Deixando pegadas na areia,
Assim quero caminhar,
Em passos leves e suaves,
Com nada a se preocupar.
Caminhando sobre a areia fina,
Pisando em delicados grãos,
Sentindo que abraçam meus pés,
Caminho delicadamente,
Quero caminhar em passos solitários,
Refletindo sobre a vida,
Como quem flutua com a brisa,
Caminhando na areia a passos leves
Olho para trás,
Vejo meus passos solitários,
Que deixei na fina areia,
Cujos grãos meus pés moldaram,
Ao olhar, se engana quem pensar,
Que meus solitários passos,
São sinônimos de abandono ou solidão,
Pois estou bem acompanhada, nesta minha caminhada
Acompanha-me em pensamento,
A cada passo, a cada movimento,
“Meu amor”, que por capricho do destino,
Não pode na mesma areia, suas pegadas deixar,
Impedido, de junto a mim caminhar,
Na fina e delicada areia,
Não pode o “Meu Anjo”,
Seus passos junto aos meus moldar!
"Poesía es lo imposible
hecho posible. Arpa
que tiene en vez de cuerdas
corazones y llamas.(...)
(...)Poesía es la vida
que cruzamos con ansia
esperando al que lleva
sin rumbo nuestra barca."
_Frederico Garcia Lorca_
"Prólogo_Poemas Soltos_1918"
By Metrílica ;-*_para Aníbal Minotaur_dezembro de 2009.
Com a própria alma
Feita cinzel de uma raça,
Você burilou eternidade
Em pedra sabão.
Confeitando a Doçura
Com feitio de igrejas
Ou bipartindo a bravura
Em barbas bíblicas,
Deu eloquência barroca
À simplicidade de Minas,
E ainda hoje esculpe em nós
O espanto.
Pois boquiabrimo-nos
Ante o milagre de tanta harmonia
Forjada com dissonâncias,
Tanta riqueza cinzelada
Em blocos de miséria!
A povoar com símbolos de Deus
A solidão, você mergulhou
Num deslumbramento,
Para esquecer o abandono,
A injustiça, os aleijões da vida.
Como prêmio de assim
Ter posto alma em pedra,
Quanta beleza resplandece em suas obras,
Santificando-lhe o gênio
E erigindo a glória do seu nome!
Enviado por Paulo Gondim em Qui, 29/10/2009 - 01:27
VIGÍLIA
Paulo Gondim
04/08/2008
Que me escutem os pássaros, o vento, o ar
Já que insistes em não me escutar
Que meu clamor chegue às nuvens, ao infinito
Quem sabe, assim, escutarás meu grito
Que venha a mim o silêncio da noite, o luar
Como companhia na minha solidão
Na vigília longa de tanto te esperar
No tormento insólito de minha solidão
Que me leve a ti o frio e gelado vento
Das noites úmidas de meu íntimo outono
No assobio dessa brisa leve, no açoite lento
Que me corta alma no meu abandono
Que me venha o sono, ora tão distante
Para que descanse minha alma triste
E quem sabe sonhe em forma de calmante
Para um coração que amar ainda insiste
Hoje por você eu estava a sonhar, pensei que era realidade, pensei que fosse verdade, se soubesse que era sonho, nunca teria acordado, até que meu príncipe tivesse chegado, as vezes pergunto se nossa história só será um sonho, as vezes pergunto se cada lágrima que derramei e derramo por você foi tudo em vão .
Só sei que não agüento fazer sofrer mais meu coração. Não sei dizer, alguém pode me responder? Dias passam, e a chegada de um ano por sua espera aproxima, meu coração dispara, ele não para, onde está meu amor? Isso me devora, muitos dizem que nosso amor não tem futuro, e falam para eu desistir, Mas o que vou fazer? Correr, fugir! Se onde estou, lá está você em meus pensamentos, se cada canção me faz lembrar você com tormento.
Será que mereço mesmo sofrer tanto assim? Será que essa dor não terá fim? O que farei eu? Pergunto-me todos os dias, será que eu abandono tudo, e desisto da pessoa que me ensinou o que é amar, da pessoa que sempre sonhei. O que farei? Desistir, desistir... Eu não quero desistir, não quero! Como poderia eu esquecer de você, como poderia eu esquecer do seu sorriso, do seu olhar, da sua voz a me falar: “Amor eu te amo, fique a me esperar”. Como poderia te esquecer? Não sei o que vou fazer, só sei que perdidamente EU AMO VOCÊ.
Estou te pedindo nao me ligues mais,
eu nao encontro outra soluçao,
a gente ja se magoou demais nao vale a pena insistir em vao,
ja foram tantas idas e vindas,
tantas promessas e juras kebradas,
tantas palavras e ofenças ditas um ao outro,
ja n aguento mais tantas brigas...
O nosso amor virou saco de pancada,
ja nao é amor o que sentimos um pelo outro,
pois amor nao é "magoar,sofrer,dizer palavras k doeem mais k pancada,desilusao,dor,abandono,nao e desprezo..."
E agora depois de tanta vez voltar mos a tráz se quebrou,
acabou,
meu coraçao se despedaçou nao tem mais geito o nosso amor.
Segue o teu rumo eu vou seguir o meu,
vou fazer o k a minha cabeça me diz,
pois o que o meu coraçao tem dito so me tem feito sofrer e muito,
perdeu a graça o sonho se perdeu
e sendo assim nao da para ser feliz...
Enviado por Carmen Lúcia em Dom, 20/09/2009 - 22:24
Não rias de meus poemas,
nem te desfaças de meus versos...
Deles tu és o tema,
neles mantenho expressos
os mais nobres sentimentos,
os mais exauridos lamentos,
em cada linha, anexos,
em cada rima, impressos.
Não rias de meus poemas
que tua imagem desenham,
que ao te verem partir, emudeceram
e com teu abandono,
não querem mais fluir...
Não rias de meus poemas...
Tem pena...Sofrem por ti!
Tentam somente sobreviver,
pois o amor que os mantinha
acabou de morrer.
Enviado por Artur Alves em Sex, 18/09/2009 - 11:13
Ao render da guarda,
O dia traz aquele amargo de boca, triste
Um resto de tudo resto no fundo do copo,
Que nos sobra para quem sempre a sobra resiste!
Um final de vida, já no começo
Leve os cabelos esbranquiçados na gastura dos tempos,
Uma tristeza moinha como a dor que dele se alimenta
Um final de corpo que cresce com a demência...
A lua contempla-me nesta casa, no fundo da rua,
No fim deste bairro velho e triste,
As lágrimas da chuva tacteando as pedras da calçada,
Como o cego tacteei toda a minha vida...meio perdida,
A idade não nos seca as lágrimas do rosto,
Não nos varre a útopia sórdida dos sonhos impossiveis,
Cresce-nos na incerteza do sofrimento que em nós resiste,
Sentimo-lo sorrindo, porque é nosso, é só nosso e fica!
Tudo se desvanece, tudo é solidão e abandono...
O sofrimento é duro, rigoroso e tem mau feitio,
Mas está presente, nos bons e maus momentos
Uma sombra amiga que nos lembra o que vivemos,
Um passado sombrio para o presente tristemente só!
Somos vencedores da madrugada esquecida,
Porque todos o abandonam, todos o rejeitam,
A curva do sofrimento é longa e triste mas resiste,
E não desvanece como tudo o resto...
tristemente só, Não!
Sofro acompanhado...eu e a minha dor sozinhos, eternamente sós!
Enviado por Carmen Lúcia em Qui, 20/08/2009 - 00:39
Ando sempre apressada
sem ver o que me cerca,
engolindo as etapas,
acelerando os dias...
Vou sufocando os sonhos,
os quero em abandono
pra que nenhum retorno
me incite a sonhar...
E atropelando fases
das estações da vida
mantenho-as esquecidas,
me privo de chorar...
Na ânsia exacerbada
que gera essa fobia,
na marcha exasperada
de só querer chegar...
Evito as paradas
só pra não me perder
ficando nos caminhos
não mais querendo ir...
Me cego às alvoradas
e ao brilho das manhãs,
vou sempre em disparada
não vejo o sol nascer...
Na contramão do tempo
me esquivo dos momentos
em que a felicidade está,
pra me fazer voltar...
Confronto-me com o vento,
ensurdece-me seu lamento
pra me ludibriar...
e me sensibilizar...
que para indignado
no afã de me deter
e passo-lhe à frente
ansiosa por vencer.
E a pressa me consome
não me deixando ver
que em cada parada
há novo amanhecer...
Que as curvas do caminho
são pausas do destino
que alimentam a alma
pra não retroceder...
Que as flores das estradas
compõem poesias
e estrelas que hoje brilham
já não estarão mais lá...
Que toda a trajetória
se feita aos atropelos
não grava a história
de quem passa por passar...