrite, bicos-de-papagaio que a impossibilitavam de andar e outras afecções mais leves.
Depois de várias recomendações de paciência, espírito de caridade, solidariedade por parte de minha amiga e seus familiares, chamei um táxi e fui para a fazenda, onde morava a viúva, na estrada de Caçapava Velha.
A casa era de estilo colonial e lembrava o passado, de coronéis e escravos.
Ela me esperava, numa cadeira de rodas, na varanda enorme e mal cuidada, onde vasos de plantas sucumbiam por falta de água.
Percebi a solidão em que vivia, pois apenas uma empregada doméstica, já velha e com aspecto de cansada, a acompanhava.
Apresentei-me:-Alice de Moura, às suas ordens!Gostou de mim.Pareceu-me!
Por alguns dias vivemos um mar de rosas.Contou-me de outras acompanhantes que dormiam, não lhe davam seus remédios e que a roubavam.
Procurei tratá-la com muito carinho e ouvia atentamente suas histórias.
Porém, pouco durou essa amistosa convivência. Na segunda semana de minha estadia lá, passei a pertencer à lista de minhas precursoras.
Maltratava-me, injuriava-me, não me deixava dormir, comparando-me às outras serviçais.Procurei não me exaltar, devido a sua idade e doença.Ficaria ali por mais algum tempo. Sujeitei-me a isso pela necessidade de conseguir algum dinheiro.
Mas, a Sra Cândida, mesmo sendo totalmente dependente, não se compadecia de ninguém.Era má, sádica, comprazia-se com a humilhação e sofrimento alheios.
Já me havia atirado objetos, bengala, talheres, enfeites da casa.Alguns me feriram, mas a dor maior estava em minh’alma.Chorava, às escondidas, para não ver a satisfação esboçada em seu rosto e amargurava o dia em que pusera os pés naquela casa.
Passaram-se quatro meses.Eu estava exausta, tanto fisicamente, quanto emocionalmente.Resolvi que voltaria à Queluz.Só esperaria a próxima rabugisse dela.Foi quando, de sua cadeira de rodas, ela atirou-me fortemente a bengala, sem razão alguma, pelo simples prazer de satisfazer seu sadismo.
Então eu explodi. Revidei, com mais força ainda.Mantive-me estática, por alguns minutos, procurando equilibrar minhas fortes emoções e recuperar a razão.
Foi quando levei o maior susto de minha vida. Deparei-me com a viúva, debruçada sobre suas pernas e uma secreção leitosa escorrendo de sua boca.Estava imóvel.
Já havia visto essa cena, quando meu pai morrera de ataque cardíaco.
Aos poucos, fui chegando mais perto, até que com um esforço sobre-humano, consegui colocá-la sentada na cadeira e com o xale que havia caído ao chão, esconder o hematoma no pescoço, causado pela minha bengalada.
Pronto!Tornara-me uma assassina!Como fui capaz de tal ato?
Bem, fora uma reação repentina, em minha legítima defesa.Ou quem sabe, a morte tenha sido uma coincidência, justamente no momento em que revidei ao golpe da bengala.
Comecei a gritar e a velha empregada apareceu. Ajudou-me a levar o corpo até o quarto.Chamei Dr. Guedinho, médico da Sra Cândida e padre Monteiro, que lhe deu extrema unção.
Pelo que percebi, o médico achou que ela fora vítima de seu coração, um ataque fulminante.E eu tentei acreditar que teria sido mesmo, para aliviar a minha culpa.
Após os funerais, missa de corpo presente na igreja Matriz de São João Batista, recebi os abraços de algumas poucas pessoas que lá estavam, ouvindo os comentários:
-Agora você está livre!Cândida era uma serpente!Nem sei como agüentou tanto tempo!Você foi a única!
E, para disfarçar minha culpa, eu retrucava:
-Era por causa da doença!Que Deus a tenha!Que ela descanse em paz!
Esperei o mesmo trem que me trouxera à Caçapava e embarquei para minha cidade.Aquelas últimas cenas não saíam de minha mente. Perseguiam-me dia e noite.
Os dias foram se passando e o sentimento de culpa aumentando.
-Uma carta para você!gritara minha irmã.-E é de Caçapava!
Senti um calafrio dos pés à cabeça. Peguei a carta e fui lê-la trancada em meu quarto.
Que ironia do destino!Eu era a herdeira universal da fortuna da viúva Cândida!Logo eu, que lhe antecipara a morte.Ou teria sido coincidência?
Pensei em recusar, mas esse fato poderia levantar suspeita.
Voltei para Caçapava e fui ter com o tabelião, que leu para mim o testamento, longo e cansativo.
Realmente, era eu, Alice de Moura, a única herdeira.Após cumprir algumas obrigações do inventário, tomei posse da herança, à qual já havia traçado um destino.
Doaria a instituições de caridade, às igrejas, aos pobres e assim iria me livrando, aos poucos, do fardo que pesava em minha consciência.
Cheguei a doar um pouco do dinheiro, mas, comecei a não me achar tão culpada assim e passei a usá-lo em meu benefício próprio. Enfim, coincidência ou não, a velha iria morrer logo mesmo e quem sabe se era naquele momento.
Ainda tive um último gesto de compaixão à morta:Mandei fazer-lhe uma sepultura de mármore, digna de uma pessoa do bem.
Peço a quem ler essa história, que após a minha morte, que é inevitável para todos, deixem incrustada em meu epitáfio, essa emenda que fiz, no sermão da montanha:
_”Bem aventurados os herdeiros universais, pois eles serão respeitados e consolados!”

(Carmen Lúcia)

Foto de DeusaII

vamos ficar assim...

Deixa-me dormir
Envolver-me no teu abraço,
Ficar no teu regaço,
Colar minha alma à tua.

Como dois loucos enamorados
Nesta vida destemida,
Ficar apenas assim....
Neste estado de torpor
Que não termina, quando o dia acaba.

Deixa-me dormir...
Sentir teu corpo perto de mim,
Tuas mãos que fazem as minhas tremer
Quando percorres meu corpo
Nesta ilusão de sonhos já sonhados.

Deixa-me dormir
Ouvir o bater do teu coração
O sentimento da emoção
Quando chamas meu nome....

Deixa-me neste estado,
Tira-me da vida e põe-me nos teus sonhos
Faz de mim mulher,
Sentida, amada, sonhada.
Faz de mim estrela cadente,
Desejo em teu corpo.

Deixa-me dormir...
Num sono profundo,
Perfeito, refeito, satisfeito.

E vamos ficar assim,
Para toda a eternidade....

Foto de sidcleyjr

Laísa

Paixão conheci
Não toquei a carne
Não senti seu gosto.
Vez ou outra
Voamos para contra o abismo
No meu calmo sonho durante o dia
Quem sabe um dia...
Sabe quem não sabe tudo,
Quem não desdobra o mundo
Flui o doce sentido da liberdade.
Estou ali do lado
Escrevendo junto separado
E algum dia desses
Metamorfoses iram nos fundir.
A lua refletindo entre nossos olhos
Consolando o peito que arde
Ao olhar a palavra direcionada
Sorrisos maduros ilustram a alma
Poções de desejos procuram à calma
Para lindos versos te definir.
Linda garota Laísa
Mérito o caráter de uma flor
Essências daquele amor
Que um dia sonhei construir.

'Macro 14/09/08

Foto de Sonia Delsin

EU MUDEI

EU MUDEI

Dizem que eu mudei.
Sim, eu mudei.
As mudanças não foram sutis.
Foram mudanças radicais.
Não ligo mais pra coisas banais.
Antigamente eu sofria por bobagens.
Muito sensível por qualquer coisa eu ficava machucada.
Vi tanta coisa nesta estrada.
E fui mudando.
Hoje em dia eu posso dizer que sinto muita mais alegria.
Adoro o nascer do dia.
Sempre espero coisas positivas.
Tenho pensamento bom, elevado.
Não fico mais lamentando as dores do passado.
Aprendi a sorrir muito mais.
Encontrei tanta paz.
Numa flor eu deito o olhar.
Num pássaro.
Numa criança.
Tenho mais esperança.
Paro para admirar um rio, um lago.
Deito na grama.
Rolo na cama.
Espreguiço.
Não vejo embaraço.
Acho que em tudo se pode dar um jeito.
Me tornei uma pessoa mais suave, mais calma.
Aprendi a conviver melhor com minha própria alma.
Me disseram um dia que minha sensibilidade me estragava.
Não era bem esta a verdade.
Mas eu precisava lapidar este meu ser.
E lapidei.
Eu mudei.

Foto de Sirlei Passolongo

Porque te quero

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Não te quero
Por uma razão qualquer
Quero-te porque em tuas mãos
Está minha alma...
Porque em teus olhos
Está a luz dos meus olhos.
Não te quero
Simplesmente por querer
Quero-te porque és o guardião
Do ar que respiro...
Porque levas em teu sorriso
O meu sorriso
Não te quero porque te quero
Quero-te porque sem você
Não vivo.

(Sirlei L. Passolongo)

Direitos Reservados a Autora

.

Foto de Dirceu Marcelino

VÍDEO-POEMA: ESTRATÉGIAS DA RAINHA BRANCA DO XADREZ - Homenagem de Aniversário a ANGELA - Grande Jogadora de Xadrez do Brasil

ESTRATÉGIAS DA RAINHA BRANCA DO XADREZ

A postos soldados!
Fiquem atentos em minha ala.
Protejam o centro.
Com certeza ganharemos a batalha.
Ataquem e recuem:
Após retomaremos num ataque fulminante.
Quero aquele Rei Negro
Vivo.

Não quero mortes em vão
Não se deixem abater, não se trocam os peões só por trocar,
Eles são soldados.
Os peões passados criam alma,
Não deixem que os negros avancem,
Os capturem de qualquer forma.

Cuidado com os Corcéis Negros
Se necessário podem até eles sacrificá-los,
Embora sejam cavalos nobres,
Não hesitem se for para abrir caminho,
Abatam-nos!
Pois quero o centro protegido.

Preservem os Bispos,
Deixem passagem para eles e os protejam.
Armaram o centro como mandei.
Cavalos são peças de combate,
Olhem os deles como estão plantados.
Vocês acham que ainda tem centro aqui?
Mas os nossos,
Que avancem,
Dêem-lhes cobertura
E reforcem sua armadura.

Deixem as torres paralelas
Em coluna ou em fileira
Mas sempre sob essa estratégia
Elas são peças de finais
Só as use depois de rocar
E sempre em paralelas.

Hoje. Vou levar esse Rei Negro
Vou prendê-lo até o fim.
Essa Rainha é atrevida
Usa tática sem igual
Aproveita sua beleza
Para iludir o capitão
Coitado do Rei Negro,
Dessa não escapa não.

Olhe o que fez o centurião,
Foi para a corte da Rainha.
E a Rainha Negra: Coitadinha.
Lutou o quanto pode
Protegendo seu rei amado.
Acompanhou seus soldados
E nem mesmo quando o viu prostrado
Deixou de ir ao ataque ao seu lado.

Por isso,
Surgiram cavaleiros de todo lado
Até de outros Estados.
Agora todos a procuram
A Rainha Vitoriosa!
E ela continua dominadora
Implacável e sedutora,
Troca nomes
Mas não adianta
Por todos é procurada.
E agora se transforma
De Rainha em Imperatriz.

Foto de DeusaII

O coração daqueles que não sabem amar

Ondas de calor,
Num dia de tempestade,
Corpos envoltos em prazer
Sentidos dispertos
Olhares apaixonados.
Mágoas vividas ao sabor da chuva,
Que cai de mansinho,
Antes do dia terminar.
Sofrimentos atrozes,
Que já se perderam e renasceram
Em almas separadas.
O frio gélido, que paira em corações perdidos
Em olhares distantes,
Em sorrisos esquecidos.
Sentimentos de impotência,
Perante vidas perdidas,
E nunca relembradas,
Por má sorte do destino.
Almas fingidas,
Que se esqueceram de amar,
Que se perderam no caminho de um destino
Cruel e distante.
A tempestade passa, lá fora,
A chuva diminui de intensidade
Mas o frio permanece colado aos corpos
Dos que se esqueceram de amar.
Daqueles, que um dia, esqueceram-se a vida.
Um frio gelado,
Quase vida, quase morte
Que permanecerá sempre,
Até que a luz,
Assole suas alma e as traga
De novo à vida.

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