Água

Foto de LolitaMadura

PARIS, AMOR MADURO

Rue Chappe, 18 arrondissement, Montmartre, Paris.
Um petit (e põe petit nisso) apartamento aos pés da Sacré-Coeur, donde se avista quase toda Paris, com um pouco de contorcionismo. Grades de ferro adornam a minúscula sacada do prédio antigo, mas cheio de charme. O elevador barulhento tem porta pantográfica e a banheira é daquelas brancas, antigas, com pezinho e torneira de latão. Duro mesmo é tirar a roupa num frio de rachar e esperar séculos até que um filete de água cubra ao menos o fundo, para esquentar os pés, já que não há chuveiro.

Mas estamos em Paris, que é uma festa!

Café na cama, champagne e baguete da venda da esquina. Escallier para a Place du Tertre
e uma tulipa de Tuborg no balcão. Metrô, museus, livrarias, prateleiras em Saint Germain de Prés...Me aquecer ao sol num de seu cafés e depois conter o desejo de comer churrasco grego nas carrocinhas do boulevard...

Jantar chez Frouin com vinho do terral de papá, de gravata borboleta, irretocável...
Dançar música africana no Zairean...

Passear na madrugada por Les Halles iluminada...
Jantar no Au Pied du Cochon e lembrar que a única regra é também a única promessa: ver o outro, sempre, com bons olhos.

Foto de LolitaMadura

PARIS, AMOR MADURO

Rue Chappe, 18 arrondissement, Montmartre, Paris.
Um petit (e põe petit nisso) apartamento aos pés da Sacré-Coeur, donde se avista quase toda Paris, com um pouco de contorcionismo. Grades de ferro adornam a minúscula sacada do prédio antigo, mas cheio de charme. O elevador barulhento tem porta pantográfica e a banheira é daquelas brancas, antigas, com pezinho e torneira de latão. Duro mesmo é tirar a roupa num frio de rachar e esperar séculos até que um filete de água cubra ao menos o fundo, para esquentar os pés, já que não há chuveiro.

Mas estamos em Paris, que é uma festa!

Café na cama, champagne e baguete da venda da esquina. Escallier para a Place du Tertre
e uma tulipa de Tuborg no balcão. Metrô, museus, livrarias, prateleiras em Saint Germain de Prés...Me aquecer ao sol num de seu cafés e depois conter o desejo de comer churrasco grego nas carrocinhas do boulevard...

Jantar chez Frouin com vinho do terral de papá, de gravata borboleta, irretocável...
Dançar música africana no Zairean...

Passear na madrugada por Les Halles iluminada...
Jantar no Au Pied du Cochon e lembrar que a única regra é também a única promessa: ver o outro, sempre, com bons olhos.

Foto de pttuii

Arco Íris Inc.

O Branco é amigo do Preto. O Castanho está unido por ligações sentimentais ao primeiro, mas nada o liga ao segundo. O Azul tem tendências suicidas, e vê no Verde um refúgio de serenidade cada vez mais raro nos dias que correm.
Os dois já se envolveram com o Preto, mas perante o Branco sempre o negaram. O Roxo espera por uma oportunidade para pedir emprego ao Castanho, que assume funções de administração na empresa de obras públicas do Amarelo.
O Branco é quem verdadeiramente dá a cara neste negócio, e fala-se que poderá ver com bons olhos um take-over feito pelo Rosa. A suavidade de temperamento deste último é vista pelo Azul como uma potencial ‘mais valia’ numa ligação meramente profissional.
A importação de água de um mar cuja localização ainda não foi tornada pública, parece ser o ramo em que o azul melhor se movimenta. A personalidade densa que o caracteriza é, segundo os analistas, a adequada para uma correcta gestão da multinacional.Uma empresa de consultoria, fundada pelo amarelo, poderá ter sido contratada para atestar a veracidade destas constatações. Por trás deverá estar uma Oferta Pública de Aquisição feita pelo Ciano, que desesperadamente luta por se manter à tona de um negócio onde o Branco ainda dita regras.
O Ciano partilha o tom com o Lilás, e é considerado perigoso. Numa desordem alvejou a tiro o Branco, que por ter corrido perigo de vida, reforçou o seu estatuto neutral. O relatório de tendências no arco-íris aponta para um futuro menos denso. O esbatimento de funções é visto com desconfiança.

Foto de apenasvivendo

Pablo Neruda O Riso

O teu riso

Tira-me o pão, se quiseres,
tira-me o ar, mas não
me tires o teu riso.

Não me tires a rosa,
a lança que desfolhas,
a água que de súbito
brota da tua alegria,
a repentina onda
de prata que em ti nasce.

A minha luta é dura e regresso
com os olhos cansados
às vezes por ver
que a terra não muda,
mas ao entrar teu riso
sobe ao céu a procurar-me
e abre-me todas
as portas da vida.

Meu amor, nos momentos
mais escuros solta
o teu riso e se de súbito
vires que o meu sangue mancha
as pedras da rua,
ri, porque o teu riso
será para as minhas mãos
como uma espada fresca.

À beira do mar, no outono,
teu riso deve erguer
sua cascata de espuma,
e na primavera, amor,
quero teu riso como
a flor que esperava,
a flor azul, a rosa
da minha pátria sonora.

Ri-te da noite,
do dia, da lua,
ri-te das ruas
tortas da ilha,
ri-te deste grosseiro
rapaz que te ama,
mas quando abro
os olhos e os fecho,
quando meus passos vão,
quando voltam meus passos,
nega-me o pão, o ar,
a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso,
porque então morreria.

Pablo Neruda

Foto de Shyko Ventura

"O SEU DESPERTAR"

“O SEU DESPERTAR”

Espero as janelas se abrirem,

Encerradas pelo sono que se fez.

Aguardo surgirem e espero seu despertar

Como dois espelhos de água,

Duas pérolas negras que são descobertas

Quando essas janelas se abrem.

Janelas do tempo,

Que me transportam pra outros mundos;

Janelas do espaço profundo,

Escuro em si, mas decorado pelo brilho!

Das estrelas que intrinsecamente se

Hospedam nele;

Janelas do amor,

Que removem a dor, a solidão, os anseios,

Que insistem em devorar as esperanças

De se abrirem.

Fico ao lado delas,

Sinto seu pulsar,

Sei que vais despertar,

E agora o faz.

Deixo de mim,

Sinto-te assim, tão brilhantes e sem fim!

Num brilho intenso

Que pelo qual me rendo

E o que era esperar,

Agora simplesmente se torna em amar!

__________________________________by Shyko 091108

Foto de pttuii

Fazer de conta é bom

Contento-me com a solidão de uma mirada ao rio. Vestido de nobre falido, com aba de grilo imaginado, desfaço-me em agradecimentos à fogueira das vaidades que decomponho no horizonte. Lá longe, lá onde os pássaros despem as lingeries de senhora, e assumem onde nadam na noite erótica do mar revolto. Adoro-me como recolector de aspirações falidas, simplesmente porque eu fali as minhas próprias aspirações.
Enquanto mãe de água, da água que demora a cair porque as nuvens ardem de tesão, também falhei. Cuidei de amamentar expectativas. Acalorar rituais sagrados para apascentar demónios de filosofias bacocas. Fracasso. Total, completo, tão grande que até já usa ceroulas setecentistas.
O vento acalma o que pretendo seja uma transitória vontade de acabar com tudo. Finto um carneiro de duas cabeças que, apaziguadamente, começa a lamber-me as mãos. Reconheço-lhe características de entidade flatulenta e açambarcadora, por isso medo. Sim, medo alto, gigantesco. Terror do fim, porque o fim não tem princípio, e eu sinto-me um homem de meios pouco definidos.
Ao menos um exército. Adaga numa mão, escudo com a esfera armilar no outro, e uma voz de trovão em dia de epopeia renascentistas. Ninguém me pararia, porque só a imortalidade teria o condão de me amarrotar enquanto cadáver, jogando-me depois aos pés da tarântula que Deus guarda nos dias em que se sente satânico.
Por ora, meia volta, e volta para o que é seguro. Já se faz tarde. E a cegueira da calma que o silêncio ensurdecedor traz em vagas púrpuras, sempre contribuiu para menorizar o pouco que ainda resta no urinol do meu espírito.

Foto de Shyko Ventura

"VOCÊ PERTO DE MIM"

"VOCÊ PERTO DE MIM"

Você perto de mim
Suave é a brisa que passa,
Você perto de mim
Não sinto o ardor da solidão
Que insiste em querer te afastar de mim cada dia da tua ausência,
Você perto de mim
Sou forte,
Sou leve,
Sou o audaz e sagaz do ser;
Você perto de mim,
Sinto o estar e o viver em uma só sintonia,
Como um gigante sólido,
O universo em mim,
É o ciclo da água da nuvem,
Que alimenta o solo,
Enche os rios,
Sacia as flôres e suas raízes,
Corre por entre as pedras,
E depois, sobe para reiniciar-se;
Você perto de mim
São duas partes que forma o pulsar, e que faz bombear a vida,
Gerando mais vida e que agora
Resseca-se ao resíduo do barro
Que mais e mais perde sua vida
Pela ausência do cair de suas gotas, banhando e revivendo a tudo em mim!
___________by Shyko251208.

Foto de pttuii

Em planície

Montes de desalento. Sujas as mãos, Arroteias, o senhor das manhãs que pedem arrotos do fundo do estômago, já nada temia. Sentava-se no banco de vime que lhe oferecera os últimos dois tostões de há 20 anos, e eram mesmo de desalento aqueles dois montes alentejanos. Pareciam duas mamas de mulher desembaraçada, mas velha. Consumida, e velha, como provavam os sulcos que a água da chuva fazia no vale bem desenhado que avistava lá ao longe. Só que era tão deslindado o sentir que retirava daquele universo. Adorava trocar um quarto de escudo entre os nós encardidos dos dedos, enquanto fincava bem o pé na terra vermelha. De tanto fincar, partilhava o que as entranhas do planeta pareciam sangrar.
Era pessoa de antigamentes, que já não se deixava espantar com nada. Andava à procura de um dia menos previsível, para finalmente dizer a si mesmo o que queria da vida.
O vento não concordava. Beijava, de leve, o que de pudico transpirava das árvores. De carvalhos, gostava de abusar. As pessoas acreditavam em adultério, mas do ar só choviam deuses confusos. Viriatos talvez, porque de romano o ar só tinha o cheiro a coisas desnaturadas. A insultos escritos com tinta invisível.
Arroteias brincava com sonhos mal escapelizados. Não sabia de sabores a bibliotecas, mas lia tudo o que uma mulher lhe tinha para dizer. Nem que essa mulher fosse duas escrecências do planeta. Gizava planos, para esquecer-se de que relacionamentos, são chuvas mal conseguidas pelo imprevisto da criação.
Montes. Dupla de montes, que davam um pôr de sol de veias dilatadas. Sossegava mentes cansadas de explicações místicas para tudo. Arroteias dispunha-se bem, dispondo deuses de índoles diversas para conversar. E deixa-se a mais, porque pensar nunca foi arte para fazer com menos.

Foto de Hilláry

Amizade: O melhor remédio!!!

Amizade é um medicamento sem contra-indicação e sem efeitos colaterais. Por isso, deve ser tomado, talvez, de 4h em 4h, de acordo com a prescrição médica ou de acordo com o coração, como é o nosso caso!

Amizade é um frasco que contém gotas de alegria, entusiasmo e otimismo...

Amizade é uma drágea revestida de sabedoria, harmonia e equilíbrio...

Amizade é um comprimido que faz efervescer a doação, a partilha, a gratidão e o respeito...

Amizade é uma cápsula manipulada e que nos dá tranqüilidade, paciência e paz...

Amizade não é nenhum “xarope”, mas um elixir de fé, esperança e amor...

Amizade é uma vitamina estimulante da perseverança, da determinação, do compromisso...

Amizade é um soro glicosado que dá energia, força, estímulo para a caminhada...

Amizade é um antidepressivo com 500 mg de carinho, afeto, sorriso e solidariedade...

Amizade é um corticóide, administrado com cautela, capaz de melhorar o mau humor, o rosto triste, mesmo causando palpitações, taquicardia e tonturas...

Amizade é um antibiótico que mata as discórdias, o egoísmo, a injustiça...

Amizade é um anti-inflamatório que ameniza o sofrimento, a dor, a inflamação.

Amizade é um anti-térmico que abaixa a febre da vaidade, da indiferença e do orgulho...

Amizade é um diurético que retira além da água e dos sais minerais, o inchaço da nossa fragilidade humana...

Amizade é um anti-histamínico, descongestionante das reações adversas, das erupções, das alergias do nosso dia-a-dia...

Amizade é um antiespasmódico que alivia os gases dos preconceitos, da discriminação.

Amizade é uma pomada, creme, gel, com uso externo, para ser passado nas feridas, nas angústias...

Amizade é uma injeção de ânimo, de vigor, em muita gente que não tem a coragem e vontade de viver, de fazer a diferença como você sempre faz!

Amigo! A receita de nossa amizade não se encontra em bulas, receituários, farmacopéias, mas em fórmulas prescritas sob orientação médica Daquele que nos proporciona pílulas de vida eterna. Amém!

Foto de DeusaII

Vivi uma ilusão...

O Poema: Vivi uma ilusão

Vivi uma ilusão,
Um sentimento imperfeito
Que se desvaneceu com o decorrer do tempo.
Sonhei um sonho já sonhado
Que partiu do meu coração
E deixou minha alma sem morada.
Deixou meu corpo
Num completo devaneio
Por entre miragens surreais.
Deixou todos os meus sentidos
Fora de prazo.
E agora a água cristalina
Que jorra dos meus olhos
Apenas encontra conforto,
Nas mãos que tapam minha face,
Deixando-me numa escuridão sombria e obtusa.
Meus pobres membros já rastejam,
Por meu corpo hirto e vazio.
Meu cérebro atraiçoo-me
E fez-me reviver tempos que já não voltam.
Minha mente, trouxe-me a esperança
Do que já não existia
E deixou-me cair nesta cova fria e amarga
A que chamam solidão.
Vivi uma ilusão, outrora criada por mim
Acreditei em contos de fadas,
E agora perdida na minha loucura
Procuro uma saída que já não existe....
Procuro um refúgio para este meu universo
Que já não tem fim.

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