Água

Foto de Diario de uma bruxa

Miragem

Uma miragem
No meio do nada
Em meio ao oceano
Seria você¿

Agora só vejo água
Mas há minutos atrás
Jurava ter visto você

Vindo a mim
Vestido de branco
Andando sobre o mar
Como o Deus Netuno
Incrível ilusão ou uma simples visão

Engano meu
Não era você
Era apenas miragem
Do sol que bate forte
Que me fez ver você

Poema as Bruxas

Foto de Marilene Anacleto

Boiar

Boiar é direcionar-se para a vida
Tal girassol em época florida.

Céu azul, nuvem esparsa
Cruza –me o olhar suprema garça.

Tal anjo a indicar maravilha
Ao existir minúscula partilha

No silêncio da Lagoa*
Corpo e espírito voam.

Compartilho e sou um com a Natureza
Posso medir, da vida, a Realeza.

Sinto-me mulher e água cristalina
Vivencio, assim, a Chispa Divina

Sob o olhar daquele bem amado
Que me cerca de atenções e agrados.

Marilene Anacleto
28/12/99
• Lagoa dos Freitas-SC

Foto de João Victor Tavares Sampaio

O Supremo Sacrifício

Há pessoas que acreditam em um Deus bom, misericordioso, que completa o sentido de todas as coisas. Essas pessoas, de índole limpa, carregam o centro da humanidade até o meio para a sobrevivência. Essas pessoas subvertem a ordem de comando violento, levando ao mundo paz e fazendo com que impérios inteiros se convertam à sombra do desejo máximo de felicidade. Essas pessoas, cristãs ou não, trazem consigo quase sempre a mácula do sofrimento. Essas pessoas sentem medo, mas não se acovardam. São os verdadeiros heróis dessa vida.

Mas o mundo nunca pára no seu girar inconseqüente! Guerras devastam as plantações, os estupros consentidos geram povos estéreis, e todas as velhas cartas de conciliação são queimadas por abandonos de aldeias em labaredas! O amor falha, sim, para dar lugar aos sentimentos menos nobres. O egoísmo sussurra até aos ouvidos mais precavidos. O sopro da morte venta próximo dos templos mais santos das artes barrocas.

O amor é injusto. Fraqueja diante do menor dos golpes. Esconde-se, na grama com os pequenos mamíferos. Perde-se, como um cego recém-baleado. Ainda assim, é a única chance, a única gota d'água que tem como transbordar um oceano de lamúrias, o único caminho para a vereda da verdade, um Sol tranqüilo, de calma e resignação.

O amor é lindo! É belo, e nos faz respirar! Mas não se engane; o amor tem um custo, tão grande quanto seu tamanho. Amar é cair e se ferir! Amar é se desfigurar, diante do ácido da realidade crua. Amar não está totalmente descrito, seja na Bíblia ou nas marcas olímpicas. Amar é cair em desgraça, é lutar, por uma causa perdida. Amar é transpirar, e permanecer vivo apesar de todas as suas conseqüências.

Amor é como um vulcão:
De longe parece dormindo
Um sono em silêncio infindo

Parece, diminuindo
Um âmago refletindo
A Terra perto de uma explosão

Amor, que se ressentindo
Se engrandece evoluindo
Se espalha em progressão

Amor é quebrar a cara!
É morrer em imperfeição;
É na escuridão ter clara
Certeza da imprecisão

Foto de betimartins

O jovem lenhador e o ancião

O jovem lenhador e o ancião

Durante meses e farto de maus tratos um filho de um lenhador ainda novo, resolveu sair de casa e caminhar pelo mundo fora. Era um rapaz robusto, forte, sempre gentil e educado, apenas com uma muda de roupa, um velho cobertor, um prato de barro, dois talheres, uma panela pequena, e um copo de lata já tão torto que nem se reconhecia.
Tudo isso eram as suas posses, dinheiro ele não tinha, mas pensava que seus dois braços eram fortes e sua vontade de trabalhar era grande também.
Logo ele caminhou por caminhos nunca antes vistos por ele, tudo era completamente novo e até a saudade dos irmãos ficava para trás, apenas lembrava-se de sua mãe cansada e desgastada e sentia compaixão de ter a deixado, respirando fundo desviou os seus pensamentos e seguiu em frente. Sorrindo sempre, ele ia lembrando-se dos bons momentos passados e parecia que estava também se despedindo deles também. Por momentos a dor dos maus tratos do seu pai veio à mente e apertou seu coração, era melhor ter vindo embora que lhe faltar ao respeito.
Tudo que sua vista visualizava era algo que ele nem podia descrever, a paisagem estava mudando, logo estaria perto de uma cidade coisa que ele nunca viu na sua vida apenas numa folha de um jornal velho que achou pelo bosque e que teve que esconder, pois seu pai proibia tudo que fosse livros ou algo ligado a eles, dizia que era coisa do diabo e das tentações.
Passados dias de caminhar, dormir em locais variados, comer o que dava a natureza ele sentia um homem feliz e liberto da escravidão, tudo valia a pena por novos horizontes afinal ele tinha sonhos e o seu maior sonho era aprender a ler. Aquele bocado de jornal sempre o deixava ansioso, que queria dizer todas aquelas letras se ele nem o seu próprio nome saberiam escrever.
Apenas sabia que se chamava João Rodrigues, era o nome do seu avô que morreu muito novo era ele ainda um menino com tuberculose apenas lembrasse-se da tosse compulsiva nada mais.
Ele sabia o que queria e logo chegou à cidade, cheio de esperança, ele procurou trabalho e logo achou numa estalagem que veio mesmo a cair bem, os donos o deixavam dormir nos estábulos dos cavalos. Não era muito pior que sua casa, ele aprendeu a trabalhar com ferro, o velho da estalagem ensinou a tratar dos cavalos, ver e reparar as ferraduras e fazer novas também.
Como ele era educado e gentil depressa aprendeu o novo oficio logo todos gostaram dele até a filha mais nova dos donos da estalagem, logo ele descobriu os encantos do amor, entregando-se aos desejos da luxuria e depois conheceu o ciúme e afagou suas dores em copos de vinho retardado e azedo. Deixou-se afundar por mais de cinco anos, entre bebedeiras, brigas, até seu trato com as pessoas piorou ao ponto de ser despedido.
De novo ele pegou nas suas coisas que eram ainda mais leves, pois perdeu tudo e até a sua dignidade e voltou a caminhar pelo mundo fora.
O ar frio, do inverno gelava suas veias, as poucas vestes pareciam colar em seu corpo magro e maltratado pelo álcool e má nutrição. A sede secava sua boca e a fome era pouca, apenas queria um copo que aquecesse a alma e fizesse esquecer a vida sofrida.
Caminhou por montanhas, pensando na sua vida, nunca parava, aprendeu a comer o que a natureza dava, seja o pouco que para ele, era muito.
Cansado de mais um dia a caminhar, a tarde estava indo embora e ele tinha que arranjar lenha e um lugar abrigado para ficar. Estava no alto de uma grande montanha, não resistiu e sentou-se bem no pico ela, olhando para o horizonte.
Por instantes ele pareceu ver sua família, por instantes ele parecia ter saudades dos maus tratos do seu pai, era tudo tão estranho, parecia que estava sonhando, caiu uma lágrima pelo rosto e chorando ele sabia que tinha perdido tantos anos sem alcançar seu sonho.
Adormeceu ali, quase que poderia cair, bastava ele desequilibrar, sentiu uma mão quente em seu ombro abanando-o suavemente, uma voz doce e segura seria que estava a sonhar.
Depressa abre seus olhos inchados, assustado, olhando-o o homem que ali estava, era estranho, tinha umas vestes estranhas um pano enrolado no seu corpo e que deixando entrar frio. Lentamente saiu do lugar com muita calma para não cair, escuta a voz do homem estranho:
- Vamos para minha caverna que lá estará quentinho e mais confortável.
Acenando com a cabeça se deixa conduzir, mas seu corpo estava cansado, muito cansado e sua alma doente e triste.
Calado apenas observava o velho que estava a sua frente, magro de cabeça rapada, seus olhos grandes e um sorriso amplo. Observou a caverna, ampla, cheia de pedra, tinha uns desenhos estranhos tipo sinais, ele não compreendia era tudo estranho.
O velho ancião leva-lhe um pouco de sopa quente, era uma magra sopa, mas quente confortava a alma e suas energias. Tudo estava no mais repleto silencio apenas se escutava o crepitar da lenha e olhava para suas chamas, logo o sono fazia suas pálpebras fecharem contra a sua vontade.
Entendendo tudo isso o velho ancião ajuda-o a levantar e leva-o para um canto que estava repleto de folhas secas e dá ordem que se deite ali. Já há muito que não se sentia tão bem tratado e adormeceu.
A noite foi estranha, sonhos e sonhos, sonhava com seus pais e irmão sonhava com a vida que teve na estalagem, parecia que tudo estava a flor da pele, assustado ele voltou a sonhar, mas ai viu a sua mãe morta num caixão, acordou a gritar.
O velho ancião tranqüilizou dizendo que era só um pesadelo que estava com muita febre, dando de beber e colocando compressas frias da única camisa que ele tinha ganhado com o seu suor.
Ali ele travou a sua luta entre a vida e morte, sabia-o, ele sentia que era tudo estranho muito estranho, apenas pedia desculpa pelos seus erros, o velho ancião sorria e dizia, teremos tempo para falar de tudo isso com calma, agora vês se dormes e sossegas.
Logo se recuperou, agradecendo ao ancião a sua ajuda, pensando voltar a colocar a caminho para novo rumo.
O velho ancião o chamou e pelo seu nome João, pedindo-lhe que o escutasse por momentos:
- João na vida não existe acasos, não te encontrei por acaso, tu foste enviado por Deus para que fosses preparado, educado e aprendesses o que eu sei. Sei que teu sonho é aprender a ler e vais aprender a ler e escrever, deixar que tu aprendas tudo o que eu aprendi e assim estarei pronto a partir daqui em breve.
João por momentos ficou quieto, pasmo, sem saber que falar que pensar, ele tanto queria aprender, mas que seria que aquele velho poderia ensinar. Olha para o céu furtivamente afinal ele queria saber mais da vida e porque não arriscar afinal ele se importou com ele ali quase morrendo. Pensou será a minha forma de agradecer o que ele fez por mim.
O velho ancião leu seu pensamento e olhando em seus olhos e em voz forma exclama:
- João se for assim por agradecimento parte e vai embora. Apenas te quero aqui por vontade própria, para que possas receber os meus ensinamentos.
De repente algo acontece, parecia um sonho o João teve uma visão, clara como água cristalina, viu a sua mãe, orando ajoelhada nos pés de sua antiga cama, pedindo pelo seu filho, com as lagrimas caindo de seu rosto. Ele viu que era ali que deviria ficar Deus a ouviu e o conduziu até ali o salvando dos pecados mundanos.
Agradeceu ao seu ancião ajoelhando-se e beijando suas mãos com sinal de respeito e amor.
Assim João aprendeu a escrever e rapidamente assimilou todos os conhecimentos do seu amigo ancião. Tornando-se um conhecedor da natureza e aprendendo a ligar-se com seu maior mestre Deus.Aprendendo que agradecer é a maior maravilha do homem terreno.

Foto de Arnault L. D.

Frágil

A vida é frágil.
Os homens são frágeis,
os sonhos são delicados,
podem evanescer...
A vida é hostil,
Um lapso e eis...
Os planos traçados
podem se perder.

Do que tanto vale
perder-se em receio,
se o fim é tão débil,
efêmero e vago.
Pelo orgulho que cale,
ou vergonha do feio,
retira-se do que não se viu
o valor do que não é pago...

A vida é frágil.
Amores são frágeis,
quando estiver sozinho,
o que irá perdurar?
Lembre-se que o rio,
corre com águas, ágeis,
segue seu caminho
esquecendo-se, torna-se mar...

Se a água turvou,
logo é limpa na que torna.
O que era já passou,
enquanto estiver corrente.
A quem do correr privou,
a fluidez não retorna.
O rio assim secou:
Morto lago; mar ausente.

Foto de Joaninhavoa

Qu`é que eu vejo em você...

*
... Óh meu Mundão!
*

Vejo sapo, gato e sapato
vejo mágoa consumada
vejo água enxovalhada
tudo numa só jornada

me tira d`essa senhora nossa...

Vejo alumado meio confiscado
nos ajustes inconformados
Das águas um só bailado
e os outros por ordem de quem

me tira d`essa senhora nossa...

Que agora o desnorteio chegou
e a hora da confusão s`instalou
O tira pedaço! O tira pão
pertence à desordem deste mundão

me tira fora senhora nossa...

qu`eu preciso de mais chão
pra me recolher sem ladrão
e erguer sem medo de clarão
que atravessa o corredor
de antemão.

Joaninhavoa
(helenafarias)
17/04/2011

Foto de Marilene Anacleto

Andaaannnças, Andaaannnças

*
*
*
*
De tantas andanças, o ser solitário,
Repleta de heranças, de sorrisos e mágoa,
Busco a solidão, o encontro de mim,
Para poder viver, para poder sorrir.

Entre mar e pássaros, entre grilos e sapos
As dores se soltam, a vida se alarga.
Responsável por mim, por ninguém mais espero
O conserto do cano, o conserto do engano.

Lembranças das dores, por amigos, causadas
E das decepções por quem eu ajudava,
Oração do perdão entre lágrimas lançadas,
A lavar o coração e a alma magoada

E aquela dor profunda, como iria sanar?
Efeito para quem espera muito, de quem nada tem a dar.
Passei a fazer, entre outras, a oração do perdão,
Para, assim, degelar o meu próprio coração.

Mas aquela mais profunda, que queima o peito e a alma,
Apelei para a regressão que, consciente me acalma.
Encontrei os mais queridos, servindo-me copos d’água
E os outros, mais difíceis, a sujar-me em poças d’água.

Reconheci irmãos e pais, em papéis muito diversos,
Em cada vida passada uma música, um verso.
Desde a amiga malvada à terapeuta de sucesso,
Muitas orações do perdão ou agradecimentos sinceros.

E, na casa, solitária, como se fosse um Tibet,
Acho um engano e conserto, caio e ponho-me de pé.
Ao ficar de bem comigo e conhecer mais o outro,
Assumo meu erro mais fácil, a dor não se torna desgosto.

Mas, tudo era um propósito para após a aposentadoria,
Não quero levar comigo mágoa, tristeza e agonia.
Sessões de renascimento, muitas orações de perdão,
E o grande encontro comigo, nas sessões de regressão,
Seguem a abrir meu caminho e curar meu coração.

Marilene Anacleto

Foto de Edigar Da Cruz

REPRESANDO NOS PENSAMENTOS

REPRESANDO NOS PENSAMENTOS

. Represados aos pensamentos, meus
que reflitam em mim.
As mais belas estrelas que brilham ao céu
e as luzes do amanha..sejam felizes..
deixarei de correr entre os campos e gargantas ,..
para sentir a carícia do vento
e refletir em minha água de lembranças
a realidade de amar aquela fonte de amor,
os píncaros, nevados da montanha...
represei meus pensamentos...
Para fixar o voos dos pássaros,..
a marca das nuvens
deixarei de correr por vales e gargantas,
se na tranquilidade …
houver o espelho nítido, e profundo
onde elas reflitam suas mão acariciar
ao rosto de amor que sinto!

Ed Cruz

Foto de Carmen Lúcia

Caminhada

O caminho não será longo
se abrirmos as janelas
e observarmos que adiante delas
o solo árido nem sempre é assim,
que ainda há flores pelos jardins.

Se saciarmos a sede
na fonte da vida que jorra sem fim
a água que nos faz renascer
ao nos sentirmos morrer...

Se dermos sempre uma pausa
driblando o cansaço para prosseguir,
e em cada parada, ver a paisagem
que enfeita as beiradas
gerando a terceira margem...

O caminho não será longo
se em cada escalada de lágrima e dor
plantarmos sementes de frutos do amor,
ainda que regadas de sangue e suor
concretizando nossa essência,
desatando a embalagem e os nós.

Se driblarmos o confronto
de um repudiado encontro
onde a vida retrata sem dó
as vicissitudes
varrendo dos nossos encantos,
o pó.

(Carmen Lúcia)

Foto de gladiadorcorinthiano

"Inspiração"

" Ver o Mundo em um grão de areia e a sua extrema beleza na flor selvagem;
Sua pele me encendeia e do meu horizonte tu és a mais bela imagem...
A fonte jorra água cristalina e o meu louco coração o mais puro amor;
Tu és a jóia de toda a minha cina e o limite do meu calor!
A saudade encontra as ondas em um vento a bailar;
A ilusão castelo monta, mas de areia evaporar;
Solidão demais da conta a maré irá levar;
E com carinho e ternura a brisa irá pronunciar:
- Que eu queria ser uma orquídea pra sua praia perfumar, e o perfume dessa vida em sua vida perdurar...
Pois todos os meus sentimentos são puros como as águas cristalinas que caem dos céus...
Que com pingos e em gotas de orvalho demonstram o precioso valor de toda a nossa existência...
Assim como o céu e o mar que através de raios de luzes e na profusão de cores revelam a mais pura essência da beleza da imagem um do outro!
EU AMO VOCÊ! "

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